Portfólio de apresentação - Ivelise Buarque (30052013)
História das revistas desde o século XVII
1. 7/10/2014 Revista Pronews
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Agosto de 2003 | nº 47 | Capa: Extra Comunicação
ERA UMA VEZ A REVISTA
Ivelise Gomes
Poucos são os trabalhos que tomam a mídia revista como objeto de estudo,
entretanto, precisa ser desvendada pois apresenta uma complexidade muito maior
do que os comumente pesquisados pelos teóricos de comunicação.
Diferentemente dos jornais, o periódico não trabalha com a atualidade, mas
desenvolve um processo sutil de massificação do comportamento de um público
fiel e acostumado a consumir. Por isso, está na hora de desmistificar sua imagem
negativa e pensar neles como produtos de informação de qualidade, independente
do seu caráter comercial ou comportamental. Para tanto, é preciso conhecer e
compreender sua história.
Denominadas originalmente de magazines (que corres-ponde à publicações de conteúdo variado), as
revistas surgiram no século XVII, sob a forma de notas de livros, publicadas nos primeiros cadernos
de notícias ("jornais"). Em 1646, tais notas acompanhadas por pequenos comentários críticos foram
aparecendo com maior freqüência até serem agrupadas (em 1650) e tomarem a feição do que
conhecemos hoje como suplemento, em 1663, com a Edificantes Discussões Mensais. A partir daí,
apareceram, em todo o mundo, inúmeros periódicos que seguiam a proposta de divulgar trabalhos
em áreas específicas. Até que, em 1672, nasce na França a primeira revista "não séria", o Mercúrio
Galante, com notícias da Corte, anedotas e poesia, cuja fórmula foi seguida por várias publicações
em toda Europa.
A mídia revista foi ganhando mais corpo com o incremento de novas seções como
as informações de serviço surgidas no Athenian Gazette (em 1690) como notas ou
matérias e de desenhos que reproduziam os costumes da sociedade - nascidos em
1698, na London Spy -, que, apesar de engraçados, vulgares e (algumas vezes)
obscenos, foram adotados por outras publicações. No final do século XIX, as
revistas femininas se multiplicaram enormemente, apresentando uma fór-mula
editorial dedicada aos afazeres do lar e às novidades da moda como Good
Housekeeping (1885) e Vogue (1892), que continuam sendo publicadas até hoje.
Este período também marcou o desenvolvimento
de publicações dirigidas aos jovens ingleses, assim como a multiplicação de veículos femininos. Os
melhores títulos da época misturavam ficção, ciências e sugestões práticas para vários hobbies e
expressões artísticas, como Chatterbox (que durou 68 anos).
Mas o nascimento do cinematografo, em 1895, surge como o início de uma nova era de
transformações - completada pelo rádio e pela televisão -, que marcou o século XX como a era das
"ciências da informação" ou das "comunicações audiovisuais". A partir daí, o mercado editorial passou
a se modificar para despertar a atenção do público, criando novas propostas como a da The Reader's
Digest, primeira revista de bolso (de 1922), com artigos condensados e já publicados em outros
periódicos. Posteriormente, integra-se o suplemento fotográfico no Time Magazine (de 1934), que
acelerou a revolução das revistas ilustradas, despertando a atenção de leitores e de Henry Luce, que
elaborou a Life (1936), uma revista com muitas fotografias e poucos textos.
Recife . Salvador . Fortaleza . Natal . João Pessoa . Maceió . Teresina
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