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NÃO TEM CRISE.COM
ISSN 1414-0152
ANO 21 I No 242
DEZEMBRO 2014
R$ 13,90
21 anos
Alexandre Oliveira e Ricardo
Fritsche
MERITT
Alencar de Carvalho
GERA
Luiz Alberto Ferla
DOT GROUP
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Os destaques
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empreendedor|dezembro2014
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empreendedor|dezembro2014
Em 2015, o número de pessoas conectadas à internet no mun-
do deve atingir a marca de 3 bilhões, mais de 40% da população
mundial, segundo cálculos da consultoria de tecnologia eMarketer
divulgados pela BBC, no fim de novembro. No Brasil, o levanta-
mento mais recente da Nielsen Ibope apontou 120,3 milhões de
pessoas com acesso à internet em 2014 (aproximadamente 60%
da população nacional), um crescimento de 18% em relação ao ano
anterior. Os brasileiros já superaram os japoneses e ficam abai-
xo apenas dos chineses, estadunidenses e indianos. A estimativa
é que o Brasil mantenha a quarta posição, ao menos, até 2018,
quando o número de usuários da web deve chegar a 125,9 milhões.
O potencial econômico da internet é imensurável. Nela ocor-
rem negócios (estima-se que, somente no Brasil, o e-commerce
obtenha um faturamento de R$ 39 bilhões em 2014) e dela sur-
gem negócios. A internet é plataforma para soluções direciona-
das à economia tradicional e também à economia digital. Nas
páginas a seguir, a Revista Empreendedor apresenta uma série de
exemplos de empresas que operam neste mercado e se destaca-
ram por suas inovações e desenvoltura em 2014. Uma leitura para
se inspirar – e, quem sabe, começar 2015 com uma boa ideia de
negócio para implementar.
do ano
Edição especial apresenta
empresas que se destacaram
no mundo dos negócios
digitais em 2014
1 8
empreendedor|dezembro2014
Se antes apostar no mercado da inter-
net era uma aposta e um sonho, hoje o
mercado está em estabilização, e o desafio
atual é desenvolver soluções acessíveis
em aparelhos móveis. Luiz Alberto Fer-
la, presidente do DOT Group, cita que
aproximadamente 40 milhões de brasi-
leiros afirmaram acessar a internet pela
primeira vez através de celulares, o que já
representa um terço de todo o universo
de internautas brasileiros, cerca de 120
milhões de pessoas. “A internet está no
computador de bolso. Isto implica em en-
contrar pessoas qualificadas na área e na
prospecção de empresas”, diz. O grupo
DOT com sede em Florianópolis, nasceu
em 1996 com uma empresa de educação
a distância e hoje atua nos principais ra-
mos da internet – educação, games, redes
sociais corporativas, gestão na nuvem, co-
mércio eletrônico ou comunicação digital.
Mesmo com crescimento de 42% no
faturamento em 2014, os resultados do ano
não alcançaram o esperado pela direção,
que era fechar o ano com R$ 100 milhões.
Em 2013, faturaram R$ 35 milhões e, nes-
te, R$ 50 milhões, com uma equipe de 280
funcionários. “O mercado ainda não está
tão maduro na comunicação digital e este
ano foi confuso na cabeça das empresas,
que com eleições ficaram mais cautelosas,
não contrataram. Diversos contratos serão
cumpridos ano que vem”, diz Ferla.
Atualmente, a empresa investe na
ampliação do mercado. Neste ano, foram
instalados escritórios no Rio de Janeiro
e São Paulo, o que deve fortalecer a atu-
ação no Sudeste. “Também queremos
focar no atendimento de soluções cor-
porativas”, adianta Ferla. Até então o gru-
po contava com escritórios em Brasília e
Belo Horizonte.
Entre as oito empresas do grupo: IEA
(educação a distância), Knowtec (inteligên-
ciademercadoegestãodoconhecimento),
Talk 2 (comunicação digital), DDBR (comu-
nicação digital para política), Keepning Up
(comércio eletrônico), TechFront (games),
SuitePlus (sotfwares de gestão na nuvem) e
SocialBase (redes sociais corporativas). “Al-
gumas soluções até podem ser novas, mas
temos 20 anos de experiência no mercado
entregando produtos com qualidade única.
Outra vantagem é que ofereceremos solu-
ções completas. Fazemos serviços que tal-
vez precisariam de 10 empresas diferentes
para oferecer”, aponta Ferla.
Neste tempo, os desafios mudaram.
“Antigamente o problema maior era real-
mente técnico e não tínhamos pessoas tão
qualificadas na área como hoje. A grande
questão atual é que a comunicação digital
passa por bons gestores que entendam do
mercado e saibam conduzir a equipe com
harmonia e eficiência. Outro desafio é a
capacidade comercial. “Precisamos, além
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os benefícios das ferramentas e como
utilizá-las, o que pode ser uma verdadei-
ra evangelização, já que trabalhamos com
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nos principais ramos
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tem como desafio atual
desenvolver soluções
para aparelhos móveis
1 8
empreendedor|dezembro2014
Um lugar
na internet
do futuro
CAPA
1 9
empreendedor|dezembro2014
Luiz Alberto Ferla
Idade: 49 anos
Formação: Engenharia de Produção
Mecânica e Administração
Naturalidade: Cascavel (PR)
MicheleMonteiro
2 0
empreendedor|dezembro2014
CAPA
produtos novos no mercado.”
Em comum, além da plataforma digital,
uma característica das soluções da DOT é
que elas são escalonáveis. “Conseguimos
atender a muitos clientes numa mesma
plataforma, aliás, uma tendência atual da
internet.” O enfoque também caracteriza
os produtos. “Começamos com ensino a
distância e as demais empresas foram sur-
gindo para dar suporte à área de educação.
Seja games, comunicação digital ou moni-
toramento de informações, elas orbitam
em torno da ideia inicial.”
Para Ferla, o mercado de comuni-
cação digital no Brasil ainda não está no
mesmo patamar dos Estados Unidos, mas
o atraso, que antes era de décadas, agora
é de meses, segundo o presidente do gru-
po. “Também devemos considerar nosso
atraso em proporcionar investimentos e
condições de crescimento para empresas
inovadoras, seja na carga tributária ou am-
biente institucional, legal. Mesmo assim,
somos os melhores em oferecer produtos
entendendo a cultura brasileira.”
Um dos principais diferenciais da em-
presa digital é que ela obrigatoriamente
busca a inovação, já que a concorrência é
mundial e o mercado dinâmico. “Para ino-
var, precisamos incentivar a criatividade,
oferecendo capacitações, qualificações e
proporcionando um estilo mais confortável
para trabalhar. Um funcionário que conse-
gue melhorar um processo é criativo. In-
vestimos no conhecimento humano.” Não
por acaso, também em 2014, a empresa foi
listada entre as 100 Melhores Empresas para
se Trabalhar no Brasil na área de tecnologia
digital, prêmio concedido pela Great Place
to Work (GPTW).
1995
2001
2008
2010
2011
2012
2013
2014
Fundação do IEA
Fundação da Knowtec
Criação da Talk 2
Fundação da DDBR
Fundação da Keeping Up
Aquisição da TechFront
Aquisição da SuitePlus e SocialBase
Criação do DOT Digital Group
Monta escritórios no Rio de Janeiro
e São Paulo
Está entre as 100 melhores
empresas brasileiras de tecnologia
digital para se trabalhar
Linha do tempo
2 0
empreendedor|dezembro2014
DOT Digital Group
Faturamento: 50 milhões em 2014
Funcionários: 280
Sede: Florianópolis. Escritórios
em Brasília, Belo Horizonte, Rio
de Janeiro e São Paulo
2 2
empreendedor|dezembro2014
Pacotes de treinamento de funcionários de empresas devem
multiplicar por quatro o faturamento da Veduca, mas o
restante dos cursos é gratuito
Conteúdo
para dar e vender
CAPA
2 2
empreendedor|dezembro2014
2 3
empreendedor|dezembro2014
Carlos Souza
Idade: 34 anos
Formação: Engenharia aeronáutica, pelo ITA
Naturalidade: Vitória (ES)
No ar desde março de 2012, a plata-
forma Veduca amplia a oferta de ensino a
distância no Brasil, reunindo conteúdo de
universidades internacionais e brasileiras.
Com a meta de democratizar a educação
oferecendo conteúdo de qualidade e gra-
tuito, já conquistou 540 mil alunos com
487 cursos de 23 instituições de ensino
superior, entre elas as brasileiras UFSC
(Universidade Federal de Santa Catarina),
Unicamp (Universidade Estadual de Cam-
pinas) e Unisinos (Universidade do Vale
do Rio dos Sinos) e as internacionais MIT
(Massachusetts Institute of Technology),
Harvard, Oxford e Princeton.
As videoaulas são acompanhadas por
ferramentas de estudo como bloco de ano-
tação, material de apoio para download,
chat e fórum de discussões. Alguns ofere-
cem quizzes e tutoria on-line. Além disso,
todas as aulas internacionais possuem
legendas em português, já que apenas 2%
da população brasileira domina o idioma.
Desde junho de 2013, o sistema começou a
oferecer, pela primeira vez no Brasil, cursos
baseados na tecnologia MOOC, do inglês
Massive Open Online Course, um sistema
de aprendizado em massa. “Buscamos pro-
porcionar a melhor experiência de aprendi-
zado on-line possível, de forma exclusiva”
afirma o diretor Carlos Souza. “Quando
ingressamos no mercado não havia nada
parecido no País. O Brasil é a sétima econo-
mia do mundo e está nas últimas posições
nas avaliações educacionais”, completa.
Agora que a solução está dando resul-
tados econômicos. Em 2012, eles recebe-
ram R$ 1,5 milhão da Bolt Ventures, Mac-
millan Digital Education e 500 Startups, e
no ano seguinte mais R$ 1,1 milhão dos
mesmos investidores. O ano de 2014 foi
o primeiro a apresentar faturamento, en-
tre R$ 5 milhões e R$ 6 milhões. Em 2015,
a empresa espera faturar R$ 20 milhões,
e está prestes a receber outro aporte de
investidores. Grande parte do lucro tem
surgido de soluções de pacotes de espe-
cializações montados para treinar funcio-
nários de empresas espalhadas pelo Brasil
e exterior. “Especialização em massa tem
gerado uma grande economia para estas
companhias”, relata Souza.
No mais, todo conteúdo do site é
gratuito. Entre os cursos, nove oferecem
certificação do MEC (a única etapa paga
do sistema), como os de Probabilidade
Estatística, Energias Renováveis e Bioener-
gética. No final de 2013, a Veduca lançou o
primeiro MBA, em Engenharia e Inovação,
em parceria com a UFSC e USP, e em agos-
to deste ano foi ao ar o MBA em Gestão da
Sustentabilidade. Até agora, 22 mil pessoas
assistiram aulas do MBA em Engenharia e
1.400 obtiveram o certificado, um índice
de 6,36% de conclusão. “Verificamos que
quem solicita o certificado inicialmente se
compromete a levar os estudos on-line até
o final, ao passo que as outras pessoas des-
frutam do conteúdo por aperfeiçoamento
pontual ou até curiosidade”, diz Souza.
Hoje com cursos pontuais e MBAs, o
Veduca não disponibiliza cursos comple-
tos de graduação porque a lei brasileira
não permite que mais que 20% do conte-
údo seja de ensino a distância. “Sabemos
que modelos híbridos, nos quais os estu-
dantes aprendem a teoria em casa e vão
ao curso presencial para lidar com proje-
tos e estudos de caso aumentam a perfor-
mance dos cursos de graduação”, diz.
Conforme o diretor, as parcerias com
as universidades apresentam ótimos re-
sultados. “Desenvolver tecnologia não é
o foco das universidades. Elas já possuem
os papéis essenciais de produzir conteúdo
de alta qualidade, fazer pesquisas e formar
profissionais. O desenvolvimento tecno-
lógico de educação a distância pode ser
elaborado e aperfeiçoado por empresas.
Instituições superiores vêm percebendo a
questão, tanto que nossas parcerias cons-
tantemente evoluem”, diz.
2 3
empreendedor|dezembro2014
CAPA
2 4
empreendedor|dezembro2014
Em janeiro deste ano, o Veduca passou
a disponibilizar um curso on-line de capaci-
tação em Adwords (serviço de links patroci-
nados) com a certificação Google Partners.
“Estas videoaulas estão também no Youtube,
mas preparamos este material e oferecemos
mais ferramentas de aprendizagem.”
Paraodiretor,omaiordesafiodaempre-
sa, por mais que seja de tecnologia digital, é
compreender as pessoas. “Nosso maior de-
safio é entender quais são as necessidades
do aluno no aprendizado para construirmos
a melhor plataforma de estudos on-line.”
História de superação
A criação do Veduca começou depois
de um grave acidente sofrido por Souza.
Em 2007, quando ele estava com 26 anos,
sofreu um acidente no Valle Nevado, no
Chile. Fraturou o crânio e ficou um mês
internado. “Deu tempo para pensar, in-
clusive que eu estava adiando meus so-
nhos de ter um negócio próprio. A gente
adia planos por não saber bem como e
quando começar, mas pra um sonho, o
melhor momento é o agora.”
Com o ideal mais latente, Souza ainda
trabalhou alguns anos na área de marke-
ting da multinacional americana Procter
&Glambe. “Sou formado em engenharia
aeronáutica, mas escolhi o marketing por-
que ele exige interação completa com o
mercado, entre desenvolvimento do pro-
duto, logística e vendas. É uma função cen-
tral que permite o exercício da liderança.
Entendi que isso seria mais fácil do que me
especializar na criação de uma parte de um
avião”, ele analisa. “Mas meu sonho não era
vender sabão em pó ou fraldas descartá-
veis. Eu precisava achar uma maneira de fa-
zer algo que mudasse a vida das pessoas.”
A fundação do Veduca não foi por aca-
so. Em 2011, Souza começou a estudar
mais de uma centena de modelos e negó-
cios que estavam crescendo nos Estados
Unidos e ainda não haviam chegado ao
Brasil até chegar no site de educação a dis-
tância. “Tem gente que acha que a ideia do
negócio cai como um raio na cabeça, mas
ele deve ser bem avaliado.”
2012
2013
2014
Fundação da Veduca
Recebe R$ 1,5 milhão de
investimento
Conquista mais R$ 1,1 milhão
investido
Renova plataforma e lança os
primeiros Moocs
Lança o primeiro MBA aberto on-line
do mundo
Lança o segundo MBA
Está entre as 100 melhores
empresas brasileiras de tecnologia
digital para se trabalhar
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Veduca
Funcionários: 30
Faturamento: 6 milhões em 2014
Sede: São Paulo

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  • 1. JOEL FERNANDES: O ÚLTIMO DIA DO ANO ROBERTO TRANJAN: ONDE ESTÁ A CRISE MARCELO PONZONI: DESVIO DE CONDUTA A internet no Brasil já conta com mais de 120 milhões de usuários, e o potencial de geração de negócios não para de crescer. Conheça quem se destaca na economia digital ENTREVISTA: HEIDE CASTRO DESTRINCHA A INVESTIGAÇÃO APRECIATIVA www.empreendedor.com.br Negócios criativos, inovadores e rentáveis EMPREENDEDOR–NÃOTEMCRISE.COM–ANO21No242DEZEMBRO2014 NÃO TEM CRISE.COM ISSN 1414-0152 ANO 21 I No 242 DEZEMBRO 2014 R$ 13,90 21 anos Alexandre Oliveira e Ricardo Fritsche MERITT Alencar de Carvalho GERA Luiz Alberto Ferla DOT GROUP Carlos Souza VEDUCA Gustavo Caetano SAMBA TECH Vinicius Roveda CONTAAZUL Eric Santos RESULTADOS DIGITAIS Luiz Vabo Jr. e Felipe Salvini SIEVE
  • 3. 1 7 empreendedor|dezembro2014 Em 2015, o número de pessoas conectadas à internet no mun- do deve atingir a marca de 3 bilhões, mais de 40% da população mundial, segundo cálculos da consultoria de tecnologia eMarketer divulgados pela BBC, no fim de novembro. No Brasil, o levanta- mento mais recente da Nielsen Ibope apontou 120,3 milhões de pessoas com acesso à internet em 2014 (aproximadamente 60% da população nacional), um crescimento de 18% em relação ao ano anterior. Os brasileiros já superaram os japoneses e ficam abai- xo apenas dos chineses, estadunidenses e indianos. A estimativa é que o Brasil mantenha a quarta posição, ao menos, até 2018, quando o número de usuários da web deve chegar a 125,9 milhões. O potencial econômico da internet é imensurável. Nela ocor- rem negócios (estima-se que, somente no Brasil, o e-commerce obtenha um faturamento de R$ 39 bilhões em 2014) e dela sur- gem negócios. A internet é plataforma para soluções direciona- das à economia tradicional e também à economia digital. Nas páginas a seguir, a Revista Empreendedor apresenta uma série de exemplos de empresas que operam neste mercado e se destaca- ram por suas inovações e desenvoltura em 2014. Uma leitura para se inspirar – e, quem sabe, começar 2015 com uma boa ideia de negócio para implementar. do ano Edição especial apresenta empresas que se destacaram no mundo dos negócios digitais em 2014
  • 4. 1 8 empreendedor|dezembro2014 Se antes apostar no mercado da inter- net era uma aposta e um sonho, hoje o mercado está em estabilização, e o desafio atual é desenvolver soluções acessíveis em aparelhos móveis. Luiz Alberto Fer- la, presidente do DOT Group, cita que aproximadamente 40 milhões de brasi- leiros afirmaram acessar a internet pela primeira vez através de celulares, o que já representa um terço de todo o universo de internautas brasileiros, cerca de 120 milhões de pessoas. “A internet está no computador de bolso. Isto implica em en- contrar pessoas qualificadas na área e na prospecção de empresas”, diz. O grupo DOT com sede em Florianópolis, nasceu em 1996 com uma empresa de educação a distância e hoje atua nos principais ra- mos da internet – educação, games, redes sociais corporativas, gestão na nuvem, co- mércio eletrônico ou comunicação digital. Mesmo com crescimento de 42% no faturamento em 2014, os resultados do ano não alcançaram o esperado pela direção, que era fechar o ano com R$ 100 milhões. Em 2013, faturaram R$ 35 milhões e, nes- te, R$ 50 milhões, com uma equipe de 280 funcionários. “O mercado ainda não está tão maduro na comunicação digital e este ano foi confuso na cabeça das empresas, que com eleições ficaram mais cautelosas, não contrataram. Diversos contratos serão cumpridos ano que vem”, diz Ferla. Atualmente, a empresa investe na ampliação do mercado. Neste ano, foram instalados escritórios no Rio de Janeiro e São Paulo, o que deve fortalecer a atu- ação no Sudeste. “Também queremos focar no atendimento de soluções cor- porativas”, adianta Ferla. Até então o gru- po contava com escritórios em Brasília e Belo Horizonte. Entre as oito empresas do grupo: IEA (educação a distância), Knowtec (inteligên- ciademercadoegestãodoconhecimento), Talk 2 (comunicação digital), DDBR (comu- nicação digital para política), Keepning Up (comércio eletrônico), TechFront (games), SuitePlus (sotfwares de gestão na nuvem) e SocialBase (redes sociais corporativas). “Al- gumas soluções até podem ser novas, mas temos 20 anos de experiência no mercado entregando produtos com qualidade única. Outra vantagem é que ofereceremos solu- ções completas. Fazemos serviços que tal- vez precisariam de 10 empresas diferentes para oferecer”, aponta Ferla. Neste tempo, os desafios mudaram. “Antigamente o problema maior era real- mente técnico e não tínhamos pessoas tão qualificadas na área como hoje. A grande questão atual é que a comunicação digital passa por bons gestores que entendam do mercado e saibam conduzir a equipe com harmonia e eficiência. Outro desafio é a capacidade comercial. “Precisamos, além de prospectar clientes, fazê-los entender os benefícios das ferramentas e como utilizá-las, o que pode ser uma verdadei- ra evangelização, já que trabalhamos com O DOT Group, que atua nos principais ramos da economia digital, tem como desafio atual desenvolver soluções para aparelhos móveis 1 8 empreendedor|dezembro2014 Um lugar na internet do futuro CAPA
  • 5. 1 9 empreendedor|dezembro2014 Luiz Alberto Ferla Idade: 49 anos Formação: Engenharia de Produção Mecânica e Administração Naturalidade: Cascavel (PR) MicheleMonteiro
  • 6. 2 0 empreendedor|dezembro2014 CAPA produtos novos no mercado.” Em comum, além da plataforma digital, uma característica das soluções da DOT é que elas são escalonáveis. “Conseguimos atender a muitos clientes numa mesma plataforma, aliás, uma tendência atual da internet.” O enfoque também caracteriza os produtos. “Começamos com ensino a distância e as demais empresas foram sur- gindo para dar suporte à área de educação. Seja games, comunicação digital ou moni- toramento de informações, elas orbitam em torno da ideia inicial.” Para Ferla, o mercado de comuni- cação digital no Brasil ainda não está no mesmo patamar dos Estados Unidos, mas o atraso, que antes era de décadas, agora é de meses, segundo o presidente do gru- po. “Também devemos considerar nosso atraso em proporcionar investimentos e condições de crescimento para empresas inovadoras, seja na carga tributária ou am- biente institucional, legal. Mesmo assim, somos os melhores em oferecer produtos entendendo a cultura brasileira.” Um dos principais diferenciais da em- presa digital é que ela obrigatoriamente busca a inovação, já que a concorrência é mundial e o mercado dinâmico. “Para ino- var, precisamos incentivar a criatividade, oferecendo capacitações, qualificações e proporcionando um estilo mais confortável para trabalhar. Um funcionário que conse- gue melhorar um processo é criativo. In- vestimos no conhecimento humano.” Não por acaso, também em 2014, a empresa foi listada entre as 100 Melhores Empresas para se Trabalhar no Brasil na área de tecnologia digital, prêmio concedido pela Great Place to Work (GPTW). 1995 2001 2008 2010 2011 2012 2013 2014 Fundação do IEA Fundação da Knowtec Criação da Talk 2 Fundação da DDBR Fundação da Keeping Up Aquisição da TechFront Aquisição da SuitePlus e SocialBase Criação do DOT Digital Group Monta escritórios no Rio de Janeiro e São Paulo Está entre as 100 melhores empresas brasileiras de tecnologia digital para se trabalhar Linha do tempo 2 0 empreendedor|dezembro2014 DOT Digital Group Faturamento: 50 milhões em 2014 Funcionários: 280 Sede: Florianópolis. Escritórios em Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo
  • 7. 2 2 empreendedor|dezembro2014 Pacotes de treinamento de funcionários de empresas devem multiplicar por quatro o faturamento da Veduca, mas o restante dos cursos é gratuito Conteúdo para dar e vender CAPA 2 2 empreendedor|dezembro2014
  • 8. 2 3 empreendedor|dezembro2014 Carlos Souza Idade: 34 anos Formação: Engenharia aeronáutica, pelo ITA Naturalidade: Vitória (ES) No ar desde março de 2012, a plata- forma Veduca amplia a oferta de ensino a distância no Brasil, reunindo conteúdo de universidades internacionais e brasileiras. Com a meta de democratizar a educação oferecendo conteúdo de qualidade e gra- tuito, já conquistou 540 mil alunos com 487 cursos de 23 instituições de ensino superior, entre elas as brasileiras UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), Unicamp (Universidade Estadual de Cam- pinas) e Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos) e as internacionais MIT (Massachusetts Institute of Technology), Harvard, Oxford e Princeton. As videoaulas são acompanhadas por ferramentas de estudo como bloco de ano- tação, material de apoio para download, chat e fórum de discussões. Alguns ofere- cem quizzes e tutoria on-line. Além disso, todas as aulas internacionais possuem legendas em português, já que apenas 2% da população brasileira domina o idioma. Desde junho de 2013, o sistema começou a oferecer, pela primeira vez no Brasil, cursos baseados na tecnologia MOOC, do inglês Massive Open Online Course, um sistema de aprendizado em massa. “Buscamos pro- porcionar a melhor experiência de aprendi- zado on-line possível, de forma exclusiva” afirma o diretor Carlos Souza. “Quando ingressamos no mercado não havia nada parecido no País. O Brasil é a sétima econo- mia do mundo e está nas últimas posições nas avaliações educacionais”, completa. Agora que a solução está dando resul- tados econômicos. Em 2012, eles recebe- ram R$ 1,5 milhão da Bolt Ventures, Mac- millan Digital Education e 500 Startups, e no ano seguinte mais R$ 1,1 milhão dos mesmos investidores. O ano de 2014 foi o primeiro a apresentar faturamento, en- tre R$ 5 milhões e R$ 6 milhões. Em 2015, a empresa espera faturar R$ 20 milhões, e está prestes a receber outro aporte de investidores. Grande parte do lucro tem surgido de soluções de pacotes de espe- cializações montados para treinar funcio- nários de empresas espalhadas pelo Brasil e exterior. “Especialização em massa tem gerado uma grande economia para estas companhias”, relata Souza. No mais, todo conteúdo do site é gratuito. Entre os cursos, nove oferecem certificação do MEC (a única etapa paga do sistema), como os de Probabilidade Estatística, Energias Renováveis e Bioener- gética. No final de 2013, a Veduca lançou o primeiro MBA, em Engenharia e Inovação, em parceria com a UFSC e USP, e em agos- to deste ano foi ao ar o MBA em Gestão da Sustentabilidade. Até agora, 22 mil pessoas assistiram aulas do MBA em Engenharia e 1.400 obtiveram o certificado, um índice de 6,36% de conclusão. “Verificamos que quem solicita o certificado inicialmente se compromete a levar os estudos on-line até o final, ao passo que as outras pessoas des- frutam do conteúdo por aperfeiçoamento pontual ou até curiosidade”, diz Souza. Hoje com cursos pontuais e MBAs, o Veduca não disponibiliza cursos comple- tos de graduação porque a lei brasileira não permite que mais que 20% do conte- údo seja de ensino a distância. “Sabemos que modelos híbridos, nos quais os estu- dantes aprendem a teoria em casa e vão ao curso presencial para lidar com proje- tos e estudos de caso aumentam a perfor- mance dos cursos de graduação”, diz. Conforme o diretor, as parcerias com as universidades apresentam ótimos re- sultados. “Desenvolver tecnologia não é o foco das universidades. Elas já possuem os papéis essenciais de produzir conteúdo de alta qualidade, fazer pesquisas e formar profissionais. O desenvolvimento tecno- lógico de educação a distância pode ser elaborado e aperfeiçoado por empresas. Instituições superiores vêm percebendo a questão, tanto que nossas parcerias cons- tantemente evoluem”, diz. 2 3 empreendedor|dezembro2014
  • 9. CAPA 2 4 empreendedor|dezembro2014 Em janeiro deste ano, o Veduca passou a disponibilizar um curso on-line de capaci- tação em Adwords (serviço de links patroci- nados) com a certificação Google Partners. “Estas videoaulas estão também no Youtube, mas preparamos este material e oferecemos mais ferramentas de aprendizagem.” Paraodiretor,omaiordesafiodaempre- sa, por mais que seja de tecnologia digital, é compreender as pessoas. “Nosso maior de- safio é entender quais são as necessidades do aluno no aprendizado para construirmos a melhor plataforma de estudos on-line.” História de superação A criação do Veduca começou depois de um grave acidente sofrido por Souza. Em 2007, quando ele estava com 26 anos, sofreu um acidente no Valle Nevado, no Chile. Fraturou o crânio e ficou um mês internado. “Deu tempo para pensar, in- clusive que eu estava adiando meus so- nhos de ter um negócio próprio. A gente adia planos por não saber bem como e quando começar, mas pra um sonho, o melhor momento é o agora.” Com o ideal mais latente, Souza ainda trabalhou alguns anos na área de marke- ting da multinacional americana Procter &Glambe. “Sou formado em engenharia aeronáutica, mas escolhi o marketing por- que ele exige interação completa com o mercado, entre desenvolvimento do pro- duto, logística e vendas. É uma função cen- tral que permite o exercício da liderança. Entendi que isso seria mais fácil do que me especializar na criação de uma parte de um avião”, ele analisa. “Mas meu sonho não era vender sabão em pó ou fraldas descartá- veis. Eu precisava achar uma maneira de fa- zer algo que mudasse a vida das pessoas.” A fundação do Veduca não foi por aca- so. Em 2011, Souza começou a estudar mais de uma centena de modelos e negó- cios que estavam crescendo nos Estados Unidos e ainda não haviam chegado ao Brasil até chegar no site de educação a dis- tância. “Tem gente que acha que a ideia do negócio cai como um raio na cabeça, mas ele deve ser bem avaliado.” 2012 2013 2014 Fundação da Veduca Recebe R$ 1,5 milhão de investimento Conquista mais R$ 1,1 milhão investido Renova plataforma e lança os primeiros Moocs Lança o primeiro MBA aberto on-line do mundo Lança o segundo MBA Está entre as 100 melhores empresas brasileiras de tecnologia digital para se trabalhar Linha do tempo Veduca Funcionários: 30 Faturamento: 6 milhões em 2014 Sede: São Paulo