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Heidi Ponge Ferreira

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    Heidi Ponge Ferreira
1881 fundação 1ª entidade britânica de proteção ao menor:

  Society of The Prevention of Cruelty to Children
durante um encontro de proteção animal em Liverpool

       Society for the Protection of Animals

“Entre a brutalidade para com o animal e a crueldade
                  para com o homem,
           há uma só diferença: a vítima.”
               Alphonse de Lamartine (1790-1869)
Assembléia Geral da ONU - Resolução 40/34 de 29-11-85
“Pessoa que, individual ou coletivamente tenha sofrido danos, inclusive lesões físicas ou mentais,
sofrimento emocional, perda financeira ou diminuição substancial de seus direitos fundamentais, como
consequências de ações ou omissões que violem a legislação penal vigente, ... incluída a que prescreve o
abuso de poder.”


                                  Direito Penal brasileiro

               “vítima é o ofendido ou lesado, aquele que sofre ação ou omissão

            do autor do delito; sujeito passivo ou titular do bem jurídico lesado

                           (a vida, a liberdade, o patrimônio, etc)”


               Os animais, assim como as coisas inanimadas

                                 são objetos materiais

                        e não podem ser sujeitos passivos
meios de vitimização
             relações com o vitimizador

             VITIMIZADO

entendimento se aplica até mesmo ao meio ambiente.

             Justiça Restaurativa
               superar os conflitos

   em particular na anulação de desigualdades;

         entre as formas de vida inclusive
1988   Michigan State University
       trabalhos em abrigos locais

1990   proprietária de The Cat Clinics of Roswell
       trabalhos em órgãos de controle animal
       Gwinnet County Animal Control

2007   trabalho em tempo integral para ASPCA
       Treina veterinários e agentes da lei e do direito
CONSCIÊNCIA DE LIMITE
―descabelada‖
                                                                    Roupas
                                                                    ―peludas‖




                                                                   estilo casual
                                                                   ―desleixado‖
arranhaduras em                                                    vestir e morar
braços e pernas




             prefere gastar com gatos do que com cuidado pessoal
ISOLAMENTO
VOLUNTÁRIO
 por ruptura de
relações sociais


                              ACÚMULO DE    AMBIENTE SUJO
AUTONEGLIÊNCIA                   LIXO
abandono de higiene,
   saúde, nutrição


 NULA
 CONSCIÊNCIA
       do problema
                              SITUAÇÃO DE     APARÊNCIA
                                 MISÉRIA    COMPROMETIDA
             RENEGA
         mudança de vida ou
             conduta
Conhecido como
                   "animal hoarding"
              ou colecionismo de animais:

             o hábito de acumular bichos em casa

                Ainda não classificado no
Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais
            Distúrbio como pertencente a um
          grupo de transtornos colecionistas.

  ...dificuldade em achar especialistas no Brasil
INTERVENÇÃO CRIMINAL
         Animais = evidência
       manter em custódia judicial.
Caso/processo(s) demora meses ou anos.
          Berry et al, “ Long-term outcomes in animal cases”
                           4. Animal Law, 11: 167-194, 2005
I. Um modelo Alternativo




            1Três casos como exemplo
        pode haver um esforço por parte dos
                agentes interventores
 para desenvolver um relacionamento (amigável)
               com o acumuladores,...
para trabalhar com eles por uma solução apropriada
Colecionadores...
               sentem que tem a missão
             de evitar a morte dos animais.
       Há pessoas que possuem vários animais
         e são capazes de cuidar bem deles...
  alguma coisa acontece e surge um desiquilíbrio...
         algum tipo de perda, seja financeira
             ou de alguma pessoa querida.
 São facilmente identificadas em suas comunidades
      como "a mulher dos gatos", ou algo assim.
  E aí os vizinhos que não querem mais seus gatos
       vão jogá-los dentro da casa dessa mulher.
   E.. colecionadores podem procurar na internet.
Colecionadoras de animais hoje livres do problema
              não percebiam o problema
A melhor estratégia para começar a recuperação
             é criar um ambiente estável
      e evitar que colecionem mais animais.
       Muito difícil conseguir que as pessoas
              se desfaçam de seus bicho
            clínicas veterinárias e abrigos
         profissionais podem ficar de olho
            .puxá-los para uma conversa.
     falar sobre o estado de saúde dos animais
            e oferecer algum tipo de ajuda

NOS EUA são proibidos de criar animais novamente
  O problema: abrigos não espaçosos o bastante.
          Então....eles são sacrificados
1    liberdade fisiológica       (ausência de fome e de sede)

2    liberdade ambiental              (edificações adaptadas)

3.   liberdade sanitária     (ausência de doenças e de lesões)

4.   liberdade comportamental      (comportamentos normais)

5.   liberdade psicológica   (ausência de medo/de ansiedade)
MEDIAÇÃO
PREVENÇÃO


   MAUS TRATOS
    EVIDENTES
Infância juventude maturidade         meia-idade         senilidade

vínculo com animais   TOC / consumo                  diógenes
                                            distúrbios cognitivos
     separação / morte   hipocondria
            ―bullying‖                   depressão
                      drogas de abuso
                  abuso sexual
    VULNERABILIDADE ao CRIME e / ou ESTELIONATO
Referências: depoimentos em histórico de anamnese ―CONFISSÕES‖
OCULTAÇÃO DE LOCALIZAÇÃO
IDENTIDADE CIVIL OU JURÍDICA
PROTEÇÃO JURÍDICA OU SIGILO
FOME  INANIÇÃO
            ANOREXIA
•     Peso e condição corporal do animal;
          TACC – Tuft´s Animal Care and Condition

•      Mensuração de volume e valor nutricional do
    alimento;

•     Composição Corpórea:

           Privação de alimento ( FOME ) causa
      alterações enzimáticas e orgânicas próprias.

Allen, T.A., Toll, P.W. 1995 Medical implications of
   fasting and starvation. In Kirk´s current veterinary
   therapy XII:Small animal practice.
SISTEMA DE AVALIAÇÃO CORPORAL
               por parâmetros visuais

           ANIMAL SUBALIMENTADO
                 (caquexia extrema)

• costelas visíveis
• vértebras lombares         visíveis à distância;
• ossos pélvicos

• gordura corporal
• massa muscular                 não discernível;

           ANIMAL SUBALIMENTADO
              (comprometimento leve)

• costelas
• topo de vértebras lombares            visíveis;
• ossos pélvicos                  pouco visíveis;
• gordura corporal               pouco palpável;
• cintura e reentrância abdominal    evidentes;
ANIMAL IDEAL
                                        (alimentado sem excessos)
                                    •   costelas     palpáveis;
                                    •   costelas     um pouco visíveis;
                                    •   cintura      um pouco visível;
                                    •   abdômen      retraído;


                                    NOTA: expectativas exageradas =
                                          sobrepeso ou obesidade =
                                          comprometimento da saúde animal

            Direitos Autorais de Uso de Imagens NESTLÉ PURINA
Laflamme,D.P. Development and Validation of a Body Condition Score System for
                         Dogs. Canine Practice 1997
•
TERRENO



 CASA



 GAIOLA




CORRENTE
Condução da Ocorrência - Relativos ao Local
1. Entorno social ( Etnoveterinária – sociologia );
2. Inspeção Zoosanitária Padrão (critérios de Saúde Pública);
3. Condição alimentar, nutricional, hídrica (ou carência);
        recipientes e estoques de alimento / de água
5.   Dimensões do recinto / jaula e condições de confinamento;
        local para movimento e descanso (ou privação);
6.   Acesso a ar e luz (ou privação);
7.   Guarda responsável‖ ( ou omissão, imprudência)
        contensão, condução, agressão;
8.   Treinamento vicioso (ou imperícia, imprudência) :
        petrechos, objetos, contensão;
9. Trabalho (petrechos de trabalho / provocação / castigo)
10. Abandono(omissão) /descaso (negligência) - invasão de domicílio;
Condução da Ocorrência - Relativos ao Objeto de Perícia

1. espécie(s) envolvidas, número de cada espécie;
2. Identificação ( transponder ou chip, tatuagem, anelação, resenha técnica
     reconhecimento ( confronto e “atende por nome próprio” )
3. Fotografação / Transponder

4. ―Corpo de Delito” Animal:
    1. Estado nutricional e exterior descritivo,
    2. Alterações de pelame / plumagem,
    3. Lesões, ferimentos, soluções de continuidade, cicatrizes.
    4. Amputação o ausência de membros, órgãos, anexos,
    5. Amostras para identificação genética e exames complementares;

5.   SINAIS DE DOR;
6.   SINAIS DE MEDO;
7.   SINAIS DE ESTRESSE = síndrome geral de adaptação
8. Aspectos comportamentais gerais

1. relação com humanos (obediência, dominância, sociabilidade)
2. agressividade (dirigida a pessoas, adultos, crianças ou minorias
                     ao manuseio ou trato, no convívio,
                    entre outros cães, entre animais)
3. territoriabilidade
4. localização e espaço de fuga / postura
5. latidos e vocalizações

9. Avaliação encontrada no contexto social:

1. Utilidade (companhia, segurança, trabalho, exibição)
2. Valoração (estimativa de valor alegado, presumível, sentimental)
• The Hoarding Handbook: A Guide for Human Service Professionals
  Christiana Bratiotis, Cristina Sorrentino Schmalisch, Gail Steketee, 2011

• Stuff: Compulsive hoarding and the meaning of things [Contains a chapter
  on animal hoarding] Randy Frost and Gail Steketee, 2010

• A theoretical perspective to inform assessment and treatment strategies
  for animal hoarders
  Gary Patronek and Jane N Nathanson, Clincal Psychology Review, 2009

• Animal hoarding: Slipping into the darkness of co-morbid animal and self-
  neglect
  Jane N Nathanson, J Elder Abuse and Neglect, 2009

• The case of Barbara Erickson and her 552 dogs
  Arnold Arluke and Celeste Killeen, 2009

• ANIMAL HOARDING: Structuring Interdisciplinary Responses to Help
  People, Animals, and Communities at Risk Gary Patronek, Lynn Loar and
  Jane N Nathanson, eds, 2006
• Long-term outcomes in animal hoarding cases Colin Berry, Randy
  Lockwood, and Gary Patronek, Animal Law, 2005

• Normalizing passive cruelty:The excuses and justifications of animal
  hoarders Arnie Arluke and Maria Vaca-Guzman, Anthrozoos, 2004

• Health implications of animal hoarding HARC, Health & Social Work, 2002

• Press reports of animal hoarding Arnold Arluke & HARC, Anthrozoos, 2002

• The problem of animal hoarding Gary Patronek, Municipal Lawyer, 2001

• People who hoard animals Randy Frost & HARC, Psychiatric Times, 2001

• Hoarding of animals: an under-recognized problem in a difficult to study
  population Gary Patronek, Public Health Reports, 1999

• Tufts Animal Care and Condition Scales Lori Donley and Gary Patronek,
  2001
  These scales were also published in the textbook of Shelter Medicine, by
  Drs Lila Miller and Steve Zawistowski.
Heidi Ponge Ferreira

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    Heidi Ponge Ferreira
The Link Between
Violence Against Animals & Against Humans

  The Violence Connection

juízes, promotores e outros profissionais
                 da esfera
legal, psiquiatras, familiares, professores
O CASO MANÍACO DA CANTAREIRA
O CASO MANÍACO DA CANTAREIRA
Fazenda em Franco da Rocha 731
    quilômetros quadrados

         Juqueri
     • Manicômio Judiciário
blog.caosemdono.com.br




Denúncia em Franco da Rocha

 Foram quase 100 kg de ração
em menos de 3 horas dentro do hospital.
... deve ter mais ou menos uns 150 animais e dois cavalos.
O Caso Franco da Rocha -
Parte 2
                Conseguimos doar os
dois cavalos.
                Recolhemos 9 filhotes.

  Sra. Lurdinha (diretora do
complexo)
  autorizou ceder um espaço:
Veja São Paulo - O portal da cidade               03   O




    Cadáveres com dezenas de perfurações a faca...


          Ademir Oliveira do Rosário
     ...confessou o crime... Já fora condenado por

        atentado violento ao pudor e homicídio.

  Cumpria pena no Hospital de Custódia e Tratamento

Psiquiátrico de Franco da Rocha, em regime semi-aberto.
30.09.2007                       tv
                                     globo

O que diz o psiquiatra que deu o último laudo
sobre o homem que matou dois adolescentes?

“Ele era, tecnicamente falando, um psicopata”,
avalia o psiquiatra Charles Kiraly. “Eu disse que ele
era perigoso, que tinha periculosidade. A
possibilidade dele reincidir é grande”
O Globo – 27 de Setembro de 2007



        Maníaco confessa morte de irmãos e
         é suspeito de abusar de 11 jovens

       O assassino disse que teve visões de animais,
                      como leões [...]

            [...] os jovens foram mortos com uma
                        faca de cozinha...

             [...] ele chegou a ter relações sexuais
                   depois de morto (necrofilia).
27 de maio de 2007
Hellman e Blackman
       (1966)

      TRÍADE:
1. maus-tratos
2. atear fogo
3. enurese

    45 % crimes
       violentos
Karlsson 1997

 Lesões múltiplas
profundas e violentas
      sugerem
envolvimento e risco
à pessoa próxima do
      agressor.
CRUELDADE COM ANIMAIS
                    x
           VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
            CONTRA MULHERES:
            UMA CONEXÃO REAL
               Maria José Sales Padilha
                Psicóloga e Mestre em Educação
                 Georgia State University USA



DATA:         março a agosto de 2010
LOCAL :Pernambuco: Jaboatão dos Guararapes e Recife
        Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher
AMOSTRAGEM B.O. de mulheres de várias classes sociais
        “Lei Maria da Penha” Lei 11.340 de 07/08/2006
        453 questionários respondendo 9 perguntas.
PERFIL DA VÍTIMA:

1. Motivo da ocorrência
   37% violência física 28 % violência sexual
2. Idade das vítimas
    52 % + de 30 anos 32 % +de 25-30 anos
3. Escolaridade da vítima
   43% Ensino Fundamental Incompleto
   32% Ensino Fundamental Completo
4. Vítima possui animais em casa?
  25% não possui animais
  44% cães             26% gatos
5. O agressor já foi violento com os animais da
  casa ou com outros animais?
  51% já foi violento com os animais
PERFIL DO AGRESSOR:
• Qual(is) tipo(s) de violência para
  com os animais?
  50% espancamento físico
  30% privação
  22% chantagem
• Idade do agressor
   79 % + de 30 anos
   14% + de 25 a 30 anos
• Escolaridade do agressor
  13% Analfabetos
  30% Ensino Fundamental Incompleto
  33% Ensino Fundamental Completo
9. Agressor segundo sua proximidade familiar


   27% companheiro


   27% marido


   23% ex-companheiro


   16% ex-marido
Aggression and Violent
Behavior
 Volume 12, Issue 5, 2007, 493-
507
 Crime Classification and
Offender Typologies

Serial Murder and the
Psychology of Violent Crimes
1998      Cruelty to Animals and Interpersonal Violence:
          Readings in Research and Application

1998     Child Abuse, Domestic Violence, and Animal Abuse:
         Linking the Circles of Compassion for Prevention and Intervention

2001     Safe Havens for Pets: Guidelines for Programs Sheltering Pets
         for Women who are Battered.

       Children and Animals: Exploring the Roots of Kindness

The International Handbook of Theory and Research on Animal Abuse
                          and Cruelty
Suspeita de trauma
  não – acidental
    no animal
   sistemática o diagnóstico
Síndrome da Criança Espancada
   por analogia denominado
Síndrome do Animal Espancado
FATOR DE RISCO RELATIVO À FAMÍLIA

Indicadores:
• Relatos de histórias discrepantes sobre o trauma
• Os envolvidos não querem ou não conseguem explicar o que ocorreu
  no episódio do trauma
• As explicações sobre o trauma são vagas
• A narrativa não é compatível com a gravidade da apresentação clínica
• Não há demonstração de preocupação com o animal — naturalização
  do trauma
• Recorrência de acidentes com animais no ambiente familiar
• Nos acidentes recorrentes são acionados distintos serviços de saúde e
  profissionais para dificultar a detecção das causas reais
• Episódios ou mortes violentas entre os membros humanos da família
FATOR DE RISCO : EVIDENCIA
        NO EXAME CLÍNICO DO ANIMAL

Indicadores:
• Traumas múltiplos

• Lesões com estágios evolutivos distintos

• Sinais comportamentais não usuais do animal



• Raça: pit bulls e rottweilers

• Sexo: machos caninos

• Idade: cães e gatos menores de dois anos de idade e idosos
FATOR DE RISCO
            RELATIVO AO AGRESSOR

Indicadores:

• Sexo masculino

• Usuários de drogas

• Pertencentes a segmentos sociais menos favorecidos

• Portadores de Síndrome de Münchausen
Cruelty to
Animals and
Interpersonal
Violence:
Readings in
Research and
Application


Frank Ascione
1998
Child abuse,
domestic
violence, and
animal abuse:
linking the
circles of
compassion
for
prevention
and
intervention
Editores:
Frank R.
Animals, the
Law and
Veterinary
Medicine: A
Guide to
Vetrinary
Law

Orland A.
Soave

4ª Ed.
 2000
Criminal
Poisoning: An
Investigational
Guide for Law
Enforcement,
Toxicologists,
Forensic
Scientists, and
Attorneys

John H. Trestrail
Animal Cruelty:
Pathway to
Violence Against
People

Kathleen M.
Heide

2003
Into the Minds of
Madmen: How
the FBI's
Behavioral
Science Unit
Revolutionized
Crime
Investigation
Don DeNevi
John H.Campbell
Stephen Band
John E. Otto
Brute Force:
policing
animal cruelty
Arnold
Arluke.


2004
Children and
Animals:
Exploring the
Roots of Kindness
and Cruelty


Frank R Ascione
2005
Domestic violence at the
 margins: readings on
 race, class, gender, and
 culture
 edited by
 Natalie J. Sokoloff/
 Chiristina Pratt


 2005

7. The Intersectionality of
   Domestic
   Violence and Welfare
   in the Lives of Poor Women
Forensic
investigation of
animal cruelty:
a guide for
veterinary and
law enforcement
professionals
Leslie Sinclair
Melinada Merck
2006
Silent Victims:
Recognizing and
Stopping Abuse
of the Family
Pet
Tom Flanagan
Pamela
Carlisle-Frank


2006
Veterinary
forensics :
animal
cruelty
investigatio
ns


Melinda
Merck
2007
Introduction
to veterinary
and
comparative
forensic
medicine

John E. Cooper
Margaret E
Cooper
A motivação de ser
               bom vem da
           consciência de sua
          importância na vida
              das pessoas.
O cientista deve ter a consciência de como
   o seu trabalho pode criar uma vida
                 melhor....
       Roberto Shinyashiki ( psiquiatra )
    Trabalhe com amor no coração / setembro de 2007
Murar o medo, por Mia Couto


   Eis o que nos dizem: para superarmos as ameaças
domésticas precisamos de mais polícia, mais prisões, mais
segurança privada e menos privacidade. Para enfrentar as
  ameaças globais precisamos de mais exércitos, mais
  serviços secretos e a suspensão temporária da nossa
cidadania. Todos sabemos que o caminho verdadeiro tem
  que ser outro. Todos sabemos que esse outro caminho
começaria pelo desejo de conhecermos melhor esses que,
 de um e do outro lado, aprendemos a chamar de ―eles‖.
Heidi Ponge Ferreira

h.ponge@gmail.com

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  • 1. Heidi Ponge Ferreira h.ponge@gmail.com (11)9 9903 8799 heidiponge heidi.pongeferreir a Heidi Ponge Ferreira
  • 2. 1881 fundação 1ª entidade britânica de proteção ao menor: Society of The Prevention of Cruelty to Children durante um encontro de proteção animal em Liverpool Society for the Protection of Animals “Entre a brutalidade para com o animal e a crueldade para com o homem, há uma só diferença: a vítima.” Alphonse de Lamartine (1790-1869)
  • 3. Assembléia Geral da ONU - Resolução 40/34 de 29-11-85 “Pessoa que, individual ou coletivamente tenha sofrido danos, inclusive lesões físicas ou mentais, sofrimento emocional, perda financeira ou diminuição substancial de seus direitos fundamentais, como consequências de ações ou omissões que violem a legislação penal vigente, ... incluída a que prescreve o abuso de poder.” Direito Penal brasileiro “vítima é o ofendido ou lesado, aquele que sofre ação ou omissão do autor do delito; sujeito passivo ou titular do bem jurídico lesado (a vida, a liberdade, o patrimônio, etc)” Os animais, assim como as coisas inanimadas são objetos materiais e não podem ser sujeitos passivos
  • 4. meios de vitimização relações com o vitimizador VITIMIZADO entendimento se aplica até mesmo ao meio ambiente. Justiça Restaurativa superar os conflitos em particular na anulação de desigualdades; entre as formas de vida inclusive
  • 5.
  • 6. 1988 Michigan State University trabalhos em abrigos locais 1990 proprietária de The Cat Clinics of Roswell trabalhos em órgãos de controle animal Gwinnet County Animal Control 2007 trabalho em tempo integral para ASPCA Treina veterinários e agentes da lei e do direito
  • 7.
  • 9. ―descabelada‖ Roupas ―peludas‖ estilo casual ―desleixado‖ arranhaduras em vestir e morar braços e pernas prefere gastar com gatos do que com cuidado pessoal
  • 10.
  • 11.
  • 12.
  • 13.
  • 14.
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  • 16.
  • 17. ISOLAMENTO VOLUNTÁRIO por ruptura de relações sociais ACÚMULO DE AMBIENTE SUJO AUTONEGLIÊNCIA LIXO abandono de higiene, saúde, nutrição NULA CONSCIÊNCIA do problema SITUAÇÃO DE APARÊNCIA MISÉRIA COMPROMETIDA RENEGA mudança de vida ou conduta
  • 18.
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  • 42. Conhecido como "animal hoarding" ou colecionismo de animais: o hábito de acumular bichos em casa Ainda não classificado no Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais Distúrbio como pertencente a um grupo de transtornos colecionistas. ...dificuldade em achar especialistas no Brasil
  • 43. INTERVENÇÃO CRIMINAL Animais = evidência manter em custódia judicial. Caso/processo(s) demora meses ou anos. Berry et al, “ Long-term outcomes in animal cases” 4. Animal Law, 11: 167-194, 2005
  • 44. I. Um modelo Alternativo 1Três casos como exemplo pode haver um esforço por parte dos agentes interventores para desenvolver um relacionamento (amigável) com o acumuladores,... para trabalhar com eles por uma solução apropriada
  • 45.
  • 46.
  • 47.
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  • 49.
  • 50.
  • 51. Colecionadores... sentem que tem a missão de evitar a morte dos animais. Há pessoas que possuem vários animais e são capazes de cuidar bem deles... alguma coisa acontece e surge um desiquilíbrio... algum tipo de perda, seja financeira ou de alguma pessoa querida. São facilmente identificadas em suas comunidades como "a mulher dos gatos", ou algo assim. E aí os vizinhos que não querem mais seus gatos vão jogá-los dentro da casa dessa mulher. E.. colecionadores podem procurar na internet. Colecionadoras de animais hoje livres do problema não percebiam o problema
  • 52. A melhor estratégia para começar a recuperação é criar um ambiente estável e evitar que colecionem mais animais. Muito difícil conseguir que as pessoas se desfaçam de seus bicho clínicas veterinárias e abrigos profissionais podem ficar de olho .puxá-los para uma conversa. falar sobre o estado de saúde dos animais e oferecer algum tipo de ajuda NOS EUA são proibidos de criar animais novamente O problema: abrigos não espaçosos o bastante. Então....eles são sacrificados
  • 53.
  • 54.
  • 55.
  • 56.
  • 57.
  • 58. 1 liberdade fisiológica (ausência de fome e de sede) 2 liberdade ambiental (edificações adaptadas) 3. liberdade sanitária (ausência de doenças e de lesões) 4. liberdade comportamental (comportamentos normais) 5. liberdade psicológica (ausência de medo/de ansiedade)
  • 59.
  • 60. MEDIAÇÃO PREVENÇÃO MAUS TRATOS EVIDENTES
  • 61.
  • 62.
  • 63.
  • 64. Infância juventude maturidade meia-idade senilidade vínculo com animais TOC / consumo diógenes distúrbios cognitivos separação / morte hipocondria ―bullying‖ depressão drogas de abuso abuso sexual VULNERABILIDADE ao CRIME e / ou ESTELIONATO Referências: depoimentos em histórico de anamnese ―CONFISSÕES‖
  • 65.
  • 66. OCULTAÇÃO DE LOCALIZAÇÃO IDENTIDADE CIVIL OU JURÍDICA PROTEÇÃO JURÍDICA OU SIGILO
  • 67.
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  • 71.
  • 72. FOME INANIÇÃO ANOREXIA • Peso e condição corporal do animal; TACC – Tuft´s Animal Care and Condition • Mensuração de volume e valor nutricional do alimento; • Composição Corpórea: Privação de alimento ( FOME ) causa alterações enzimáticas e orgânicas próprias. Allen, T.A., Toll, P.W. 1995 Medical implications of fasting and starvation. In Kirk´s current veterinary therapy XII:Small animal practice.
  • 73. SISTEMA DE AVALIAÇÃO CORPORAL por parâmetros visuais ANIMAL SUBALIMENTADO (caquexia extrema) • costelas visíveis • vértebras lombares visíveis à distância; • ossos pélvicos • gordura corporal • massa muscular não discernível; ANIMAL SUBALIMENTADO (comprometimento leve) • costelas • topo de vértebras lombares visíveis; • ossos pélvicos pouco visíveis; • gordura corporal pouco palpável; • cintura e reentrância abdominal evidentes;
  • 74. ANIMAL IDEAL (alimentado sem excessos) • costelas palpáveis; • costelas um pouco visíveis; • cintura um pouco visível; • abdômen retraído; NOTA: expectativas exageradas = sobrepeso ou obesidade = comprometimento da saúde animal Direitos Autorais de Uso de Imagens NESTLÉ PURINA Laflamme,D.P. Development and Validation of a Body Condition Score System for Dogs. Canine Practice 1997
  • 75.
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  • 85. Condução da Ocorrência - Relativos ao Local 1. Entorno social ( Etnoveterinária – sociologia ); 2. Inspeção Zoosanitária Padrão (critérios de Saúde Pública); 3. Condição alimentar, nutricional, hídrica (ou carência); recipientes e estoques de alimento / de água 5. Dimensões do recinto / jaula e condições de confinamento; local para movimento e descanso (ou privação); 6. Acesso a ar e luz (ou privação); 7. Guarda responsável‖ ( ou omissão, imprudência) contensão, condução, agressão; 8. Treinamento vicioso (ou imperícia, imprudência) : petrechos, objetos, contensão; 9. Trabalho (petrechos de trabalho / provocação / castigo) 10. Abandono(omissão) /descaso (negligência) - invasão de domicílio;
  • 86. Condução da Ocorrência - Relativos ao Objeto de Perícia 1. espécie(s) envolvidas, número de cada espécie; 2. Identificação ( transponder ou chip, tatuagem, anelação, resenha técnica reconhecimento ( confronto e “atende por nome próprio” ) 3. Fotografação / Transponder 4. ―Corpo de Delito” Animal: 1. Estado nutricional e exterior descritivo, 2. Alterações de pelame / plumagem, 3. Lesões, ferimentos, soluções de continuidade, cicatrizes. 4. Amputação o ausência de membros, órgãos, anexos, 5. Amostras para identificação genética e exames complementares; 5. SINAIS DE DOR; 6. SINAIS DE MEDO; 7. SINAIS DE ESTRESSE = síndrome geral de adaptação
  • 87. 8. Aspectos comportamentais gerais 1. relação com humanos (obediência, dominância, sociabilidade) 2. agressividade (dirigida a pessoas, adultos, crianças ou minorias ao manuseio ou trato, no convívio, entre outros cães, entre animais) 3. territoriabilidade 4. localização e espaço de fuga / postura 5. latidos e vocalizações 9. Avaliação encontrada no contexto social: 1. Utilidade (companhia, segurança, trabalho, exibição) 2. Valoração (estimativa de valor alegado, presumível, sentimental)
  • 88.
  • 89.
  • 90. • The Hoarding Handbook: A Guide for Human Service Professionals Christiana Bratiotis, Cristina Sorrentino Schmalisch, Gail Steketee, 2011 • Stuff: Compulsive hoarding and the meaning of things [Contains a chapter on animal hoarding] Randy Frost and Gail Steketee, 2010 • A theoretical perspective to inform assessment and treatment strategies for animal hoarders Gary Patronek and Jane N Nathanson, Clincal Psychology Review, 2009 • Animal hoarding: Slipping into the darkness of co-morbid animal and self- neglect Jane N Nathanson, J Elder Abuse and Neglect, 2009 • The case of Barbara Erickson and her 552 dogs Arnold Arluke and Celeste Killeen, 2009 • ANIMAL HOARDING: Structuring Interdisciplinary Responses to Help People, Animals, and Communities at Risk Gary Patronek, Lynn Loar and Jane N Nathanson, eds, 2006
  • 91. • Long-term outcomes in animal hoarding cases Colin Berry, Randy Lockwood, and Gary Patronek, Animal Law, 2005 • Normalizing passive cruelty:The excuses and justifications of animal hoarders Arnie Arluke and Maria Vaca-Guzman, Anthrozoos, 2004 • Health implications of animal hoarding HARC, Health & Social Work, 2002 • Press reports of animal hoarding Arnold Arluke & HARC, Anthrozoos, 2002 • The problem of animal hoarding Gary Patronek, Municipal Lawyer, 2001 • People who hoard animals Randy Frost & HARC, Psychiatric Times, 2001 • Hoarding of animals: an under-recognized problem in a difficult to study population Gary Patronek, Public Health Reports, 1999 • Tufts Animal Care and Condition Scales Lori Donley and Gary Patronek, 2001 These scales were also published in the textbook of Shelter Medicine, by Drs Lila Miller and Steve Zawistowski.
  • 92.
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  • 108. Heidi Ponge Ferreira h.ponge@gmail.com (11) 9903 8799 heidiponge heidi.pongeferreir a Heidi Ponge Ferreira
  • 109. The Link Between Violence Against Animals & Against Humans The Violence Connection juízes, promotores e outros profissionais da esfera legal, psiquiatras, familiares, professores
  • 110.
  • 111.
  • 112.
  • 113. O CASO MANÍACO DA CANTAREIRA
  • 114. O CASO MANÍACO DA CANTAREIRA
  • 115. Fazenda em Franco da Rocha 731 quilômetros quadrados Juqueri • Manicômio Judiciário
  • 116. blog.caosemdono.com.br Denúncia em Franco da Rocha Foram quase 100 kg de ração em menos de 3 horas dentro do hospital. ... deve ter mais ou menos uns 150 animais e dois cavalos.
  • 117.
  • 118. O Caso Franco da Rocha - Parte 2 Conseguimos doar os dois cavalos. Recolhemos 9 filhotes. Sra. Lurdinha (diretora do complexo) autorizou ceder um espaço:
  • 119. Veja São Paulo - O portal da cidade 03 O Cadáveres com dezenas de perfurações a faca... Ademir Oliveira do Rosário ...confessou o crime... Já fora condenado por atentado violento ao pudor e homicídio. Cumpria pena no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico de Franco da Rocha, em regime semi-aberto.
  • 120. 30.09.2007 tv globo O que diz o psiquiatra que deu o último laudo sobre o homem que matou dois adolescentes? “Ele era, tecnicamente falando, um psicopata”, avalia o psiquiatra Charles Kiraly. “Eu disse que ele era perigoso, que tinha periculosidade. A possibilidade dele reincidir é grande”
  • 121. O Globo – 27 de Setembro de 2007 Maníaco confessa morte de irmãos e é suspeito de abusar de 11 jovens O assassino disse que teve visões de animais, como leões [...] [...] os jovens foram mortos com uma faca de cozinha... [...] ele chegou a ter relações sexuais depois de morto (necrofilia).
  • 122. 27 de maio de 2007
  • 123.
  • 124.
  • 125.
  • 126. Hellman e Blackman (1966) TRÍADE: 1. maus-tratos 2. atear fogo 3. enurese 45 % crimes violentos
  • 127. Karlsson 1997 Lesões múltiplas profundas e violentas sugerem envolvimento e risco à pessoa próxima do agressor.
  • 128. CRUELDADE COM ANIMAIS x VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA MULHERES: UMA CONEXÃO REAL Maria José Sales Padilha Psicóloga e Mestre em Educação Georgia State University USA DATA: março a agosto de 2010 LOCAL :Pernambuco: Jaboatão dos Guararapes e Recife Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher AMOSTRAGEM B.O. de mulheres de várias classes sociais “Lei Maria da Penha” Lei 11.340 de 07/08/2006 453 questionários respondendo 9 perguntas.
  • 129. PERFIL DA VÍTIMA: 1. Motivo da ocorrência 37% violência física 28 % violência sexual 2. Idade das vítimas 52 % + de 30 anos 32 % +de 25-30 anos 3. Escolaridade da vítima 43% Ensino Fundamental Incompleto 32% Ensino Fundamental Completo 4. Vítima possui animais em casa? 25% não possui animais 44% cães 26% gatos 5. O agressor já foi violento com os animais da casa ou com outros animais? 51% já foi violento com os animais
  • 130. PERFIL DO AGRESSOR: • Qual(is) tipo(s) de violência para com os animais? 50% espancamento físico 30% privação 22% chantagem • Idade do agressor 79 % + de 30 anos 14% + de 25 a 30 anos • Escolaridade do agressor 13% Analfabetos 30% Ensino Fundamental Incompleto 33% Ensino Fundamental Completo
  • 131. 9. Agressor segundo sua proximidade familiar 27% companheiro 27% marido 23% ex-companheiro 16% ex-marido
  • 132. Aggression and Violent Behavior Volume 12, Issue 5, 2007, 493- 507 Crime Classification and Offender Typologies Serial Murder and the Psychology of Violent Crimes
  • 133. 1998 Cruelty to Animals and Interpersonal Violence: Readings in Research and Application 1998 Child Abuse, Domestic Violence, and Animal Abuse: Linking the Circles of Compassion for Prevention and Intervention 2001 Safe Havens for Pets: Guidelines for Programs Sheltering Pets for Women who are Battered. Children and Animals: Exploring the Roots of Kindness The International Handbook of Theory and Research on Animal Abuse and Cruelty
  • 134.
  • 135.
  • 136.
  • 137.
  • 138.
  • 139. Suspeita de trauma não – acidental no animal sistemática o diagnóstico Síndrome da Criança Espancada por analogia denominado Síndrome do Animal Espancado
  • 140. FATOR DE RISCO RELATIVO À FAMÍLIA Indicadores: • Relatos de histórias discrepantes sobre o trauma • Os envolvidos não querem ou não conseguem explicar o que ocorreu no episódio do trauma • As explicações sobre o trauma são vagas • A narrativa não é compatível com a gravidade da apresentação clínica • Não há demonstração de preocupação com o animal — naturalização do trauma • Recorrência de acidentes com animais no ambiente familiar • Nos acidentes recorrentes são acionados distintos serviços de saúde e profissionais para dificultar a detecção das causas reais • Episódios ou mortes violentas entre os membros humanos da família
  • 141. FATOR DE RISCO : EVIDENCIA NO EXAME CLÍNICO DO ANIMAL Indicadores: • Traumas múltiplos • Lesões com estágios evolutivos distintos • Sinais comportamentais não usuais do animal • Raça: pit bulls e rottweilers • Sexo: machos caninos • Idade: cães e gatos menores de dois anos de idade e idosos
  • 142. FATOR DE RISCO RELATIVO AO AGRESSOR Indicadores: • Sexo masculino • Usuários de drogas • Pertencentes a segmentos sociais menos favorecidos • Portadores de Síndrome de Münchausen
  • 143.
  • 144.
  • 145.
  • 146.
  • 147.
  • 148.
  • 149.
  • 150.
  • 151. Cruelty to Animals and Interpersonal Violence: Readings in Research and Application Frank Ascione 1998
  • 152. Child abuse, domestic violence, and animal abuse: linking the circles of compassion for prevention and intervention Editores: Frank R.
  • 153. Animals, the Law and Veterinary Medicine: A Guide to Vetrinary Law Orland A. Soave 4ª Ed. 2000
  • 154. Criminal Poisoning: An Investigational Guide for Law Enforcement, Toxicologists, Forensic Scientists, and Attorneys John H. Trestrail
  • 155. Animal Cruelty: Pathway to Violence Against People Kathleen M. Heide 2003
  • 156. Into the Minds of Madmen: How the FBI's Behavioral Science Unit Revolutionized Crime Investigation Don DeNevi John H.Campbell Stephen Band John E. Otto
  • 158. Children and Animals: Exploring the Roots of Kindness and Cruelty Frank R Ascione 2005
  • 159. Domestic violence at the margins: readings on race, class, gender, and culture edited by Natalie J. Sokoloff/ Chiristina Pratt 2005 7. The Intersectionality of Domestic Violence and Welfare in the Lives of Poor Women
  • 160. Forensic investigation of animal cruelty: a guide for veterinary and law enforcement professionals Leslie Sinclair Melinada Merck 2006
  • 161. Silent Victims: Recognizing and Stopping Abuse of the Family Pet Tom Flanagan Pamela Carlisle-Frank 2006
  • 164. A motivação de ser bom vem da consciência de sua importância na vida das pessoas. O cientista deve ter a consciência de como o seu trabalho pode criar uma vida melhor.... Roberto Shinyashiki ( psiquiatra ) Trabalhe com amor no coração / setembro de 2007
  • 165. Murar o medo, por Mia Couto Eis o que nos dizem: para superarmos as ameaças domésticas precisamos de mais polícia, mais prisões, mais segurança privada e menos privacidade. Para enfrentar as ameaças globais precisamos de mais exércitos, mais serviços secretos e a suspensão temporária da nossa cidadania. Todos sabemos que o caminho verdadeiro tem que ser outro. Todos sabemos que esse outro caminho começaria pelo desejo de conhecermos melhor esses que, de um e do outro lado, aprendemos a chamar de ―eles‖.
  • 166.
  • 167. Heidi Ponge Ferreira h.ponge@gmail.com (11)9 9903 8799 heidiponge heidi.pongeferreir a Heidi Ponge Ferreira