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Pequenos Hospitais:
Secretários de Saúde
dos Estados discutiram
tema, que foi normati-
zado pelo Ministério da
Saúde no início do mês.
Pgs. 4 e 5
Artigo sobre os avanços
e o financiamento do
SUS, de Marcus
Pestana, Secretário de
Saúde de Minas Gerais
e Diretor
Extraordinário do
CONASS de Política de
Financiamento do SUS.
Pgs. 8 e 9
Veja também:
Amazonas sediou
Seminário para
discutir medicamentos
de alto custo.
Pg. 6
Amazônia LegalAmazônia Legal
CONASS defende mais
ousadia para obter
melhores resultados na
política diferenciada
para a região.
Pgs. 6 e 7
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consensus * junho / 20042
Medicamentos de alto custo
Consensus é uma publicação mensal
do Conselho Nacional de Secretários
de Saúde (CONASS),
de distribuição gratuita.
Os artigos assinados são de inteira
responsabilidade dos autores.
COORDENAÇÃO EDITORIAL
Gilson Cantarino O’Dwyer
Ana Luiza Wenke
André Falcão
Júlio Müller
René Santos
Ricardo F. Scotti
JORNALISTA RESPONSÁVEL
Ana Luiza Wenke
RP 4313/14/21v/DF
TEXTOS
Secretaria Executiva do CONASS
REVISÃO
Gisela Avancini
PROJETO GRÁFICO
E DIAGRAMAÇÃO
Fernanda Goulart
IMPRESSÃO E FOTOLITO
Formato Artes Gráficas
TIRAGEM
3.000 exemplares
ENDEREÇO E TELEFONE
Esplanada dos Ministérios (EMI),
Bloco G
Ministério da Saúde
Ed. Anexo – sala 148 B
70.058-900 – Brasília – DF
Tel: (61) 315-2206
Fax: (61) 315-2894
E-MAIL
conass@saude.gov.br
INTERNET
www.conass.com.br
DEDITORIAL
G
E
O tema Medicamentos de Dispensação em Caráter Excepcional é
prioritário para o conjunto dos Secretários Estaduais de Saúde e já foi
expresso formalmente pelo CONASS, no início de 2003, mediante ofí-
cio ao Ministro da Saúde.
O CONASS realizou um diagnóstico da gestão do programa em
cada Secretaria Estadual de Saúde, que serve de referencial para a
elaboração de material técnico para subsidiar a organização dos
serviços dessa área.
Com o objetivo de discutir tal diagnóstico, conhecer melhor os
pontos de estrangulamento por Estado e elaborar propostas coletivas
para melhorar a gestão do programa, a Secretária de Saúde do
Amazonas, Leny Passos, recebeu dia 4 de junho, os demais Secretários
Estaduais de Saúde e os respectivos coordenadores de Assistência
Farmacêutica, promovendo o Seminário do CONASS para a construção
de consensos sobre medicamentos de dispensação em caráter excep-
cional.
Tal Conselho vem negociando com o Ministério da Saúde a
redefinição do financiamento desse programa, com ênfase nas seguintes
propostas aprovadas por unanimidade em Assembléias e no Seminário
do Amazonas: a) correção da tabela de procedimentos, estabelecendo
valores que permitam a compra adequada, ou no mínimo, corres-
pondentes a 100% do menor preço utilizado em compras públicas com
atualização e revisão periódica; b) adoção de uma série de medidas
que permitam a redução de custos, tais como: a inclusão desses
medicamentos no Registro Nacional de Preços, a sua produção por
Laboratórios Oficiais e a compra centralizada de alguns itens.
Outra preocupação é o significativo número de mandados judiciais
que demandam o fornecimento de medicamentos de dispensação em
caráter excepcional.Tais demandas muitas vezes visam ao fornecimento
de novos medicamentos que sequer têm autorização de comercialização
no Brasil, e outros cujo uso não é compatível com os Protocolos
Clínicos e as Diretrizes Terapêuticas estabelecidos pelo Ministério da
Saúde.
Além disso, a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul e o
CONASS, em parceria com o Ministério da Saúde e o Ministério
Público Federal, estão promovendo, nos próximos dias 9 e 10 de julho,
em Porto Alegre, o Seminário: “O SUS e o poder judiciário na dispen-
sação de medicamentos excepcionais ”, com as presenças do Presidente
do Supremo Tribunal Federal, do Ministro da Saúde, do Procurador-
Geral da República, do Presidente do Superior Tribunal de Justiça, dos
Procuradores Regionais do Ministério Público Federal, do Presidente
da Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados, do Presidente da
Comissão de Assuntos Sociais do Senado, dos Presidentes do Conselho
Federal de Farmácia e do Conselho Federal de Medicina, do Diretor-presi-
dente da Anvisa, dos Presidentes dos Tribunais de Justiça dos Estados,
dos Secretários de Estado da Saúde e dos técnicos dessas instituições.
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DESTAQUEL
consensus * junho / 2004
Entre cinco estados brasileiros, um de cada
região, Goiás ficou em primeiro lugar, empatando
com São Paulo, em avaliação sobre o desempenho
nas áreas de Vigilância Epidemiológica e de
Prevenção e Controle de Doenças, realizada por
consultores do Centro de Controle e Prevenção de
Doenças dos Estados Unidos (CDC), contratados
pelo Ministério da Saúde. Em outra avaliação, que
envolveu áreas como gerenciamento em sistema de
informação, cobertura vacinal e ações de controle
de doenças, Goiás foi indicado como um dos seis
primeiros lugares.
Ao destacar tais informações, o Secretário de
Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde,
Jarbas Barbosa, afirmou que esse trabalho, o qual-
considera muito positivo, mostrado por um Estado
complexo e de população relativamente grande
para a região, é o resultado de uma continuidade
administrativa e da prioridade que a Secretaria de
Estado da Saúde de Goiás tem proporcionado ao
setor, com investimentos sérios em capacitação e
treinamento de recursos humanos.“Enquanto
alguns Estados pioraram em certos aspectos nesses
quatro anos, Goiás foi um dos que mais cresceu em
posições”.
Barbosa assinala que na avaliação em que ficou
entre os seis primeiros, Goiás não figurou na lista
dos três melhores exclusivamente porque em 2002
apresentou desempenho considerado ainda insatis-
fatório em relação à hanseníase e à dengue.“Mas
o resultado foi muito bom em todos os outros
itens, como tuberculose, cobertura do sistema vaci-
nal, cobertura do sistema de mortalidade, vi-
gilância do sarampo, paralisias agudas e vigilância
das meningites”.
Goiás e São Paulo bem avaliados nas áreas de Vigilância
Epidemiológica e de Prevenção e Controle de Doenças
Conferência Nacional de Saúde Bucal: nova data
Com o tema Acesso e Qua-
lidade Superando a Exclusão
Social, a 3ª Conferência Na-
cional de Saúde Bucal, pro-
movida pelo Conselho
Nacional de Saúde e pelo
Ministério da Saúde, será
realizada de 29 de julho a
O secretário de Saúde de Goiás, Fernando
Cupertino, credita o resultado positivo à dedicação de
toda a equipe da Secretaria e ao processo de descen-
tralização das ações de epidemiologia e controle da
dengue.“Conduzimos o trabalho por meio de um
processo harmônico com os municípios”, disse.
Jarbas Barbosa revela ainda que uma avaliação do
Vigisus buscou detectar a situação atual, as necessi-
dades e as fragilidades do sistema porque a partir de
julho começa a execução do Vigisus II.“Esse é um
acordo-empréstimo com volume total de recursos da
ordem de R$ 530 milhões, a serem aplicados entre
2004 e 2008”, explicou. Ele informa que parte da
verba será transferida mediante o desempenho dos
Estados e nova avaliação será realizada em 2006.“Os
Estados que estiverem além da meta vão receber um
adicional de 10%, enquanto quem estiver aquém vai
perder tal percentual”, concluiu.
1º de agosto, na Academia de
Tênis, em Brasília. No mês de
maio, ocorreu a etapa munici-
pal e em junho estão sendo
realizadas as Conferências
Estaduais de Saúde Bucal (ver
programação na página 12,
seção de Serviços).
Para ter acesso ao regi-
mento e a mais informações
sobre o evento, basta acessar
a página do Conselho
Nacional de Saúde, na
Internet, pelo endereço:
conselho.saude.gov.br
(sem www).
SECRETÁRIO
DE SAÚDE
DE GOIÁS,
FERNANDO
CUPERTINO.
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consensus * junho / 20044
D
O tema “Hospitais de Pequeno Porte” foi dis-
cutido em várias Assembléias do CONASS e cul-
minou no Simpósio Nacional sobre Hospitais de
Pequeno Porte, realizado em Sergipe, nos dias 23
e 24 de abril, contando com a presença dos
Secretários Estaduais de Saúde e do Secretário
de Atenção à Saúde, do Ministério da Saúde,
Jorge Solla.
Há um consenso de que tais hospitais, de
maneira geral, são inviáveis financeiramente e
precisam qualificar a assistência que prestam,
bem como sofrer um redirecionamento de sua
missão no sentido de serem resolutivos para o
quadro epidemiológico que se apresenta em cada
local.
Nesse Simpósio, promovido pela Secretaria de
Saúde do Estado de Sergipe, os Estados tiveram
a oportunidade de apresentar as experiências já
em andamento, bem como de debater e contribuir
para o aprimoramento da proposta apresentada
pelo Ministério.
Como produto das discussões entre o
Ministério da Saúde, o CONASS e o Conasems, a
Portaria MS/GM nº 1.044, de 1/6/2004, institu-
iu a Política Nacional para Hospitais de Pequeno
Porte, que redefine o papel dos estabelecimentos
de saúde com até 30 leitos, incrementando um
modelo de organização e financiamento para a
sua adequada inserção na rede hierarquizada de
atenção à saúde, agregando resolutividade e
qualidade entre as ações dos diferentes níveis de
complexidade.Tais hospitais devem, ainda, estar
localizados em municípios com até 30 mil
habitantes e com cobertura de mais de 70% do
Programa de Saúde da Família.
A adesão é voluntária por parte de Estados
e Municípios e depende, como passo inicial para
sua implantação, de uma resolução da
Comissão Intergestores Bipartite (CIB) que
defina a contrapartida da Secretaria Estadual.
A capacidade instalada atual desses hospi-
tais é de mais de 19 mil leitos, com grande
ociosidade que se reflete em taxa de ocupação
inferior a 30%. A proposta é aumentar essa
taxa para 80%, o que dispensaria a utilização
de mais de 12 mil desses leitos. O ajuste de tais
leitos é o primeiro passo para a implantação da
proposta. Os outros são: adequar o perfil assis-
tencial da unidade; implantar sistemas globais
Pequenos Hospitais na pauta de discussão entre Secr etá
Os medicamentos de dispensação em caráter excep-
cional, destinados a pacientes portadores de doenças
crônicas ou graves, representam o item de maior
impacto financeiro nos programas públicos de assistên-
cia farmacêutica em todo o Brasil. Segundo pesquisa
realizada pelo CONASS, do total de aproximadamente
R$ 1 bilhão que são gastos no país com medicamentos
de alto custo, os Estados arcam com cerca de 50%
desse valor.
Fazem parte desse grupo: medicamentos destinados
à hepatite, à insuficiência renal e aos transplantes. Não
estão incluídos os que tratam de doenças já atendidas
Distribuição de estabelecimentos de s
UF Unidades UF Unidades UF Unid
AC 4 AL 8 DF 0
AM 5 BA 25 GO 138
AP 9 CE 48 MS 25
PA 2 MA 26 MT 45
RO 8 PB 64
RR 5 PE 39
TO 10 PI 79
RN 82
SE 2
N 43 (3%) NE 373 (39%) CO 208
Fonte: CGAH – Departamento de Atenção Especializada – SAS/
de
pa
es
ní
si
da
cu
E
Pe
ci
pi
Secretários Estaduais de Saúde discutem em Manaus me
por programas específicos do Governo Federal, como
hanseníase, tuberculose e Aids.
“Esse tipo de assistência tem custos altos e cres-
centes em todo o país”, disse a Secretária de Saúde
do Amazonas, Leny Passos. Para analisar conjunta-
mente a questão e definir diretrizes e prioridades
para o programa em nível nacional, Secretários de
Saúde de todos os Estados brasileiros reuniram-se
em Manaus, no dia 4 de junho, no Seminário do
CONASS para Construção de Consensos.
Leny explicou que foram debatidos mais de dez
temas, incluindo financiamento, mandados judiciais
qu
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5consensus * junho / 2004
DESTAQUE
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ecr etários Estaduais de Saúde
Acre cria serviço para
dependentes químicos
em Hospital Geral
O Hospital Geral de Clínicas,
em Rio Branco, passa a ter ala
específica para dependentes
químicos. O Serviço de
Desintoxicação de Álcool e
Outras Drogas Simone Maria
Telles tem capacidade para 18
leitos. Segundo o Secretário de
Saúde do Acre, Cassiano de
Oliveira, o Estado é o primeiro da
federação a ter esse tipo de
atendimento em unidade como o
Hospital Geral.
Até a criação do Serviço de
Desintoxicação, os dependentes
químicos eram atendidos no
Hospital de Saúde Mental do
Acre (Hosmac). O ambiente,
segundo especialistas, não era
considerado apropriado para as
pessoas em tratamento de desin-
toxicação. “São pacientes muito
diferentes do ponto de vista clíni-
co e, portanto, devem ser trata-
dos em ambientes distintos. Nós
aceitamos o desafio de trazer
essa unidade para o Hospital
Geral de Clínicas”, avaliou o
diretor-geral do Hospital,Thor
Dantas.
O pavilhão contará com
equipe multidisciplinar composta
por médicos, psicólogos, assis-
tentes sociais, nutricionistas,
facilitadores educacionais, e
apoio das entidades que já tra-
balham com esse tipo de
paciente no Estado.
ntos de saúde por UF e região.
UF Unidades UF Unidades UF Unidades
DF 0 ES 6 PR 123
GO 138 MG 77 RS 59
MS 25 RJ 6 SC 47
MT 45 SP 41
CO 208 (21%) SE 130 (13%) S 229 (24%)
TOTAL: 983
izada – SAS/MS
de orçamentação; contratá-los mediante definição
pactuada de metas quantitativas e qualitativas;
estimular a organização da rede de atenção no
nível microrregional; flexibilizar o projeto, con-
siderando as propostas locais para suprir necessi-
dades da população.
As diversidades regionais fazem que tal dis-
cussão insira-se de maneira distinta nos diferentes
Estados. Atualmente, são 983 Hospitais de
Pequeno Porte que se enquadram nos critérios
citados anteriormente, localizados em 894 municí-
pios e assim distribuídos:
us medicamentos de alto custo
o
s-
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que obrigam o poder público a
fornecer medicamentos ainda
não incluídos nas listas oficiais,
tipos de patologias que devem
ou não fazer parte do progra-
ma, interferência da indústria
farmacêutica na prescrição de
determinados produtos, formas
de acesso aos medicamentos,
incorporação de novas tecnolo-
gias e organização dos progra-
mas estaduais. SECRETÁRIA DE SAÚDE
DO AMAZONAS, LENY PASSOS.
SECRETÁRIO
DE SAÚDE
DO ACRE,
CASSIANO DE
OLIVEIRA.
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consensus * junho / 20046
Fernando Dourado EN
O Plano estabelece como prioridade os seguintes eixos nor-
teadores: produção sustentável com tecnologia avançada; novo
padrão de financiamento; gestão ambiental e ordenamento territo-
rial; infra-estrutura para o desenvolvimento; inclusão social e
cidadania – eixo com o qual o setor Saúde mantém inserção mais
direta, por meio do componente Plano de Saúde da Amazônia
Legal.
O CONASS vem participando com o Ministério da Saúde da
implantação do Plano de Saúde da Amazônia Legal, por meio dos
respectivos Secretários de Saúde e das equipes técnicas dos nove
Estados que compõem a referida área de abrangência, e com o
apoio dos demais, transformando, assim, problemas regionais em
prioridade para todo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde.
O Jornal Consensus entrevistou o vice-presidente Fernando
Agostinho Cruz Dourado, Secretário do Pará, que coordena a re-
presentação do CONASS nesse Plano:
CONSENSUS: Qual a importância do Plano para o desenvolvi-
mento sustentável da Amazônia Legal?
FERNANDO DOURADO: O Plano de Desenvolvimento Sustentável
da Amazônia Legal está baseado, fundamentalmente, nas dificul-
dades da região. Essas são provocadas e agravadas por inúmeros
fatores, entre os quais destacamos: as dimensões continentais de
seus territórios, o difícil acesso e uma histórica exploração de seus
recursos. Em contrapartida, falta investimento para infra-estrutura
e há necessidade de se desenvolver ações intersetoriais e com-
O Plano de
Desenvolvimento
Sustentável da
Amazônia Legal é
uma iniciativa do
Governo Federal
(Presidência e
Ministérios da
Integração Nacional,
Planejamento, Meio
Ambiente, Minas e
Energia, Desen-
volvimento Agrário,
Justiça, Educação e
Saúde) e dos
Governos dos Estados
do Acre, Amazonas,
Amapá, Pará,
Rondônia, Roraima,
Tocantins, Mato
Grosso e Maranhão.
Saúde: um plano para a
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Fernando Dourado defende mais ousadia para o
na política diferenciada para a região e recebe
SECRETÁRIO
DE SAÚDE
DO PARÁ,
FERNANDO
DOURADO.
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7consensus * junho / 2004
do ENTREVISTA
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pensatórias, buscando diminuir
desigualdades e iniqüidades
existentes nessa região. Assim,
na área da saúde pública, urge
a necessidade preemente de
apoiar os gestores para o
desenvolvimento de ações
integradas que resultem em
maior qualidade e resolubili-
dade nas ações a serem desen-
volvidas. A desigualdade na alo-
cação dos recursos financeiros,
a baixa densidade popula-
cional, a baixa capacidade de
gestão dos pequenos municí-
pios, os gastos exorbitantes do
Tratamento Fora de Domicílio
(TFD), a situação de pre-
cariedade dos serviços de
média e alta complexidade, a
necessidade de capacitação de
recursos humanos e a dificul-
dade de fixação desses no inte-
rior dos Estados são alguns dos
problemas, que por si só, já
obrigam a realização de políti-
ca diferenciada para a região.
A luta pela concretização dessa
política é antiga, e há de se re-
gistrar que os resultados obti-
dos foram pouco satisfatórios.
Reconhecemos que o atual
Governo Federal tem dado
maior ênfase ao Plano que os
demais, tendo até mesmo pro-
movido algumas mudanças
concretas; entretanto penso que
uma maior ousadia talvez seja
o ingrediente que ainda falte
para que um gestor venha a
transformar-se, efetivamente,
em um baluarte nessa luta.
CONSENSUS: Como tem
ocorrido a co-responsabilidade
dos atores na região?
a para obter melhores resultados
recebe apoio dos demais Secretários Estaduais de Saúde
DOURADO: Acredito que essa maior ousadia tenha faltado aos
gestores estaduais e aos municipais também. Deixar de agir
somente sobre o imediato, ousar na integração dos serviços, for-
mar verdadeiras parcerias, tanto na utilização do já disponível,
como, e principalmente, na implantação e na oferta de novos
serviços, por certo minimizariam nossas deficiências. É verdade
que algo já andou, porém poderíamos ter feito mais.
CONSENSUS: Como é feito o financiamento ou o investimento
para a realização do plano?
DOURADO: Certamente as responsabilidades de nossos gestores
são muitas. Ainda que sejamos somente 12% da população
brasileira, representamos 61% do território brasileiro e regis-
tramos um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) abaixo
da média nacional. Nossos compromissos são enormes. Não é por
menos que na Amazônia encontramos o maior percentual de
Estados que cumprem a Emenda Constitucional nº 29. Afinal,
com tantos problemas e carências e com tão pouco co-financia-
mento por parte do Governo Federal, nessa região, também
encontramos os Estados com os menores índices per capita de
aplicação do Governo Federal; então, o cenário não poderia ser
diferente. Ressalte-se que a Assembléia Geral do CONASS,
inúmeras vezes, já deliberou por medidas que visem a implemen-
tação desse Plano, até mesmo considerando-o fundamental para
a consolidação dos princípios do SUS. Louve-se, também, a
decisão unânime de nossa Assembléia, mesmo diante de quadro
negativo de financiamento, em aprovar a diretriz na qual o
Ministério da Saúde deve promover política de redução dessas
desigualdades e reajustes desiguais a fim de buscar a tão sonhada
eqüidade. PARABÉNS a todos os nossos Secretários Estaduais.
Estaremos torcendo para que essa também seja a decisão e a
determinação do Ministério da Saúde.
REGIÃO DA
AMAZÔNIA
LEGAL.
.
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8
Uma idéia torna-se relevante quando se transforma
em força social e política. É essa a trajetória da refor-
ma sanitária sonhada por tantos nas décadas de 1960,
1970 e 1980. A partir de ampla mobilização da
sociedade civil organizada e de importantes segmentos
políticos, cristalizamos na Constituição de 1988 as
bases fundadoras do Sistema Único de Saúde. O texto
constitucional garante a saúde como direito de cidada-
nia e dever do Estado, tendo como princípios a univer-
salidade, a eqüidade e a integralidade. Para tanto,
prevê a descentralização do sistema, a ativa partici-
pação da comunidade e a ação solidária da União, dos
Estados e dos Municípios.
Os constituintes lançaram um ousado desafio para
as futuras gerações: construir um sistema de saúde
democrático que assegure o acesso de todos os
brasileiros e todas as brasileiras, sem nenhuma dis-
criminação (renda, gênero, raça, idade ou endereço), a
todas as formas de promoção, prevenção e assistência,
da mais simples ação de vacinação a mais complexa
cirurgia cardíaca, do analgésico mais barato ao mais
caro medicamento de dispensação em caráter excep-
cional.
É evidente que um país em desenvolvimento, mar-
cado por um Produto Interno Bruto (PIB) per capita
ainda baixo e por enormes restrições fiscais, enfrenta
grandes dificuldades de cumprir os dispositivos consti-
tucionais. O SUS constitucional – o SUS que quere-
mos, o SUS universal e não segmentado – deve ser
encarado como um desafio permanente, um horizonte
estratégico a ser conquistado passo a passo.
Convicção em relação aos princípios e ao rumo e per-
sistência no trabalho cotidiano são a receita para o
avanço contínuo e irreversível.
Até mesmo considerando todas as restrições e
todos os problemas, temos resultados a comemorar.
O SUS é o maior programa de inclusão social da
história brasileira. São quase 12 milhões de inter-
nações anuais, 1 bilhão de procedimentos na atenção
primária, 153 milhões de consultas médicas, 2,6 mi-
lhões de partos por ano, 251 milhões de exames la-
boratoriais, 132 milhões de atendimentos de alta
complexidade e 23 mil transplantes anuais. Números
impressionantes, ainda que tenhamos de avançar
muito na questão da qualidade.
O êxito de qualquer política pública depende de
três elementos básicos: estratégia correta a partir
de um preciso diagnóstico da realidade, capacida-
de gerencial para tirar as idéias do papel e padrão de
financiamento consistente. O rumo estratégico
brasileiro na saúde é correto e agrega amplo consen-
so. A capacidade gerencial tem melhorado mediante
uma maior profissionalização da gestão e do com-
bate a desperdícios e fraudes, embora a recente
descoberta de graves distorções nas compras de
hemoderivados e outros insumos pelo Ministério da
Saúde demonstre que muito precisamos avançar em
termos de controle e eficiência. Porém, o gargalo cen-
tral é o subfinanciamento do SUS.
MARCUS PESTANA
Secretário de Estado da Saúde do Governo de Minas Gerais
e Diretor Extraordinário do CONASS de Política de Financiamento do SUS
SUS: avanços e financiamento
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REFORMA SANITÁRIA
Gastos sanitários em países selecionados - 200
País Gasto per capita em US$ % d
Brasil 222
Chile 303
Uruguai 603
Argentina 679
Reino Unido 1.835
Suécia 2.150
Canadá 2.163
Estados Unidos 4.887
Fonte: World Health Organization (2003).
SECRETÁRIO
DE SAÚDE
DE MINAS GERAIS,
MARCUS PESTANA.
consensus * junho / 2004
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9consensus * junho / 2004
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INFORMAÇÕES TÉCNICAS
O gasto sanitário total per capi-
ta do Brasil, em 2001, foi de
US$ 222. Investimento muito
menor que o de países latino-ame-
ricanos, como Uruguai e Argentina,
e substancialmente inferior ao de
países desenvolvidos (ver tabela).
Isso agrava-se ao percebermos que
o percentual do gasto sanitário
público é inferior ao de países que
adotam modelos liberais de Estado
e sistemas não-universalistas de
saúde, como os EUA e o Chile.
Avançamos na viabilização da
CPMF, inicialmente pensada para
financiar exclusivamente a saúde, e
da Emenda Constitucional nº 29 -
vitórias insuficientes e ainda algo a
se consolidar. Não há mágica. Se
quisermos conquistar o SUS cons-
titucional, o Ministério da Saúde, a
Frente Parlamentar da Saúde, o
CONASS, o Conasems, os in-
telectuais e os profissionais da
saúde têm de colocar o assunto de
maneira clara e decisiva diante da
sociedade e de suas lideranças. Se
isso não for feito, a segmentação e
a exclusão avançarão, e a generosa
proposta da reforma sanitária
brasileira será mais uma utopia
solidarista arquivada nas gavetas
de nossa história.
.
DESTAQUE ASSEMBLÉIA E CIT
Proposta de alocação de novos recursos financeiros
À véspera da Assembléia do CONASS de 26 de maio, o
Ministério da Saúde apresentou uma proposta preliminar sobre a
alocação de novos recursos aos Limites Financeiros dos Estados
e dos respectivos Municípios, contemplando as seguintes iniciati-
vas: a) reajuste da tabela de procedimentos, com ênfase na média
complexidade; b) incorporação de novos serviços, especialmente
os financiados pelo Reforsus; c) impacto financeiro das políticas
já implantadas, ou em fase de pactuação; d) habilitação dos
Estados ainda não habilitados em Gestão Plena do Sistema; e
e) correção de iniqüidades regionais.
Esse tema, considerado prioritário pelos Secretários, foi discu-
tido na Assembléia, apesar da precariedade das informações
disponíveis.
Mesmo sem ter havido a prometida reunião prévia da direção
do Ministério com a do CONASS sobre o assunto, e sem infor-
mações sobre o impacto financeiro das medidas por Unidade da
Federação, a proposta foi aprovada na reunião da CIT de 27 de
maio, atendendo ao apelo do Ministério da Saúde.
Nessa CIT, o CONASS apresentou e registrou o seu posiciona-
mento: 1) apesar de considerar importante o reajuste da tabela,
não concorda que a maior parte dos recursos novos seja destina-
da para esse fim, pois não amplia o acesso de usuários ao sis-
tema; 2) manifesta preocupação com a proposta apresentada,
por não atender à principal reivindicação dos Estados quanto à
recomposição dos Limites Financeiros da Assistência de Média e
Alta Complexidade das Unidades da Federação; 3) antes de qual-
quer outro movimento de alocação, julga que o Ministério deve
destinar novos recursos para viabilizar a implantação da Progra-
mação Pactuada e Integrada (PPI) dos Estados; 4) acredita que
a incorporação de novos prestadores deve considerar todos os
tipos de serviços de saúde, estabelecidos por meio de investimen-
to com recursos públicos, não se restringindo apenas aos serviços
hospitalares construídos com recursos do projeto Reforsus;
5) defende que tal incorporação deve também considerar não só
os processos que estão na SAS/MS, mas também aqueles que
estão tramitando nos Estados; 6) solicita que o MS apresente
planilha com os impactos nos Limites Financeiros do reajuste da
tabela de procedimentos proposto, detalhada por UF; 7) defende
a elaboração de agenda, visando definir novas metodologias para
a alocação de recursos para 2005; 8) manifesta ainda posição
quanto à proposta de redução das iniqüidades regionais: o MS
deve apresentar as bases de cálculo usadas para definição dos
Estados que terão direito ao recebimento desse aumento em seus
tetos; e 9) considera que a discussão dos parâmetros e dos
critérios de alocação desses recursos nos Estados ainda deve ser
feita no GT da CIT de Financiamento, Orçamento e Alocação de
Recursos.
dos - 2001
$ % do gasto público
41,6
44,0
46,3
53,4
85,2
82,2
70,8
44,4
DELIBERAÇÕES
_9797_CON_JORNAL_FB_JC 11.06.04 11:54 Page 9
consensus * junho / 200410
PARAÍBA
O Secretário de Saúde do
Estado, José Joácio de Araújo
Morais, comemora a queda de
87,54% nos casos de dengue
no Estado. A SES registrou
8.253 notificações da doença,
entre os meses de janeiro e
abril do ano passado. Em
2004, foram computados
1.028 casos, de acordo com
levantamentos apresentados
pela coordenação de
Vigilância Ambiental da
Paraíba. Os resultados devem-
se ao tratamento focal, com
aplicação de produtos quími-
cos em depósitos com água.
RORAIMA
O Estado de Roraima já pode
se orgulhar de ter um Centro
de Referência de Saúde da
Mulher. Inaugurado no dia 28
de maio, o CRSM tem como
objetivo trabalhar um conjun-
to de ações efetivas, tendo em
vista a preocupação com a
necessidade de assegurar a
continuidade dos tratamentos
necessários para preservar a
Saúde Sexual e Reprodutiva
da Mulher.
GOIÁS
Um convênio da Secretaria de
Estado da Saúde com a
Associação de Assistência e
Proteção às Vítimas de
Queimaduras beneficiará cerca
de mil pacientes, durante 30
meses. Dados da entidade
indicam que cerca de 72% de
pacientes tratados pelo SUS
não recebem atendimento após
a cura das feridas. O Secretário
Fernando Cupertino explicou
que a parceria suprirá necessi-
dades como fisioterapia e uti-
lização de malhas especiais.
ESPÍRITO SANTO
As expectativas da população
em relação à Saúde, comanda-
da pelo Secretário João Felício
Scárdua, são muito positivas:
63% acreditam que a saúde vai
melhorar este ano. Os dados são
de pesquisa feita pelo Instituto
Futura por amostragem em
várias cidades do Estado. Os
números revelam ainda que
85% da população já utilizou
ou tem algum familiar que foi
atendido em hospital público.
Desses, 32% avaliaram que o
setor Saúde melhorou nesse
primeiro ano de governo do
Estado e 54% acreditam que a
qualidade do atendimento foi
mantida.
MARANHÃO
“Pedi minha exoneração do
cargo no dia 3 de junho. Não
poderia, entretanto, deixar de
escrevê-los para agradecer pela
colaboração solidária e compe-
tente durante meu período como
Secretária de Saúde do Estado
do Maranhão, e reiterar o que já
disse outras vezes sobre o
grande papel que o CONASS
vem desenvolvendo. Nossas
reuniões, para mim, foram muito
mais que grandes aprendizados
técnicos, representaram exce-
lentes momentos de convívio
entre novos amigos. Saio com
humildade, consciente do quão
pouco pude realizar nesse curto
período, especialmente no caso
do Maranhão, que ainda está em
descompasso tão grande frente
aos avanços que outros Estados
já conseguiram na organização
e na gestão da política de
saúde. Aqui, ainda estamos na
fase de difundi-la. Apesar da
decisão do desligamento, sinto-
me motivada pelo reconhecimen-
to popular sobre o trabalho que
conseguimos desenvolver no
período e isso não tem como
não resultar em suave sensação
de dever cumprido. Por favor,
transmitam meus sinceros
agradecimentos e um abraço
afetuoso a todos.” Sueli Tonial.
M
D
R
de
es
cr
po
E
po
m
Fa
em
um
m
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20
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JOSÉ JOÁCIO MORAIS
JOÃO FELÍCIO SCÁRDUA
SUELI TONIAL
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consensus * junho / 2004 11
a
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s
o
n-
e
o
l.
ESTADOS
*Informações fornecidas pelas
Assessorias de Comunicação das SES.
MINAS GERAIS
Depois de investir cerca de
R$ 7,5 milhões na produção
de medicamentos – recursos
estaduais e federais –, a Se-
cretaria de Estado da Saúde,
por meio da Fundação
Ezequiel Dias (Funed), res-
ponsável pela produção da
maioria dos produtos da
Farmácia Básica, inaugurou,
em novembro do ano passado,
uma nova fábrica. Em poucos
meses, eis o resultado: a
Funed atingiu a marca históri-
ca de 50 milhões de
unidades/mês em janeiro,
chegando a produzir em um
único dia 4,05 milhões de
unidades, número muito supe-
rior à média dos últimos anos
de 1,7 milhão de unidades/dia.
PARANÁ
A Secretaria de Saúde supe-
rou em mais de 17 pontos per-
centuais a meta estipulada
pelo Ministério da Saúde para
a Campanha de Vacinação dos
Idosos. O objetivo inicial era
que 70% da população, acima
dos 60 anos, deveriam ser
imunizados. Entretanto, o
número de pessoas vacinadas
foi de mais de 736 mil, o que
representa 87,8% dos idosos
no Paraná. Com tal resultado,
o Estado superou o número
dos anos anteriores. Em 2003,
o total foi de 83,3% e, em
2002, 76,2%.
AMAZONAS
A Secretária de Saúde do
Amazonas, Leny Passos, rece-
beu em maio o embaixador de
Cuba no Brasil, Pedro Nuñes
Mosqueira, para discutir a
implantação das fábricas de
medicamento e biolarvicida no
Estado, além do intercâmbio
científico com Cuba, conforme
foi definido no protocolo de
intenções, assinado pelos go-
vernos do Amazonas e cubano.
RIO DE JANEIRO
A Governadora do Estado do
Rio de Janeiro Rosinha
Garotinho e o Secretário Gilson
Cantarino criaram o programa
“Estado dá Saúde”, um dos
mais importantes incentivos aos
Municípios, que receberão um
aporte de cerca de R$ 80 mi-
lhões/ano do Tesouro Estadual.
A distribuição dos recursos será
feita conforme alguns indi-
cadores: 20% obedederão a
critério populacional e 80%,
a critérios de qualidade de vida,
tais como Produto Interno
Bruto (PIB), renda per capita,
taxa de mortalidade infantil,
entre outros.
AMAPÁ
Após ação conjunta do
Governador Waldez Góes e do
Secretário de Saúde Sebastião
Rocha, o Estado do Amapá
agora é Gestor Pleno da Saúde e
teve ampliação dos recursos do
SUS para R$ 25 milhões/ano.
Assim, o Estado já está
recebendo todo o dinheiro a
que tem direito para a
Assistência de Média e Alta
Complexidade. Antes gerencia-
dos pelo Fundo Nacional de
Saúde, os recursos passaram a
ser geridos pelo Fundo
Estadual de Saúde, que conta
com 12% de toda a
arrecadação do Estado.
DISTRITO FEDERAL
Abrir os Centros de Saúde aos
sábados. Essa foi a medida
adotada pela Secretaria de
Saúde, desde a segunda
quinzena de maio, para
desafogar o atendimento rea-
lizado durante a semana e dar
oportunidade a quem trabalha
nos dias úteis de obter atendi-
mento médico no fim de se-
mana. Estão sendo oferecidos
atendimentos nas especiali-
dades de clínica médica, gine-
cologia, pediatria e odontolo-
gia. “Dos quase seis milhões de
atendimentos realizados pela
rede, mais de 40% são de pes-
soas provenientes de cidades do
entorno e de outras Unidades
da Federação”, revela Arnaldo
Bernardino Alves, Secretário
de Saúde do DF.
SEBASTIÃO ROCHA
ARNALDO BERNARDINO
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PRESIDENTE: Gilson Cantarino O’Dwyer (RJ). VICE-PRESIDENTES: Álvaro Machado (AL), Fernando Dourado (PA),
João Paulo Esteves (MS), Osmar Terra (RS). SECRETÁRIOS ESTADUAIS DE SAÚDE: Altamir Ribeiro Lago (RR),
Álvaro Machado (AL), Arnaldo Bernardino (DF), Bruno Cristiano Figueiredo (PI), Carlos Coruja Agustini (SC),
Cassiano de Oliveira (AC), Cláudio Murilo Xavier (PR), Eduardo Alves Amorim (SE), Fernando Cupertino (GO),
Fernando Dourado (PA), Gilson Cantarino (RJ), Guilherme Robalinho (PE), Ivis Alberto Bezerra (RN), João Felício
Scárdua (ES), João Paulo Esteves (MS), José Antônio Alves (BA), José Joácio Morais (PB), Jurandi Frutuoso Silva (CE),
Leny Passos (AM), Luiz Roberto Barradas (SP), Marcos Henrique Machado (MT), Marcus Vinícius Pestana (MG),
Miguel Sena Filho (RO), Osmar Terra (RS), Petrônio Bezerra Lola (TO), Sebastião Rocha (AP), Sueli Tonial (MA).
SECRETÁRIO EXECUTIVO: Ricardo F. Scotti. ASSESSORIA TÉCNICA: Ana Luiza Wenke, Gisele Bahia, Júlio
Müller, Luis Fernando Rolim, Regina Nicoletti, René Santos, Rita Catanelli, Viviane Luiz. APOIO ADMINIS-
TRATIVO: Adriano Salgado, Carolina Abad, Júlio B. C. Filho, Luciana Tolêdo Lopes, Luciléia de Souza Santos, Paulo de
Paiva Arbués, Sheyla Ayala. CÂMARAS TÉCNICAS: Assistência Farmacêutica, Atenção à Saúde, Epidemiologia,
Gestão e Financiamento, Informação e Informática, Recursos Humanos, Vigilância Sanitária.
29 julho a 1o de agosto
Conferência Nacional de Saúde Bucal –
Brasília/DF
Conselho Nacional de
Saúde - Brasília/DF
2 e 3 de junho
7 e 8 de julho
Assembléia do CONASS -
Brasília/DF
16 de junho
14 de julho
Comissão Intergestores
Tripartite - Brasília/DF
17 de junho
15 de julho
Conferências Estaduais
de Saúde Bucal
AC – 3 e 4 de junho
AL – 27 e 28 de maio
AM – 1º a 4 de junho
AP – 7 e 8 de junho
BA – 27 e 28 de maio
CE – 10 a 12 de junho
DF – 3 a 5 de junho
ES – 2 a 4 de junho
GO – 3 a 5 de junho
MA – 7 a 9 de junho
MG – 7 a 10 de junho
MS – 7 e 8 de junho
MT – 1º a 4 de junho
PA – 18 e 19 de junho
PB – 26 e 27 de maio
PE – 4 a 6 de junho
PI – 3 a 5 de junho
PR – 4 e 5 de junho
RJ – 3 e 4 de junho
RN – 28 a 30 de maio
RO – 1º e 2 de junho
RR – 4 e 5 de junho
RS – 18 a 20 de junho
SC – 3 a 5 de junho
SE – 16 de junho
SP – 4 a 6 de junho
TO – 4 e 5 de junho
serviços
9 e 10 de julho
Seminário: “O SUS e o poder judiciário na dispen-
sação de medicamentos excepcionais”
(SES-RS/CONASS/MS/MPF) – Porto Alegre/RS
Em comemoração aos 10 anos de implementação do Programa Saúde da Família, o
Secretário de Saúde de Sergipe, Eduardo Amorim, e a Secretária Adjunta, Maria José
Evangelista, lançaram nos dias 26 de maio (na Assembléia do CONASS) e 2 de junho (na
Mostra de Saúde da Família), em Brasília, o livro A Real - Idade do PSF: conversando com
quem faz. Organizado pela enfermeira Maria de Fátima de Souza.
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Pequenos Hospitais no SUS

  • 1. Pequenos Hospitais: Secretários de Saúde dos Estados discutiram tema, que foi normati- zado pelo Ministério da Saúde no início do mês. Pgs. 4 e 5 Artigo sobre os avanços e o financiamento do SUS, de Marcus Pestana, Secretário de Saúde de Minas Gerais e Diretor Extraordinário do CONASS de Política de Financiamento do SUS. Pgs. 8 e 9 Veja também: Amazonas sediou Seminário para discutir medicamentos de alto custo. Pg. 6 Amazônia LegalAmazônia Legal CONASS defende mais ousadia para obter melhores resultados na política diferenciada para a região. Pgs. 6 e 7 _9797_CON_JORNAL_FB_JC 11.06.04 11:54 Page 1
  • 2. consensus * junho / 20042 Medicamentos de alto custo Consensus é uma publicação mensal do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), de distribuição gratuita. Os artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores. COORDENAÇÃO EDITORIAL Gilson Cantarino O’Dwyer Ana Luiza Wenke André Falcão Júlio Müller René Santos Ricardo F. Scotti JORNALISTA RESPONSÁVEL Ana Luiza Wenke RP 4313/14/21v/DF TEXTOS Secretaria Executiva do CONASS REVISÃO Gisela Avancini PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Fernanda Goulart IMPRESSÃO E FOTOLITO Formato Artes Gráficas TIRAGEM 3.000 exemplares ENDEREÇO E TELEFONE Esplanada dos Ministérios (EMI), Bloco G Ministério da Saúde Ed. Anexo – sala 148 B 70.058-900 – Brasília – DF Tel: (61) 315-2206 Fax: (61) 315-2894 E-MAIL conass@saude.gov.br INTERNET www.conass.com.br DEDITORIAL G E O tema Medicamentos de Dispensação em Caráter Excepcional é prioritário para o conjunto dos Secretários Estaduais de Saúde e já foi expresso formalmente pelo CONASS, no início de 2003, mediante ofí- cio ao Ministro da Saúde. O CONASS realizou um diagnóstico da gestão do programa em cada Secretaria Estadual de Saúde, que serve de referencial para a elaboração de material técnico para subsidiar a organização dos serviços dessa área. Com o objetivo de discutir tal diagnóstico, conhecer melhor os pontos de estrangulamento por Estado e elaborar propostas coletivas para melhorar a gestão do programa, a Secretária de Saúde do Amazonas, Leny Passos, recebeu dia 4 de junho, os demais Secretários Estaduais de Saúde e os respectivos coordenadores de Assistência Farmacêutica, promovendo o Seminário do CONASS para a construção de consensos sobre medicamentos de dispensação em caráter excep- cional. Tal Conselho vem negociando com o Ministério da Saúde a redefinição do financiamento desse programa, com ênfase nas seguintes propostas aprovadas por unanimidade em Assembléias e no Seminário do Amazonas: a) correção da tabela de procedimentos, estabelecendo valores que permitam a compra adequada, ou no mínimo, corres- pondentes a 100% do menor preço utilizado em compras públicas com atualização e revisão periódica; b) adoção de uma série de medidas que permitam a redução de custos, tais como: a inclusão desses medicamentos no Registro Nacional de Preços, a sua produção por Laboratórios Oficiais e a compra centralizada de alguns itens. Outra preocupação é o significativo número de mandados judiciais que demandam o fornecimento de medicamentos de dispensação em caráter excepcional.Tais demandas muitas vezes visam ao fornecimento de novos medicamentos que sequer têm autorização de comercialização no Brasil, e outros cujo uso não é compatível com os Protocolos Clínicos e as Diretrizes Terapêuticas estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Além disso, a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul e o CONASS, em parceria com o Ministério da Saúde e o Ministério Público Federal, estão promovendo, nos próximos dias 9 e 10 de julho, em Porto Alegre, o Seminário: “O SUS e o poder judiciário na dispen- sação de medicamentos excepcionais ”, com as presenças do Presidente do Supremo Tribunal Federal, do Ministro da Saúde, do Procurador- Geral da República, do Presidente do Superior Tribunal de Justiça, dos Procuradores Regionais do Ministério Público Federal, do Presidente da Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados, do Presidente da Comissão de Assuntos Sociais do Senado, dos Presidentes do Conselho Federal de Farmácia e do Conselho Federal de Medicina, do Diretor-presi- dente da Anvisa, dos Presidentes dos Tribunais de Justiça dos Estados, dos Secretários de Estado da Saúde e dos técnicos dessas instituições. _9797_CON_JORNAL_FB_JC 11.06.04 11:54 Page 2
  • 3. 3 sal ios S), ta. ira es. IAL yer nke ão ler tos otti VEL nke DF TOS SS SÃO cini ICO ÇÃO art ITO cas EM res NE I), o G úde B DF 06 94 AIL .br NET .br DESTAQUEL consensus * junho / 2004 Entre cinco estados brasileiros, um de cada região, Goiás ficou em primeiro lugar, empatando com São Paulo, em avaliação sobre o desempenho nas áreas de Vigilância Epidemiológica e de Prevenção e Controle de Doenças, realizada por consultores do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), contratados pelo Ministério da Saúde. Em outra avaliação, que envolveu áreas como gerenciamento em sistema de informação, cobertura vacinal e ações de controle de doenças, Goiás foi indicado como um dos seis primeiros lugares. Ao destacar tais informações, o Secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, afirmou que esse trabalho, o qual- considera muito positivo, mostrado por um Estado complexo e de população relativamente grande para a região, é o resultado de uma continuidade administrativa e da prioridade que a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás tem proporcionado ao setor, com investimentos sérios em capacitação e treinamento de recursos humanos.“Enquanto alguns Estados pioraram em certos aspectos nesses quatro anos, Goiás foi um dos que mais cresceu em posições”. Barbosa assinala que na avaliação em que ficou entre os seis primeiros, Goiás não figurou na lista dos três melhores exclusivamente porque em 2002 apresentou desempenho considerado ainda insatis- fatório em relação à hanseníase e à dengue.“Mas o resultado foi muito bom em todos os outros itens, como tuberculose, cobertura do sistema vaci- nal, cobertura do sistema de mortalidade, vi- gilância do sarampo, paralisias agudas e vigilância das meningites”. Goiás e São Paulo bem avaliados nas áreas de Vigilância Epidemiológica e de Prevenção e Controle de Doenças Conferência Nacional de Saúde Bucal: nova data Com o tema Acesso e Qua- lidade Superando a Exclusão Social, a 3ª Conferência Na- cional de Saúde Bucal, pro- movida pelo Conselho Nacional de Saúde e pelo Ministério da Saúde, será realizada de 29 de julho a O secretário de Saúde de Goiás, Fernando Cupertino, credita o resultado positivo à dedicação de toda a equipe da Secretaria e ao processo de descen- tralização das ações de epidemiologia e controle da dengue.“Conduzimos o trabalho por meio de um processo harmônico com os municípios”, disse. Jarbas Barbosa revela ainda que uma avaliação do Vigisus buscou detectar a situação atual, as necessi- dades e as fragilidades do sistema porque a partir de julho começa a execução do Vigisus II.“Esse é um acordo-empréstimo com volume total de recursos da ordem de R$ 530 milhões, a serem aplicados entre 2004 e 2008”, explicou. Ele informa que parte da verba será transferida mediante o desempenho dos Estados e nova avaliação será realizada em 2006.“Os Estados que estiverem além da meta vão receber um adicional de 10%, enquanto quem estiver aquém vai perder tal percentual”, concluiu. 1º de agosto, na Academia de Tênis, em Brasília. No mês de maio, ocorreu a etapa munici- pal e em junho estão sendo realizadas as Conferências Estaduais de Saúde Bucal (ver programação na página 12, seção de Serviços). Para ter acesso ao regi- mento e a mais informações sobre o evento, basta acessar a página do Conselho Nacional de Saúde, na Internet, pelo endereço: conselho.saude.gov.br (sem www). SECRETÁRIO DE SAÚDE DE GOIÁS, FERNANDO CUPERTINO. _9797_CON_JORNAL_FB_JC 11.06.04 11:54 Page 3
  • 4. consensus * junho / 20044 D O tema “Hospitais de Pequeno Porte” foi dis- cutido em várias Assembléias do CONASS e cul- minou no Simpósio Nacional sobre Hospitais de Pequeno Porte, realizado em Sergipe, nos dias 23 e 24 de abril, contando com a presença dos Secretários Estaduais de Saúde e do Secretário de Atenção à Saúde, do Ministério da Saúde, Jorge Solla. Há um consenso de que tais hospitais, de maneira geral, são inviáveis financeiramente e precisam qualificar a assistência que prestam, bem como sofrer um redirecionamento de sua missão no sentido de serem resolutivos para o quadro epidemiológico que se apresenta em cada local. Nesse Simpósio, promovido pela Secretaria de Saúde do Estado de Sergipe, os Estados tiveram a oportunidade de apresentar as experiências já em andamento, bem como de debater e contribuir para o aprimoramento da proposta apresentada pelo Ministério. Como produto das discussões entre o Ministério da Saúde, o CONASS e o Conasems, a Portaria MS/GM nº 1.044, de 1/6/2004, institu- iu a Política Nacional para Hospitais de Pequeno Porte, que redefine o papel dos estabelecimentos de saúde com até 30 leitos, incrementando um modelo de organização e financiamento para a sua adequada inserção na rede hierarquizada de atenção à saúde, agregando resolutividade e qualidade entre as ações dos diferentes níveis de complexidade.Tais hospitais devem, ainda, estar localizados em municípios com até 30 mil habitantes e com cobertura de mais de 70% do Programa de Saúde da Família. A adesão é voluntária por parte de Estados e Municípios e depende, como passo inicial para sua implantação, de uma resolução da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) que defina a contrapartida da Secretaria Estadual. A capacidade instalada atual desses hospi- tais é de mais de 19 mil leitos, com grande ociosidade que se reflete em taxa de ocupação inferior a 30%. A proposta é aumentar essa taxa para 80%, o que dispensaria a utilização de mais de 12 mil desses leitos. O ajuste de tais leitos é o primeiro passo para a implantação da proposta. Os outros são: adequar o perfil assis- tencial da unidade; implantar sistemas globais Pequenos Hospitais na pauta de discussão entre Secr etá Os medicamentos de dispensação em caráter excep- cional, destinados a pacientes portadores de doenças crônicas ou graves, representam o item de maior impacto financeiro nos programas públicos de assistên- cia farmacêutica em todo o Brasil. Segundo pesquisa realizada pelo CONASS, do total de aproximadamente R$ 1 bilhão que são gastos no país com medicamentos de alto custo, os Estados arcam com cerca de 50% desse valor. Fazem parte desse grupo: medicamentos destinados à hepatite, à insuficiência renal e aos transplantes. Não estão incluídos os que tratam de doenças já atendidas Distribuição de estabelecimentos de s UF Unidades UF Unidades UF Unid AC 4 AL 8 DF 0 AM 5 BA 25 GO 138 AP 9 CE 48 MS 25 PA 2 MA 26 MT 45 RO 8 PB 64 RR 5 PE 39 TO 10 PI 79 RN 82 SE 2 N 43 (3%) NE 373 (39%) CO 208 Fonte: CGAH – Departamento de Atenção Especializada – SAS/ de pa es ní si da cu E Pe ci pi Secretários Estaduais de Saúde discutem em Manaus me por programas específicos do Governo Federal, como hanseníase, tuberculose e Aids. “Esse tipo de assistência tem custos altos e cres- centes em todo o país”, disse a Secretária de Saúde do Amazonas, Leny Passos. Para analisar conjunta- mente a questão e definir diretrizes e prioridades para o programa em nível nacional, Secretários de Saúde de todos os Estados brasileiros reuniram-se em Manaus, no dia 4 de junho, no Seminário do CONASS para Construção de Consensos. Leny explicou que foram debatidos mais de dez temas, incluindo financiamento, mandados judiciais qu fo nã tip ou m fa de de in gia m _9797_CON_JORNAL_FB_JC 11.06.04 11:54 Page 4
  • 5. 5consensus * junho / 2004 DESTAQUE do s ra . is da - ecr etários Estaduais de Saúde Acre cria serviço para dependentes químicos em Hospital Geral O Hospital Geral de Clínicas, em Rio Branco, passa a ter ala específica para dependentes químicos. O Serviço de Desintoxicação de Álcool e Outras Drogas Simone Maria Telles tem capacidade para 18 leitos. Segundo o Secretário de Saúde do Acre, Cassiano de Oliveira, o Estado é o primeiro da federação a ter esse tipo de atendimento em unidade como o Hospital Geral. Até a criação do Serviço de Desintoxicação, os dependentes químicos eram atendidos no Hospital de Saúde Mental do Acre (Hosmac). O ambiente, segundo especialistas, não era considerado apropriado para as pessoas em tratamento de desin- toxicação. “São pacientes muito diferentes do ponto de vista clíni- co e, portanto, devem ser trata- dos em ambientes distintos. Nós aceitamos o desafio de trazer essa unidade para o Hospital Geral de Clínicas”, avaliou o diretor-geral do Hospital,Thor Dantas. O pavilhão contará com equipe multidisciplinar composta por médicos, psicólogos, assis- tentes sociais, nutricionistas, facilitadores educacionais, e apoio das entidades que já tra- balham com esse tipo de paciente no Estado. ntos de saúde por UF e região. UF Unidades UF Unidades UF Unidades DF 0 ES 6 PR 123 GO 138 MG 77 RS 59 MS 25 RJ 6 SC 47 MT 45 SP 41 CO 208 (21%) SE 130 (13%) S 229 (24%) TOTAL: 983 izada – SAS/MS de orçamentação; contratá-los mediante definição pactuada de metas quantitativas e qualitativas; estimular a organização da rede de atenção no nível microrregional; flexibilizar o projeto, con- siderando as propostas locais para suprir necessi- dades da população. As diversidades regionais fazem que tal dis- cussão insira-se de maneira distinta nos diferentes Estados. Atualmente, são 983 Hospitais de Pequeno Porte que se enquadram nos critérios citados anteriormente, localizados em 894 municí- pios e assim distribuídos: us medicamentos de alto custo o s- e z que obrigam o poder público a fornecer medicamentos ainda não incluídos nas listas oficiais, tipos de patologias que devem ou não fazer parte do progra- ma, interferência da indústria farmacêutica na prescrição de determinados produtos, formas de acesso aos medicamentos, incorporação de novas tecnolo- gias e organização dos progra- mas estaduais. SECRETÁRIA DE SAÚDE DO AMAZONAS, LENY PASSOS. SECRETÁRIO DE SAÚDE DO ACRE, CASSIANO DE OLIVEIRA. _9797_CON_JORNAL_FB_JC 11.06.04 11:54 Page 5
  • 6. consensus * junho / 20046 Fernando Dourado EN O Plano estabelece como prioridade os seguintes eixos nor- teadores: produção sustentável com tecnologia avançada; novo padrão de financiamento; gestão ambiental e ordenamento territo- rial; infra-estrutura para o desenvolvimento; inclusão social e cidadania – eixo com o qual o setor Saúde mantém inserção mais direta, por meio do componente Plano de Saúde da Amazônia Legal. O CONASS vem participando com o Ministério da Saúde da implantação do Plano de Saúde da Amazônia Legal, por meio dos respectivos Secretários de Saúde e das equipes técnicas dos nove Estados que compõem a referida área de abrangência, e com o apoio dos demais, transformando, assim, problemas regionais em prioridade para todo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde. O Jornal Consensus entrevistou o vice-presidente Fernando Agostinho Cruz Dourado, Secretário do Pará, que coordena a re- presentação do CONASS nesse Plano: CONSENSUS: Qual a importância do Plano para o desenvolvi- mento sustentável da Amazônia Legal? FERNANDO DOURADO: O Plano de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal está baseado, fundamentalmente, nas dificul- dades da região. Essas são provocadas e agravadas por inúmeros fatores, entre os quais destacamos: as dimensões continentais de seus territórios, o difícil acesso e uma histórica exploração de seus recursos. Em contrapartida, falta investimento para infra-estrutura e há necessidade de se desenvolver ações intersetoriais e com- O Plano de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal é uma iniciativa do Governo Federal (Presidência e Ministérios da Integração Nacional, Planejamento, Meio Ambiente, Minas e Energia, Desen- volvimento Agrário, Justiça, Educação e Saúde) e dos Governos dos Estados do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão. Saúde: um plano para a pe de ex na a ap de in m da vo ca a ci ge pi Tr (T ca m ne re da rio pr ob ca A po gi do R G m de m co um o pa tr em C oc do Fernando Dourado defende mais ousadia para o na política diferenciada para a região e recebe SECRETÁRIO DE SAÚDE DO PARÁ, FERNANDO DOURADO. _9797_CON_JORNAL_FB_JC 11.06.04 11:54 Page 6
  • 7. 7consensus * junho / 2004 do ENTREVISTA - s e. el s a ra a Amazônia Legal pensatórias, buscando diminuir desigualdades e iniqüidades existentes nessa região. Assim, na área da saúde pública, urge a necessidade preemente de apoiar os gestores para o desenvolvimento de ações integradas que resultem em maior qualidade e resolubili- dade nas ações a serem desen- volvidas. A desigualdade na alo- cação dos recursos financeiros, a baixa densidade popula- cional, a baixa capacidade de gestão dos pequenos municí- pios, os gastos exorbitantes do Tratamento Fora de Domicílio (TFD), a situação de pre- cariedade dos serviços de média e alta complexidade, a necessidade de capacitação de recursos humanos e a dificul- dade de fixação desses no inte- rior dos Estados são alguns dos problemas, que por si só, já obrigam a realização de políti- ca diferenciada para a região. A luta pela concretização dessa política é antiga, e há de se re- gistrar que os resultados obti- dos foram pouco satisfatórios. Reconhecemos que o atual Governo Federal tem dado maior ênfase ao Plano que os demais, tendo até mesmo pro- movido algumas mudanças concretas; entretanto penso que uma maior ousadia talvez seja o ingrediente que ainda falte para que um gestor venha a transformar-se, efetivamente, em um baluarte nessa luta. CONSENSUS: Como tem ocorrido a co-responsabilidade dos atores na região? a para obter melhores resultados recebe apoio dos demais Secretários Estaduais de Saúde DOURADO: Acredito que essa maior ousadia tenha faltado aos gestores estaduais e aos municipais também. Deixar de agir somente sobre o imediato, ousar na integração dos serviços, for- mar verdadeiras parcerias, tanto na utilização do já disponível, como, e principalmente, na implantação e na oferta de novos serviços, por certo minimizariam nossas deficiências. É verdade que algo já andou, porém poderíamos ter feito mais. CONSENSUS: Como é feito o financiamento ou o investimento para a realização do plano? DOURADO: Certamente as responsabilidades de nossos gestores são muitas. Ainda que sejamos somente 12% da população brasileira, representamos 61% do território brasileiro e regis- tramos um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) abaixo da média nacional. Nossos compromissos são enormes. Não é por menos que na Amazônia encontramos o maior percentual de Estados que cumprem a Emenda Constitucional nº 29. Afinal, com tantos problemas e carências e com tão pouco co-financia- mento por parte do Governo Federal, nessa região, também encontramos os Estados com os menores índices per capita de aplicação do Governo Federal; então, o cenário não poderia ser diferente. Ressalte-se que a Assembléia Geral do CONASS, inúmeras vezes, já deliberou por medidas que visem a implemen- tação desse Plano, até mesmo considerando-o fundamental para a consolidação dos princípios do SUS. Louve-se, também, a decisão unânime de nossa Assembléia, mesmo diante de quadro negativo de financiamento, em aprovar a diretriz na qual o Ministério da Saúde deve promover política de redução dessas desigualdades e reajustes desiguais a fim de buscar a tão sonhada eqüidade. PARABÉNS a todos os nossos Secretários Estaduais. Estaremos torcendo para que essa também seja a decisão e a determinação do Ministério da Saúde. REGIÃO DA AMAZÔNIA LEGAL. . _9797_CON_JORNAL_FB_JC 11.06.04 11:54 Page 7
  • 8. 8 Uma idéia torna-se relevante quando se transforma em força social e política. É essa a trajetória da refor- ma sanitária sonhada por tantos nas décadas de 1960, 1970 e 1980. A partir de ampla mobilização da sociedade civil organizada e de importantes segmentos políticos, cristalizamos na Constituição de 1988 as bases fundadoras do Sistema Único de Saúde. O texto constitucional garante a saúde como direito de cidada- nia e dever do Estado, tendo como princípios a univer- salidade, a eqüidade e a integralidade. Para tanto, prevê a descentralização do sistema, a ativa partici- pação da comunidade e a ação solidária da União, dos Estados e dos Municípios. Os constituintes lançaram um ousado desafio para as futuras gerações: construir um sistema de saúde democrático que assegure o acesso de todos os brasileiros e todas as brasileiras, sem nenhuma dis- criminação (renda, gênero, raça, idade ou endereço), a todas as formas de promoção, prevenção e assistência, da mais simples ação de vacinação a mais complexa cirurgia cardíaca, do analgésico mais barato ao mais caro medicamento de dispensação em caráter excep- cional. É evidente que um país em desenvolvimento, mar- cado por um Produto Interno Bruto (PIB) per capita ainda baixo e por enormes restrições fiscais, enfrenta grandes dificuldades de cumprir os dispositivos consti- tucionais. O SUS constitucional – o SUS que quere- mos, o SUS universal e não segmentado – deve ser encarado como um desafio permanente, um horizonte estratégico a ser conquistado passo a passo. Convicção em relação aos princípios e ao rumo e per- sistência no trabalho cotidiano são a receita para o avanço contínuo e irreversível. Até mesmo considerando todas as restrições e todos os problemas, temos resultados a comemorar. O SUS é o maior programa de inclusão social da história brasileira. São quase 12 milhões de inter- nações anuais, 1 bilhão de procedimentos na atenção primária, 153 milhões de consultas médicas, 2,6 mi- lhões de partos por ano, 251 milhões de exames la- boratoriais, 132 milhões de atendimentos de alta complexidade e 23 mil transplantes anuais. Números impressionantes, ainda que tenhamos de avançar muito na questão da qualidade. O êxito de qualquer política pública depende de três elementos básicos: estratégia correta a partir de um preciso diagnóstico da realidade, capacida- de gerencial para tirar as idéias do papel e padrão de financiamento consistente. O rumo estratégico brasileiro na saúde é correto e agrega amplo consen- so. A capacidade gerencial tem melhorado mediante uma maior profissionalização da gestão e do com- bate a desperdícios e fraudes, embora a recente descoberta de graves distorções nas compras de hemoderivados e outros insumos pelo Ministério da Saúde demonstre que muito precisamos avançar em termos de controle e eficiência. Porém, o gargalo cen- tral é o subfinanciamento do SUS. MARCUS PESTANA Secretário de Estado da Saúde do Governo de Minas Gerais e Diretor Extraordinário do CONASS de Política de Financiamento do SUS SUS: avanços e financiamento ta U m ric e pa Is o pú ad e sa C fin da vi se qu tit Fr C te sa m so is a pr br so de REFORMA SANITÁRIA Gastos sanitários em países selecionados - 200 País Gasto per capita em US$ % d Brasil 222 Chile 303 Uruguai 603 Argentina 679 Reino Unido 1.835 Suécia 2.150 Canadá 2.163 Estados Unidos 4.887 Fonte: World Health Organization (2003). SECRETÁRIO DE SAÚDE DE MINAS GERAIS, MARCUS PESTANA. consensus * junho / 2004 _9797_CON_JORNAL_FB_JC 11.06.04 11:54 Page 8
  • 9. 9consensus * junho / 2004 o. er- o e ar. da er- ão mi- a- ta os ar de tir a- de co n- te m- te de da em n- INFORMAÇÕES TÉCNICAS O gasto sanitário total per capi- ta do Brasil, em 2001, foi de US$ 222. Investimento muito menor que o de países latino-ame- ricanos, como Uruguai e Argentina, e substancialmente inferior ao de países desenvolvidos (ver tabela). Isso agrava-se ao percebermos que o percentual do gasto sanitário público é inferior ao de países que adotam modelos liberais de Estado e sistemas não-universalistas de saúde, como os EUA e o Chile. Avançamos na viabilização da CPMF, inicialmente pensada para financiar exclusivamente a saúde, e da Emenda Constitucional nº 29 - vitórias insuficientes e ainda algo a se consolidar. Não há mágica. Se quisermos conquistar o SUS cons- titucional, o Ministério da Saúde, a Frente Parlamentar da Saúde, o CONASS, o Conasems, os in- telectuais e os profissionais da saúde têm de colocar o assunto de maneira clara e decisiva diante da sociedade e de suas lideranças. Se isso não for feito, a segmentação e a exclusão avançarão, e a generosa proposta da reforma sanitária brasileira será mais uma utopia solidarista arquivada nas gavetas de nossa história. . DESTAQUE ASSEMBLÉIA E CIT Proposta de alocação de novos recursos financeiros À véspera da Assembléia do CONASS de 26 de maio, o Ministério da Saúde apresentou uma proposta preliminar sobre a alocação de novos recursos aos Limites Financeiros dos Estados e dos respectivos Municípios, contemplando as seguintes iniciati- vas: a) reajuste da tabela de procedimentos, com ênfase na média complexidade; b) incorporação de novos serviços, especialmente os financiados pelo Reforsus; c) impacto financeiro das políticas já implantadas, ou em fase de pactuação; d) habilitação dos Estados ainda não habilitados em Gestão Plena do Sistema; e e) correção de iniqüidades regionais. Esse tema, considerado prioritário pelos Secretários, foi discu- tido na Assembléia, apesar da precariedade das informações disponíveis. Mesmo sem ter havido a prometida reunião prévia da direção do Ministério com a do CONASS sobre o assunto, e sem infor- mações sobre o impacto financeiro das medidas por Unidade da Federação, a proposta foi aprovada na reunião da CIT de 27 de maio, atendendo ao apelo do Ministério da Saúde. Nessa CIT, o CONASS apresentou e registrou o seu posiciona- mento: 1) apesar de considerar importante o reajuste da tabela, não concorda que a maior parte dos recursos novos seja destina- da para esse fim, pois não amplia o acesso de usuários ao sis- tema; 2) manifesta preocupação com a proposta apresentada, por não atender à principal reivindicação dos Estados quanto à recomposição dos Limites Financeiros da Assistência de Média e Alta Complexidade das Unidades da Federação; 3) antes de qual- quer outro movimento de alocação, julga que o Ministério deve destinar novos recursos para viabilizar a implantação da Progra- mação Pactuada e Integrada (PPI) dos Estados; 4) acredita que a incorporação de novos prestadores deve considerar todos os tipos de serviços de saúde, estabelecidos por meio de investimen- to com recursos públicos, não se restringindo apenas aos serviços hospitalares construídos com recursos do projeto Reforsus; 5) defende que tal incorporação deve também considerar não só os processos que estão na SAS/MS, mas também aqueles que estão tramitando nos Estados; 6) solicita que o MS apresente planilha com os impactos nos Limites Financeiros do reajuste da tabela de procedimentos proposto, detalhada por UF; 7) defende a elaboração de agenda, visando definir novas metodologias para a alocação de recursos para 2005; 8) manifesta ainda posição quanto à proposta de redução das iniqüidades regionais: o MS deve apresentar as bases de cálculo usadas para definição dos Estados que terão direito ao recebimento desse aumento em seus tetos; e 9) considera que a discussão dos parâmetros e dos critérios de alocação desses recursos nos Estados ainda deve ser feita no GT da CIT de Financiamento, Orçamento e Alocação de Recursos. dos - 2001 $ % do gasto público 41,6 44,0 46,3 53,4 85,2 82,2 70,8 44,4 DELIBERAÇÕES _9797_CON_JORNAL_FB_JC 11.06.04 11:54 Page 9
  • 10. consensus * junho / 200410 PARAÍBA O Secretário de Saúde do Estado, José Joácio de Araújo Morais, comemora a queda de 87,54% nos casos de dengue no Estado. A SES registrou 8.253 notificações da doença, entre os meses de janeiro e abril do ano passado. Em 2004, foram computados 1.028 casos, de acordo com levantamentos apresentados pela coordenação de Vigilância Ambiental da Paraíba. Os resultados devem- se ao tratamento focal, com aplicação de produtos quími- cos em depósitos com água. RORAIMA O Estado de Roraima já pode se orgulhar de ter um Centro de Referência de Saúde da Mulher. Inaugurado no dia 28 de maio, o CRSM tem como objetivo trabalhar um conjun- to de ações efetivas, tendo em vista a preocupação com a necessidade de assegurar a continuidade dos tratamentos necessários para preservar a Saúde Sexual e Reprodutiva da Mulher. GOIÁS Um convênio da Secretaria de Estado da Saúde com a Associação de Assistência e Proteção às Vítimas de Queimaduras beneficiará cerca de mil pacientes, durante 30 meses. Dados da entidade indicam que cerca de 72% de pacientes tratados pelo SUS não recebem atendimento após a cura das feridas. O Secretário Fernando Cupertino explicou que a parceria suprirá necessi- dades como fisioterapia e uti- lização de malhas especiais. ESPÍRITO SANTO As expectativas da população em relação à Saúde, comanda- da pelo Secretário João Felício Scárdua, são muito positivas: 63% acreditam que a saúde vai melhorar este ano. Os dados são de pesquisa feita pelo Instituto Futura por amostragem em várias cidades do Estado. Os números revelam ainda que 85% da população já utilizou ou tem algum familiar que foi atendido em hospital público. Desses, 32% avaliaram que o setor Saúde melhorou nesse primeiro ano de governo do Estado e 54% acreditam que a qualidade do atendimento foi mantida. MARANHÃO “Pedi minha exoneração do cargo no dia 3 de junho. Não poderia, entretanto, deixar de escrevê-los para agradecer pela colaboração solidária e compe- tente durante meu período como Secretária de Saúde do Estado do Maranhão, e reiterar o que já disse outras vezes sobre o grande papel que o CONASS vem desenvolvendo. Nossas reuniões, para mim, foram muito mais que grandes aprendizados técnicos, representaram exce- lentes momentos de convívio entre novos amigos. Saio com humildade, consciente do quão pouco pude realizar nesse curto período, especialmente no caso do Maranhão, que ainda está em descompasso tão grande frente aos avanços que outros Estados já conseguiram na organização e na gestão da política de saúde. Aqui, ainda estamos na fase de difundi-la. Apesar da decisão do desligamento, sinto- me motivada pelo reconhecimen- to popular sobre o trabalho que conseguimos desenvolver no período e isso não tem como não resultar em suave sensação de dever cumprido. Por favor, transmitam meus sinceros agradecimentos e um abraço afetuoso a todos.” Sueli Tonial. M D R de es cr po E po m Fa em um m F ca un ch ún un ri de PA A ro ce pe a Id qu do im nú fo re no o do o 20 A A A be C M im JOSÉ JOÁCIO MORAIS JOÃO FELÍCIO SCÁRDUA SUELI TONIAL _9797_CON_JORNAL_FB_JC 11.06.04 11:54 Page 10
  • 11. consensus * junho / 2004 11 a - mo o já to s o m e s o n- e o l. ESTADOS *Informações fornecidas pelas Assessorias de Comunicação das SES. MINAS GERAIS Depois de investir cerca de R$ 7,5 milhões na produção de medicamentos – recursos estaduais e federais –, a Se- cretaria de Estado da Saúde, por meio da Fundação Ezequiel Dias (Funed), res- ponsável pela produção da maioria dos produtos da Farmácia Básica, inaugurou, em novembro do ano passado, uma nova fábrica. Em poucos meses, eis o resultado: a Funed atingiu a marca históri- ca de 50 milhões de unidades/mês em janeiro, chegando a produzir em um único dia 4,05 milhões de unidades, número muito supe- rior à média dos últimos anos de 1,7 milhão de unidades/dia. PARANÁ A Secretaria de Saúde supe- rou em mais de 17 pontos per- centuais a meta estipulada pelo Ministério da Saúde para a Campanha de Vacinação dos Idosos. O objetivo inicial era que 70% da população, acima dos 60 anos, deveriam ser imunizados. Entretanto, o número de pessoas vacinadas foi de mais de 736 mil, o que representa 87,8% dos idosos no Paraná. Com tal resultado, o Estado superou o número dos anos anteriores. Em 2003, o total foi de 83,3% e, em 2002, 76,2%. AMAZONAS A Secretária de Saúde do Amazonas, Leny Passos, rece- beu em maio o embaixador de Cuba no Brasil, Pedro Nuñes Mosqueira, para discutir a implantação das fábricas de medicamento e biolarvicida no Estado, além do intercâmbio científico com Cuba, conforme foi definido no protocolo de intenções, assinado pelos go- vernos do Amazonas e cubano. RIO DE JANEIRO A Governadora do Estado do Rio de Janeiro Rosinha Garotinho e o Secretário Gilson Cantarino criaram o programa “Estado dá Saúde”, um dos mais importantes incentivos aos Municípios, que receberão um aporte de cerca de R$ 80 mi- lhões/ano do Tesouro Estadual. A distribuição dos recursos será feita conforme alguns indi- cadores: 20% obedederão a critério populacional e 80%, a critérios de qualidade de vida, tais como Produto Interno Bruto (PIB), renda per capita, taxa de mortalidade infantil, entre outros. AMAPÁ Após ação conjunta do Governador Waldez Góes e do Secretário de Saúde Sebastião Rocha, o Estado do Amapá agora é Gestor Pleno da Saúde e teve ampliação dos recursos do SUS para R$ 25 milhões/ano. Assim, o Estado já está recebendo todo o dinheiro a que tem direito para a Assistência de Média e Alta Complexidade. Antes gerencia- dos pelo Fundo Nacional de Saúde, os recursos passaram a ser geridos pelo Fundo Estadual de Saúde, que conta com 12% de toda a arrecadação do Estado. DISTRITO FEDERAL Abrir os Centros de Saúde aos sábados. Essa foi a medida adotada pela Secretaria de Saúde, desde a segunda quinzena de maio, para desafogar o atendimento rea- lizado durante a semana e dar oportunidade a quem trabalha nos dias úteis de obter atendi- mento médico no fim de se- mana. Estão sendo oferecidos atendimentos nas especiali- dades de clínica médica, gine- cologia, pediatria e odontolo- gia. “Dos quase seis milhões de atendimentos realizados pela rede, mais de 40% são de pes- soas provenientes de cidades do entorno e de outras Unidades da Federação”, revela Arnaldo Bernardino Alves, Secretário de Saúde do DF. SEBASTIÃO ROCHA ARNALDO BERNARDINO _9797_CON_JORNAL_FB_JC 11.06.04 11:54 Page 11
  • 12. PRESIDENTE: Gilson Cantarino O’Dwyer (RJ). VICE-PRESIDENTES: Álvaro Machado (AL), Fernando Dourado (PA), João Paulo Esteves (MS), Osmar Terra (RS). SECRETÁRIOS ESTADUAIS DE SAÚDE: Altamir Ribeiro Lago (RR), Álvaro Machado (AL), Arnaldo Bernardino (DF), Bruno Cristiano Figueiredo (PI), Carlos Coruja Agustini (SC), Cassiano de Oliveira (AC), Cláudio Murilo Xavier (PR), Eduardo Alves Amorim (SE), Fernando Cupertino (GO), Fernando Dourado (PA), Gilson Cantarino (RJ), Guilherme Robalinho (PE), Ivis Alberto Bezerra (RN), João Felício Scárdua (ES), João Paulo Esteves (MS), José Antônio Alves (BA), José Joácio Morais (PB), Jurandi Frutuoso Silva (CE), Leny Passos (AM), Luiz Roberto Barradas (SP), Marcos Henrique Machado (MT), Marcus Vinícius Pestana (MG), Miguel Sena Filho (RO), Osmar Terra (RS), Petrônio Bezerra Lola (TO), Sebastião Rocha (AP), Sueli Tonial (MA). SECRETÁRIO EXECUTIVO: Ricardo F. Scotti. ASSESSORIA TÉCNICA: Ana Luiza Wenke, Gisele Bahia, Júlio Müller, Luis Fernando Rolim, Regina Nicoletti, René Santos, Rita Catanelli, Viviane Luiz. APOIO ADMINIS- TRATIVO: Adriano Salgado, Carolina Abad, Júlio B. C. Filho, Luciana Tolêdo Lopes, Luciléia de Souza Santos, Paulo de Paiva Arbués, Sheyla Ayala. CÂMARAS TÉCNICAS: Assistência Farmacêutica, Atenção à Saúde, Epidemiologia, Gestão e Financiamento, Informação e Informática, Recursos Humanos, Vigilância Sanitária. 29 julho a 1o de agosto Conferência Nacional de Saúde Bucal – Brasília/DF Conselho Nacional de Saúde - Brasília/DF 2 e 3 de junho 7 e 8 de julho Assembléia do CONASS - Brasília/DF 16 de junho 14 de julho Comissão Intergestores Tripartite - Brasília/DF 17 de junho 15 de julho Conferências Estaduais de Saúde Bucal AC – 3 e 4 de junho AL – 27 e 28 de maio AM – 1º a 4 de junho AP – 7 e 8 de junho BA – 27 e 28 de maio CE – 10 a 12 de junho DF – 3 a 5 de junho ES – 2 a 4 de junho GO – 3 a 5 de junho MA – 7 a 9 de junho MG – 7 a 10 de junho MS – 7 e 8 de junho MT – 1º a 4 de junho PA – 18 e 19 de junho PB – 26 e 27 de maio PE – 4 a 6 de junho PI – 3 a 5 de junho PR – 4 e 5 de junho RJ – 3 e 4 de junho RN – 28 a 30 de maio RO – 1º e 2 de junho RR – 4 e 5 de junho RS – 18 a 20 de junho SC – 3 a 5 de junho SE – 16 de junho SP – 4 a 6 de junho TO – 4 e 5 de junho serviços 9 e 10 de julho Seminário: “O SUS e o poder judiciário na dispen- sação de medicamentos excepcionais” (SES-RS/CONASS/MS/MPF) – Porto Alegre/RS Em comemoração aos 10 anos de implementação do Programa Saúde da Família, o Secretário de Saúde de Sergipe, Eduardo Amorim, e a Secretária Adjunta, Maria José Evangelista, lançaram nos dias 26 de maio (na Assembléia do CONASS) e 2 de junho (na Mostra de Saúde da Família), em Brasília, o livro A Real - Idade do PSF: conversando com quem faz. Organizado pela enfermeira Maria de Fátima de Souza. _9797_CON_JORNAL_FB_JC 11.06.04 11:54 Page 12