O documento discute os benefícios da implementação de um Centro de Serviços Compartilhados (CSC) para organizações com diversos negócios e áreas geográficas, como ganhos de eficiência operacional e competitividade através da racionalização de processos de apoio. O CSC centraliza funções como finanças, RH e TI para liberar as unidades de negócios e permite a disseminação de melhores práticas. O processo de implantação envolve diagnóstico, modelagem, integração de sistemas e uniformização de proced
1. Centro de Serviços Compartilhados
Em uma época em que a eficiência operacional pode fazer a diferença entre
crescer de forma sustentada ou amargar perdas irrecuperáveis, a adoção de um
Centro de Serviços Compartilhados (CSC) para organizações com uma
diversidade de negócios e amplitude geográfica, pode representar a solução que
todo o empresário vislumbra para sua empresa.
O CSC é um importante instrumento de gestão que permite racionalizar
processos, trazendo velocidade às operações e ganhos de competitividade.
Consiste na centralização das funções de apoio das unidades de negócios, como
finanças, controladoria, recursos humanos, suprimentos, administração e
sistemas, em um escritório de serviços, que passará a processar todas as
atividades de apoio, liberando as unidades de negócios para focalizar o seu core
business, e trazendo como benefícios adicionais o intercambio de experiências
entre unidades de negócios, com a disseminação de melhores práticas de gestão.
Isso também representará a melhoria na qualidade dos serviços e uma melhor
gestão de custos, inerentes a áreas de suporte, porque haverá um nível de
exigência maior por parte dos “compradores” destes serviços.
O processo de implantação de um CSC passa por etapas distintas, que se
iniciam com um diagnóstico das funções de apoio nas diversas unidades de
negócios, com a finalidade de levantar fluxo de processos, volumes transacionais,
estrutura organizacional, alçadas de decisão, recursos humanos e tecnologia da
informação. Dessa forma, modelar os pilares básicos para sua implantação e a
infraestrutura necessária.
A integração dos sistemas operacionais e a automação dos processos é um
elemento fundamental para interligar as operações e transações entre as áreas
operacionais e as de apoio, criando-se um modelo cliente-fornecedor externo à
unidade de negócios.
Outro desafio para esta implantação é unir profissionais de empresas
distintas, com diferentes produtos ou serviços, dentro de um critério de
uniformização de procedimentos que, por um lado, seja flexível para se permitir
ajustes e, por outro, rígido quanto à alimentação adequada dos inputs para gerar
informações com qualidade e precisão.
2. Neste aspecto, a participação da consultoria no processo tem uma função
relevante que é a de selecionar os gestores para conduzir a transição, capacitá-los
às novas funções, transferir a metodologia para execução das atividades de apoio,
integrá-los ao sistema de processamento das informações, monitorar os
resultados e gerar, em conjunto, os relatórios gerenciais que seguem para as
instâncias de decisão, como diretoria, conselho de administração e acionistas.
Depois de aperfeiçoado o modelo, com a introdução de indicadores de
performance e estabelecimento do critério de rateio dos custos, o CSC deve se
tornar uma unidade independente, podendo prestar serviços não só para as
unidades de negócios, como também, vender seus serviços externamente,
tornando-se um centro de receitas.
EDISON CUNHA É ENGENHEIRO, ESPECIALISTA EM ESTRATÉGIA E ESTRUTURAÇÃO DE NEGÓCIOS E
DIRETOR DA E CUNHA CONSULTORIA EMPRESARIAL