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Terceiro Setor:
Captação de Recursos e
Desenvolvimento Institucional
Edmar Roberto Prandini
Presidente do Crescer Crédito Solidário
Diretor Regional da Abcred
Doutorando em Sociologia pela UNESP Araraquara
NOVEMBRO DE 2005
Para situar o problema
 Vivemos no Brasil
 Não somos um país rico
 Temos problemas sociais gravíssimos
 Há muito que se lutar para assegurar um
mínimo comum como direitos de cidadania
Qual o papel do Terceiro Setor?
 Visão Neo-liberal
 “Fazer o que o Estado não faz” !
 Visão Estadocêntrica
 “Pressionar” o Estado a fazer o que deve
fazer
Visão Prospectiva / Dialética
 Desenvolver novas formas de fazer que
sirvam de parâmetros mais avançados para o
que se faz
 Vantagens:
 Não se propõe a resolver os problemas no lugar
do Estado
 Não quer adotar um discurso “focalista”
 Não fica numa postura de mero “lobby político”
 Contribui para o desenvolvimento de tecnologia
social
Em síntese
 De uma teoria “espacial” do terceiro setor:
 Ele ocupa um lugar no centro entre o
mercado / iniciativa privada / economia
e
Estado / iniciativa pública / política
 Para uma teoria “temporal” do terceiro setor:
 Ele situa-se no futuro, como meta, como fator de
propulsão, como superação do que fazem tanto os
atores privados quanto públicos no campo social
Organizações do Terceiro Setor
 Juridicamente são “associações sem fins
econômicos” (Novo Código Civil)
 Linhas de atuação
 Assistência Social
 Educação Popular
 Conscientização de Direitos Humanos e de
Cidadania
 Novidade: atuar como “empresa social”
 Diretamente atuar no campo econômico, da
produção Economia Solidária
Desafios
 Clareza de Objetivos
 Missão, Visão, Estratégias, Passos
 Clareza de Métodos de Trabalho
 O que fazemos que seja específico, que não seja
repetitivo? Qual a profundidade do conhecimento que
sustenta essa prática que realizamos?
 Profissionalismo
 Trabalho sistemático, contínuo e criterioso
 Divisão de Tarefas
 Organização Interna:
 Documentação, Processos, Controles
 Comunicação Regular e Sistemática
Curriculum Vitae Institucional
 Ou seja,
 Cada organização de qualquer modalidade,
 Associação
 ONG
 Declarada de Utilidade Pública
 Ou OSCIP
 Ou mesmo organizações associadas em redes
 Devem estruturar-se seriamente,
desenvolvendo seu CURRICULUM VITAE
INSTITUCIONAL
Captação de Recursos
 Formas Tradicionais
 Doações Regulares ou Eventuais dos Sócios
 Venda de Produtos em eventos ou ocasiões especiais
 Venda de Ingressos em Eventos
 Coletas Especiais
 Resultados
 Pequenos
 Insuficientes para sustentar os trabalhos
 Consequência:
 Repetições frequentes de eventos
 Retrabalho fora do foco e do objetivo
Formas Modernas de Captação:
Recursos Próprios
 Planejamento de Marketing
 Desenvolvimento da “Marca”: registro,
divulgação, comunicação
 Desenvolvimento de Produtos
 Desenvolvimento de Campanhas
 Comunicação Sistemática
 Marca, produtos, campanhas
 Canais de Distribuição
 Meios de Pagamentos
Recursos Públicos
 Projetos vinculados a políticas públicas
 Acompanhamento legal e de editais
 Atendimento das exigências legais e normas
burocráticas
 Dificuldades:
 Muita documentação
 Poucos Recursos
 Tempo de acompanhamento dos editais
 Prestações de Contas complexas
Recursos Privados Nacionais e
Internacionais
 De Empresas: “Responsabilidade Social”
 O projeto deve estar afinado com o perfil de
atuação da empresa ou ampliar a presença de
sua marca num campo onde não esteja atuando
ainda
 Deve ter amplitude, escala, para assegurar à
empresa retorno de imagem
 Exemplo: São Caetano – Consul
 De Fundações:
 Na maioria dos casos são fundações culturais
 Apoiam preferencialmente projetos de teor
educativo e culturais
Recursos Públicos Internacionais
 Especialmente disponíveis na Comunidade
Européia, na forma de projetos associados
entre instâncias governamentais e
organizações sem fins lucrativos
 Ex.: Rede Urb-Al
 Apoios através dos Bancos de Fomento, tais
como o BID – Banco Interamericano de
Desenvolvimento, a CAF – Caixa de Fomento
(dos governos latino-americanos e brasileiro)
ou o Banco Mundial
Recursos Privados Internacionais
 De Fundações Empresariais:
 Fundação Ford
 Fundação Bill Gattes
 HP
 Etc...
 De ONGs Internacionais
 De Organismos Religiosos
Formatos do Acesso aos Recursos
 Donativos:
 normalmente em atendimento a projetos oriundos de situações
de excepcionalidade: intempéries (Tsunami, Furacões,
Enchentes, Seca, etc...) ou civis (Guerras Civis, etc...)
 Donativos com Contrapartidas:
 Financiamento Parcial de Projetos: requer-se mobilização
parcial da comunidade e de recursos próprios
 Empréstimos de longo prazo:
 gradualmente tem-se incrementado este formato
Requisitos para aprovação dos projetos
 Currículo Institucional
 Demonstrar a atenção à produção de relatórios
qualificados dos trabalhos realizados
 Capacidade demonstrada de mobilização de outros
atores locais no suporte do trabalho proposto
 Consistência na informação dos dados tanto sociais
quanto econômico-financeiros do projeto
 Coerência entre Objetivos, Métodos, Recursos
Demandados e Resultados
Sugestões
 Iniciar com pequenos projetos: ganhar força
passo a passo, ganhar credibilidade passo a
passo
 Manter a atenção à produção de relatórios de
todas as atividades
 Manter a atenção à produção de
documentação sobre os trabalhos
 Manter atenção à documentação jurídica,
tributária e trabalhista
Lembretes
 Não acreditar no mito de que o “terceiro
setor” facilmente mobiliza recursos
 Não acreditar que todo mundo está
amplamente atento à responsabilidade social
 Nâo acreditar que facilmente os recursos do
poder público podem chegar às organizações
 Não ser ingênuo de acreditar que alguma
coisa possa ser conquistada sem muito
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OBRIGADO !
E-mail: edmarrp@yahoo.com.br

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Captação de Recursos Terceiro Setor

  • 1. Terceiro Setor: Captação de Recursos e Desenvolvimento Institucional Edmar Roberto Prandini Presidente do Crescer Crédito Solidário Diretor Regional da Abcred Doutorando em Sociologia pela UNESP Araraquara NOVEMBRO DE 2005
  • 2. Para situar o problema  Vivemos no Brasil  Não somos um país rico  Temos problemas sociais gravíssimos  Há muito que se lutar para assegurar um mínimo comum como direitos de cidadania
  • 3. Qual o papel do Terceiro Setor?  Visão Neo-liberal  “Fazer o que o Estado não faz” !  Visão Estadocêntrica  “Pressionar” o Estado a fazer o que deve fazer
  • 4. Visão Prospectiva / Dialética  Desenvolver novas formas de fazer que sirvam de parâmetros mais avançados para o que se faz  Vantagens:  Não se propõe a resolver os problemas no lugar do Estado  Não quer adotar um discurso “focalista”  Não fica numa postura de mero “lobby político”  Contribui para o desenvolvimento de tecnologia social
  • 5. Em síntese  De uma teoria “espacial” do terceiro setor:  Ele ocupa um lugar no centro entre o mercado / iniciativa privada / economia e Estado / iniciativa pública / política  Para uma teoria “temporal” do terceiro setor:  Ele situa-se no futuro, como meta, como fator de propulsão, como superação do que fazem tanto os atores privados quanto públicos no campo social
  • 6. Organizações do Terceiro Setor  Juridicamente são “associações sem fins econômicos” (Novo Código Civil)  Linhas de atuação  Assistência Social  Educação Popular  Conscientização de Direitos Humanos e de Cidadania  Novidade: atuar como “empresa social”  Diretamente atuar no campo econômico, da produção Economia Solidária
  • 7. Desafios  Clareza de Objetivos  Missão, Visão, Estratégias, Passos  Clareza de Métodos de Trabalho  O que fazemos que seja específico, que não seja repetitivo? Qual a profundidade do conhecimento que sustenta essa prática que realizamos?  Profissionalismo  Trabalho sistemático, contínuo e criterioso  Divisão de Tarefas  Organização Interna:  Documentação, Processos, Controles  Comunicação Regular e Sistemática
  • 8. Curriculum Vitae Institucional  Ou seja,  Cada organização de qualquer modalidade,  Associação  ONG  Declarada de Utilidade Pública  Ou OSCIP  Ou mesmo organizações associadas em redes  Devem estruturar-se seriamente, desenvolvendo seu CURRICULUM VITAE INSTITUCIONAL
  • 9. Captação de Recursos  Formas Tradicionais  Doações Regulares ou Eventuais dos Sócios  Venda de Produtos em eventos ou ocasiões especiais  Venda de Ingressos em Eventos  Coletas Especiais  Resultados  Pequenos  Insuficientes para sustentar os trabalhos  Consequência:  Repetições frequentes de eventos  Retrabalho fora do foco e do objetivo
  • 10. Formas Modernas de Captação: Recursos Próprios  Planejamento de Marketing  Desenvolvimento da “Marca”: registro, divulgação, comunicação  Desenvolvimento de Produtos  Desenvolvimento de Campanhas  Comunicação Sistemática  Marca, produtos, campanhas  Canais de Distribuição  Meios de Pagamentos
  • 11. Recursos Públicos  Projetos vinculados a políticas públicas  Acompanhamento legal e de editais  Atendimento das exigências legais e normas burocráticas  Dificuldades:  Muita documentação  Poucos Recursos  Tempo de acompanhamento dos editais  Prestações de Contas complexas
  • 12. Recursos Privados Nacionais e Internacionais  De Empresas: “Responsabilidade Social”  O projeto deve estar afinado com o perfil de atuação da empresa ou ampliar a presença de sua marca num campo onde não esteja atuando ainda  Deve ter amplitude, escala, para assegurar à empresa retorno de imagem  Exemplo: São Caetano – Consul  De Fundações:  Na maioria dos casos são fundações culturais  Apoiam preferencialmente projetos de teor educativo e culturais
  • 13. Recursos Públicos Internacionais  Especialmente disponíveis na Comunidade Européia, na forma de projetos associados entre instâncias governamentais e organizações sem fins lucrativos  Ex.: Rede Urb-Al  Apoios através dos Bancos de Fomento, tais como o BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento, a CAF – Caixa de Fomento (dos governos latino-americanos e brasileiro) ou o Banco Mundial
  • 14. Recursos Privados Internacionais  De Fundações Empresariais:  Fundação Ford  Fundação Bill Gattes  HP  Etc...  De ONGs Internacionais  De Organismos Religiosos
  • 15. Formatos do Acesso aos Recursos  Donativos:  normalmente em atendimento a projetos oriundos de situações de excepcionalidade: intempéries (Tsunami, Furacões, Enchentes, Seca, etc...) ou civis (Guerras Civis, etc...)  Donativos com Contrapartidas:  Financiamento Parcial de Projetos: requer-se mobilização parcial da comunidade e de recursos próprios  Empréstimos de longo prazo:  gradualmente tem-se incrementado este formato
  • 16. Requisitos para aprovação dos projetos  Currículo Institucional  Demonstrar a atenção à produção de relatórios qualificados dos trabalhos realizados  Capacidade demonstrada de mobilização de outros atores locais no suporte do trabalho proposto  Consistência na informação dos dados tanto sociais quanto econômico-financeiros do projeto  Coerência entre Objetivos, Métodos, Recursos Demandados e Resultados
  • 17. Sugestões  Iniciar com pequenos projetos: ganhar força passo a passo, ganhar credibilidade passo a passo  Manter a atenção à produção de relatórios de todas as atividades  Manter a atenção à produção de documentação sobre os trabalhos  Manter atenção à documentação jurídica, tributária e trabalhista
  • 18. Lembretes  Não acreditar no mito de que o “terceiro setor” facilmente mobiliza recursos  Não acreditar que todo mundo está amplamente atento à responsabilidade social  Nâo acreditar que facilmente os recursos do poder público podem chegar às organizações  Não ser ingênuo de acreditar que alguma coisa possa ser conquistada sem muito esforço, inteligência e trabalho