O documento discute a importância da biblioteca escolar para o sucesso educativo e desenvolvimento de competências. A biblioteca escolar deve ter um modelo de autoavaliação para melhorar continuamente. A proposta destaca a participação de todos os envolvidos no processo de avaliação, incluindo direção, professores, alunos e pais. Dois desafios são a falta de práticas sistemáticas de avaliação e dificuldades em medir o impacto da biblioteca.

1. TAREFA 1 - 2ª parte
«The SLRC (school library resource center) is not an end in itself, but it can be
seen as a step toward an end, with the starting point and conclusion taking place outside
the SLRC»
Dorothy Williams, Caroline Wavwll
Sendo inquestionável o contributo da Biblioteca Escolar (BE) para o sucesso
educativo e para o desenvolvimento das literacias imprescindíveis na sociedade da
informação, onde os avanços científicos e tecnológicos são cada vez mais rápidos, a BE
ocupa, no universo educativo, um lugar de crucial importância. Neste contexto, a
qualidade da educação e a aprendizagem contínua são os factores impulsionadores dessa
mesma sociedade, também denominada de sociedade da aprendizagem, tal como refere
Nancy Sánchez Tarragó.
A proposta apresentada pela colega Carla Velho evidencia claramente a
importância da BE, quer na introdução do seu trabalho («A BE constitui um contributo
essencial para o sucesso educativo, sendo um recurso fundamental para o ensino e para
a aprendizagem»), quer nas referências à importância e premência de a BE dispor de
um modelo de auto-avaliação. Neste âmbito, é realçado o impacto que essa mesma
avaliação terá no quotidiano escolar: planeamento de caminhos a seguir, trabalho cada
vez mais colaborativo, responsabilização de toda a escola pelo sucesso da sua missão.
Através da auto-avaliação a BE terá a possibilidade de aferir a eficácia dos seus serviços
e o impacto nas atitudes, comportamentos e competências dos seus utentes.
Um outro ponto forte presente na proposta da colega é, sem dúvida, o destaque
facultado à organização estrutural e funcional. Aí, está claramente exposta a intervenção
de cada um dos participantes no processo avaliativo, onde se pretende uma efectiva
participação conjunta: os papéis do professor bibliotecário e da sua equipa, da direcção,
do conselho pedagógico, dos professores, dos alunos e dos pais e encarregados de
educação.
Relativamente aos constrangimentos inerentes ao sucesso da iniciativa, saliento
dois aspectos que considero muito importantes e que, apesar de não transparecerem no
trabalho analisado, lhe estão subjacentes: em primeiro lugar a precariedade, no meio
escolar, de práticas sistemáticas de avaliação decorrentes da recolha de evidências e a
avaliação regular de todos os serviços prestados pela BE. Em segundo lugar, os

2. constrangimentos decorrentes da dificuldade na realização de documentos para recolha
dessas mesmas evidências e em identificar os respectivos indicadores de resultados,
especificamente aquando do impacto da acção da BE nas atitudes e comportamentos.
Formanda: Dina Maria Ribeiro Dourado