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PROCESSO CRIATIVO E MÉTODOS
Projeto ‘B. C. Byte’, 1993|2015
Inês Raphaelian
Inês Raphaelian | revista ‘Artéria 10’, 2007 | capa
antecedentes | interesses
| desenho | desenho técnico | fotografia |artes gráficas | tipografia | litografia | serigrafia | cerâmica | história | arqueologia |
p/ Regina Silveira
p/ Gerty Saruê
p/ Lizárraga
p/ Julio Plaza
1989
métodos
(do possível) das associações
(do existente) experimental
(do pensamento) intertextualidade
tradução intersemiótica
‘detonação’ da ideia | processo
pergunta do matemático programador no escritório de computação gráfica em 1988:
“O que uma artista, ainda mais uma ceramista, faz aqui com um computador?”
resposta: “ O que você acha que tem dentro dele? Um monte de pedacinhos de cerâmica - sílica!”
IDEIA SEM FORMA
pré livros | pré alfabetos
cerâmica | sílica | tecnologia
pictogramas | hieróglifos
informação codificada
na apresentação do trabalho, do então aluno Renato Dib, em 1993: ossos colocados em círculo no chão
insight ‘eureka!’ redondo
(os referenciais de hardware ainda eram quadrados (flop discs, disquetes, zips, chips... não existia o CD)
imediata visualização de um disco com 001100011010010
reconhecimento das 5 fases de Kneller – apreensão, preparação, incubação, iluminação e verificação
método (do possível) do projeto - preparação do desenho, guias e ferramentas
procedimentos das técnicas da cerâmica e da gravura
métodos
(do possível)
do projeto e das associações
(do existente)
da redução fenomenológica
- novos pontos de vista
(do pensamento)
recodificação
- intertextualidade
- intersemiótica
- mito-poético
- paradigmático - transcriação
- analogia, associações
- ‘textos’ da história
- recicla o significado original
- diálogo com a história
- transferência do passado
para o presente e vice versa
B.C. Byte
e
signos ígneos
primeiras peças do Projeto ‘B. C. Byte‘ |1993
referência posterior ao comentário
de Haroldo de Campos: “é o céu chinês”
(Bi Disc, China, período Liangzhu, 3000 a.C. )
(do possível)
do projeto
e
das associações
(do pensamento)
mito-poético
‘B.C. Byte’
(do possível)
dos limites - no uso das
técnicas da cerâmica
e
permutatório
CD B.C. | B.C. Byte series | 1993-95
acaso incorporado ao projeto
configuração errada para impressora
resultado de uma impressora matricial
método permutatório
B. C. Chips | 1993-95
insight no Metropolitan Museum, NY | como apresentar os trabalhos
incorporação do método museológico de exposição | 1995
fóssil byte | 1993-1999
(anterior ao filme ‘Jurassic Park’ ) ambar | 1995-96
Menir Chip | 1993 (relacionaram aos objetos de Indiana Jones)
B. C. Mouse | 1996-99
Stela Byte | 1996-2000
anterior ao conhecimento do filme ‘Stargate’
Palimpsesto - do grego antigo παλίμψηστος /
"palímpsêstos", πάλιν, "de novo" e ψάω, "riscar",
ou seja, "riscar de novo“.
Designa um pergaminho ou papiro cujo texto foi
eliminado para permitir a reutilização.
Esta prática foi adotada na Idade Média, sobretudo
entre os séculos VII e XII, devido ao elevado custo
do pergaminho. A eliminação do texto era feita
através de lavagem ou, mais tarde, de raspagem
com pedra pomes.
A reutilização do suporte de escrita conduziu à
perda de inúmeros textos antigos, a recuperação
dos textos eliminados tem sido possível em muitos
casos, através do recurso a tecnologias modernas.
acaso incorporado ao projeto
e-mails e arquivos recebidos
incompreensíveis em consequência
da incompatibilidades entre
PC |Microsoft e Mac |Apple
Palimpsestos |1996
mito-poético - control_c | control_v - copy|paste – pode-se verificar a origem do texto citado
métodos
(do possível) das associações
similaridade
(do existente) da redução fenomenológica
rompimento de uma antiga ordem
novos pontos de vista renovando a visão do objeto
(paradigmático)
da recodificação - intertextualidade
mito-poético
tradução intersemiótica
roseta byte | 1994
atuando como Artista etc
(Ricardo Basbaum)
artista
professora
curadora
gestora e produtora cultural
mUseum cowllection | 2000
início do processo - método experimental - fazer qualquer
coisa para sair da vacuidade mental - observar e coletar
Dona Nineta
residência de artista no Instituto Sacatar, Itaparica, Bahia, Brasil, 2003
referência
para realização
dos trabalhos
trabalho integrado à dissertação de mestrado | 2003 2006
Bienal da Armênia|2006
Paço das Artes, São Paulo, Brasil | 2007
Exposição Control_C / Control_V, SESC Pompéia, São Paulo, Brasil | 2007
Anta Grande da Comenda
Alentejo, Portugal
residência de artista, Oficinas do Convento, Montemor-o-Novo, Portugal | 2011 Pxcm1 a11 - DOC. I.R.B,F.A.M-o-Novo
Pxci6 2b11 Pxci8 2b11
Pxcm17 2b11
Smith Galeria | 2012
Série Marajoara | 2010
cerâmica marajoara
Tangas Marajoaras
IR.BC.012|bm#7ª | 2012
Tablet |2013
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Menir Chip|2013
B.C. Byte work in progress | métodos
(do possível)
- do projeto - elaboração de séries, estruturas, construção, visualização prévia dos objetos
e operacionalização do fazer
- do acaso - incorporação dos acasos mais ou menos controlados – busca de um resultado único
- permutatório - esgotamento das matrizes gráficas em diversas combinações para novas soluções
- dos limites - transgredir uma linguagem
buscar romper e inovar os limites com a transposição e o conhecimento das técnicas
- das associações - contiguidade e similaridade como eixos que estruturam o pensamento
(do existente)
- experimental - em alguns momentos na busca de um resultado estético
concepção e realização são concomitantes
- da redução fenomenológica
novos pontos de vista, rompimento de uma antiga ordem,
evidencia relação de ordem e forma
(do pensamento)
- da recodificação - intertextualidade e intersemiótica
- mito-poético - control_c | control_v - copy|paste – pode-se verificar a origem do texto citado
- paradigmático - transcriação
analogia, associações
‘textos’ da história
discordância e equivalência ao modelo
apropriação control/c e control/v ou copy |paste
recicla o significado original
diálogo com a história – transferência do passado para o presente e vice versa
projeto para reconfigurar tanto o passado como o presente
Com o projeto ‘B. C. Byte’ busco construir uma ficção poética onde o passado e o presente se
fundem em um só tempo a partir da elaboração de objetos que remetem aos achados arqueológicos
pertencentes às coleções de Museus. Nestes objetos, alfabetos e símbolos ancestrais são
substituídos ou confrontados por tecnológicos atuais; seus significados permanecem em suspensão
com o intuito de propor novas percepções.
Durante a residência de artista, usufruída em julho e agosto de 2011, realizei duas escavações
fictícias com a colaboração de arqueólogos e profissionais de diversas áreas afins do local: os
arqueólogos Sira Camacho e Carlos Carpetudo; a design de arqueologia Hermínia Santos; o
antropólogo Pedro Grenha; Ana Cravosa e Nelson Santos do patrimônio histórico; o fotógrafo Tiago
Fróis; o documentarista Rui Cacilhas, Maria Manuel e Mafalda Fernandes da produção
e José Bexiga das relações públicas.
Para minha surpresa a receptividade dos especialistas foi total e abriu a possibilidade
de realização de exposições compostas pelas peças fictícias ‘descobertas’ e fotografias
registro das falsas escavações em instituições que apresentam conteúdos histórico e arqueológico:
na Biblioteca Municipal e no Centro Interpretativo do Castelo de Montemor-o-Novo,
promovendo um passeio na parte mais antiga da cidade e finalizado no Convento de São Francisco.
Esta experiência está registrada em documentário realizado por Rui Cacilhas
(www.youtube.com/watch?v=Ba8H1NmZS1M) e nele percebe-se, durante a exposição
dentro do contexto das descobertas arqueológicas no Castelo de Montemor-o-Novo,
como o espaço de contexto histórico e científico predispõe nossa atenção para a aceitação
de qualquer objeto ali camuflado. Na reação dos espectadores percebemos que o modo
como os objetos estão sendo apresentados e o discurso estabelecido confere veracidade
e sentido para sua existência e valor.
Os objetos ali expostos tornam-se ruídos, mas nem sempre é percebido como tal pelo público
visitante não especializado sem informações prévias ou uma observação atenta e a reflexão crítica
ao que está sendo apresentado como conhecimento científico e história oficial fica em suspensão.
O projeto ‘B. C. Byte’ propõe-se como um work in progress, assim, a pesquisa contínua envolvendo
as áreas da arte, arqueologia, história e museologia estão sempre presentes em meu trabalho,
assim como pesquisas técnicas para a realização dos objetos e demais componentes do trabalho
que se façam necessários para apresentar a ideia – cerâmica, gravura, vídeo, fotografia etc.
Permeando, conduzindo e construindo minha pesquisa, o foco é a relação ficção | construção.
A classificação científica do objeto é um tipo de ficção quando o conhecimento é construído do
empírico para o inteligível, a classificação transforma o objeto e esta classificação é uma invenção,
um recurso heurístico para operar e conhecer o objeto, é circunstancial e diferente da classificação
universal da natureza.
O código museográfico impõe ‘objetividade’. O discurso apresentado: os objetos protegidos dentro
de uma vitrine, o registro fotográfico das escavações e as informações históricas, estabelecem
a ‘veracidade’ das peças. Esta história ficcional pseudo científica é apresentada na forma tradicional
da museografia, onde o discurso ficcional é temperado com conteúdos da história oficial
e informações científicas.
Combinando fatos reais e pura fantasia, o resultado soa tanto impossível quanto plausível, o que pode
levar o espectador a crer no conteúdo que lhe está sendo apresentado, o ‘acontecimento’ passa a ser
‘uma realidade’, mesmo sendo pura ficção. Nesta ‘história’ não há identificação de constituir uma obra
poética na tentativa de provocar leituras críticas em relação ao discurso e exposição do conhecimento
pelo Museu e seus objetos.
parte das referências bibliográficas do ‘Projeto B. C. Byte’
ARNHEIM, Rudolf, Arte e percepção visual, São Paulo: Pioneira, 1984.
BENNETT, Tony, The Birth of the Museum: History, Theory, Politics, London and New York: Routledge, 1995
BORGES, Jorge Luis, Ficções, São Paulo: Globo, 2001
BOURDIEU, Pierre e HAACKE, Hans, Livre Troca, Diálogos entre Ciência e Arte, São Paulo: Bertrand, 2002
CALVINO, Italo, Todas as Cosmicômicas, São Paulo: Companhia das Letras, 2007
CANCLINI, Néstor García, A Globalização Imaginada, São Paulo: Iluminuras, 2003
CRIMP, Douglas e LAWER, Louise, Sobre as Ruínas do Museu, São Paulo, Martins Fontes, 2005
DIDI-HUBERMAN, Georges, O Que Vemos e O Que Nos Olha, São Paulo: Ed. 34, 2010
DONATO, Eugenio, 'The Museum's Furnace: Notes Toward a Contextual Reading of Bouvard and Pécuchet'.
In 'Textual Strategies: Perspective in Post-Structuralist Criticims'. New York: Cornell University Press, 1979
ECO, Umberto, A Busca da Língua Perfeita, Bauru: EDUSC, 2002
____________, Entre a Mentira e a Ironia, Rio de Janeiro: Record, 2006
____________, Os Limites da Interpretação, São Paulo: Perspectiva, 2004
____________, Seis Passeios pelos Bosques da Ficção, São Paulo: Companhia das Letras, 1994
____________, Viagem na Irrealidade Cotidiana, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984
FEDER, Kenneth L., Frauds Miths, and Mysteries: Science and Pseudoscience in Archaeology, New York:
McGraw-Hill, 2008
FLAUBERT, Gustave, Bouvard e Pécuchet (trad. de: Bouvard e Pécuchet: Dictionnaire des Idées Reçues), São
Paulo: Estação Liberdade, 2007
FLUSSER, Vilém, O Mundo Codificado, São Paulo: Cosac Naif, 2007
FOUCAULT, Michel, A Arqueologia do Saber, Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2002
_______________, A Ordem do Discurso, São Paulo: Loyola, 1996
_______________, As Palavras e as Coisas, São Paulo: Martins Fontes, 2007
_______________, Isto Não É Um Cachimbo, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988
GINZBURG, Carlo, Mitos, Emblemas e Sinais: morfologia e história, São Paulo: Companhia das Letras, 1989
______________, O Fio e os Rastros: verdadeiro, falso, fictício, São Paulo: Companhia das Letras, 2007
HOOPER-GREENHILL, Eilean (org.), Museum, Media, Message, London and New York: Routledge, 1999
KARP, Ivan e LAVINE, Steven D. (editores), Exhibiting Cultures: the Poetics and Politics of Museum Display,
Washington and London: Smithsonian, 1991
KRAVAGNA, Christian e KUNSTHAUS BREGENZ (edit.), Museum as Arena - Institution-critical, Statements by
Artists, Cologne: Verlag der Buchandlung Walter König, 2001
LIMA, Luiz Costa, História. Ficção. Literatura, São Paulo: Companhia das Letras, 2006
LIPPARD, Lucy R., Overlay: Contemporary Art and the Art of Prehistory, New York: Pantheon Books, 1983
MACHADO, Arlindo, ‘Formas Expressivas da Contemporaneidade’ IN Pré-cinemas e Pós-cinemas, São Paulo:
Papirus, 1997
MALRAUX, André, O Museu Imaginário, (Trad. Isabel Saint-Aubyn), Lisboa: Edições 70, 2000
MANGUEL, Alberto e GUADALUPI, Gianni, Dicionário de Lugares Imaginários, São Paulo: Companhia das
Letras, 2003
MARTIN, Jean-Hubert, 'Beyond Belief: The Museum as Metaphor' in Lynne Cooke & Peter Wollen (edit.),
"Visual Display: Culture Beyond Appearances", New York: Bay Press, 1995
MCSHIRE, Kynaston , The Museum As Muse : Artists Reflect, New York: MoMA, 1999
MERLEAU-PONTY, Maurice, O Primado da Percepção e suas Consequências Filosóficas, São Paulo: Papirus,
1990
______________________, O Visível e o Invisível, São Paulo: Perspectiva, 2000
MORIN, Edgar, A cabeça bem-feita: repensar a forma, reformar o pensamento. Rio de Janeiro: Bertrand
Brasil, 2002
NEWHOUSE, Vitoria, Art and the Power of Placement, New York: Monacelli, 2005
O’DOHERTY, Brian, No Interior do Cubo Branco: A Ideologia do Espaço da Arte, São Paulo: Martins Fontes,
2002
OLIO, Graciela, Fotocerámica. Procedimientos y Proceso de goma bicromatada directa, Buenos Aires: IUNA,
2009.
____________, Transferencias directas desde fotocopias, Buenos Aires: IUNA, 2009.
____________, Rasgos cerámico-gráficos, Buenos Aires: IUNA, 2009.
PLAZA, Julio e TAVARES, Mônica, Processos Criativos com os meios eletrônicos: poéticas digitais. São Paulo:
Hucitec, 1998
PUTNAM, James, Art and Artifact: The Museum as Medium, New York: Thames & Hudson, 2001
RAMOS, Francisco Regis Lopes, A Danação do Objeto: o Museu no Ensino de História, Chapecó: Argos, 2004
RENFREW, Colin, Figuring it Out - the parallel visions of artists and archaeologists, London: Thames and
Hudson, 2003
HEIN, Hilde S., The Museum in Transition: A Philosophical Perspective, Washington and London: Smithsonian
Institution Press, 2000
ROY, Véronique, Museu, Rio de Janeiro: Bertand Brasil, 2008
SALLES, Cecília Almeida. Redes de Criação: Construção da Obra de Arte. São Paulo: Horizonte, 2006
SANTOS, Myrian Sepúlveda dos, A Escrita do Passado em Museus Históricos, Rio de Janeiro: Garamound,
MinC, IPHAN, DEMO, 2006
SCOTT, Paul, Cerámica y Tecnicas de Impresión, Barcelona: Ed. Gustavo Gili, 1997
SEMEDO, Alice e LOPES, João Teixeira (coorden.), Museus, Discursos e Representações, Porto: Edições
Afrontamento, 2005
SHERMAN, Daniel J. & ROGOFF Irit (Editores), Museum Culture: Histories, Discourses, Spectacles, Mineapolis:
University of Minesota Press, 1994
STROSBERG, Eliane, Art and Science, New York: Abbeville Press Publishers, 1999
THOMAS, Selma e MINTZ, Ann (editores). The Virtual and the Real: Media in the Museum, Washington:
American Association of Museums, 1998
WAGNER Roy, A Invenção da Cultura, São Paulo: Cosac Naif, 2010
WEIL, Stephen E., A Cabinet of Curiosities: Inquires into Museums and theirs Prospects, Washington &
London: Smithsonian Institution Press, 1995
WESCHLER, Lawrence, Mr. Wilson's Cabinet of Wonder, New York: Vintage Books, 1995

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  • 1. PROCESSO CRIATIVO E MÉTODOS Projeto ‘B. C. Byte’, 1993|2015 Inês Raphaelian Inês Raphaelian | revista ‘Artéria 10’, 2007 | capa
  • 3.
  • 4. | desenho | desenho técnico | fotografia |artes gráficas | tipografia | litografia | serigrafia | cerâmica | história | arqueologia |
  • 5. p/ Regina Silveira p/ Gerty Saruê p/ Lizárraga p/ Julio Plaza 1989 métodos (do possível) das associações (do existente) experimental (do pensamento) intertextualidade tradução intersemiótica
  • 6. ‘detonação’ da ideia | processo pergunta do matemático programador no escritório de computação gráfica em 1988: “O que uma artista, ainda mais uma ceramista, faz aqui com um computador?” resposta: “ O que você acha que tem dentro dele? Um monte de pedacinhos de cerâmica - sílica!” IDEIA SEM FORMA pré livros | pré alfabetos cerâmica | sílica | tecnologia pictogramas | hieróglifos informação codificada na apresentação do trabalho, do então aluno Renato Dib, em 1993: ossos colocados em círculo no chão insight ‘eureka!’ redondo (os referenciais de hardware ainda eram quadrados (flop discs, disquetes, zips, chips... não existia o CD) imediata visualização de um disco com 001100011010010 reconhecimento das 5 fases de Kneller – apreensão, preparação, incubação, iluminação e verificação método (do possível) do projeto - preparação do desenho, guias e ferramentas procedimentos das técnicas da cerâmica e da gravura
  • 7. métodos (do possível) do projeto e das associações (do existente) da redução fenomenológica - novos pontos de vista (do pensamento) recodificação - intertextualidade - intersemiótica - mito-poético - paradigmático - transcriação - analogia, associações - ‘textos’ da história - recicla o significado original - diálogo com a história - transferência do passado para o presente e vice versa B.C. Byte e signos ígneos primeiras peças do Projeto ‘B. C. Byte‘ |1993
  • 8. referência posterior ao comentário de Haroldo de Campos: “é o céu chinês” (Bi Disc, China, período Liangzhu, 3000 a.C. ) (do possível) do projeto e das associações (do pensamento) mito-poético ‘B.C. Byte’ (do possível) dos limites - no uso das técnicas da cerâmica e permutatório
  • 9. CD B.C. | B.C. Byte series | 1993-95
  • 10. acaso incorporado ao projeto configuração errada para impressora resultado de uma impressora matricial
  • 11. método permutatório B. C. Chips | 1993-95
  • 12. insight no Metropolitan Museum, NY | como apresentar os trabalhos
  • 13. incorporação do método museológico de exposição | 1995
  • 14. fóssil byte | 1993-1999
  • 15. (anterior ao filme ‘Jurassic Park’ ) ambar | 1995-96
  • 16. Menir Chip | 1993 (relacionaram aos objetos de Indiana Jones)
  • 17. B. C. Mouse | 1996-99
  • 18. Stela Byte | 1996-2000
  • 19.
  • 20. anterior ao conhecimento do filme ‘Stargate’
  • 21. Palimpsesto - do grego antigo παλίμψηστος / "palímpsêstos", πάλιν, "de novo" e ψάω, "riscar", ou seja, "riscar de novo“. Designa um pergaminho ou papiro cujo texto foi eliminado para permitir a reutilização. Esta prática foi adotada na Idade Média, sobretudo entre os séculos VII e XII, devido ao elevado custo do pergaminho. A eliminação do texto era feita através de lavagem ou, mais tarde, de raspagem com pedra pomes. A reutilização do suporte de escrita conduziu à perda de inúmeros textos antigos, a recuperação dos textos eliminados tem sido possível em muitos casos, através do recurso a tecnologias modernas.
  • 22. acaso incorporado ao projeto e-mails e arquivos recebidos incompreensíveis em consequência da incompatibilidades entre PC |Microsoft e Mac |Apple Palimpsestos |1996
  • 23.
  • 24. mito-poético - control_c | control_v - copy|paste – pode-se verificar a origem do texto citado
  • 25.
  • 26. métodos (do possível) das associações similaridade (do existente) da redução fenomenológica rompimento de uma antiga ordem novos pontos de vista renovando a visão do objeto (paradigmático) da recodificação - intertextualidade mito-poético tradução intersemiótica
  • 27. roseta byte | 1994 atuando como Artista etc (Ricardo Basbaum) artista professora curadora gestora e produtora cultural mUseum cowllection | 2000
  • 28. início do processo - método experimental - fazer qualquer coisa para sair da vacuidade mental - observar e coletar Dona Nineta residência de artista no Instituto Sacatar, Itaparica, Bahia, Brasil, 2003 referência para realização dos trabalhos
  • 29.
  • 30. trabalho integrado à dissertação de mestrado | 2003 2006
  • 32. Paço das Artes, São Paulo, Brasil | 2007 Exposição Control_C / Control_V, SESC Pompéia, São Paulo, Brasil | 2007
  • 33.
  • 34. Anta Grande da Comenda Alentejo, Portugal
  • 35. residência de artista, Oficinas do Convento, Montemor-o-Novo, Portugal | 2011 Pxcm1 a11 - DOC. I.R.B,F.A.M-o-Novo
  • 36. Pxci6 2b11 Pxci8 2b11 Pxcm17 2b11
  • 37.
  • 39. Série Marajoara | 2010 cerâmica marajoara
  • 40.
  • 42.
  • 47. B.C. Byte work in progress | métodos (do possível) - do projeto - elaboração de séries, estruturas, construção, visualização prévia dos objetos e operacionalização do fazer - do acaso - incorporação dos acasos mais ou menos controlados – busca de um resultado único - permutatório - esgotamento das matrizes gráficas em diversas combinações para novas soluções - dos limites - transgredir uma linguagem buscar romper e inovar os limites com a transposição e o conhecimento das técnicas - das associações - contiguidade e similaridade como eixos que estruturam o pensamento (do existente) - experimental - em alguns momentos na busca de um resultado estético concepção e realização são concomitantes - da redução fenomenológica novos pontos de vista, rompimento de uma antiga ordem, evidencia relação de ordem e forma (do pensamento) - da recodificação - intertextualidade e intersemiótica - mito-poético - control_c | control_v - copy|paste – pode-se verificar a origem do texto citado - paradigmático - transcriação analogia, associações ‘textos’ da história discordância e equivalência ao modelo apropriação control/c e control/v ou copy |paste recicla o significado original diálogo com a história – transferência do passado para o presente e vice versa projeto para reconfigurar tanto o passado como o presente
  • 48. Com o projeto ‘B. C. Byte’ busco construir uma ficção poética onde o passado e o presente se fundem em um só tempo a partir da elaboração de objetos que remetem aos achados arqueológicos pertencentes às coleções de Museus. Nestes objetos, alfabetos e símbolos ancestrais são substituídos ou confrontados por tecnológicos atuais; seus significados permanecem em suspensão com o intuito de propor novas percepções. Durante a residência de artista, usufruída em julho e agosto de 2011, realizei duas escavações fictícias com a colaboração de arqueólogos e profissionais de diversas áreas afins do local: os arqueólogos Sira Camacho e Carlos Carpetudo; a design de arqueologia Hermínia Santos; o antropólogo Pedro Grenha; Ana Cravosa e Nelson Santos do patrimônio histórico; o fotógrafo Tiago Fróis; o documentarista Rui Cacilhas, Maria Manuel e Mafalda Fernandes da produção e José Bexiga das relações públicas. Para minha surpresa a receptividade dos especialistas foi total e abriu a possibilidade de realização de exposições compostas pelas peças fictícias ‘descobertas’ e fotografias registro das falsas escavações em instituições que apresentam conteúdos histórico e arqueológico: na Biblioteca Municipal e no Centro Interpretativo do Castelo de Montemor-o-Novo, promovendo um passeio na parte mais antiga da cidade e finalizado no Convento de São Francisco. Esta experiência está registrada em documentário realizado por Rui Cacilhas (www.youtube.com/watch?v=Ba8H1NmZS1M) e nele percebe-se, durante a exposição dentro do contexto das descobertas arqueológicas no Castelo de Montemor-o-Novo, como o espaço de contexto histórico e científico predispõe nossa atenção para a aceitação de qualquer objeto ali camuflado. Na reação dos espectadores percebemos que o modo como os objetos estão sendo apresentados e o discurso estabelecido confere veracidade e sentido para sua existência e valor.
  • 49. Os objetos ali expostos tornam-se ruídos, mas nem sempre é percebido como tal pelo público visitante não especializado sem informações prévias ou uma observação atenta e a reflexão crítica ao que está sendo apresentado como conhecimento científico e história oficial fica em suspensão. O projeto ‘B. C. Byte’ propõe-se como um work in progress, assim, a pesquisa contínua envolvendo as áreas da arte, arqueologia, história e museologia estão sempre presentes em meu trabalho, assim como pesquisas técnicas para a realização dos objetos e demais componentes do trabalho que se façam necessários para apresentar a ideia – cerâmica, gravura, vídeo, fotografia etc. Permeando, conduzindo e construindo minha pesquisa, o foco é a relação ficção | construção. A classificação científica do objeto é um tipo de ficção quando o conhecimento é construído do empírico para o inteligível, a classificação transforma o objeto e esta classificação é uma invenção, um recurso heurístico para operar e conhecer o objeto, é circunstancial e diferente da classificação universal da natureza. O código museográfico impõe ‘objetividade’. O discurso apresentado: os objetos protegidos dentro de uma vitrine, o registro fotográfico das escavações e as informações históricas, estabelecem a ‘veracidade’ das peças. Esta história ficcional pseudo científica é apresentada na forma tradicional da museografia, onde o discurso ficcional é temperado com conteúdos da história oficial e informações científicas. Combinando fatos reais e pura fantasia, o resultado soa tanto impossível quanto plausível, o que pode levar o espectador a crer no conteúdo que lhe está sendo apresentado, o ‘acontecimento’ passa a ser ‘uma realidade’, mesmo sendo pura ficção. Nesta ‘história’ não há identificação de constituir uma obra poética na tentativa de provocar leituras críticas em relação ao discurso e exposição do conhecimento pelo Museu e seus objetos.
  • 50. parte das referências bibliográficas do ‘Projeto B. C. Byte’ ARNHEIM, Rudolf, Arte e percepção visual, São Paulo: Pioneira, 1984. BENNETT, Tony, The Birth of the Museum: History, Theory, Politics, London and New York: Routledge, 1995 BORGES, Jorge Luis, Ficções, São Paulo: Globo, 2001 BOURDIEU, Pierre e HAACKE, Hans, Livre Troca, Diálogos entre Ciência e Arte, São Paulo: Bertrand, 2002 CALVINO, Italo, Todas as Cosmicômicas, São Paulo: Companhia das Letras, 2007 CANCLINI, Néstor García, A Globalização Imaginada, São Paulo: Iluminuras, 2003 CRIMP, Douglas e LAWER, Louise, Sobre as Ruínas do Museu, São Paulo, Martins Fontes, 2005 DIDI-HUBERMAN, Georges, O Que Vemos e O Que Nos Olha, São Paulo: Ed. 34, 2010 DONATO, Eugenio, 'The Museum's Furnace: Notes Toward a Contextual Reading of Bouvard and Pécuchet'. In 'Textual Strategies: Perspective in Post-Structuralist Criticims'. New York: Cornell University Press, 1979 ECO, Umberto, A Busca da Língua Perfeita, Bauru: EDUSC, 2002 ____________, Entre a Mentira e a Ironia, Rio de Janeiro: Record, 2006 ____________, Os Limites da Interpretação, São Paulo: Perspectiva, 2004 ____________, Seis Passeios pelos Bosques da Ficção, São Paulo: Companhia das Letras, 1994 ____________, Viagem na Irrealidade Cotidiana, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984 FEDER, Kenneth L., Frauds Miths, and Mysteries: Science and Pseudoscience in Archaeology, New York: McGraw-Hill, 2008 FLAUBERT, Gustave, Bouvard e Pécuchet (trad. de: Bouvard e Pécuchet: Dictionnaire des Idées Reçues), São Paulo: Estação Liberdade, 2007 FLUSSER, Vilém, O Mundo Codificado, São Paulo: Cosac Naif, 2007 FOUCAULT, Michel, A Arqueologia do Saber, Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2002 _______________, A Ordem do Discurso, São Paulo: Loyola, 1996 _______________, As Palavras e as Coisas, São Paulo: Martins Fontes, 2007 _______________, Isto Não É Um Cachimbo, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988 GINZBURG, Carlo, Mitos, Emblemas e Sinais: morfologia e história, São Paulo: Companhia das Letras, 1989 ______________, O Fio e os Rastros: verdadeiro, falso, fictício, São Paulo: Companhia das Letras, 2007
  • 51. HOOPER-GREENHILL, Eilean (org.), Museum, Media, Message, London and New York: Routledge, 1999 KARP, Ivan e LAVINE, Steven D. (editores), Exhibiting Cultures: the Poetics and Politics of Museum Display, Washington and London: Smithsonian, 1991 KRAVAGNA, Christian e KUNSTHAUS BREGENZ (edit.), Museum as Arena - Institution-critical, Statements by Artists, Cologne: Verlag der Buchandlung Walter König, 2001 LIMA, Luiz Costa, História. Ficção. Literatura, São Paulo: Companhia das Letras, 2006 LIPPARD, Lucy R., Overlay: Contemporary Art and the Art of Prehistory, New York: Pantheon Books, 1983 MACHADO, Arlindo, ‘Formas Expressivas da Contemporaneidade’ IN Pré-cinemas e Pós-cinemas, São Paulo: Papirus, 1997 MALRAUX, André, O Museu Imaginário, (Trad. Isabel Saint-Aubyn), Lisboa: Edições 70, 2000 MANGUEL, Alberto e GUADALUPI, Gianni, Dicionário de Lugares Imaginários, São Paulo: Companhia das Letras, 2003 MARTIN, Jean-Hubert, 'Beyond Belief: The Museum as Metaphor' in Lynne Cooke & Peter Wollen (edit.), "Visual Display: Culture Beyond Appearances", New York: Bay Press, 1995 MCSHIRE, Kynaston , The Museum As Muse : Artists Reflect, New York: MoMA, 1999 MERLEAU-PONTY, Maurice, O Primado da Percepção e suas Consequências Filosóficas, São Paulo: Papirus, 1990 ______________________, O Visível e o Invisível, São Paulo: Perspectiva, 2000 MORIN, Edgar, A cabeça bem-feita: repensar a forma, reformar o pensamento. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002 NEWHOUSE, Vitoria, Art and the Power of Placement, New York: Monacelli, 2005 O’DOHERTY, Brian, No Interior do Cubo Branco: A Ideologia do Espaço da Arte, São Paulo: Martins Fontes, 2002 OLIO, Graciela, Fotocerámica. Procedimientos y Proceso de goma bicromatada directa, Buenos Aires: IUNA, 2009. ____________, Transferencias directas desde fotocopias, Buenos Aires: IUNA, 2009. ____________, Rasgos cerámico-gráficos, Buenos Aires: IUNA, 2009.
  • 52. PLAZA, Julio e TAVARES, Mônica, Processos Criativos com os meios eletrônicos: poéticas digitais. São Paulo: Hucitec, 1998 PUTNAM, James, Art and Artifact: The Museum as Medium, New York: Thames & Hudson, 2001 RAMOS, Francisco Regis Lopes, A Danação do Objeto: o Museu no Ensino de História, Chapecó: Argos, 2004 RENFREW, Colin, Figuring it Out - the parallel visions of artists and archaeologists, London: Thames and Hudson, 2003 HEIN, Hilde S., The Museum in Transition: A Philosophical Perspective, Washington and London: Smithsonian Institution Press, 2000 ROY, Véronique, Museu, Rio de Janeiro: Bertand Brasil, 2008 SALLES, Cecília Almeida. Redes de Criação: Construção da Obra de Arte. São Paulo: Horizonte, 2006 SANTOS, Myrian Sepúlveda dos, A Escrita do Passado em Museus Históricos, Rio de Janeiro: Garamound, MinC, IPHAN, DEMO, 2006 SCOTT, Paul, Cerámica y Tecnicas de Impresión, Barcelona: Ed. Gustavo Gili, 1997 SEMEDO, Alice e LOPES, João Teixeira (coorden.), Museus, Discursos e Representações, Porto: Edições Afrontamento, 2005 SHERMAN, Daniel J. & ROGOFF Irit (Editores), Museum Culture: Histories, Discourses, Spectacles, Mineapolis: University of Minesota Press, 1994 STROSBERG, Eliane, Art and Science, New York: Abbeville Press Publishers, 1999 THOMAS, Selma e MINTZ, Ann (editores). The Virtual and the Real: Media in the Museum, Washington: American Association of Museums, 1998 WAGNER Roy, A Invenção da Cultura, São Paulo: Cosac Naif, 2010 WEIL, Stephen E., A Cabinet of Curiosities: Inquires into Museums and theirs Prospects, Washington & London: Smithsonian Institution Press, 1995 WESCHLER, Lawrence, Mr. Wilson's Cabinet of Wonder, New York: Vintage Books, 1995