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Primeira amostra de Ecocardiogramas Pediátricos
realizados em Hospital Universitário do
Rio Grande do Norte
AUTORES: Gisele C. P. Leite (gisele_leite@cardiol.br), Filipe M. P. da Câmara, Kaio C. A. N. Silva, Tassila G. Maia.
INSTITUIÇÃO: Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN),
Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC), Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL)
INTRODUÇÃO
As cardiopatias congênitas (CC) constituem-se no principal grupo de causas de
óbito infantil: o seu diagnóstico precoce é fundamental. Neste contexto, o
ecocardiograma (ECO) tem papel importante no seu rastreamento.
BIBLIOGRAFIA
1. Mathews TJ, MacDorman MF. Infant mortality statistics from 2006 period linked
birth/infant death data set. Natl Vital Stat Rep 2010; 58:1
2. Tennant PW, Pearce MS, Bythell M, Rankin J. 20-year survival of children born with
congenital anomalies: a population based-study. Lancet 2010. 375:649.
3. Hagemann, L. Epidemiologia pré-natal das cardiopatias congênitas Zielinsky,P. In
Cardiologia Fetal: Ciência e Prática. Rio de Janeiro: Revinter. 2006. p. 1-12.
4. HOFFMAN, J. I. E., KAPLAN, S. The Incidence of Congenital Heart Disease. Journal of the
American College of Cardiology. Vol. 39, N. 12, Jun. 2002.
MÉTODOS
Ao iniciar o serviço de ECO pediátrico em Maternidade terciária do Hospital
Universitário (HU), elaborou-se formulário ecocardiográfico padrão para
levantamento das cardiopatias encontradas. Posteriormente, fez-se análise
descritiva de todos os laudos dos ECO pediátricos realizados no período
de 22/10/13 a 11/02/15. Os achados foram classificados conforme a idade dos
pacientes, sendo esta dividida em períodos: Neonatal (Grupo I), Pós-neonatal
(Grupo II) e maiores de 1 ano de idade (grupo III). Os pacientes com mais de
um exame devido ao seguimento cardiológico, foram considerados apenas
como um diagnóstico definitivo.
CONCLUSÕES
Descreve-se primeiro levantamento de cardiopatias congênitas atendidas em
Maternidade terciária de HU do Estado. A partir da aplicação de formulário
ecocardiográfico padrão de modo sistemático, permitindo conhecimento
epidemiológico das CC no serviço de referência, pode-se estruturar um sistema
de informações sobre a investigação de pacientes com cardiopatias,
possibilitando melhorar a assistência e levantar dados que permitam traçar
planos de seguimento clínico, terapêutico e de prevenção primária.
RESULTADOS
Foram realizados 432 exames em 388 crianças (Tabela 01). No Grupo I houveram 163
exames em 150 neonatos, com idade variando de 1 a 28 dias, dos quais 7 (4,3%) foram
normais e 156 (95,7%) alterados (Tabela 01). As CC mais frequentes foram: 106 (70,7%)
Forame Oval Patente (FOP) e 72 (48%) Comunicação Interventricular (CIV) isolada. A
frequência de CC graves foi de 18% (27) (Figura 1). No Grupo II foram realizados 122
exames em 95 crianças, com idade variando de 29 a 353 dias, dos quais 17 (13,9%)
foram normais e 105 (86,1%) alterados (Tabela 01). As CC mais frequentes nesse grupo
foram: 57 (60%) FOP, 34 (35,8%) CIV e 30 (31,6%) Persistência do Canal Arterial. A
frequência de CC graves foi de 13,6% (13) nessa população (Figura 02). No Grupo III
foram feitos 147 exames em 143 crianças, com idade média de 7,3 ± 4,6 anos, dos quais
69 (46,9%) foram normais e 78 (53,1%) alterados (Tabela 01). As alterações mais
encontradas foram: 28 (19,6%) CIV e 21 (14,7%) Prolapso de Valva Mitral. A frequência
de CC graves foi de 1,4% (2) casos: 01 Coarctação de Aorta e 01 Tetralogia de Fallot.
Em se tratando de serviço em Maternidade terciária, o atendimento expressivo foi de
neonatos. Os exames do Grupo II e III foram de pacientes neonatais que mantiveram
seguimento e outros referenciados ao serviço.
Grupo Idade N º total de crianças Nº Total de exames Exames normais Exames alterados
Nº de Cardiopatias
Graves
I 1 a 28 dias 150 163 7 156 27
II 29 a 353 dias 95 122 17 105 13
III 7,3 ± 4,6 anos 143 147 69 78 2
Total 1 dia a 11,9anos 388 432 93 339 42
Tabela 01. Dados descritivos de pacientes pediátricos que realizaram ecocardiograma no Hospital Universitário do Rio Grande do Norte.
Figura 01. Descrição da ocorrência de cardiopatias graves nos pacientes pediátricos dos grupos I e II que realizaram o Ecocardiograma no
Hospital Universitário do Rio Grande do Norte.
*Hoffman e Kaplan (2002)
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