3. A pobreza menstrual é a falta de condições de realização da higiene
menstrual de forma adequada, o que acontece pela ausência de itens básicos, como
absorventes, a falta de acesso à infraestrutura e também a falta de informações e
conhecimento a respeito do tema. Ela atinge pessoas em situação de
pobreza e vulnerabilidade, como moradoras de rua e pessoas em privação de liberdade.
Na falta desses itens muitas pessoas usam outros itens impróprios para esse propósito,
como panos, jornais, papel
higiênico ou miolo de pão, o uso desses itens pode trazer diversos problemas para a
saúde, como infecções graves, alergias e irritações.
4. O nosso objetivo é que por meio deste trabalho nós
possamos incentivar os alunos a doarem dinheiro para
comprarmos papel higiênico para os banheiros
Feminino e masculino e absorvente para os banheiros
Femininos, já que muitas pessoas tem vergonha de ir lá no corpo
de alunos e pedir um absorvente ou precisa dele naquela hora
pois está passando por uma situação onde não pode mais
esperar, ou não tem dinheiro para conseguir comprar um e foi sem
para escola, mesmo sabendo que pode entrar naqueles dias a
qualquer momento.
5. De acordo com uma pesquisa realizada por nós, do 8-04, os
dados na nossa escola são,
no mínimo, alarmantes: a cada 10 alunas no período
menstrual, 5 deixam de participar das
atividades escolares diárias.
Atualmente, a pobreza menstrual afeta 6.8 milhões de
mulheres na faixa etária de
entre 14 e 24 anos. De acordo com o UOL, 1 em cada 5 jovens
entre 10 e 19 anos deixam
de ir à escola por falta de absorvente.
Resolver o problema da pobreza
menstrual significa também resolver o problema da
evasão escolar e da saúde pública.
De acordo com o IBGE
52% das brasileiras já
sofreram com a pobreza
menstrual.
6. A atual deputada federal e ex-candidata ao governo do estado de Pernambuco Marília
Arraes (PT-PE) propôs, acompanhada de outras 34 parlamentares, a distribuição gratuita de
absorventes para estudantes do ensino fundamental e médio e para mulheres em situação
de vulnerabilidade. A lei que instituiria a o Programa de Proteção e Promoção da Saúde
Menstrual
(14.214/21) foi aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, mas vetado
Pelo ex-presidente da república , Jair Bolsonaro, que foi extremamente criticado pela
bancada feminina e por grande parte da sociedade civil. De acordo com o ex-presidente e com
o Min. da Saúde, Marcelo Queiroga, a implementação deste programa custaria 130 milhões
aos cofres públicos, e foi vetado pela deputada não ter citado a fonte da receita que
custearia o projeto, o que é algo simples de se resolver, bastava cortar 0.34% dos recursos
destinados ao Orçamento Secreto.
7. A vergonha de quem enfrenta esse problema de tratar
deste assunto só piora a situação dos mesmos, e por isso
nosso projeto visa disponibilizar os itens diretamente
nos banheiros, já que muitas pessoas sentem vergonha
de descer e pedir no Corpo de Alunos, ou, às
vezes, a urgência da situação não os permite!
8. A maioria das 6.8 milhões de garotas que passam por essa situação,
passam pela falta de recursos, mas uma minoria dessas garotas tem que lidar com a negligência ou
do governo,
ou dos pais, o que só agrava esse problema.
Numa pesquisa realizada com 7 mulheres, na faixa etária de 22 a 55 anos, por Felipe Moura, do 8-
04, soube-se que 6, das 7 mulheres, já enfrentaram a pobreza
menstrual por conta da negligência dos pais ou do provedor financeiro em algum
momento.
Quando o Governo veta a distribuição gratuita de absorventes e quando alguma garota é
submetida a usar um pano, uma fralda ou qualquer outra coisa para conter seu fluxo
menstrual, é porque a negligência já criou profundas raízes.
Não é só higiene, é questão de dignidade, saúde pública e direitos humanos. A educação
sexual e a conscientização nas escolas, tão demonizada por pessoas desinformadas, é
essencial para o combate à pobreza menstrual.