2. 1. Dissolução de açúcar, amido, sal, ácidos, etc.
2. Tachos de tratamento térmico, extração e cozimento
3. Tanques de mistura na preparação de alimentos (sorvetes)
4. Amassadeiras para massas de panificação
5. Tanques de lavagem de material
6. Tanques de retenção de produto em processamento
7. Tanques de recirculação de salmouras para refrigeração
8. Tanques de aeração (tratamento biológico de efluentes)
9. Suspensão de sólidos para arraste por bombeamento.
10. Dispersão de gás em reator (hidrogenação de gorduras)
11. Circulação de líquidos em fermentadores
3. AGITAÇÃO
Movimentação de
líquidos* em tanques
por meio de impulsores
giratórios.
É uma operação unitária muito comum,
tanto em pequenas, quanto em médias e
grandes industrias.
4. Precisamos de agitação para:
Dissolver líquidos miscíveis
Dissolver sólidos
Misturar líquidos imiscíveis
Dispersar gases em líquidos
Misturar líquidos e sólidos
Vários tipos de rotores
5. DESCRIÇÃO DE UM TANQUE AGITADO
1. um tanque ou
reservatório
2. um rotor (impulsor)
num eixo acionado
por um moto-redutor
de velocidade.
Na agitação de líquidos
e pastas semi-líquidas
é necessário:
7. O problema de formação de vórtice
Se resolve colocando chicanas (defletores)
8. 4 defletores igualmente
espaçados Wb
Hi
Elevação Plano
Defletores tão finos
como possível
Figura 1: Tanque agitado.
H= altura de líquido no tanque,
T= diâmetro do tanque,
D= diâmetro do impulsor,
N= número de revoluções,
Hi= distância do fundo ao impulsor,
Wb= largura dos defletores
espaçados b
Hi
Elevação Plano
Defletores tão finos
como possível
9. Impulsores para fluidos pouco viscosos
Turbina de disco de Rushton
L= D/4; W=D/5 e D do disco= 3/4
Impulsor de três pás inclinadas (“hydrofoil”)
Vários ângulos e inclinações de pás
Tipos de impulsores:
1. para líquidos pouco viscosos
2. Para líquidos muito viscosos
Hélice
Pitch = 1,5
Pás inclinadas
W=D/5; ângulo=45º
12. IMPULSOR DE HÉLICE:
Para fluidos de baixa viscosidade ( 2 Pa.s).
O padrão de circulação axial.
Suspensão de sólidos, mistura de fluidos miscíveis e
transferência de calor.
Possui uma ampla faixa de rotações
D T
13. IMPULSOR TIPO TURBINA DE PÁS RETAS:
Grande intervalo de viscosidade: 10-3 << 50 Pa.s.
(1 << 50 000 centipoises)
Os impulsores com pás inclinadas apresentam
escoamento axial que é útil para suspensão de sólidos,
e os de pás planas verticais fornecem escoamento
radial adequado para agitação de fluidos viscosos.
14. TURBINA RUSHTON:
Estas turbinas de disco e pás são adequadas para
agitação de fluidos poucos viscosos e alta velocidade.
Se usam na dispersão de gases em líquidos, na dispersão
de sólidos, na mistura de fluidos imiscíveis, e na
transferência de calor.
Distribuem a energia de maneira uniforme. O padrão
de escoamento é misto.
D T
15. IMPULSORES DE ANCORA E HÉLICE:
Utilizados para mistura de fluidos muito consistentes.
Viscosidades entre 5 e 50 Pa.s.
Os mais comuns os são o tipo âncora e o helicoidal.
O agitador de âncora fornece um escoamento radial e
o helicoidal escoamento misto
D≈T
19. Cálculo da potência de agitação
Podemos imaginar um agitador
de líquido como um sistema de
escoamento horizontal e circular
em que após um certo tempo o
fluido retorna ao mesmo lugar de
partida. E aplicar a esse sistema
a equação do balanço de
energia mecânica (Bernoulli):
1 2
fEˆWˆ u
P1= P2
z1 = z2
v1 = v2
f
2
2
2
2
u
2
1
1
1
E
2
v
gz
P
W
2
v
gz
P ˆˆ
20. Cálculo da potência de agitação
2
2
v
D
L
D
L
f
m
W equ
Após cancelar termos da equação
de Bernoulli de Engenharia temos:
P1= P2
z1 = z2
v1 = v2
0)/( DLeq
Assumindo temporariamente que:
)(
2
W 2
u Avv
f
E considerando que
m
u
u
W
Wˆ
fEˆWˆ u
Av m
DL
1 2
2
ˆ
2
v
D
L
D
L
fE
eq
f
21. Se:
D = diâmetro do impulsor
N = revoluções por segundo.
Podemos assumir que:
v ND
A D2
)(
2
W 2
u Avv
f
)(
2
3
Av
f
Wu
23
)(
2
DND
f
Wu
NPo = f (Re, impulsor, defletores, adimensionais geométricos)
53
DNNW Pou
NPo = Número de potência
53
uW
DN
NPo
)(
Re
NDD
Podemos definir que:
Impulsores padrão,
semelhança
geométrica
22. Númerodepotência
Número de Reynolds
53
DN
W
N u
Po
Figura 5. Número de potência versus
Reynolds para diversos impulsores
2
Re
DN
Número de Reynolds
Númerodepotência
Número de Reynolds
23. Na região laminar (Re 10): Npo = KL / Re
Na região de turbulência: Npo = KT.
5
4
1,2
Declividade=70
Declividade=50
25. Hi = distância entre agitador e fundo do tanque
D = diâmetro externo do impulsor
p = “pitch” (distância entre linhas de fluxo)
h = altura do agitador
W = largura das pás
nb = número de pás
54,0
33,053,028,0
Re
150
b
i
Po n
D
W
D
h
D
p
D
H
N
Helicoidal
Equações válidas para regime laminar, que
geralmente é o caso das aplicações.
48,031,0
Re
85
D
h
T
H
N i
Po
Âncora:
26. Dimensões padrão:
• Número de defletores = 4
• D = 1 , Hi = 1, H = 1, wb = 1
T 3 D T D 10
• wb = 0,2 e L = 0,25 para turbinas
D D
• wb = 0,25 para pás
D
• wb = 0,2 - 0,25 para hélices
D
Onde:
w = altura das pás do impulsor
L= largura das pás do impulsor
L
W
4 defletores igualmente
espaçados Wb
Hi
Elevação
27. O gráfico de Npo versus Re que se empregará
nos exemplos desta aula é um gráfico mais geral
que plota versus Re.
Re)log( 10
1
a
po
b
Fr
N
Fluxo
Quando os tanques de agitação não possuem
defletores ou chicanas temos o efeito do vórtice.
Neste caso se usa:
Quando os tanques tem defletores:
NPo
28.
29. A correção precisa ser feita quando Re 300 e
resulta importante quando Fr 5.
O número de Froude quantifica a relação entre a
energia cinética e a energia potencial.
Re)log( 10
1
a
po
b
Fr
N
hg
v
Fr
2
Os valores dos parâmetros a e b são constantes:
1 a 2 podemos considerar a=1.5
18 b 40 podemos considerar b=29
g
DN
Dg
ND
agitaçãoFr
22
)(
30. FLUIDOS NÃO NEWTONIANOS
tanque)dogeometriaeagitadordetipo(N,f
N
O padrão de escoamento desses fluidos é complexo, porque
perto das pás, o gradiente de velocidade é grande e a
viscosidade aparente é baixa.
A medida que o líquido se afasta das pás, a velocidade
decresce e a viscosidade aumenta. Portanto, assume-se que
a agitação é homogênea e há uma taxa de deformação
média para o sistema.
Essa taxa de deformação será função de:
A taxa de deformação será calculada como:
31. Impulsor Valor de
Turbina de disco
de 6 pás
11,5
Turbina de 6 pás
– inclinação 45º
13
Hélice 10
Helicoidal
Âncora
Tabela de valores de :
0,1640,026para11434
D
H
D
H ii
0,130,02para17233
D
H
D
H ii
32. Muitos fluidos alimentícios comportam-se como
fluidos lei da potência, com o qual: n
k
1
n
ap k
21
2
1
22
)(
Re
nnn
ap
lp
Nk
D
Nk
NDND
ou ainda
O número de Reynolds da lei de potencia se calcula
como:
Usamos o gráfico de Rushton e
Relp substitui o número de
Reynolds de agitação de fluidos
newtonianos.
33. Para obter a relação (potência/volume) pode ser
usada a tabela seguinte:
Intensidade de
agitação de um fluido
Potencia
Volume
34. Nível ou grau
de agitação
Watts
m3
HP
m3
Até 80 até 0.1 Débil
80 - 230 0.1 - 0.3 Suave
230 - 460 0.3 - 0.6 Média
460 - 750 0.6 - 1.0 Forte
750 - 1500 1 – 2 Intensa
1500 - 2250 2 – 3 Muito forte
2250 - 3000 3 - 4 Muito intensa
V
Wu
valor mais usual
35. Fatores de correção dos cálculos de agitadores:
1. Quando existe mais de um impulsor no eixo:
caso típico quando há transferência de calor.
Hl
AGITADOR
o
TOTAL agitadoresden uu WW
Hl
Procedimento:
A potência útil por impulsor
unitário se calcula da maneira
usual para agitador de medidas
padrão.
Neste caso:
Hl T, onde Hl é a distância entre os agitadores
37. 2. Quando o tanque e o impulsor tem medidas
diferentes das medidas padrão.
Quando as relações geométricas diferem um pouco das
medidas aplica-se um fator de correção (fc) desenvolvido
pelos pesquisadores dessa operação unitária.
PADRÃOPADRÃO
REALREAL
D
H
D
T
D
H
D
T
fc
WfcW ucorrigidau
3
D
H
PADRÃO
Geralmente: 3
D
T
PADRÃO
38. (3) O sistema é gaseificado.
Quando o sistema é gaseificado, usa-se o gráfico de Ohyama
e Endoh (Aiba) ou o gráfico de Calderbank (Mc Cabe):
gás)semlíquidoparacalculadauW(
W
g,W
g,W
u
u
u
q = Vazão (ft3/s)
n = velocidade
rotacional (r/s)
Da = Diâmetro do
impulsor
Número de agitação:
NQ = q/nDa
3
P =Potencia com gás
Po= Potencia sem gás
42. AMPLIAÇÃO DE ESCALA (1)
No desenvolvimento de processos, precisa-
se passar da escala de laboratório para a
escala de planta piloto e desta para o
tamanho industrial.
As condições que tiveram
sucesso na escala menor
devem ser mantidas no
tamanho maior, além de
ser conservada a mesma
semelhança geométrica.
43. AMPLIAÇÃO DE ESCALA (2)
O cálculo da potência consumida é uma
parte do problema. Existe sempre um
resultado esperado da agitação. O fator de
ampliação de escala precisa ser
determinado experimentalmente. Pode ser:
1. Semelhança geométrica (dos casos:
regime laminar e turbulento);
2. Igual potencia por unidade de volume;
3. Igualdade na velocidade periférica;
4. Outros
44. Ampliação de escala
Critérios: dependerão do objetivo do processo
21
2121
2121
D
w
D
w
;
D
W
D
W
...
D
H
D
H
;
D
H
D
H
;
D
T
D
T
bb
ii
1. Semelhança geométrica entre
o modelo (1) e o protótipo (2).
Esta condição deve prevalecer em todos os casos.
49. 3. Igualdade na velocidade periférica do agitador
Quando interessa manter a tensão de cisalhamento:
no protótipo e no modelo de escala maior.
vp = D1 N1 = D2 N2 D1 N1= D2 N2
Como NPo1 = NPo2:
1 2
3 5 3 5
1 1 2 2
1 2
2 2
1 2
Wu Wu
Substituindo a express
N D N D
Wu Wu
D D
& &
& &
Este é um critério que
assegura uma dispersão
equivalente em ambos
sistemas
2
2
2
12
1
D
DuW
uW
5
2
3
2
2
5
1
3
1
1
DN
uW
DN
uW