Este documento resume um projeto de monitoramento e análise da qualidade da água em Itu, SP durante novembro e dezembro de 2014. O objetivo é realizar análises físico-químicas e biológicas da água captada pela população para avaliar sua potabilidade. Amostras serão coletadas semanalmente em diversos pontos e analisadas no laboratório da universidade CEUNSP. Os resultados serão divulgados para orientar a comunidade.
1. 1
Conversando com as Águas - Itu/SP
Monitoramento e análise da qualidade das águas em situações de emergência.
Outubro de 2014
2. Sumário
Introdução
...............................................................................................................................
3
Objetivo
....................................................................................................................................
4
Objetivos
Específicos
.....................................................................................................................
4
Metodologia
............................................................................................................................
5
Parâmetros
físico-‐químicos
e
biológicos
da
qualidade
da
água
.....................................
6
Cronograma
de
Implementação
......................................................................................
7
Referências
Bibliográficas
.................................................................................................
8
ANEXO
A
...................................................................................................................................
9
Determinação
de
cloro
e
pH
........................................................................................................
9
ANEXO
B
.................................................................................................................................
11
Análise
microbiológica
da
água
e
indicadores
...................................................................
11
Contato
...................................................................................................................................
17
2
3. 3
Introdução
As águas que percorrem as microbacias hidrográficas que permeiam a
Estância Turística de Itu encontram-se em estado crítico quanto à qualidade e
quantidade de água disponível para o abastecimento da cidade. O mesmo
acontece em toda a região Sudeste, especialmente na bacia hidrográfica
Sorocaba Médio Tietê da qual Itu faz parte.
Os maiores volumes de águas superficiais na cidade encontram-se
altamente comprometidos pela poluição oriunda de atividades antrópicas no
Rio Tietê e os rios secundários (atualmente nossos principais mananciais)
também já sentem os efeitos do uso acima da capacidade de reposição natural
dos reservatórios e pelo constante crescimento e adensamento populacional
dos últimos anos.
Itu atualmente enfrenta um recorrente agravo na disponibilidade de água
potável provocando um necessário racionamento que persiste há sete meses.
Sem água nas torneiras a população tem realizado a captação nas mais
diversas fontes disponíveis, conforme mostra a figura abaixo.
Coleta e uso sem avaliação das condições mínimas de qualidade
4. Se essa tendência continuar, como poderemos garantir abastecimento
seguro para as populações? É possível reverter esse quadro? Quanto esforço
é necessário para transformar essa realidade? De que forma isso pode ser
feito? Conversar é conhecer. Conversar com as águas pode ser uma ótima
oportunidade para perguntar, refletir, planejar e agir para melhorar nosso
relacionamento com o líquido vital.
Conforme a Portaria Nº 2.914/11 do Ministério da Saúde, Art.5º, é
considerada água para consumo humano a água potável destinada à ingestão,
preparação e produção de alimentos e à higiene pessoal, independentemente
da sua origem. Para água ser potável é necessário não oferecer riscos à saúde
e atender ao padrão de potabilidade estabelecido nesta Portaria.
Acreditamos que através de processos científicos determinados pela
seção de Ciências Biológicas do Centro Universitário Nossa Senhora do
Patrocínio (CEUNSP) poderemos avaliar a qualidade e potabilidade da água
captada em bicas, poços e pontos relevantes das águas em Itu, sendo
responsabilidade do Movimento Sócio-Ambiental Caminho das Águas garantir
maior envolvimento das comunidades, produção de conhecimento e
compartilhamento online das experiências.
Objetivo
O projeto tem como objetivo principal realizar o monitoramento e a
análise emergencial da água captada pela população durante os meses de
novembro e dezembro de 2014 na cidade de Itu, localizada na bacia
hidrográfica do Sorocaba Médio Tietê.
Objetivos Específicos
Desenvolver pesquisas e aplicação de um kit alternativo de baixo custo
de confecção e fácil manuseio para avaliar a qualidade de água, permitindo o
monitoramento frequente por meio de análises físico-químicas da água.
A montagem do kit será baseada no "Kit de baixo custo para avaliação
da potabilidade da água em zonas rurais" desenvolvido em 2010 em uma
dissertação de mestrado pelo professor do ICA/UFMG Luiz Gomes Júnior.
Sendo a água o principal tema do projeto, também serão abordados os
4
5. 5
seguintes subtemas:
● mapeamento de ações socioambientais emergenciais e oportunidades
de Educação Ambiental;
● aplicação e verificação de método "in loco" de análise da água do prof
Luiz Gomes;
● Segurança Alimentar estabelecida pela ANVISA (Agência Nacional de
Vigilância Sanitária);
● Itu e a Serra do Japi: Águas e Biodiversidade;
● Democracia, a relação das pessoas e as águas.
Este subtemas serão orientadores das atividades dirigidas para grupos
de pessoas interessadas em fluir com o tema das “águas” e apoiar ativamente
o projeto garantindo a importância da coleta e análise, priorizando o
aprendizado, a troca de experiências e a ação coletiva voluntária para a
transformação de espaços, pessoas, e relações.
Metodologia
Serão realizadas coletas semanais em diversos pontos de captação de
água da cidade e em seguida serão encaminhadas aos laboratórios de química
e microbiologia do CEUNSP (Centro Universitário Nossa Senhora do
Patrocínio) para análises físico-químico e biológicas. A fim de acelerar o
processo analítico e aprender a realizar análises laboratoriais da água, alguns
alunos do sexto semestre do curso de Ciências Biológicas farão as análises,
acrescidas de horas de estágio supervisionado sob a orientação das
professoras: Andrea Varsone Carreri, Luciana Ap. Giacomini e Rosemeire
Bueno.
Após a realização das análises, num período de um a cinco dias a partir
da data da coleta, serão divulgados nos mais diversos meios de comunicação
os resultados de potabilidade da água e efetuadas orientações à comunidade
dos pontos coletados sob responsabilidade do Movimento Sócio-Ambiental
Caminho das Águas.
6. 6
Parâmetros físico-químicos e biológicos da qualidade da água
A poluição hídrica nem sempre é causada pela presença apenas de
substâncias tóxicas ou putrescíveis. Os principais fatores físicos que podem
causar poluição, no sentido de determinar modificações da flora e fauna do
meio, ou por serem nocivos à saúde, são: cor, turbidez, material flutuante e
sedimentado; os físico-químicos são: pH, O.D, D.B.O, D.Q.O, Fosfato (PO4),
Fe (Ferro), Mn (Manganês), Nitrogênio Amoniacal (NH3), Clorofila a,
Alcalinidade e Condutividade.
Nas amostras serão abordados os seguintes parâmetros:
Cheiro: normalmente a água não possui cheiro. Em regiões pantanosas
pode apresentar leve cheiro de barro, ou mofo. Já a poluição causada por
esgotos e outras matérias em decomposição produz forte "odor de ovo podre
(gás sulfídrico), ou cebola estragada" (mercapitanas), ambos compostos a base
de enxofre.
Turbidez: é a quantidade de material particulado. A água pode ser turva
ou límpida. É turva quando recebe certa quantidade de partículas que
permanecem, por algum tempo, em suspensão e podem ser do próprio solo
quando não há mata ciliar, ou provenientes de atividades minerarias, como
exploração de argila; indústrias, ou mesmo de esgoto das residências.
Cor e Turbidez: a presença de substâncias pigmentadas, em solução
ou dispersão coloidal na água, ou a de partículas (silte, areias, etc) em
suspensão, causa respectivamente, um aumento de cor e de turbidez, podem
afetar a vida característica do manancial, de duas maneiras:
1. Dificultando a penetração da luz solar essencial às reações de
fotossíntese;
2. O material em suspensão (no caso da turbidez) sedimentando-se no
fundo, ocasiona soterramentos constantes dos organismos pedônicos ou
bentônicos e, arrasta para o fundo certos organismos que vivem em
suspensão.
7. Potencial Hidrogeniônico (pH): indica se água é acida, básica ou
neutra. Se estiver em torno de 7, água neutra; de 6 para baixo ácida e de 8 para
cima básica. Uma variação de pH entre 5 e 9 pode não causar efeitos letais
sobre a maioria dos peixes comuns de água doce, o mesmo pode ser dito com
relação aos moluscos e provavelmente outros animais. O efeito do pH sobre os
organismos é, geralmente, indireto, causado através de uma influência que
pode exercer sobre a toxidez de certos compostos, tais como a amônia, metais
pesados, gás sulfídrico, ou também com relação à fixação do cálcio para a
formação de conchas.
Coliformes Totais: indicador de poluição por fezes na água. Quando um
rio recebe esgoto, que é o caso do Tietê, passa a ter outros tipos de bactérias
que não são da água e podem causar doenças às pessoas que a beberem.
Maiores detalhes metodológicos encontram-se nos Anexos A e B deste
7
projeto.
Cronograma de Implementação
Coleta 1 Coleta 2 Coleta 3 Coleta 4 Coleta 5 Coleta 6
Coleta 29/10 05/11 12/11 19/11 26/11 03/12
Divulgação 03/11 10/11 17/11 24/11 01/12 08/12
8. Referências Bibliográficas
ANA. Guia nacional de coleta e preservação de amostras - água, sedimento,
comunidades aquáticas e efluentes líquidos: 2011. Brasília, 2011. 326.: il.
BRASIL. Portaria nº 2.914, de 12 de dezembro de 2011. Dispõe sobre os
procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo
humano e seu padrão de potabilidade. Brasília, DF: Senado Federal, 2011.
GOMES, Junior Luiz. Kit de baixo custo para avaliação da potabilidade da água
em zonas rurais. 2010. 80f. Dissertação (Mestrado em Ciências Agrárias) –
Universidade Federal de Minas Gerais.
ALBUQUERQUE, Catarina de. A Handbook by the UN Special Rapporteur.
Relatório Especial da ONU sobre o direito humano à água potável e ao
saneamento. ISBN: 978-989-20-4980-9 . Portugal, 2014.
8
9. 9
ANEXO A
Determinação de cloro e pH
Materiais:
1. Béquer 100 ml;
2. Pipeta 1 ml;
3. Pipeta 5 ml;
4. Pêra;
5. 3 erlenmeyer (250 ml);
6. Bureta (50 ml);
7. Suporte universal;
8. Proveta (50 ml);
9. Solução de Ácido Sulfúrico (H2SO4);
10. Solução de Nitrato de Prata (AgNO3 - 0,1 Mol/l);
11. Solução de Cromato de Potássio (K2CrO4 - 5%);
12. Água destilada;
13. Papel indicador de pH.
10. 10
Metodologia:
Com a proveta pegamos 50 ml de água a ser analisada e colocamos no
erlenmeyer de 250 ml. Medimos o pH da água com o a fita de pH e analisamos a
cor com a escala. Após adicionamos 1 ml de K2CrO4 e observamos a coloração.
Na bureta coloca-se 50 ml de AgNO3.e pinga-se vagarosamente sobre a solução
de água até o ponto de viragem que é quando a solução passa do amarelo para o
marrom avermelhado.
% Cl = porcentagem de cloro
V = volume visualizado na bureta no ponto de viragem
M = concentração molar da solução de Cromato de Potássio (AgNO3) = 0,1
mol/l
0,03545 = miliequivalência (mEq)
Va = volume da amostra das águas = 50 ml / 5 ml
11. 11
ANEXO B
Análise microbiológica da água e indicadores
Indicadores - bactérias do grupo coliforme como indicadoras de poluição fecal,
pois ocorrem em grande número na flora intestinal humana e de animais de
sangue quente ("Risco Potencial"), além de serem mais resistentes na água
que as bactérias patogênicas de origem intestinal.
Número Mais Provável (NMP) de bactérias do grupo coliforme apresenta duas
origens: FECAL e NÃO FECAL
Dentre as coliformes, há bactérias que são comprovadamente de origem
FECAL, não se multiplicam facilmente no ambiente externo com facilidade e
têm sobrevivência similar às das bactérias patogênicas.
COLIFORME = bacilos aeróbicos facultativos, gram negatvos, não
esporulados, que fermentam a lactose com produção de gás dentro de 48
horas a 35°C. Neste grupo, encontram-se: Escherichia coli, Enterobacter
cloacae, E. freundii, Klebsiella pneumoniae.
COLIFORME FECAL = coliforme capaz de se desenvolver e fermentar lactose
em temperaturas de até 40°C. Neste grupo, encontra-se a E. coli.
ESTREPTOCOCOS FECAIS = cocos gram positivos, geralmente ocorrendo
aos pares ou em cadeias curtas, crescem em presença de sais biliares,
usualmente são capazes de se desenvolver a 44,5°C (até 46°C), produzem
ácido, mas não gás, a partir de manitol ou lactose, não atacam ácido em leite
com tornassol, precipitam a caseina, são mais resistentes ao calor, às
condições alcalinas e a altas concentrações de sais do que a maioria das
bactérias vegetativas. São do grupo: S. faecalis, S. faecalis var. liquefaciens, S.
faecalis var. zymogenes, S. faecium, S. bovis, S. equinus
Na contagem de coliformes pode-se diferenciar dois grupos: o de
coliformes totais e o de coliformes fecais.
O índice de coliformes totais é utilizado para avaliar as condições
higiênicas, sendo que altas contagens significam contaminação pós-
12. processamento, limpezas e sanitificações deficientes, tratamentos térmicos
ineficientes ou multiplicação durante o processamento ou estocagem.
O índice de coliformes fecais é empregado como indicador de
contaminação fecal, ou seja, de condições higiênico-sanitárias, visto presumir-se
que a população deste grupo é constituída de uma alta proporção de E. coli,
que tem seu hábitat exclusivo no trato intestinal do homem e de outros animais.
Assim, sua presença indica possibilidade de ocorrerem outros microrganismos
entéricos na amostra. Por outro lado, alguns sorotipos de E. coli são
responsáveis por gastroenterites, especialmente em crianças, pessoas idosas
ou convalescentes, sendo a diarréia o principal sintoma, com tempo de
incubação de 6 a 36 horas e duração de 2 dias.
Amostragem: Para a análise microbiológica, as amostras devem ser tomadas
do ponto representativo do sistema de distribuição ou do reservatório a ser
examinado.
Técnicas utilizadas para enumeração de coliformes:
12
Técnica do Número Mais Provável (NMP)
Técnica de contagem em placa
Método do Número Mais Provável (NMP) - meio de cultura líquido
Por esta técnica, pode-se obter informações sobre a população
presuntiva de coliformes (teste presuntivo); sobre a população real de
coliformes (teste confirmativo) e sobre a população de coliformes de origem
fecal (coliformes fecais)
TESTE PRESUNTIVO (coliformes totais) = Caldo lactosado, 35°C ± 0,5°C
durante 24-48h.
Este teste visa detectar a presença de microrganismos fermentadores
de lactose, especialmente os do grupo coliforme. Células estressadas por
tratamentos térmicos, pelo congelamento ou outro motivo, podem ser
recuperadas nessa fase.
13. TESTE CONFIRMATIVO = Transferência dos tubos positivos para tubos
contendo caldo biliado, 24 ± 2h e 48 ± 3h. Reduz resultados positivos de
bactérias esporuladas.
O meio utilizado contém dois inibidores (bile e verde brilhante) do
crescimento da microflora acompanhante, especialmente bactérias gram
positivas
● Produção de gás = resultado positivo (confirmação)
● Ausência de gás = resultado negativo
● TESTE COMPLETO = Isolamento de bactérias a partir do caldo biliado
em placas de ágar EMB e transferência para tubos de caldo lactosado
(C.L.) e ágar inclinado, contendo ágar nutriente.
13
● C.L. = presença de gás (positivo)
= ausência de gás (negativo)
● Tubo inclinado = exame microscópico, presença de bacilos gram
negativos, não esporulados.
Método do Número Mais Provável (NMP)
Materiais
● 1 frasco esterilizado, fechado com papel alumínio para a coleta da água.
● amostra de água
● 6 tubos com 10 mL de caldo lactosado (concentração simples) contendo
tubos de Durham invertidos
● 3 tubos com 10 mL de caldo lactosado (concentração dupla) contendo
tubos de Durham invertidos
● 3 tubos com 10 mL de caldo verde bile brilhante 2% contendo tubos de
Durham invertidos
● pipetas de 1 mL e 10 ml
● frascos ou tubos de ensaio contendo solução salina 0,9% esterilizada
● 2 placas de Petri com meio de cultura (TGE) e 2 com meio EMB ou
ENDO
● 2 tubos com ágar nutriente inclinado
14. 14
Métodos:
Amostra da água:
● Para amostras de água clorada, adicionar 0,1 mL de uma solução de
tiossulfato de sódio 10% aos frascos da coleta, antes da esterilização
para cada 100 mL de amostra que se pretende coletar para neutralizar o
efeito bactericida do cloro. Se a amostra coletada estiver sem a prévia
neutralização do cloro, adicionar a solução de tiossulfato de sódio estéril,
imediatamente após a chegada da amostra, sob condições assépticas
● A amostra deve ser coletada em frasco esterilizado, deixando um
espaço vazio entre o líquido coletado e a abertura do frasco.
● Ao coletar amostras de torneiras e tubulações, deve-se limpar a área
externa da saída de água com etanol 70%, flambar, se o material for
resistente ao fogo, e deixar a água fluir por 2 a 3 minutos, antes da
coleta.
● A amostra deve ser representativa do universo do qual foi coletada.
● A contaminação da amostra deve ser evitada durante e após a coleta.
● A amostra deve ser analisada logo após a sua obtenção.
● Havendo necessidade de uma demora na realização da análise, a
amostra deve ser guardada a uma temperatura entre 0 e 10°C.
Preparação da amostra e diluições seriadas:
● Agitar o frasco contendo a água, invertendo o frasco 25 vezes, num arco
de 30 cm.
● Ao pipetar o volume da amostra para a primeira diluição, deve-se evitar
mergulhar a pipeta numa profundidade superior a 2,5 cm.
● Com uma pipeta de 10 mL, pipetar 1,0 mL da amostra da água e
proceder a diluição 1:10, transferindo assepticamente o volume pipetado
para um frasco ou tubo de ensaio contendo 9,0 mL de solução salina
0,9% esterilizada (10-1).
● Diluições em série: Proceder a diluição 1:100, transferindo 1,0 mL da
diluição 1:10 para um frasco ou tubo de ensaio contendo 9,0 mL de
solução salina 0,9% esterilizada (10-2).
15. ● Proceder a diluição 1:1000, transferindo 1,0 mL da diluição 1:100 para
um frasco ou tubo de ensaio contendo 9,0 mL de solução salina 0,9%
esterilizada (10-3).
● Proceder a diluição 1:10.000, transferindo 1,0 mL da diluição 1:1000
para um frasco ou tubo de ensaio contendo 9,0 mL de solução salina
0,9% esterilizada (10-4).
15
Contagem em placa:
● Transferir assepticamente, de cada diluição, alíquotas de 0,1 mL para
placas de Petri contendo meio TGE.
● Espalhar o inóculo com espátula de Drigalsky flambada em álcool.
● Incubar as placas a 35-37°C por 24 horas.
Resultados
● Proceder a contagem das colônias desenvolvidas.
● Descrever a morfologia das colônias.
● Calcular o número de bactérias por mL.
● Cálculo: média das colônias/placa x diluição utilizada x fator referente ao
inóculo (se o inóculo for 0,1 mL, multiplicar por 10) = UFC/mL
Técnica do Número Mais Provável (NMP):
a. teste presuntivo:
● Para cada diluição da amostra da água, inocular uma série de três tubos
contendo 10 ml (concentração dupla), 10 mL (concentração simples) e
10 mL (concentração simples) de Caldo Lactosado respectivamente
com 10 ml, 1 ml e 0,1 ml da amostra. Incubar a 35-37ºC por 24-48 horas.
● Observar a produção de gás nos tubos de fermentação ou no meio,
quando o tubo é agitado suavemente. A presença de gás no tubo de
Duhram, indica teste presuntivo positivo.
● Anotar o número de teste positivos (produção de gás) para cada
diluição.
● Consultar a Tabela do NMP para a série de 3 tubos e demonstrar o
resultado em NMP de coliformes/g.
16. a. teste confirmativo - coliformes totais:
● Transferir uma alçada de todos os tubos do teste presuntivo que deram
resultado positivo para 3 tubos contendo 10 mL de caldo verde bile
brilhante 2%.
● Incubar os tubos a 35°C ± 2°C por 48 horas.
● A presença de gás no tubo de Duhram indica teste positivo.
● Anotar os números de tubos positivos para cada diluição.
● Consultar a Tabela do NMP para a série de 3 tubos e demonstrar o
16
resultado em NMP de coliformes/g.
a. teste completo - coliformes totais
● Inocular por esgotamento, a partir de um dos tubos positivos do teste
confirmativo, duas placas com meio EMB ou ENDO.
● Incubar as placas invertidas a 35°C por 24 horas.
● Após esse período, verificar o crescimento das colônias:
● Colônia típica: nucleada com ou sem brilho metálico
● Colônia atípica: anucleada, opaca, rosada e de consistência gomosa
● E. coli: 2 a 3 mm de diâmetro, com brilho metálico esverdeado ou com
centro escuro abrangendo praticamente toda a colônia
● Enterobacter: colônias grandes, rosada e consistência gomosa
● Repicar uma colônia característica da placa em ágar nutriente inclinado
● Transferir uma alçada da mesma colônia para caldo lactosado (verificar
a presença de gás). Incubar a 35-37°C por 18-24 horas.
● Realizar a coloração de Gram para o exame microscópico das bactérias
e verificar se a bactéria isolada é Gram positiva ou negativa.
17. 17
Contato
Entidade proponente: Movimento Sócio-Ambiental Caminho das Águas
CNPJ: 07.427.920/0001-30
Responsável: Carlos Diego de Souza Rodrigues – Diretor-Presidente
Email: diego@caminhodasaguas.org.br
Professores responsáveis: Drª. Rosemeire Bueno
Ms. Andrea Varsone Carreri
Esp. Luciana Ap. Giacomini