O documento discute os desafios comuns enfrentados por pastores no contexto brasileiro e fornece soluções para cada caso. Os principais problemas incluem pressões do povo, da própria consciência, dos princípios bíblicos, viagens frequentes e horários irregulares. Soluções como planejamento, separação de tempo para a família e correta interpretação bíblica são sugeridas para ajudar os pastores a equilibrar suas responsabilidades familiares e ministeriais.
4. No início desta lição você pôde observar vários modelos de famílias do
Antigo Testamento e entender o modelo implantado pelos apóstolos
para os obreiros do Novo Testamento, cujo exemplo foi detalhado na
vida familiar do casal Áquila e Priscila.
Agora você verá os problemas mais comuns enfrentados pelos
obreiros no contexto brasileiro, e verá as soluções para cada caso.
Contextualizando a Família
Todos os dias o pastor tem de resolver
conflitos entre a igreja e o lar, conflitos
da igreja com os filhos, com a esposa e
com os parentes próximos, que drenam
sua espiritualidade e desafiam o
chamamento recebido de Deus.
Os conflitos, se não forem resolvidos
um a um trarão consequências para a
família e a igreja.
Pr.Davi Passos
5. As atividades do obreiro na igreja, e as
pressões que o povo exerce sobre o líder
fazem-no viver pressionado por todos os lados;
Há uma tendência no meio evangélico de crer
que o pastor é pago para fazer a obra de Deus,
e as igrejas que pensam assim não dão
sossego ao pastor;
Algumas igrejas costumam valorizar o obreiro
pelo que ele faz; outras pelo que ele é.
Contextualizando a Família
1. ENFRENTADO AS PRESSÕES DO POVO
O obreiro deve aprender a liberar-se das pressões do povo, e não deixar
levar pelo que o povo diz a seu respeito. Esta é uma armadilha, em que
os obreiros, até os mais experientes caem. Em busca de auto
afirmação ministerial, costumam fazer o que o povo pensa que deve ser
feito, e não o Deus pede dele.
1.1. SOLUÇÕES À PRESSÃO DO POVO
Pr.Davi Passos
6. Contextualizando a Família
Saul é um exemplo de um líder que tomou decisões erradas pressionado
pelo povo. Na tentativa de provar que era chamado por Deus, Saul caiu na
armadilha de fazer o que o povo queria e não o que Deus lhe mandou fazer.
Certo dia, depois de esperar sete dias por Samuel, pressionado pelo povo
decidiu, ele mesmo, apresentar o sacrifício. Ao ser confrontado por
Samuel, desculpou-se, dizendo: “Vendo que o povo se ia espalhando daqui,
e que tu não vinhas nos dias aprazados...” (1Sm 13.11). A pressão do povo
o levou ao erro.
Na guerra contra os amalequitas se deixou levar pela pressão popular.
Colocou a culpa no povo, e pediu a Samuel que o honrasse diante dos
anciãos de Israel: “Pequei, pois transgredi o mandamento do Senhor e as
tuas palavras; porque temi o povo, e dei ouvidos à sua voz... Honra-me,
porém, agora diante dos anciãos do meu povo, e diante de Israel...” (1 Sm
15.15,30)
A pressão da congregação, ou o medo do povo precisa ser avaliado em
cada situação. A expressão “voz do povo, voz de Deus” não encontra
respaldo algum nas escrituras.
1.1. SOLUÇÕES À PRESSÃO DO POVO (continuação)
Pr.Davi Passos
7. Contextualizando a Família
A igreja e os obreiros precisam entender que o pastor é uma classe
especial que não se enquadra nos regimes das leis trabalhistas, isto é,
ele não tem hora para começar e para terminar de trabalhar, não assina o
cartão-ponto, e seu trabalho requer que se envolva na obra as vinte e
quatro horas do dia.
Diferentemente dos executivos e empregados que retornam para casa no
fim do dia; os ministros passam o dia ouvindo pessoas, atendendo
compromissos da igreja e, nem sempre tem tempo de voltar para casa
antes do culto da noite.
Por questão de consciência, e por querer levar adiante seu chamamento,
trabalham demais.
No domingo, poderiam dormir até mais tarde, mas tem de se levantar cedo
para as atividades da igreja.
É um círculo interminável. Caso reservem a segunda-feira para o descanso,
não podem ficar com os filhos que estudam durante o dia ou envolvem-se
em diferentes atividades. Visitas, estudos, interferências, oração,
aconselhamentos, administrações – são trabalhos para o super-homem.
2. ENFRENTANDO AS PRESSÕES DA CONSCIÊNCIA
Pr.Davi Passos
8. Contextualizando a Família
Tanto a igreja quanto o ministro precisam entender que o pastor é um
elemento atípico, isto é, não se enquadra em classe empregatícia alguma.
O pastor, diferentemente de um membro da igreja, dorme sempre muito
tarde, seus horários são diferentes, e ele deve ter liberdade de administrar o
seu tempo e não se submeter à pressão dos membros da igreja.
2.1. SOLUÇÕES À PRESSÃO DA CONSCIÊNCIA
Aprenda a planejar os horários com a família.
Resolver estes conflitos de consciência requer
planejamento de horários, e uma conversa
franca com os auxiliares mais chegados que
aprenderão a respeitar o horário e não
telefonarão a qualquer momento.
Como as noites são sempre ocupadas com
assuntos da igreja e o casal raramente tem
tempo de ficar a sós, nada melhor do que
separar um tempo para os dois, enquanto os
filhos estão na escola. Pr.Davi Passos
9. Contextualizando a Família
Férias, então, parecem ser um dos sete pecados capitais, e alguns obreiros
quando tiram férias, usam-na para pregar em outras cidades. ERRADO.
As férias são um período de descanso em família, em que o obreiro se
recupera mental e fisicamente para o ano todo. Trinta anos de ministério,
trinta férias. Todos saem em férias, porque não o pastor e sua família?
É bom tirar férias com a família e em família, aprendendo a planejar as
férias com os filhos.
Decida quanto ao tempo de férias.
Reserve uma noite para a família.
Os filhos crescerão saudáveis. Não se deve abrir mão de uma noite para o
casal, e deve-se separar uma noite para os filhos, permitindo que eles
mesmos planejem as brincadeiras da noite.
Os filhos ficarão marcados para sempre. Basta fazer os cálculos para
descobrir quão pouco tempo se tem para ficar com os filhos ao longo da
vida.
Talvez esse conflito, esse paradoxo, entre servir a Deus e a família, sem ser
relapso com Deus, nem prejudicar a família, precise ser resolvido
pessoalmente por cada obreiro. Pr.Davi Passos
10. O conflito começa quando o obreiro desconhece tudo
o que a escritura diz a respeito do chamamento divino,
do propósito de Deus com a família e não consegue
fazer uma interpretação correta dos textos bíblicos.
Contextualizando a Família
3. ENFRENTADO A PRESSÃO DOS PRINCÍPIOS BÍBLICOS
• Dois textos bíblicos, quando comparados, costumam gerar conflitos na
vida do ministro.
O primeiro é a declaração de Jesus em Lucas 14.26: “Se alguém vem a
mim e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãs e ainda a
própria vida, não pode ser meu discípulo”
E o outro citado por Paulo: “...e que governe bem a própria casa, criando
os filhos sob disciplina, com todo respeito (pois, se alguém não sabe
governar a própria casa, como cuidará da casa de Deus?)” . (ITm 3.4,5)
Como conciliar estes dois textos?
Se questões teológicas como esta de abandonar os pais,
filhos e parentes não forem resolvidos à luz de outros
textos bíblicos que falam da família, por certo, o obreiro
entrará em conflito, e tanto a igreja quanto a família serão
prejudicados.
São conflitos como estes, que quando não solucionados levam
os obreiros ao extremismo.
Pr.Davi Passos
11. Contextualizando a Família
A consciência do obreiro o pressiona muito nesta área, e isto precisa ser
administrado. Os ministros vivem premidos pela consciência,
principalmente quando são obrigados a viver de maneira completamente
diferente dos membros da igreja. Por um lado devem abandonar mulher e
filhos por amor ao Senhor e por outro, cuidar da casa.
O que fazer? Deve-se viver na riqueza ou escolher a pobreza? Pode-se
adquirir bens como qualquer outra pessoa – desde que sejam frutos de
nosso trabalho, ou deve-se adotar um estilo de vida franciscano?
São perguntas que precisam de respostas. Alguns ensinamentos
teológicos ensinam que a pobreza é relevante para a salvação, e que o
importante é alcançar os céus; outros, que a riqueza é um direito do cristão.
O que fazer?
A solução a este conflito teológico está em se fazer uma exegese bíblica e
clara sobre os temas conflitantes. Por não resolver estas questões
bíblicas muitos obreiros se distanciam de seus parentes mais
chegados, como pais, sogros e demais familiares criando problemas
no relacionamento familiar.
3.1. SOLUÇÕES AO PROBLEMA DA PRESSÃO DOS PRINCÍPIOS BÍBLICOS
Pr.Davi Passos
12. Contextualizando a Família
Assim, Lucas 14.26 precisa ser estudado ao lado de 1 Timóteo 3.5 em que
Paulo estabelece um padrão de obreiro na igreja: “Pois se alguém não sabe
governar a própria casa, como cuidará da casa de Deus?” (1Tm 3.5) e
também com textos como: “Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro
mandamento com promessa), para que te vá bem, e sejas de longa vida
sobre a terra” (Ef 6.2-3)
Existem situações em que o obreiro deve abrir mão de determinado
ministério para poder cuidar do pai e da mãe quando idosos, e não jogá-
los para morrer em qualquer lugar. E se no ministério o obreiro puder
cuidar dos seus “velhos”, a promessa de longos dias de vida prometidos por
Deus estarão ao seu alcance.
Na atual conjuntura social é recomendado que o ministro evite residir em
casa pastoral em fundo de templo ou em anexos. O bom mesmo é residir
com a família a uma distância segura do templo. Três quilômetros já é uma
boa margem de segurança. É bem melhor. Esposa e filhos terão maior
liberdade de ação e não ficarão expostos ao olhar dos críticos de plantão.
3.1. SOLUÇÕES AO PROBLEMA DA PRESSÃO DOS PRINCÍPIOS BÍBLICOS
Pr.Davi Passos
13. Contextualizando a Família
A esposa do ministro também se sente
pressionada nestas três áreas, especialmente
quando é obrigada a desenvolver um ministério
lado a lado com seu marido – sem que seja
remunerada para isso.
3.2. REFLEXOS SOBRE A ESPOSA
Existe o conceito errado de que a esposa do pastor deve liderar o ensino
de crianças da igreja, cuidar do coral, das reuniões de senhoras, das
reuniões do círculo de oração das mulheres e ser presidente da assistência
social da igreja.!!
Todavia, ela tem os filhos para cuidar, treinar, disciplinar, tem o marido que
precisa de cuidados e ela mesma precisa estar arrumada para não ser
confundida com a servente de limpeza. Etc.
Eis porque muitas esposas recorrem a tratamentos psiquiátricos e não
poucas precisam de internamento hospitalar, enfermas, depressivas,
insatisfeitas e revoltadas...
Pr.Davi Passos
14. Contextualizando a Família
PROBLEMAS. Além do trabalho local, dos cuidados com
a igreja, da agenda cheia e da família que requer dele
atenção especial, o ministro se vê obrigado a dividir seu
precioso tempo com as frequentes viagens. São
convenções, retiros, reuniões de comissões e conferências
em que é convidado a pregar. Quando isso ocorre,
acumulam-se as atividades da igreja e na outra ponta,
quem sofre é a família. Sempre que retorna das viagens o
trabalho está acumulado.
4. VIAGENS
SOLUÇÃO. Deve-se buscar um entendimento com os outros pastores da igreja, se
houver outros ministros, no sentido de dedicar à família um dia, por cada semana
ausente.
A igreja sempre existirá, mas o obreiro é passageiro. Em poucos anos envelhece e
parte para a eternidade.
Uma outra maneira de suprir a ausência em viagens é levar a esposa e, quem sabe,
os filhos em algumas delas. Pr.Davi Passos
15. Contextualizando a Família
PROBLEMAS. O maior conflito está no horário das
refeições. Quantas vezes, toda a arte de cozinhar é
prejudicada pela impontualidade do marido no almoço.
Quando ele chega em casa, tudo está frio;
(A esposa tem de requentar e até refazer misturas)
5. HORÁRIOS
É difícil sinalizar à pessoa que o aconselhamento chegou ao fim. Por isso, além de não
chegar na hora do almoço, o ministro-pai nem sempre consegue chegar a tempo de
assistir ou apoiar alguma atividade dos filhos na escola.
O obreiro trabalha com pessoas e não com objetos; e
as pessoas reclamam se não forem bem atendidas.
O pastor, chefe de família, deveria estar presente, todos os dias, em alguma refeição
da família, especialmente quando os filhos são ainda pequenos, e não estão as voltas
com cursos extras curriculares na escola, etc.
Certo pastor foi convidado para orar todos os dias ao meio-dia, junto com os demais
pastores da cidade, a favor da unidade, e reagiu assim: “Podem me convocar para orar
cedo, de manhã ou pela tarde, nunca na hora do almoço. Quase perdi meus filhos ,
pela ausência constante à mesa”... Pr.Davi Passos
16. Contextualizando a Família
PROBLEMAS. Este é um dos maiores
problemas que a família do pastor enfrenta.
Com raríssima exceções o obreiro ganha tão
pouco que mal consegue sustentar sua família.
Persiste, na maioria das igrejas, a velha ideia de
que o pastor deve ser pobre; que deve viver de
forma franciscana, com parcos recursos. Seu
salário nunca é estipulado em termos de
“suficiente”, mas em quantos salários deve
ganhar.
6. FINANÇAS
Uma esposa indagou: “já que sofremos a privação de nosso marido e pai de
nossos filhos, por que não temos pelo menos o dinheiro suficiente para viver
como as demais famílias? Todo nosso sacrifício é para viver sempre com
necessidades, problemas na igreja, incompreensão, até que nos mande embora
daqui e vamos a outra cidade sem saber o que nos aguarda?”
O pastor vive o dilema de sempre viver nos extremos entre a riqueza e a pobreza.
Pr.Davi Passos
17. Contextualizando a Família
6. FINANÇAS
SOLUÇÕES. As igrejas precisam dar prioridades ao pastor e não à instituição. Ao
homem e não à obra. Ao homem e não à obra. A igreja tem de ser administrada por
pessoas espirituais, compreensivas, que discernem entre o que é material e o que é
espiritual, sabendo que a igreja é, antes de tudo, um organismo vivo, um corpo.
Quando um técnico administra os recursos da igreja tende a fazer tudo de maneira
burocrática, rígida, tratando o pastor como um subalterno.
O bom administrador- se não for o pastor- há de compreender que no corpo de
Cristo existe uma família, um pastor casado que precisa viver sem certas
preocupações materiais.
Algumas igrejas funcionam como empresas multinacionais: sugam o funcionário
e depois o dispensam; e o mesmo acontece com a maioria das denominações, que
colocam em primeiro lugar a instituição. Todo o dinheiro arrecadado, tudo o que é
feito, visa engrandecer a denominação ou a igreja da localidade. E esquecem do
sustento do pastor.
Pr.Davi Passos
18. Contextualizando a Família
7. VISÃO E ESPIRITUALIDADE
PROBLEMAS. O pastor passa boa parte de seu dia
lendo, conversando com as pessoas, orando e
pesquisando, o que o leva a alcançar um grau de
espiritualidade maior que o da esposa - se bem que
isto está mudando.
O marido tem uma visão da obra, da igreja, e do que Deus quer para o povo,
enquanto a esposa fica totalmente alienada de seu projeto, geralmente envolvida
nas lides caseiras, ou em sua atividade profissional.
Quando isto acontece aumenta o abismo espiritual entre ambos, especialmente
quando existe falta de diálogo entre eles. Consequentemente, a esposa se torna
pouco espiritual, incompreensiva, rígida com os demais, especialmente com as
pessoas a quem o esposo deve mostrar amor e tolerância.
Com tantas atividades no lar e na obra, não sobra tempo para orar, ler as
escrituras, estar nos retiros e congressos, mesmo assim, sente-se obrigada a falar
de Cristo e a consolar espiritualmente todos os que entram em sua casa. Pr.Davi Passos
19. Contextualizando a Família
7. VISÃO E ESPIRITUALIDADE
POSSÍVEIS SOLUÇÕES.
Zelar pela comunicação entre marido e mulher;
Além do descanso com a família, o pastor precisar de tempo para estar com a
esposa e filhos, o pastor precisa de um tempo seu em que poderá caminhar,
exercitar-se, praticar algum esporte, descansar sozinho em algum lugar, meditar,
etc.
Algumas igrejas tem trabalho de domingo a domingo - todos os dias e todas as
noites; neste caso a igreja precisa de uma equipe de vários pastores, além de
outros líderes para que os obreiros tenham uma ou duas noites de folga – tempo
para a noite da família e o tempo com a esposa.
Eis porque muitos pastores, ainda jovens, estão às voltas com problemas de
estresse pastoral, controlando o colesterol, os triglicerídeos, tudo porque não
praticam esporte algum.
Buscar um tempo a sós, sem os filhos;
Cuidar do descanso pastoral.
Pr.Davi Passos
20. Contextualizando a Família
8. HÓSPEDES
PROBLEMAS. “Hóspede e peixe no terceiro
dia cheiram mal” diz um provérbio judeu.
No ministério pastoral uma questão que precisa
ser bem administrada é sobre o que fazer com
os hóspedes, porque via de regra, é a esposa
do pastor que terá a responsabilidade final.
É ela que atende a todos e precisa buscar todo o dia o milagre da
multiplicação dos pães. Parece que todo o hóspede tem um só rumo: a
casa do pastor. Precisamos, pois, encontrar soluções sem deixarmos de
ser hospitaleiros.
Nas grandes cidades, os pastores encontraram soluções diversas, limitando
suas casas para a família e para alguém mais íntimo da família. Os hóspedes
podem ser alojados em hotéis ou em casas de outros irmãos.
POSSÍVEIS SOLUÇÕES.
Pr.Davi Passos
21. Contextualizando a Família
8.1 HÓSPEDES A CONVITE DA IGREJA
Alguns conferencistas preferem estar perto do pastor, e querem manter
comunhão e ter tempo para conversar; neste caso, o melhor lugar é a casa
do pastor. Outros preferem hotéis , onde se sentem mais a vontade. Mas
cada pastor e cada igreja tem sua particularidade.
Nos dias apostólicos não havia hotéis e pousadas como hoje. O viajante
carregava seus pertences, e até o material de cozinha, porque as
hospedarias eram poucas.
Paulo sempre que viajava dependia da hospitalidade dos irmãos para
ministrar em algumas cidades. A hospitalidade fazia parte da cultura da
época. (Hb 13.2)
A hospitalidade não inclui apenas receber
uma pessoa no lar, mas saber receber
alguém e cuidar dele, nem que seja num
hotel.
Pr.Davi Passos
22. Contextualizando a Família
8.2 HÓSPEDES DA FAMÍLIA
O ministro geralmente tem de prover lugar para
hóspedes, ou parentes, pessoas que vêm à cidade
e precisam de um lugar para se hospedar.
8.3 HÓSPEDES CASUAIS
Os ministros devem ensinar os membros de suas igrejas a não saírem por
aí, vagando pelo país ou tirando férias na casa de irmãos.
É necessário implantar uma nova cultura evangélica em que os irmãos
aprendam a tirar férias sem incomodar a vida do pastor e da igreja.
Mas este não é um problema apenas dos membros. Muitos obreiros,
também, saem a esmo, buscando pregar aqui e ali seja durante as férias ou
fora dela, com a família a tiracolo, espremidos em casas de praia ou
apartamentos.
Geralmente os parentes de um dos dois contam com a casa do pastor.
Portanto, é deles a responsabilidade de hospedar seus parentes, e a igreja
o sabe muito bem. Mas nem todo hóspede é parente.
Pr.Davi Passos
23. CONCLUSÃO
Para cada problema deve haver uma solução. O obreiro deve discutir
com a esposa a solução para alguns destes conflitos e, quando
necessário, reunir os que lhe são mais chegados na administração da
igreja e no ministério para que se encontre solução rápida a alguns
destes problemas. Por certo, a vida ministerial não terá tantas
surpresas no dia de amanhã.
REFLEXÃO: Até que ponto estou cuidando da
família sem fazê-la sofrer as pressões
ministeriais?
CENTRALIDADE DA REFLEXÃO: Não devemos
fazer nossa família sofrer com os nossos
sofrimentos. Se formos ministerialmente
equilibrados, certamente nossa família não
sofrerá tanto.
Pr.Davi Passos