O documento discute os fatores que levam os jovens a usar drogas, incluindo fatores psicológicos, socioambientais e biológicos. Alguns jovens buscam drogas para aliviar problemas emocionais, enquanto outros são geneticamente mais propensos à dependência. O ambiente familiar também pode influenciar, especialmente quando há pais que abusam de substâncias. A dependência é uma doença incurável que requer tratamento contínuo.
1. FALANDO SOBRE O QUE LEVA
OS JOVENS A USAR
DROGAS???
Psicólogo do Centro de Referência
Especializado – CREAS, pelo o Projeto de
Abordagem Social!
Samuel Morais Vieira
CRP: 10/03850 PA/AP
2. O QUE LEVA OS JOVENS A
USAR AS DROGAS???
No passado, a dependência química era
tratada como desvio moral, fraqueza do
indivíduo, malandragem. Era,
basicamente, um caso de polícia.
Hoje o enfoque entre os especialistas é
totalmente outro. A Organização Mundial
da Saúde (OMS) considera a
dependência química uma doença e
classifica a compulsão pelas drogas no
capítulo referente aos transtornos
mentais e comportamentais.
3. SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS
A adolescência é uma fase de
mudanças, dúvidas e muita
curiosidade. E, por isso, o período da
vida de maior vulnerabilidade para o
ingresso ao mundo das drogas.
Pesquisas mostram que os
adolescentes estão buscando essas
experiências com substâncias
psicoativas cada vez mais cedo. Em
média, aos 12 anos e meio.
4. PESQUISA SOBRE DEPEDÊNCIA EM
IDADE ESCOLAR
Quando o assunto são drogas
ilícitas, segundo a “OMS”, 8,7%
dos jovens brasileiros em idade
escolar admitiram já ter usado
substâncias psicoativas ao menos
uma vez, sendo os meninos os
usuários mais frequentes de
drogas como maconha, cocaína,
crack, cola, lança perfume,
5. QUAIS OS MOTIVOS DA DEPENDÊNCIA
QUÍMICA?
Ninguém que usa drogas pela primeira vez
quer se tornar um dependente ou imagina
que possa criar vínculos profundos com a
substância.
A maioria das pessoas que
experimentam drogas não se casa com elas.
Muitos conseguem fazer um consumo
controlado e recreacional, usando-as de
forma esporádica ou sem interferência no
trabalho e na vida familiar.
6. Quem fica dependente?
A ciência não conseguiu desenvolver até
agora um método eficaz para identificar
quais pessoas podem fazer o uso
controlado de determinadas substância
e quais tendem a se vincularem a elas.
Sabe-se, no entanto, que o abuso de
substâncias psicoativas é provocado por
um conjunto de fatores psicológicos,
sócio - ambientais e biológicos.
Em alguns casos, a dependência é
provocada pela própria força da droga.
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8. FATORES PSICOLÓGICOS
Algumas pessoas buscam nas drogas um
analgésico para aliviar angústias, traumas,
ansiedade, raiva e depressão ou um meio de
superar as próprias limitações.
Entre os fatores psicológicos que podem
desencadear a dependência estão
instabilidade emocional acentuada, baixa
auto - estima, sentimentos crônicos de vazio
e tédio, incapacidade de lidar com
frustrações e críticas, insegurança, medo de
rejeição, necessidade de imitar ou de se
exibir e dificuldade de aceitar os aspectos
imutáveis da realidade.
12. FATORES SÓCIO-
AMBIENTAIS
O meio de um indivíduo pode estimular e
facilitar o uso de drogas e a dependência.
O uso excessivo de remédios em nossa
sociedade faz com que as pessoas
considerem natural o uso de substâncias
químicas para o alívio de todos os males,
inclusive para os estados afetivos dolorosos.
O uso indiscriminado de medicamentos dá às
pessoas a impressão de que, para qualquer
problema, há sempre uma solução
analgésica, rápida, que não requer muito
esforço.
13. ATENÇÃO!
Pais que abusam do álcool, que são
dependentes do tabaco ou que recorrem
a analgésicos e calmantes para
enfrentar qualquer problema fazem com
que a criança cresça num ambiente de
intimidade com as substâncias químicas.
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15. E o ambiente familiar?
Segundo os especialistas, a
dependência não está,
necessariamente, associada à
família, mas há
comportamentos e situações
familiares que podem facilitar
o uso de drogas:
16. E o ambiente familiar?
Não ensinar os filhos a lidar com limitações
e frustrações.
Falta de limites e valores geram crianças
inseguras e sujeitas a uma influência maior
por parte do grupo.
Falta de respeito entre os pais.
O divórcio é apontado, muitas vezes, como
um fator de desorganização que leva o
adolescente às drogas. Os especialistas
observam, no entanto, que não é a
separação em si que desorganiza a
criança, mas a pressão provocada pela
falta de respeito entre os pais e pelos
abusos verbais e físicos.
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18. FATORES BIOLÓGICOS
Há evidências cada vez maiores de que
algumas pessoas têm predisposição
genética para a dependência química.
Estudos científicos mostram que filhos
de pais dependentes de álcool e outras
drogas apresentam risco quatros vezes
maior de se tornarem dependentes.
19. PROPENSÃO
Estudos também mostram que
algumas pessoas são mais propensas
biologicamente a fazer um casamento
com a droga porque seus organismos
mais resistentes aos efeitos
desagradáveis das substâncias
químicas, como náusea, tonturas e
taquicardia. Elas sentem apenas os
efeitos prazerosos. Já as pessoas
sensíveis aos efeitos desagradáveis
tendem a não repetir a experiência.
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21. FATORES QUÍMICOS
Algumas drogas são desencadeadoras de
dependência.
O crack e os opióides podem gerar
dependência física em questão de semanas
mesmo em pessoas que tem um aparelho
psico-social e biológico competente para
resistir à sedução das drogas. Tanto o crack
como a heroína produzem, em curto tempo,
um desejo incontrolável de consumo.
Essas drogas não permitem um uso
controlado, como ocorre com outras
substâncias psicoativas.
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23. CARACTERÍSTICAS DA
DEPENDÊNCIA
Existem três tipos de usuário de drogas:
ocasional: só usa quando a droga está
disponível.
habitual: faz uso freqüente de substâncias
psicoativas.
dependente: não tem controle sobre o uso e
organiza a sua vida em torno da droga.
24. SER DEPENDENTE É....
Querer diminuir ou controlar o uso e não conseguir
Continuar a usar a droga apesar dos danos que
ela causa a sua vida
Aumentar a dose para obter o mesmo efeito
produzido antes por menor quantidade
Usar droga não pelo prazer, mas para aliviar o
desconforto da falta dela.
Falar muito em drogas e só andar com quem as
usa.
Ter como única ou principal forma de lazer o uso
de drogas
Gastar uma boa parte do dia pensando em drogas,
tentando obter a substância ou se recuperando
dos efeitos dela
25. TOME CUIDADO!
Mudança de atitude em relação a familiares e
amigos, isolamento, substituição de velhos amigos
por companhias suspeitas;
Mudança de humor: apatia, comportamento
contemplativo, períodos de depressão, angústia sem
motivo aparente, agressividade, inquietação
impaciência, irritabilidade;
Risos imotivados, fala arrastada, euforia, agitação
motora
Falta ou excesso de sono;
Perda ou aumento do apetite, redução do peso;
Gastos excessivos, pedidos incessantes de dinheiro,
pedidos de empréstimo, dívidas, desaparecimento
de objetos da família;
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27. DEPENDÊNCIA QUÍMICA
TEM CURA?
A dependência química é uma
doença incurável.
Pode ser controlada, estacionada,
mas jamais curada.
O dependente jamais poderá voltar a
fazer uso, mesmo que social ou
recreativo, de qualquer tipo de droga.
28. DEPENDENTE EM
RECUPERAÇÃO PODE
TOMAR UMA CERVEJINHA?
Na opinião da maioria dos médicos, um
dependente em recuperação não deve
jamais por uma gota de álcool na boca.
O álcool abre a porta da censura, amortece
os mecanismos de auto-controle e faz com
que o dependente em recuperação ceda à
vontade de usar novamente a droga.
Há relatos de vários casos de pais que
decidiram comemorar a recuperação do filho
com uma cervejinha e tiveram, mais tarde, de
buscar o filho numa boca de fumo.
29. A DEPENDÊNCIA NÃO TEM
CURA MAS TEM
TRATAMENTO!
A doença pode ser tratada. Só que o
sucesso desse tratamento depende
exclusivamente do dependente.
Não adianta querer interná-lo a força ou
obrigá-lo a fazer terapia.
A experiência mostra que o tratamento
só dá certo quando o dependente
percebe e reconhece a necessidade de
largar as drogas.
30. A dependência não tem cura
mas tem tratamento!
É por isso que os programas de
prevenção são tão importantes.
Se o problema das drogas for atacado
antes do agravamento da
dependência, as chances de
reabilitação são maiores.
31. REFERÊNCIAS
EDITORA REDEEL. Guia sobre
Drogas.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE
SAÚDE.
http://www.brasil.gov.br/sobre/saude/sa
ude-da-crianca-e-do-
adolescente/substancias-psicoativas.
VIEIRA, S. M. Interpretação e
Organização, Arte, Apresentação.
Xinguara – PA, 2012.