O documento discute padrões de qualidade da água, fontes poluidoras e tipos de poluição hídrica. Ele explica que padrões de qualidade estabelecem limites máximos de impurezas na água de acordo com seu uso. As principais fontes poluidoras incluem esgotos, efluentes industriais e agrícolas. Os principais tipos de poluição são biológica, sedimentar, térmica e por despejo de substâncias tóxicas.
3. Padrões de qualidade
• Padrões são teores máximos de impurezas
permitidos na água, estabelecidos em função dos
seus usos;
• São fixados por entidades públicas, de acordo
com uma legislação, com o objetivo de garantir
que a água a ser utilizada para um determinado
fim não contenha impurezas que venham a
prejudicá-lo;
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4. Padrões de qualidade
• Em termos práticos, há 3 tipos de padrões de
interesse direto referentes à qualidade da água:
– Padrões de lançamento no corpo receptor;
– Padrões de qualidade do corpo receptor;
– Padrões de qualidade para determinado uso
imediato (ex.: padrões de potabilidade,
balneabilidade, irrigação);
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5. Padrões de qualidade
• Padrões de lançamento no corpo receptor:
– Tem como objetivo a preservação da qualidade do
corpo d’água;
– Os padrões de lançamento existem apenas por uma
questão prática, já que é difícil se manter o controle
efetivo das fontes poluidoras com base apenas na
qualidade do corpo receptor;
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6. Padrões de lançamento e
qualidade do corpo receptor
• Estabelecimento do nível de qualidade (classe) a ser
alcançado e/ou mantido em um segmento de corpo
d´água ao longo do tempo;
• No Brasil o dispositivo legal em vigor é a Resolução
CONAMA nº. 357 do Conselho Nacional do Meio
Ambiente – CONAMA – de 2005, e CONAMA
430/2011, que apresentam:
– padrões de qualidade dos corpos receptores;
– padrões para o lançamento de efluentes nos corpos
receptores;
– padrões de balneabilidade;
– e classifica as águas de acordo com seus usos
predominantes.
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7. Padrões de lançamento e
qualidade do corpo receptor
• A resolução CONAMA n. 357/05, dividiu as águas do
território nacional em:
– Águas doces salinidade ≤ 0,5%;
– Salobras 0,5 < salinidade < 30%;
– Salinas salinidade ≥ 30%;
• Em função dos usos previstos, foram criadas classes
para águas superficiais brasileiras;
• Águas doces Classe especial e classes 1, 2, 3, 4;
• Águas salinas Classe especial e classes 1, 2, 3;
• Águas salobras Classe especial e classes 1, 2, 3;
• A cada uma dessas classes corresponde uma
determinada qualidade a ser mantida no corpo
d’água, são os Padrões de Qualidade. 7
8. Legislação
Cabe aos órgãos ambientais dos estados,
territórios e Distrito Federal efetuar, não só o
enquadramento dos corpos de água no âmbito
das classes preconizadas pelas Resoluções
CONAMA n0. 357/2005 e 430/2011, como exercer
atividade orientadora, fiscalizadora e
punitiva junto às fontes de poluição que possam
alterar os valores dos padrões de qualidade das
águas da classe estabelecida para o corpo d’água
receptor.
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9. Poluição hídrica
“É qualquer alteração nas características físicas,
químicas e/ou biológicas das águas, que possa
constituir prejuízo à saúde, à segurança e ao
bem estar da população e, ainda, possa
comprometer a fauna ictiológica e a utilização das
águas para fins recreativos, comerciais,
industriais e de geração de energia” (CONAMA).
• POLUIÇÃO = f (uso);
• USO = f(qualidade da água);
• QUALIDADE = f(características físicas, químicas
e/ou biológicas das águas).
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10. Causas da poluição
• Alto grau de urbanização aliado à falta de
saneamento básico;
• Desenvolvimento da indústria e seus despejos
complexos;
• Aumento da produção agrícola, que resulta numa
carga mais pesada de pesticidas e fertilizantes no
ambiente.
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11. 11
Fontes poluidoras
Águas superficiais:
• Esgoto doméstico;
• Efluentes industriais;
• Águas pluviais, carreando impurezas do solo
ou contendo esgotos lançados nas galerias;
• Resíduos sólidos;
• Pesticidas;
• Fertilizantes;
• Detergentes;
• Precipitação de poluentes atmosféricos
(sobre o solo ou a água);
• Alteração nas margens dos mananciais,
provocando carreamento do solo, como
consequências da erosão.
Águas subterrâneas:
– Infiltração de:
•esgotos a partir de sumidouros ou
valas de infiltração (fossas sépticas);
•esgotos depositados em lagoas de
estabilização ou em outros sistemas
de tratamento usando disposição no
solo;
•esgotos aplicados no solo em
sistemas de irrigação;
•águas contendo pesticidas,
fertilizantes, detergentes e poluentes
atmosféricos depositados no solo;
•outras impurezas presentes no solo;
•águas superficiais poluídas;
– Vazamento de tubulações ou depósitos
subterrâneos;
– Percolação do chorume resultante de depósitos
de lixo no solo;
– Injeção de esgoto no subsolo;
– Intrusão de água salgada;
– Resíduos de outras fontes: cemitérios, minas,
depósitos de materiais radioativos.
• As águas subterrâneas e superficiais muitas vezes se interligam, e assim os mananciais
da superfície proporcionam a recargas dos reservatórios subterrâneos, ou, vice-versa,
podendo servir de fontes poluidoras;
• A poluição das águas também estão ligadas com alterações (poluições) provocadas no
solo e ar - Ex. uso de fertilizantes e chuva ácida.
12. Fontes poluidoras
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ouPontual
Descarga de efluentes a partir
de indústrias e de estações
de tratamento de esgoto
São bem localizadas, fáceis
de identificar e de monitorar
Difusa
Escoamento superficial urbano,
escoamento superficial de áreas
agrícolas e deposição atmosférica
Espalham-se por toda a cidade,
são difíceis de identificar e tratar
14. Principais poluentes e
indicadores
• Mat. Orgânica - DBO, DQO e OD (mg/L);
• Sólidos - SS (mg/L); turbidez (unt);
• Ácidos e Álcalis - pH;
• Bactérias - IC (coli/100 mL);
• Óleos e Gorduras - OG (mg/L);
• Nitratos - NO3 (mg/L);
• Fosfatos - PO4 (mg/L);
• Temperatura - T (°C);
• Metais – Metais (mg/L).
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16. Poluição sedimentar
Acúmulo de partículas em suspensão (solo,
produtos químicos insolúveis).
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Qual a origem? O que causam?
Extração mineral
Desmatamentos
Erosões
Interferem na fotossíntese
e na capacidade dos animais
encontrarem alimentos
Extração mineral
Esgotos e efluentes
Adsorvem e concentram os
poluentes biológicos e os
poluentes químicos
Partículas do solo
Produtos químicos
insolúveis
17. Poluição biológica
• Presença de microrganismos patogênicos,
especialmente na água potável:
4 bilhões de pessoas no mundo não têm acesso à
água potável tratada;
2,9 bilhões de pessoas vivem em áreas sem coleta
ou tratamento de esgoto.
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Controle simples
Apesar disso
250 milhões de casos de doenças (cólera, febre tifoide,
diarreia, hepatite A) são transmitidas pela água por ano
10 milhões desses casos resultam em mortes (50% são crianças)
Adição de NaClO
Ou Ca(OH)2
Fervura da água
18. Poluição térmica
Descarte de grandes volumes de água aquecida
em rios e oceanos.
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Diminui a quantidade de oxigênio dissolvido
Diminui do tempo de vida de algumas espécies aquáticas
Altera os ciclos de reprodução
Aumenta a velocidade das reações entre os poluentes presentes na água
Aumenta a quantidade de gás carbônico na atmosfera
Potencializa a ação nociva dos poluentes
19. Poluição por despejo de
substâncias
• Substâncias tóxicas cuja presença na água não é fácil
de identificar nem de remover;
• Em geral os efeitos são cumulativos e podem levar anos
para serem sentidos;
• Os poluentes mais comuns das águas são:
Fertilizantes agrícolas;
Esgotos doméstico e industrial;
Compostos orgânicos sintéticos;
Plásticos;
Petróleo;
Metais pesados.
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22. Poluição por plásticos
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Alta produção
Longo tempo para degradação
Causam a morte de animais por sufocamento
Alta velocidade de uso e descarte
23. Poluição por petróleo
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Grandes acidentes
Vazamentos em poços
de petróleo, superpetroleiros,
rompimentos de dutos
Exxon Valdez: 42 milhões de litros
Kuwait: 200.000 t no Golfo Pérsico
Rio Barigui: 4 milhões de litros
Baia de Guanabara: 1,3 milhão de litros
5% dos danos
Pequenos acidentes
Vazamentos de óleo
de motor de barcos
e de carros
Somente no Canadá:
300 milhões de litros/ano
95% dos danos
24. Poluição por petróleo
• O petróleo vaza e se espalha no mar ou no rio;
• A mancha recobre a superfície das águas;
• Sem a luz do sol as algas param de fazer
fotossíntese.
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25. Poluição por petróleo
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• A quantidade de oxigênio diminui e outras espécies acabam
morrendo;
• Os peixes da superfície
morrem por intoxicação
e falta de oxigênio;
• Peixes que vivem no
fundo e se alimentam
de resíduos, morrem
envenenados.
26. Poluição por petróleo
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• As aves marinhas ficam com o corpo impregnado de óleo;
• Deixam de reter o ar entre as
penas e morrem afogadas ao
mergulhar;
• Mesmo as aves tratadas
acabam morrendo.
27. Poluição por petróleo
27
• No mangue o óleo impede as árvores de captar o oxigênio do ar
causando sua morte;
• Os crustáceos morrem pela falta de alimento (folhas
decompostas);
• Além disso, o óleo fecha as
brânquias, por onde respiram,
e superaquece a lama, seu
habitat;
• No acidente da Baía de
Guanabara espécies como o
caranguejo-uçá podem ter sido
extintas.
28. Poluição por petróleo
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• Com o ecossistema comprometido milhares de pessoas ficam
sem trabalho;
• Famílias de pescadores perdem sua fonte de sustento;
• O comércio local acaba falindo com o fim do turismo na
região.
30. Poluição por metais pesados
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Cu, Zn, Pb, Cd, Hg, Ni e Sn
Bioacumulação
Mineração (garimpo)Pilhas e baterias
Rios e maresAterro sanitário
Os oceanos recebem por ano
400.000 t de metais pesados
(80.000 t só de mercúrio)
Contaminação de águas
subterrâneas, córregos
e riachos
31. Poluição orgânica
• Resultante do lançamento de esgotos domésticos
e industriais ricos em matéria orgânica;
• Forma de poluição mais presente no dia-a-dia dos
brasileiros;
• Carência do sistema de esgotamento sanitário;
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32. Poluição orgânica
• Esse tipo de poluição é causada por matérias
orgânicas suscetíveis de degradação bacteriana:
– Degradação aeróbia água rica em oxigênio
dissolvido e matéria orgânica pouco abundante
(formam-se gás carbônico, água e nitratos);
– Degradação anaeróbia água não contém
oxigênio suficiente (produção de gás carbônico,
metano, amônia, ácidos graxos, etc.);
• Morte do corpo d’água quantidade de esgotos
lançada >> volume do corpo receptor e
capacidade de oxigenação proliferação de
bactérias consumo de todo oxigênio dissolvido.
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33. Carga poluidora
• DBO5 dá uma ideia do grau de poluição;
• Avaliação da poluição necessidade de
correlacionar esse indicador com a quantidade de
despejos;
• Representa a quantidade de oxigênio que vai ser
requerida do corpo d’água na unidade de tempo;
• CP = Concentração (DBO5) x Vazão
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34. 34
Autodepuração
• Zona de Degradação
• Zona de Decomposição Ativa
• Zona de Recuperação
• Zona de Águas Limpas
35. Características das zonas de
autodepuração
Zona de Degradação:
• Início ponto de lançamento dos despejos;
• Água turva (cor acinzentada);
• Precipitação de partículas lodo no leito do corpo d’água;
• Proliferação de bactérias (consumo de matéria orgânica);
• Redução da concentração de oxigênio dissolvido;
• Concentração de oxigênio atinge 40% da concentração
inicial;
• Não há odor;
• Presença de oxigênio não permite a decomposição
anaeróbia. 35
36. 36
Autodepuração
• Zona de Degradação
• Zona de Decomposição Ativa
• Zona de Recuperação
• Zona de Águas Limpas
37. Características das zonas de
autodepuração
Zona de Decomposição Ativa:
• Início oxigênio atinge valores inferiores a 40% da
concentração de saturação;
• Água cor cinza-escura, quase negra;
• Bancos de lodos no fundo em ativa decomposição anaeróbia;
• Desprendimento de gases mal cheirosos (amônia, gás sulfídrico,
etc);
• Oxigênio dissolvido pode zerar;
• Biota aeróbia é substituída por outra anaeróbia;
• Ambiente fétido e escuro;
• Oxigênio passa a ser reposto ar atmosférico ou fotossíntese;
• População de bactérias decresce;
• Água começa a ficar mais clara (ainda impróprio p/ os peixes);
• Fim da 2ª zona oxigênio eleva-se a 40% da conc. de
saturação.
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38. 38
Autodepuração
• Zona de Degradação
• Zona de Decomposição Ativa
• Zona de Recuperação
• Zona de Águas Limpas
39. Características das zonas de
autodepuração
Zona de Recuperação:
• Início 40% de oxigênio de saturação;
• Término água saturada de oxigênio;
• Água mais clara e límpida;
• Proliferação de algas que reoxigenam o meio;
• Amônia oxidada a nitritos e nitratos (+ nitratos fertilizam
o meio, favorecendo a proliferação de algas);
• Cor esverdeada intensa (alimento p/ crustáceos, larvas de
insetos, vermes, etc., que servem de alimentos p/ os
peixes);
• Diversificação da biocenose. 39
40. 40
Autodepuração
• Zona de Degradação
• Zona de Decomposição Ativa
• Zona de Recuperação
• Zona de Águas Limpas
41. Características das zonas de
autodepuração
Zona de Águas Limpas:
• Água características diferentes das águas
poluídas;
• Água encontra-se “eutrófica”;
• Não é limpa, devido a presença das algas (cor
verde);
• Água recuperou-se, melhorou suas capacidade de
produzir alimento proteico (piorou no quesito de
potabilidade);
• Péssimo aspecto estético;
• Invasão de plantas aquáticas indesejáveis.
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