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PLANO DE AULA
CONTO: O PRIMEIRO BEIJO, de
Antonio Barreto
Público- alvo
 7º e/ou 8º ano.
Antonio Barreto
  Antonio Barreto (Antonio de Pádua Barreto Carvalho)
nasceu em Passos (MG) em 13 de junho de 1954.
Reside em Belo Horizonte desde 1973. Morou também
em algumas cidades do Oriente Médio, onde trabalhou
como projetista de Engenharia Civil, na construção de
estradas, pontes e ferrovias. Tem vários prêmios
nacionais e internacionais de literatura, para obras
inéditas e publicadas, nos gêneros: poesia, conto,
romance e literatura infanto-juvenil. Colabora com
textos críticos, poemas e artigos de opinião para “El
Clarín” (Buenos Aires), “Ror” (Barcelona); “Zidcht”
(Frankfurt), “Somam” (Bruxelas); ”: e outros
periódicos. Atualmente coordena a Coleção “Para Ler o
Mundo”, da Formato Editori.
Hoje em dia tem 70 anos.
Principais obras publicadas:
 Poesia: O sono provisório (Francisco Alves,
78); Vastafala (Scipione, 88).
 Contos: Os ambulacros das holotúrias/Reflexões de um
caramujo (UFMG, 90/93).
 Romance: A barca dos amantes (Lê, 90); A guerra dos
parafusos (José Olympio, 93).
 Infantis  e  Juvenis: Lua no varal e Isca de pássaro é
peixe na gaiola (Miguilim, 87, 89); A noite é um circo
sem lona (Record, 87); Livro das simpatias(RHJ,
90); Bombeiros do sol, com Graça Sette (José Olympio,
97); Brincadeiras de anjo, Tem um avião lá fora,
O velho pássaro da lua e Balada do primeiro
amor (FTD, 87, 87, 96, 97).
 Crônicas: Transversais do Mundo (Lê, 99)
 A sair: Zoonário (Mercuryo, 01), O menino que não
sonhava só (Mercuryo, 01).
OBJETIVOS
 Desenvolver as habilidades leitoras
e escritoras dos alunos, observando
o antes, o durante e o depois.
 Analisar o gênero textual: conto.
 Ampliar o gosto pela leitura.
 Trabalhar a intertextualidade e
interdiscusividade.
Situações de aprendizagem
Para essa situação serão trabalhadas
as seguintes capacidades de leitura:
• Capacidade de compreensão:
• Ativação de conhecimentos prévios.
PROFESSOR: você poderá perguntar aos alunos o que eles
acham que o texto irá tratar pelo título, quem seriam as
personagens, onde aconteceu a história, ou outras
perguntas que achar conveniente.
 Capacidade de apreciação, réplica
do leitor em relação ao texto.
PROFESSOR: A cada momentos em que os alunos forem
fazendo suas inferências, vá organizando ou simulando
hipóteses para que eles construam outras hipóteses durante
o desenrolar da história. Pare em alguns momentos e
pergunte a eles o que acham que aconteceu ou acontecerá e
reformule essas hipóteses.
Texto: O PRIMEIRO BEIJO
PROFESSOR: Apresente o texto, parando e fazendo
perguntas aos alunos.
Observe que há palavras que nossos alunos não as
utilizam no seu dia a dia. Verifique se eles conhecem o
vocabulário.
- O que seria “Cultura Inútil” para vocês? E para a
personagem do texto?
“Com o Cultura Inútil! Pode? Até que foi legal. Nem eu nem
ele sabíamos exatamente o que era "o beijo". Só de filme.
Estávamos virgens nesse assunto, e morrendo de medo.
Mas aprendemos. E foi assim...
Não sei se numa aula de Biologia ou de Química, o Culta.”
- Quem vocês acham que é essa pessoa denominada
“culta”?
- Por quê vocês acham isso?
“...tinha me mandado um dos seus milhares de bilhetinhos:
" Você é a glicose do meu metabolismo.
Te amo muito!
Paracelso"
- Vocês conhecem esse nome “Paracelso”?
Por volta do ano de 1.500, a medicina era considerada
ultrapassada, nesta época só se conhecia o tratamento de doenças
através de ervas, plantas e substâncias extraídas de animais. Não
se imaginava que a cura para alguns males estava nos recursos
minerais, foi aí que Paracelso, cujo nome verdadeiro era Phillipus
Aureolus Theophrastus Bombastus von Hohenheim, desempenhou
seu papel de médico e alquimista.
 É  dele  a  frase: “Todas  as  substâncias  são  venenos,  não 
existe nada que não seja veneno. Somente a dose correta 
diferencia o veneno do remédio.”  
- Será que foi à toa que o garoto escolheu esse nome?
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consome cerca de 12 calorias e acelera o coração de 70 para 
150 batidas por minuto. - Aí ele tomou coragem e pegou na 
minha mão.”
“Aí o bactéria falante  aproximou o rosto do meu e, tremendo, 
tirou  seus  óculos,  tirou  os  meus,  e  ficamos  nos  olhando,  de 
pertinho.  O  bastante  para  que  eu  descobrisse  que,  sem  os 
óculos,  seus  olhos  eram  bonitos  e  expressivos,  azuis  e 
brilhantes.  E  achei  gostoso  aquele  calorzinho  que  envolvia  o 
corpo da gente. Ele beijou a pontinha do meu nariz, fechei os 
olhos  e  senti  sua  respiração  ofegante.  Seus  lábios  tocaram  os 
meus.  Primeiro  de  leve,  depois  com  mais  força,  e  então  nos 
abraçamos de bocas coladas, por alguns segundos.”
 - Por quê o autor não disse apenas que as personagens se
beijaram e descreveu a cena do beijo com detalhes?
- Que palavras do texto “detalham” a cena?
- Qual a importância do uso desse recurso no texto?
- E depois do beijo na porta da casa, o que acontecerá com
as personagens? 
“Desci, cheguei em casa, nos beijamos de novo no portão 
do prédio, e aí ficamos apaixonados por vária semanas. 
Até que o mundo rolou...”
 - O que ela quis dizer com o mundo rolou?
“...as  luas  vieram  e  voltaram,  o  tempo  se  esqueceu  do 
tempo,  as  contas  de  telefone  aumentaram,  depois 
diminuíram...e  foi  ficando  nisso.  Normal.  Que  nem  meu 
primeiro beijo. Mas foi inesquecível!”
- Isso é comum acontecer com as pessoas? O namoro
acabar, como isso acontece?
BARRETO, Antonio. Meu primeiro beijo. Balada do primeiro
amor. São Paulo: FTD, 1977. p. 134-6.
Expicar aos alunos que esse conto é do livro descrito acima. 
Vocabulário
Como ampliação das atividades sobre o texto o professor
pode propor um estudo de vocabulários desconhecidos
pelos alunos com uso de dicionários.
Um exemplo de atividade:
O professor entrega aos alunos o texto, pedindo-lhes que
localizem palavras que desconhecem seu significado e
procurem-nas no dicionário, socializando em seguida o
resultado de sua pesquisa.
O professor pode também fazer uma intertextualidade
com a propaganda dos anos 80 muito famosa “o
primeiro Valisère a gente nunca esquece”. O professor
explica a propaganda, passa o vídeo e compara os
“textos”.
http://www.youtube.com/watch?v=Emr0uk4FoE4
O professor também pode trabalhar um outro texto
chamado de “O primeiro beijo”, de Clarice Lispector.
Há um vídeo de uma foto novela com o texto que o
professor poderá também passar para seus alunos.
http://www.youtube.com/watch?v=Mcl6vHuqR4U
Conclusão
O professor deve explorar ao máximo cada parte do
texto para que seus alunos se familiarizem com a
leitura. Quanto maior for o grau de intertextualidade
e de conhecimento de mundo dos alunos, será mais
proveitosa e afetiva a leitura de qualquer texto.
Referências Bibliográficas
BARRETO, Antonio. Meu primeiro beijo. Balada do primeiro amor. São Paulo: FTD,
1977. p. 134-6
DOLZ, Joaquim; SCHNEUWLY, Bernard. Gêneros e progressão em expressão oral e
escrita – elementos para reflexão sobre uma experiência suíça (francófona). In:
Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado das Letras, 2010.
LISPECTOR, Clarice. Felicidade Clandestina. Ed. Rocco, Rio de Janeiro, 1998.
ROJO, R. H. R. (2002) A concepção de leitor e produtor de textos nos PCNs: “Ler é
melhor do que estudar”. In M. T. A. Freitas & S. R. Costa (orgs) Leitura e Escrita na
Formação de Professores, PP.31-52. SP: Musa/ UFJF/INEP-COMPED.
Vygotsky, L. S. (1934) Pensée et Langage. Paris: Editions Sociales, 1985.
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Situação de aprendizagem o primeiro beijo

  • 1. PLANO DE AULA CONTO: O PRIMEIRO BEIJO, de Antonio Barreto
  • 2. Público- alvo  7º e/ou 8º ano.
  • 3. Antonio Barreto   Antonio Barreto (Antonio de Pádua Barreto Carvalho) nasceu em Passos (MG) em 13 de junho de 1954. Reside em Belo Horizonte desde 1973. Morou também em algumas cidades do Oriente Médio, onde trabalhou como projetista de Engenharia Civil, na construção de estradas, pontes e ferrovias. Tem vários prêmios nacionais e internacionais de literatura, para obras inéditas e publicadas, nos gêneros: poesia, conto, romance e literatura infanto-juvenil. Colabora com textos críticos, poemas e artigos de opinião para “El Clarín” (Buenos Aires), “Ror” (Barcelona); “Zidcht” (Frankfurt), “Somam” (Bruxelas); ”: e outros periódicos. Atualmente coordena a Coleção “Para Ler o Mundo”, da Formato Editori. Hoje em dia tem 70 anos.
  • 4. Principais obras publicadas:  Poesia: O sono provisório (Francisco Alves, 78); Vastafala (Scipione, 88).  Contos: Os ambulacros das holotúrias/Reflexões de um caramujo (UFMG, 90/93).  Romance: A barca dos amantes (Lê, 90); A guerra dos parafusos (José Olympio, 93).  Infantis  e  Juvenis: Lua no varal e Isca de pássaro é peixe na gaiola (Miguilim, 87, 89); A noite é um circo sem lona (Record, 87); Livro das simpatias(RHJ, 90); Bombeiros do sol, com Graça Sette (José Olympio, 97); Brincadeiras de anjo, Tem um avião lá fora, O velho pássaro da lua e Balada do primeiro amor (FTD, 87, 87, 96, 97).  Crônicas: Transversais do Mundo (Lê, 99)  A sair: Zoonário (Mercuryo, 01), O menino que não sonhava só (Mercuryo, 01).
  • 5. OBJETIVOS  Desenvolver as habilidades leitoras e escritoras dos alunos, observando o antes, o durante e o depois.  Analisar o gênero textual: conto.  Ampliar o gosto pela leitura.  Trabalhar a intertextualidade e interdiscusividade.
  • 6. Situações de aprendizagem Para essa situação serão trabalhadas as seguintes capacidades de leitura: • Capacidade de compreensão: • Ativação de conhecimentos prévios. PROFESSOR: você poderá perguntar aos alunos o que eles acham que o texto irá tratar pelo título, quem seriam as personagens, onde aconteceu a história, ou outras perguntas que achar conveniente.
  • 7.  Capacidade de apreciação, réplica do leitor em relação ao texto. PROFESSOR: A cada momentos em que os alunos forem fazendo suas inferências, vá organizando ou simulando hipóteses para que eles construam outras hipóteses durante o desenrolar da história. Pare em alguns momentos e pergunte a eles o que acham que aconteceu ou acontecerá e reformule essas hipóteses.
  • 8. Texto: O PRIMEIRO BEIJO PROFESSOR: Apresente o texto, parando e fazendo perguntas aos alunos. Observe que há palavras que nossos alunos não as utilizam no seu dia a dia. Verifique se eles conhecem o vocabulário. - O que seria “Cultura Inútil” para vocês? E para a personagem do texto?
  • 9. “Com o Cultura Inútil! Pode? Até que foi legal. Nem eu nem ele sabíamos exatamente o que era "o beijo". Só de filme. Estávamos virgens nesse assunto, e morrendo de medo. Mas aprendemos. E foi assim... Não sei se numa aula de Biologia ou de Química, o Culta.” - Quem vocês acham que é essa pessoa denominada “culta”? - Por quê vocês acham isso?
  • 10. “...tinha me mandado um dos seus milhares de bilhetinhos: " Você é a glicose do meu metabolismo. Te amo muito! Paracelso" - Vocês conhecem esse nome “Paracelso”? Por volta do ano de 1.500, a medicina era considerada ultrapassada, nesta época só se conhecia o tratamento de doenças através de ervas, plantas e substâncias extraídas de animais. Não se imaginava que a cura para alguns males estava nos recursos minerais, foi aí que Paracelso, cujo nome verdadeiro era Phillipus Aureolus Theophrastus Bombastus von Hohenheim, desempenhou seu papel de médico e alquimista.
  • 11.  É  dele  a  frase: “Todas  as  substâncias  são  venenos,  não  existe nada que não seja veneno. Somente a dose correta  diferencia o veneno do remédio.”  
  • 12. - Será que foi à toa que o garoto escolheu esse nome? - É um apelido comum? - Por que ele escolheu esse apelido e usava para assinar seu bilhete? - Qual matéria estuda as substâncias que ele utiliza para se comunicar? “ - Dependendo do beijo, a gente põe em ação 29 músculos,  consome cerca de 12 calorias e acelera o coração de 70 para  150 batidas por minuto. - Aí ele tomou coragem e pegou na  minha mão.”
  • 13. “Aí o bactéria falante  aproximou o rosto do meu e, tremendo,  tirou  seus  óculos,  tirou  os  meus,  e  ficamos  nos  olhando,  de  pertinho.  O  bastante  para  que  eu  descobrisse  que,  sem  os  óculos,  seus  olhos  eram  bonitos  e  expressivos,  azuis  e  brilhantes.  E  achei  gostoso  aquele  calorzinho  que  envolvia  o  corpo da gente. Ele beijou a pontinha do meu nariz, fechei os  olhos  e  senti  sua  respiração  ofegante.  Seus  lábios  tocaram  os  meus.  Primeiro  de  leve,  depois  com  mais  força,  e  então  nos  abraçamos de bocas coladas, por alguns segundos.”  - Por quê o autor não disse apenas que as personagens se beijaram e descreveu a cena do beijo com detalhes? - Que palavras do texto “detalham” a cena? - Qual a importância do uso desse recurso no texto?
  • 14. - E depois do beijo na porta da casa, o que acontecerá com as personagens?  “Desci, cheguei em casa, nos beijamos de novo no portão  do prédio, e aí ficamos apaixonados por vária semanas.  Até que o mundo rolou...”  - O que ela quis dizer com o mundo rolou?
  • 15. “...as  luas  vieram  e  voltaram,  o  tempo  se  esqueceu  do  tempo,  as  contas  de  telefone  aumentaram,  depois  diminuíram...e  foi  ficando  nisso.  Normal.  Que  nem  meu  primeiro beijo. Mas foi inesquecível!” - Isso é comum acontecer com as pessoas? O namoro acabar, como isso acontece? BARRETO, Antonio. Meu primeiro beijo. Balada do primeiro amor. São Paulo: FTD, 1977. p. 134-6. Expicar aos alunos que esse conto é do livro descrito acima. 
  • 16. Vocabulário Como ampliação das atividades sobre o texto o professor pode propor um estudo de vocabulários desconhecidos pelos alunos com uso de dicionários. Um exemplo de atividade: O professor entrega aos alunos o texto, pedindo-lhes que localizem palavras que desconhecem seu significado e procurem-nas no dicionário, socializando em seguida o resultado de sua pesquisa.
  • 17. O professor pode também fazer uma intertextualidade com a propaganda dos anos 80 muito famosa “o primeiro Valisère a gente nunca esquece”. O professor explica a propaganda, passa o vídeo e compara os “textos”. http://www.youtube.com/watch?v=Emr0uk4FoE4
  • 18. O professor também pode trabalhar um outro texto chamado de “O primeiro beijo”, de Clarice Lispector. Há um vídeo de uma foto novela com o texto que o professor poderá também passar para seus alunos. http://www.youtube.com/watch?v=Mcl6vHuqR4U
  • 19. Conclusão O professor deve explorar ao máximo cada parte do texto para que seus alunos se familiarizem com a leitura. Quanto maior for o grau de intertextualidade e de conhecimento de mundo dos alunos, será mais proveitosa e afetiva a leitura de qualquer texto.
  • 20. Referências Bibliográficas BARRETO, Antonio. Meu primeiro beijo. Balada do primeiro amor. São Paulo: FTD, 1977. p. 134-6 DOLZ, Joaquim; SCHNEUWLY, Bernard. Gêneros e progressão em expressão oral e escrita – elementos para reflexão sobre uma experiência suíça (francófona). In: Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado das Letras, 2010. LISPECTOR, Clarice. Felicidade Clandestina. Ed. Rocco, Rio de Janeiro, 1998. ROJO, R. H. R. (2002) A concepção de leitor e produtor de textos nos PCNs: “Ler é melhor do que estudar”. In M. T. A. Freitas & S. R. Costa (orgs) Leitura e Escrita na Formação de Professores, PP.31-52. SP: Musa/ UFJF/INEP-COMPED. Vygotsky, L. S. (1934) Pensée et Langage. Paris: Editions Sociales, 1985. http://www.youtube.com/watch?v=Mcl6vHuqR4U http://www.youtube.com/watch?v=Emr0uk4FoE4