1. CIRCO manterem seus animais, com auxilio de biologos e veterinários contratados para
Um circo é comumente uma companhia itinerante que reúne artistas de diferentes garantir o bem estar dos animais. A maioria deles com documentação do Ibama.
especialidades, como malabarismo, palhaço, acrobacia, monociclo, contorcionismo, Existem raros casos de acidentes envolvendo animais selvagens, nos quais pessoas
equilibrismo, ilusionismo, entre outros. saem feridas ou até mesmo mortas.
A palavra também descreve o tipo de apresentação feita por esses artistas, Atualmente é proibido o uso de animais em algumas cidades, mas na maioria dos
normalmente uma série de atos coreografados à músicas. Um circo é organizado em municípios brasileiros ainda é permitida sua exibição, tendo em vista que não há uma
uma arena - picadeiro circular, com assentos em seu entorno, enquanto circos legislação federal que regule a matéria. Empresários circenses, artistas, produtores
itinerantes costumam se apresentar sob uma grande tenda ou lona. Porém, há culturais e alguns estudiosos lutam para que seja aprovada uma legislação federal
diversos outros formatos para esta arte milenar, como poderemos ver mais adiante. que regulamente o uso de animais em circos.
Um exemplo é o Cirque du Soleil que é o maior circo do mundo. O circo no Brasil
História A história do circo no Brasil começa no século XIX, com famílias e companhias vindas
Artistas de circo em de [Georges Seurat], 1891 da Europa, onde agruparam-se em guetos e manifestavam sentimentos diversos
Na Roma Antiga o circo era uma construção para através de interpretações teatrais onde não demonstravam apenas interesses
exibição de cavalos e corridas de bigas, shows individuais e sim despertavam consciência mútua.
equestres, batalhas encenadas, shows de animais No Brasil, mesmo antes do circo de Astley, já haviam os ciganos que vieram da
adestrados, malabaristas e acrobatas. Acredita-se Europa, onde eram perseguidos. Sempre houve ligação dos ciganos com o circo.
que o circo de Roma tenha sido influenciado pelos Entre suas especialidades incluíam-se a doma de ursos, o ilusionismo e as exibições
gregos e suas corridas de bigas e exibição de com cavalos.Eles viajavam de cidade em cidade, e adaptavam seus espetáculos ao
animais. gosto da população local. Números que não faziam sucesso na cidade eram tirados
Com a queda de Roma, os grandes circos do programa.
desapareceram da Europa, sobrando apenas Novo circo
treinadores de animais e outros artistas itinerantes. O novo circo é um movimento recente que adiciona às técnicas de circo tradicionais a
Na mongólia, as primeiras descrições de um circo influência de outras linguagens artísticas como a dança e o teatro,levando em conta
datam da Dinastia Han. Zhagh Heng foi um dos que a música sempre fez parte da tradição circense. No Brasil existem atualmente
primeiros a registrar apresentações acrobáticas vários grupos pesquisando e utilizando esta nova linguagem.
temáticas em palácios reais. Bibliografia
ALMEIDA, Luiz Guilherme. Ritual, Risco e Arte Circense. Brasília: UNB, 2008.
O conceito moderno de circo como uma arena circular com assentos, com exibição
AVANZI, Roger e T AMAOKI, Verônica. Circo Nerino. São Paulo: Editora Codex e Pindorama Circus,
de acrobacias, animais e outros artistas remontam ao final do século XVI.[1] Philip 2004.
Asthlley foi um dos pioneiros da época, popularizando o circo na Inglaterra. BOLOGNESI, Mário Fernando. Palhaços. São Paulo: Editora Unesp, 2003.
Uso de animais em circos BORT OLETO, Marco A. C. (org.). Introdução a pedagogia das atividades circenses. Jundiaí: Editora
Fontoura www.editorafontoura.com.br , 2008.
Há uma grande controvérsia sobre o uso de animais em circos, há duas correntes de
CAST RO, Alice Viveiros de. Elogio da Bobagem. Rio de Janeiro: Editora Família Bastos, 2005.
pensamento, com prós e contras o uso de animais em shows. COST A, Cristina. Censura e Comunicação: o circo-teatro na produção cultural paulista de 1930 a 1970.
Segundo a corrente de pessoas que são contra o uso de animais em circo, seu uso Terceira Margem Editora, 2007. Pesquisa apoiada pela Fapesp realizada no Arquivo Miroel Silveira.
tem sido gradativamente abandonado, uma vez que tais animais por vezes sofriam QUERUBIM, Marlene. Marketing de Circo. Mogo das Cruzes: Oriom Editora, 2003.
maus-tratos (tais como dentes precariamente serrados, jaulas minúsculas, estresse SILVA, Erminia Silva. Circo-Teatro: Benjamim de Oliveira e Teatralidade Circense no Brasil. Editora
Altana. ISBN 978-85-87770-45-5
etc.) e, além disso, eram frequentemente abandonados, já que a manutenção de TAMAOKI, Verônica. O ghost do Circo. São Paulo: Massao Ohno e Robson Breviglieri Editores, 1999.
grandes animais, como tigres e elefantes demanda muito dinheiro. Por outro lado
existem inúmeros circos brasileiros que possuem infra-estrutura e recursos para
2. Doutores da Alegria - O engraçado é que é sério. como ficar triste. É remédio para a vida toda.
Uso infantil
Composição
Humor........................................................................................................................ ......
.................100%
Formação artística profissional e
contínua...............................................................................100%
Sistematização e disponibilização de conhecimento - Centro de
Estudos.......................100%
Administração e captação de recursos
eficientes..................................................................100%
Informações históricas
Em 1986, Michael Christensen, um palhaço americano, diretor do Big Apple Circus de
Nova Iorque, apresentava-se numa comemoração num hospital daquela cidade,
quando pediu para visitar as crianças internadas que não puderam participar do
evento. Improvisando, substituiu as imagens da internação por outras alegres e
engraçadas. Essa foi a semente da Clown Care Unit™, grupo de artistas
especialmente treinados para levar alegria a crianças internadas em hospitais de
Nova Iorque.
Em 1988 Wellington Nogueira passou a integrar a trupe americana. Voltando ao
Brasil, em 1991, resolveu tentar aqui um projeto parecido, enquanto ex-colegas
faziam o mesmo na França (Le Rire Medecin) e Alemanha (Die Klown Doktoren). Os
preparativos deram um trabalho danado, mas valeu: em setembro daquele ano,
numa luminosa iniciativa do Hospital e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, em
São Paulo (hoje Hospital da Criança), teve início nosso programa.
Informações técnicas
Nossa missão é ser uma organização proeminentemente dedicada a levar alegria a
crianças hospitalizadas, seus pais e profissionais de saúde, através da arte do
palhaço, nutrindo esta forma de expressão como meio de enriquecimento da
experiência humana.
Somos uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que realiza cerca de 75 Monica Nador
mil visitas por ano a crianças internadas em hospitais de São Paulo, Rio de Janeiro,
Recife e Belo Horizonte. Nasceu em Ribeirão Preto e passou parte da sua adolescência em São José dos
Indicações Campos. Foi uma das expoentes da "geração 80". Desenvolveu pinturas murais em
Traumas ligados à hospitalização infantil: perda de controle sobre o corpo e a vida; bairros pobres periféricos em várias cidades no Brasil e no exterior, desenvolvendo
atitudes negativas em relação às doenças e à recuperação. um projeto denominado "Paredes Pinturas". Sua proposta artística era "de romper e
Contra-indicações expandir limites na intervenção artística". Desenvolveu um trabalho em conjunto
Não há. com os moradores em um bairro pobre da periferia de São José dos Campos
Posologia chamado Cinturão Colorido. Estes moradores assim incentivados pintaram também o
A besteirologia deve ser aplicada diariamente até que o paciente não saiba mais
3. interior de suas casas. Depois desta experiência, partiu para experiências no exterior, que passam a interessar a essa artista.
em Tijuana, Cuba, India e Paquistão, sob o patrocínio do Banco Mundial. Entre suas No Brasil, tem seu espaço de trabalho centrado no JAMAC que coordena juntamente
participações cita-se o III Salão Paulista (1985), Como Vai Geração 80? (1984), III com outros dois artistas. O JAMAC – Jardim Miriam Arte Clube – localizado num
Salão Paulista (1986), Arte Híbrida no MAM (1989), 20 Panorama Arte Atual, MAM bairro de periferia da grande São Paulo funciona como espaço de experimentação
(1989), Salão Nacional de Artes Plásticas (1985), e Feira Internacional de Arte cultural e artística para a comunidade que o cerca. Partindo de um formato de
Compemporânea, Madri. estúdio coletivo envolve crianças e adultos por meio das práticas artísticas ampliando
Segundo o crítico Tadeu Chiarelli sua produção é uma reflexão sobre a arte, que vai os meios, resgatando as referências, questionando os valores da imagem atual que,
desenvolvendo-se pelas séries de pintura, uma reflexão interna sobre a Pintura e o depois de burilados, terminam por construir projetos de intervenção artística.
embate com o público do circuíto das artes. Trabalha desde 1983, levou sua pintura Trabalhando juntamente com crianças que convivem com o JAMAC em projetos
por caminhos imprevistos, como fazer a pintura comentar a própria pintura. dentro e fora do Brasil, ou então com os moradores das casas escolhidas para sua
Em 1988 fez a série intitulada O Bom e Velho Monocromático depois as séries A Arte, ação artística, Mônica realiza etapas para uma desburocratização da arte. Quando
A Arte Engajada. Seus trabalhos são de um colorido rutilante. estipula essa proposta por meio da linguagem da pintura
Ref. bibliográfica: subverte antigas verdades não apenas por se esquivar da
Chiarelli, T. A Arte Internacional Brasileira, são paulo: lemos ed. 2002 p 240 suposta pureza do espaço museal preferindo a rua, mas
também por cultivar uma pulverização da idéia de
Uma das qualidades mais importantes da Arte Pública autoria.
atual pode ainda ser lida como um de seus maiores
desafios: a busca pelo encontro simbólico, temporal, de É no JAMAC, sigla para Jardim Miriam Arte Clube, na
convívio e resistência entre a imagem artística, os espaços divisa de São Paulo com Diadema, que Mônica lembra sua
abertos e o homem que os habita. Os centros urbanos da trajetória: as visitas do artista Alfredo Volpi ao ateliê de
atualidade praticamente extinguem essa noção de seu pai em São José dos Campos, o curso de artes plásticas na FAAP e a mudança do
encontro que é permeada por uma idéia de consenso e bairro de classe média-alta da Vila Madalena para viver e montar seu projeto de vida
acordo comum entre seus agentes. Daí o desafio, o valor na periferia
da boa pergunta, uma das premissas prediletas da arte A partir da expansão da pintura sobre tela para as fachadas externas de bairros de
contemporânea. Daí então as suas variações quanto aos tempos e imaginários periferia do todo Brasil e do mundo, Mônica vem criando laços de relação afetiva
explorados por tantos artistas interessados por essa vertente estética. com os moradores desses lugares que visita recriando, com a ajuda dessas pessoas,
Mônica Nador explora a prática da arte pública há quase uma década. Partindo da fachadas e novas paisagens locais numa pintura exposta ao tempo. A autoria passa a
linguagem da pintura, que distingue o início de sua carreira, reconfigura a ser compartilhada a partir de então. Costuma declarar que é para essa qualidade de
importância normalmente dada à matriz popular atribuindo-lhe outras formas de arte que dirige seu trabalho, para um senso de beleza que vem acompanhado de
percepção. Sempre presentes, as matrizes não lhe cabem apenas como tema, para o singeleza e da valorização da identidade das pessoas que habitam esses lugares.
que bastariam as superfícies de pintura criadas para paredes brancas dos museus. Além da ação no local, que com certeza deixa sua marca visual e simbólica no bairro,
Descontente com tais limitações, expande os sentidos dessa linguagem propondo a o trabalho dessa artista se estende para os espaços oficiais de arte através da
dessacralização de seu espaço museológico ideal. Da tela passa para o entorno e aí exposição de fotografias que contemplam todo o processo anterior e posterior à sua
elabora o encontro entre imagem e superfície/espaço alinhando-os a partir de uma intervenção sobre as fachadas.
mesma ordem, a popular. Constrói assim o que se conhece como uma intervenção gentil sobre os lugares
Instrumentos musicais, ícones folclóricos, objetos do cotidiano afetivo das casas urbanos nos quais atua. Delimita suas histórias entre um antes e um depois e é nesse
simples brasileiras além de motivos florais ou geométricos ricos e coloridos são ínterim que está depositada parte significativa da força de seu trabalho. Efêmero que
transportados para superfícies maiores nas quais passa a trabalhar sua forma de é, perdura para além dos acervos habitando o tempo da memória pública.
pintura. São fachadas de casas simples, espaços degradados pelo esgarçamento
urbano atual, lugares distantes do suposto bom gosto das classes sociais abastadas
4. O balé clássico se originou das danças coral cortesã e mourisca. Grupos de As famosas bailarinas russas começaram a aparecer na Europa em meados do
figurantes (cavalheiros da corte e, às vezes damas) formavam as "entradas de século XIX. Conquistaram de vez os teatros.
mouriscas", usando trajes bizarros na caracterização dos personagens. As O Romantismo na dança foi inalgurado po Marie Taglioni. Assim, as bailarinas
danças se sucediam a intervalos, cada grupo realizava seu bailado e, por fim, se tornaram seres quase irreais, em um ideal de imaterialidade. Toda a
todos se uniam na dança geral. técnica e estética da dança foi revolucionada. Taglioni criou o *sapato de
Os espetáculos ganharam maior dramaticidade na Itália e os temas da ponta, dando às bailarinas a possibilidade de executar proezas técnicas e
mitologia clássica substituíram os dos romances medievais. A dança aparência de flutuar nas pontas dos pés, além do *tutu - vestido semi-longo,
pantomímica passou a ser executada por bailarinos profissionais e de tule, com corpete justo, possibilitando liberdade total para os movimentos.
transformada em espetáculo público. Sua mais famosa criação foi "La Sylphide" (1832).
O balé se estruturou na Itália, antes de se desenvolver na França. Em meados Jean Coralli criou "Giselle" em 1841, um dos maiores bailados tradicionais, de
do século XVI, Catarina de Médicis levou a Paris o balé "Comique de la Reine". caráter dramático e emotivo. Jules Perrot produziu "Pas de Quatre", em 1845.
A primeira peça de gênero dramático "Ballet de Circé" foi composta em 1581, Em 1870, Arthur de Saint-Léon criou "Coppélia", com música de Delibes.
pelo músico italiano Baldassarino. Marius Pepita, com Cecchetti e Ivanov criou "Quebra-Nozes", em 1892; com
Luís XVI foi o fundador da Academia Real de Dança, em 1661. Esse berço do Lev Ivanov criou "A Bela Adormecida", em 1890. Todos com música de
balé profissional deu grande impulso à dança. Tchaikovski, como a maioria dos grandes balés russos.
O balé passou para o teatro. Os artistas eram sempre do sexo masculino. Pepita preparou vários bailarinos de grande talento. Pelas mãos de Enrico
Usavam máscaras e trajes que dificultavam os movimentos. As mulheres Cecchetti passaram os mais famosos nomes da dança internacional, como
foram incluídas como bailarinas em 1681, po Lully, em seu "O Triunfo do Anna Pavlova. O estilo e o método de Cecchetti ainda permanecem.
Amor". Os passos eram baixos e sem saltos. Os grandes saltos foram No começo do século XX, o balé teve um impulso, que se deve a Sergei
incorporados à técnica pelo grande bailarino Ballon. As cinco posições básicas Diaghilev.
dos pés foram elaboradas po Pierre Beauchamp. Raoul Feuillet realizou a A coreografia foi revolucionada por Fokine, que pôs em prática os ideais de
primeira tentativa de notação de dança com sua "Coreografia ou Arte de Noverre. A dança deveria ser interpretativa, mostrando o espírito dos atores,
Escrever a Dança". em harmonia com a música e a arte plástica. O mais célebre bailado de Anna
As mulheres passaram a se destacar e contribuíram para o aperfeiçoamento Pavlova - A Morte do Cisne - foi criado por ele, além de 68 bailados,
da arte. Marie Camargo criou o jeté, o pas de basque e o entrechat quatre, representados no mundo inteiro.
além de encurtar os vestidos até acima dos tornozelos e calçar sapatos sem
saltos. Viva o Graffiti de São Paulo!
Jean Georges Noverre foi a figura mais importante da dança no século XVIII. Assim como em outras cidades do Brasil - vide "Upgrade do Macaco, A Urgência da
Além de vários bailados, foi autor de "Lettres sur la Danse et les Ballets", que Arte Urbana" - o graffiti vive um momento excelente aqui em São Paulo.
Vou passar aqui meu depoimento (de fã) sobre a cena. Acompanho o trabalho dos
trazia leis e teorias do balé. Ele afirmava que o balé é uma arte nobre,
grafiteiros há muitos anos, a princípio de longe, simplesmente seguindo seus traços
destinada à expressão e ao desenvolvimento de um tema. Criou o balé
pelas ruas, e recentemente mais de perto. Essa aproximação foi possível graças ao
dramático, onde a história é contada através de gestos. Reclamava maior que vou relatar agora.
expressão na dança, simplicidade e comodidade nos trajes, além de mais Os espaços
vastos conhecimentos para os "maitres de balé" e a necessidade de um tema
para cada balé. A partir daí, Gaetan e Auguste Vestris criaram novos passos. A primeira coisa que me chamou a atenção para as mudanças que estavam
acontecendo foi a abertura da galeria Choque Cultural, em 2004. Apesar da proposta
5. ser destacar artistas de várias áreas pouco usuais (como tatuagem), o graffiti tem Mais recentemente foi lançado um número especial da revista Imaginário, ligada ao
sido seu destaque. Conseguiram chamar a atenção através de iniciativas bastante Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP). O volume traz o título "O
criativas, como o recente 'intercâmbio' com os artistas da galeria Fortes Vilaça (que Graffiti na cidade de São Paulo e sua vertente no Brasil - estéticas e estilos". Traz
representa Vik Muniz, por exemplo). Outra coisa excelente: a Choque Cultural muitas fotos, alguns textos bons (especialmente no início), mas o resultado é um
mantém uma política de vender gravuras numeradas de seus artistas a preços tanto irregular.
acessíveis. Repressão
Pouco tempo depois, mais precisamente em Maio de 2005, abriu a excelente Outro ponto que vem tendo altos e baixos é o relacionamento com o poder público.
Grafiteria. Comandada por dois artistas, Jey e Boleta, é mais focada no graffiti - e vem Algumas frentes de diálogo, como a Coordenadoria da Juventude (inaugurada ne
fazendo um trabalho de muita responsa. De cara, conseguiram bastante atenção com gestão Marta Suplicy e continuada na gestão José Serra) e a permissão que o
a exposição "100 Latas", em que 177 artistas transformaram suas latas de spray em Governo Estadual (gestão Alckmin) deu aos artistas para pintar os tapumes de obras
objeto de arte. Atualmente está em cartaz o grande Rui Amaral, com seus motivos do metrô são contrastadas por momentos de aumento da repressão (como a atuação
alegres. Outros que passaram por lá foram Highgraff, Titi Freak e Binho. da sub-prefeitura de Pinheiros) e a adoção de leis severas contra a street art. Mas os
Outros espaços que abrem suas portas para o graffiti e/ou o pixo são a Most, a grafiteiros não parecem se importar muito com isso, afinal a ilegalidade sempre foi
Grapixo e o espaço Basement (no Magenta Burger). Recentemente aconteceu no responsável pela adrenalina...
galpão da Oficina Central a comemoração do Dia do Graffiti (27 de Março - data da A gestão José Serra também pintou a cidade toda num tom de bege horroroso, uma
morte de Alex Vallauri), com Ozéas Duarte, Celso Gitahy, Claudio Donato, Daniel cor de tédio que só se salva porque cria novas 'páginas em branco' para os
Melim, Chivitz, Jey, Boleta, Binho Ribeiro, Pato e Rui Amaral. grafiteiros. A cor é tão feia que se torna uma obrigação!
Mídia Saiba mais!
A mídia vem dando bastante atenção a esses eventos, o que colabora para diminuir Para quem estiver na cidade, qualquer passeio é uma entrada grátis numa imensa
um pouco o preconceito e a confusão entre o público. Para ilustrar, apenas nos galeria de arte a céu aberto. É só prestar atenção. Aos poucos é possível até
últimos dois meses o graffiti paulistano esteve em revistas tão distintas quanto Marie reconhecer estilos, figuras...uma hora a sensação é de que você está andando na rua
Claire, Bravo, Viver Bem, Trip, Raiz e Revista da Folha (do jornal Folha de São Paulo), e esbarra com um velho conhecido (onde antes havia só um muro branco sem graça).
além de vários sites e guias culturais. Também segue firme a revista Graffiti, editada Grafiteira Nina Pandolfo abre exposição 'Aos Nossos Olhos' em SP
por Binho Ribeiro, artista com uma atuação muito forte na cena paulistana. Infância e natureza. Esses são os temas do trabalho da grafiteira Nina
Por outro lado, o caminho a ser percorrido ainda é longo, já que o público destes Pandolfo, que abre segunda-feira, 30, 'Aos Nossos Olhos' - sua primeira
espaços ainda é basicamente uma certa minoria bem-informada (que tem se tornado exposição individual no Brasil.
uma minoria um pouco maior, pelo menos).
A artista, que começou a grafitar nas ruas de São Paulo em 1992, é uma das
Publicações
Também tivemos recentemente o lançamento de três livros que movimentaram o
pioneiras da street art no País e faz parte do grupo que levou o grafite para
ambiente: museus e galerias de arte. Ela é casada com Otavio Pandolfo, da dupla Os
O primeiro foi o 'gringo' Graffiti Brasil, pela editora inglesa Thames e Hudson, que Gêmeos, que tem atualmente um trabalho exposto na fachada da Tate
deixou todos na expectativa. É um excelente livro, com muitas fotos, e destaque para Modern, em Londres.
os textos: nota-se que houve uma pesquisa séria antes de escrevê-los, e é
interessante a comparação da cena brasileira com a do resto do mundo. Como nota
dissonante, sofreu críticas em relação à edição de artistas, tida como pouco
abrangente.
Depois veio o livro "ttssss...a grande arte da pixação em São Paulo", sobre o pixo.
Organizado por Boleta, é um belíssimo trabalho. Muito mais polêmico que o graffiti,
o pixo bem que merecia uma defesa bem-feita. As fotos são maravilhosas, palmas
para o grande João Wainer.