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FIBRA DE VIDRO

É o material compósito produzido basicamente a partir da aglomeração de finíssimos
filamentos flexíveis de vidro com resina poliéster (ou outro tipo de resina) e posterior
aplicação de uma substância catalisadora de polimerização. O material resultante é
geralmente altamente resistente, possui excelentes propriedades mecânicas e baixa
densidade.

Permite a produção de peças com grande variedade de formatos e tamanhos, tais
como placas para montagem de circuitos eletrônicos, cascos e hélices de barcos,
fuselagens de aviões, caixas d'água, piscinas, pranchas de surf, recipientes de
armazenamento, peças para inúmeros fins industriais em inúmeros ramos de
atividade, carroçarias de automóveis, na construção civil e em milhares de outras
aplicações.

A fibra de vidro faz o papel da armadura de ferro no concreto armado: torna as
peças resistentes a choques, tração e flexão. É fornecida em mantas prensadas,
tecidos trançados, fitas ou cordéis (rooving) que são lançados ou desfiados sobre o
molde e impregnados de resina. A manta prensada é mais barata, mas solta "fiapos"
durante a montagem, enquanto que o tecido, um pouco mais caro, permite um
trabalho mais limpo, peças mais resistentes e com melhor aparência final.

É um material que pode ser usado para substituir o papel machê no processo de
confecção das peças do cosplay. Possui uma grande resistência e agiliza o processo
de produção. Algumas pessoas chamam o fiberglass (a pronuncia é faiberglés) de
plástico reforçado com fibras de vidro; outras de fibra de vidro e algumas outras
simplesmente de “fibra”. Na verdade, de maneira geral, todas as variações se
referem à mesma coisa. Tanto você pode dizer que uma peça é feita de “fibra”
quanto dizer que é feita de fiberglass. Todo mundo vai entender.      O que importa é
que este material é constituído de dois materiais básicos: resina, que normalmente é
a poliéster e fibra de vidro. A grosso modo, podemos dizer que a resina serve para
dar forma e resistência química, enquanto que as fibras de vidro reforçam e provêm
estabilidade dimensional ao laminado. Combinados, estes dois materiais produzem
um terceiro, o fiberglass, com propriedades altamente superiores a madeira, ao aço




                                                                                       1
e ao alumínio. É sempre bom lembrar que produtos auxiliares são necessários a
moldagem do fiberglass.




Propriedades da Fibra de Vidro e Manuseio

A Fibra de Vidro é trabalhada de forma artesanal, tem maior liberdade de forma, não
enferruja e não oxida. Sendo que uma das suas principais características é a leveza.
A fibra de vidro tem ainda muitas características importantes como, por exemplo,
isolante elétrico, isolante térmico, resistência ao fogo, alta resistência mecânica e à
oxidação, resistência à umidade, baixo custo e peso mínimo. Para se produzir uma
peça, utiliza-se um molde.

O negativo do objeto desejado é normalmente fabricado de madeira, alumínio,
borracha de silicone ou ainda de fibra de vidro. Para peças grandes, como uma
capota, o molde em fibra de vidro é mais indicado.

Para lembrar o "Fiberglass" caracteriza-se pelas seguintes propriedades:

    Altas propriedades mecânicas, como, tração, flexão e impacto;
    Leveza. Quase a metade do peso do Alumínio e 5,5 vezes menos o do aço;
    Não condutor de corrente elétrica;
    Flexibilidade de projeto, inclusive para modificações posteriores;
    Estabilidade dimensional;
    Baixo coeficiente de dilatação térmica;
    Baixa absorção de água;
    Resistência à corrosão e oxidação;
    Nenhuma restrição ao tamanho e formato da peça;
    Boa relação custo-benefício;
    Ótimo acabamento superficial (Gelcoat);
    100% Recuperável.

Cuidados com Manuseio:

    Mantenha-os afastados do calor e do fogo;




                                                                                      2
 Mantenha-os em lugar fresco, ventilado e longe dos raios solares;
    Mantenha-os afastados de crianças e pessoas inexperientes;
    Mantenha-os afastados de alimentos e remédios;
    Evite seu contato com os olhos, pele e vias respiratórias;
    Assegure-se de não jogá-los na rede de esgotos, pois além de proibido
      podem contaminar os rios e o solo;
    Não reutilize sua embalagem.



Advertência:
Alguns produtos utilizados na fabricação do plástico reforçado com fibras de vidro
podem ser agressivos, corrosivos ou inflamáveis e, se utilizados de maneira
inadequada, podem causar danos pessoais e materiais.

Alguns cuidados devem ser tomados, como por exemplo, mantê-los afastados do
calor, fogo, crianças e alimentos e abrigá-los em ambientes ventilados e longe da luz
solar. Por isto, advertimos que tais produtos devem ser utilizados de acordo com as
recomendações das melhores práticas de manuseio e segurança.

Segurança e Ferramentas Básicas e Necessárias

É importante que você tenha alguns aparelhos de segurança: luvas de borracha,
máscaras de papel e máscaras com respiradores com filtro para produtos químicos;
Pincéis, preferencialmente trinchas de 2 a 4 polegadas de largura, preferencialmente
3 polegadas. Escolha um tipo de trincha que seja resistente à solventes ou no
monômero de estireno para que ele resista durante a laminação; Rolos de lã de
carneiro para impregnar a fibra de vidro; Roletes tira-bolhas. Há diversos modelos e
tamanhos (5/8, 3/4, 1 e 1 1/2 polegadas). São utilizados para a compactação da
resina no laminado e remover bolhas de ar.

Facas, lixas, espátulas, vasilha de preparo da resina, são também utilizados, e
ferramentas elétricas são úteis em alguns casos, especialmente quando se trata de
construção de uma peça de maior tamanho. São então: lixadeira, furadeira,
compressor, revólver de pintura.




                                                                                    3
Evite contato com a fibra, porque a penetração de agulhas microscópicas de vidro
podem provocar irritação da pele, coceira, principalmente entre os dedos. Trabalhar
num lugar ventilado, sem vento, sem crianças ou animais domésticos.

Tipos de fibra de vidro

Pode-se encontrar a fibra de vidro em três tipos diferentes:




                             Rolo de fibra de vidro que precisa ser picado antes do
                             uso. É utilizado em uma maquina para grandes
                             produções. É possível encontrar ele à venda já picada.

                             Roving




                             Constituída de roving picado e agrupado formando uma
                             manta que facilita a aplicação.

                             Manta




                           Fios de fibra de vidro entrelaçados que formam um tecido
                           que dá muito mais resistência à peça.

                           Tecido



Observa-se que: O tecido de fibra é o mais resistente, mas para a confecção de um
cosplay a manta é o suficiente e o mais recomendado por causa do custo.




                                                                                      4
RESINA

É um composto orgânico derivado do petróleo, que passa de seu estado líquido para
o estado sólido, através de um processo químico chamado "Polimerização".


Tipos de Resinas:
    Resina Poliéster Ortoftálica (Mais comum e de uso generalizado);
    Resina Poliéster Isoftálica (Aplicada em moldes feitos de Fibras de Vidro, em
      tubulações e piscinas);
    Resina Poliéster Isoftálica com NPG – (Alta Cristalinidade e boa Flexibilidade;
      Resistente a temperaturas elevadas, água natural e à manchas);
    Resina ÉsterVinílica (Possui alta resistência química e mecânica (impactos),
      usada na fabricação de equipamentos de fibras de vidro para o combate a
      corrosão);
    Resina Epoxi Amina (peças estruturais e principalmente em revestimentos
      para proteção química e de intempéries).


Aplicação:
Antes de começar a trabalhar com a fibra é preciso tomar certos cuidados para a
sua segurança. Trabalhe sempre em local aberto e use máscara e luvas, pois as
fibras de vidro podem causar irritação na pele. Evite inalar os vapores da resina e
tome cuidado ao misturar o catalisador, pois a reação química produz calor.
A aplicação da fibra pode ser feita sobre alguma superfície (papel machê, estruturas
de papel cartão ou acetato, por exemplo) ou dentro de moldes. Para aplicação sobre
alguma superfície o resultado será uma área irregular que pode ser lixada ou
receber uma camada de massa acrílica para alisar. Para utilização em moldes a
peça final ficará com a superfície exatamente igual ao molde dispensando muitos
reparos. Para os dois métodos o processo é o mesmo: aplica-se uma camada de
resina com a ajuda de um pincel e em seguida coloca-se a fibra já cortada no
formato certo para que cubra toda a superfície. Depois disso aplique mais resina
sobre a fibra "batendo" com o pincel, e não pincelando, até a fibra ficar transparente.


Como exemplo de aplicação, segue abaixo imagens da confecção do suporte das
costas para as asas do cosplay de Hades.



                                                                                     5
Recortando a fibra para ter o       Depois de recortar os pedaços
 tamanho certo da superfície           de fibra prepare a resina




Depois de misturar o catalisador       Aplica-se uma camada de
é preciso agilidade para aplicar      resina para que ela segure a
 antes que a resina endureça.                 fibra no lugar.




Vá colocando a fibra e "batendo"      Ao absorver a resina a fibra fica
 com o pincel para que a resina      transparente. Depois de aplicado
seja absorvida pela fibra. A fibra   é só aguardar a cura do material.
pode ser aplicada em pedaços,         As laterais costumam ficar com
   mas é melhor que seja um          pontas, por isso é recomendável
  pedaço único cobrindo toda a          que sejam lixadas para não
    superfície de uma só vez.                    machucar.
                                                                          6
OBSERVAÇÕES

 As resinas podem receber corantes e pigmentos além de outros tipos de
misturas. Em breve será publicado um tutorial sobre como manipular resinas.

 Quando aplicar resina em moldes eles devem ser preparados com desmoldantes
para não grudar. Pode-se usar o álcool polivinílico que é solúvel em água. Ele forma
uma camada plástica sobre a superfície impedindo que a resina grude.

 Pode-se fazer mais de uma camada de fibra de uma só vez conforme a
necessidade, mas geralmente uma ou duas camadas já deixam a superfície bem
resistente.

Outros tipos:

Ortoftálica Baseada em Anidrido Ftálico, por isso o nome. A mais utilizada nos
processos de fabricação do PRFV. Possui baixa resistência química, térmica e à
hidrólise. Possui resistência térmica ao redor de 70 a 75ºC.

Isoftálica Possui melhor resistência química, térmica e boa resistência à hidrólise.
É utilizada em peças que necessitem melhor desempenho químico, térmico e
mecânico, possui resistência térmica ao redor de 95 a 110ºC.

Isoftálico com NPG Possui as mesmas características da resina Isoftálica, porém
com melhor resistência à hidrólise. Utilizada principalmente em peças que
necessitem ficar em contato permanente com a água. Resistência térmica igual à
Isoftálica normal 95 a 110 ºC, alta aderência sobre PVC rígido.

Bisfenólica Possui melhor resistência química e térmica, se comparada com a
Isoftálica. Utilizada principalmente em revestimento anticorrosivos (tubos, tanques,
conexões, etc.). Resistência térmica ao redor de 120ºC quando feita pós-cura.
Estervinílica: Possui resistência ao ataque químico de certa gama de produtos
corrosivos. Sua resistência térmica varia de acordo com o tipo de produto a ser
utilizado na peça produzida com essa resina.

Tereftálica (PET) Semelhante às Ortoftálica, com substituição total ou parcial de
ácido saturado. Resina de menor custo com resistência térmica ao redor de 60 a
85ºC.




                                                                                    7
DCPD Semelhante às Ortoftálica, com substituição total ou parcial do ácido
saturado. Apresenta boa resistência térmica e à hidrólise, alta aderência em outros
substratos, baixo encolhimento. Pode ser aditivada para dar efeito de auto
extinguível e baixa emissão de estireno. Este tipo de resina tem alto consumo na
indústria naval. Resistência térmica ao redor de 100ºC.




Monômero de Estireno

Conforme a viscosidade é necessário “afinar” a resina poliéster com Estireno para
facilitar sua impregnação sobre as mantas ou tecidos de fibras de vidros. Para tal
deve-se adicionar Estireno à resina poliéster na proporção de 10 a 15%.




Cargas Minerais

São usadas principalmente para substituir parte da resina e das fibras de vidro, com
a finalidade de reduzir o custo ou prover algumas características especificas à peça.
O Carbonato de Cálcio, por exemplo, deixa a peça branca e aderente à pintura
(pincel aero grafia, texturas).

O pó de madeira é utilizado em restaurações de madeira; o pó de quartzo é usado
como antiderrapante ou em peças mais rústicas. A alumina Hidrata torna a peça
retardante   de   chama     ou    auto-extinguível.   Há   ainda   Talco   e   a   Calcita.



Compósitos:

Compósitos são sistemas constituídos de dois ou mais materiais componentes. No
que se refere aos compósitos de fibra de vidro, os principais ingredientes,
normalmente, são as fibras de vidro e uma resina plástica. Adicionam-se reforços de
fibra de vidro à resina, tanto numa moldagem quanto num processo de fabricação,
os quais dão forma ao componente final.

Quando a resina cura, solidificando-se, é reforçada pela fibra de vidro. A forma da
parte final depende do molde, da ferramenta ou outro ferramental que controla a


                                                                                         8
geometria do compósito durante o processo. A resistência do compósito depende,
primeiramente, da quantidade, da disposição e do tipo de reforço na resina.
Tipicamente, quanto maior a quantidade de reforço, maior será a resistência.

Em alguns casos, as fibras de vidro são combinadas com outras fibras, como as de
carbono ou aramidas, criando um compósito "híbrido" que combina as propriedades
de mais de um material de reforço. Além disso, freqüentemente, os compósitos são
formulados com cargas (pó de mármore, cimento, etc.) e aditivos que mudam os
seus parâmetros de processo e desempenho.

Seria impraticável relacionar os inúmeros polímeros que podem ser melhorados com
as fibras de vidro; no entanto, todos os polímeros acabam caindo em um de dois
grupos básicos: termofixos e termoplásticos.




Termofixos:

Os termofixos ou resinas termofixas, curam num estado irreversível, porque sua
estruura molecular é interligada. Compara-se a resina termofixa a um ovo. Uma vez
cozido, essencialmente, permanece no mesmo estado. Como exemplo de resinas
termofixas para compósitos, temos as resinas poliéster insaturadas, éster-vinílicas,
epóxis, uretânicas e fenólicas.

Por outro lado, uma resina termoplástica tem estrutura molecular linear, que
amolece repetidamente quando aquecida em direção ao seu ponto de fusão e
endurece quando resfriada. Em termos simples, pode-se comparar um termoplástico
à parafina, a qual flui quando aquecida e endurece tomando sua forma quando
resfriada. Como exemplos de resina termoplástica para compósitos, temos
polipropileno, polietileno, poliestireno, ABS (acrilonitrila-butadieno-estireno), "nylon",
policarbonato, poliéster termoplástico, óxido de polifenileno, polisulfona e PEEK
(poli-éter-éter-cetona).




                                                                                        9
Empresas que desenvolvem o trabalho da Fibra de Vidro


    Celso Moglia – Rio de Janeiro – RJ
    Fertemp – São Paulo – SP
    Haru Fibra – Lagoa Santa – MG
    Miami Design Fiberglass – São Paulo – SP
    PIC Fibras e Metais – Porto Alegre – RS
    Usived – São Paulo – SP
    Tukano Tecnologia & Design – Ceará – CE
    Armtec Tecnologia em Robótica Ltda – Ceará – CE
    Polymar Ciência e Nutrição S/A – Ceará – CE


As principais aplicações por segmento de mercado são:


Telas e Outras Aplicações Industriais  Filtros, cordoalhas de uso no elétrico,
retentores de baterias, reforço de cimento, revestimento de tubos, revestimento de
paredes de navio, telas contra insetos, discos abrasivos, lixas abrasivas.


Aplicações     Náuticas     Construção,    manutenção     e      reparos    de   cascos,
equipamentos e acessórios de embarcações de recreio e militares, bóias de
sinalização, tampas de motor e outros equipamentos.


Construção  Painéis decorativos, coberturas, domos, painéis de fachada, formas
para concreto, banheiras e componentes para banheiras, silos para agricultura,
depósitos, componentes de casas pré-fabricadas, painéis coletores de raios solares.


Aplicações Elétricas e Eletrônicas  Placas isolante, pecas moldadas, perfis
pultrudados,   tubos fabricados    por   enrolamento,    caixas     de   entroncamento,
alojamento de lâmpadas, postes para iluminação.


Aplicações Bélicas e Aeronáuticas  Mísseis, componentes para aeronaves
particulares, comerciais e militares, de pequeno ou grande porte, planadores,




                                                                                       10
armamento, domos para radar e sonar, blindagens, suporte militar de terra, peças
para espaçonaves, lançadores de foguetes.


Corrosão  Tanques, tubos, conexões, chaminés, dutos, coifas, bombas, pás de
ventilador, container, componentes de torres de resfriamento, peças para tratamento
de água e restilo industriais, tanques sépticos, tanques de água potável,
revestimento de tanques.


Máquinas, Equipamento e Eletrodomésticos  Engrenagens, carenagens,
carcaças e bandejas para eletrodomésticos (lavadoras, secadoras, ar condicionado,
umidificadores, etc.), refrigeração comercial, gôndolas e câmaras frigoríficas,
aplicações   em    equipamentos    para    escritório   (copiadoras,   computadores,
registradoras, bebedouros), carcaças protetoras para equipamentos industriais.


Artigos de Consumo  Varas de pesca, arcos, flechas, raquetes, parques infantis,
escorregadores, bandejas, piscinas, trampolim, veículos recreativos, trailers, bancos
de estádio, capacetes, peças de mobiliário residencial, caiaques, motor-home,
pranchas de surfe, pedalinhos, cortadores de grama, móveis para lanchonete.


Transporte  Equipamentos e bancos para automóveis, caminhões, carrocerias,
ônibus, trens, caminhões-tanque, motocicletas, tratores, implementos agrícolas,
container, móveis, pallets, bandejas para movimentação de material, partes eletro-
eletrônico, discos de embreagem, pastilhas de freio.


Outros Plásticos Reforçados  Capacetes de segurança, escudos de solda,
recipientes de carga, bandejas e pallets para suporte de materiais industriais,
recipiente para material de manuseio, guaritas e outros itens não classificados em
outros segmentos




                                                                                  11
VOCABULÁRIO:


Acelerador: Material utilizado para acelerar a “cura” de resinas.
Catalisador: Material utilizado para ativar a reação de “cura” de resinas.


Fiberglass: Palavra americana que significa” plástico reforçado com fibras de vidro.


Gelcoat: Resina poliéster contendo pigmentos, cargas, agentes tixotrópicos e
absorvedores ultravioleta, usado para acabamento superficial de peças.


Laminado: Designação das estruturas moldadas pela colocação consecutiva de
várias camadas ou “laminas” de material.


Plástico reforçado: Qualquer resina plástica reforçada com qualquer tipo de fibra
inorgânica, sintética ou natural.


Plástico reforçado com fibra de vidro: Qualquer resina plástica reforçada com
fibras de vidro.


PRFV: Sigla para Plástico Reforçado com fibras de Vidro.


Tixotropia: Propriedade exibida por materiais líquidos de não escorrerem quando
aplicados em paredes verticais.




BIBLIOGRAFIA

   1- Marco Antonio Matheus, Livro – Aprenda Fibra de Vidro – São Paulo,
       2002.
   2- Alberto Farah, Livro – Resina de Poliéster e suas Aplicações – São
       Paulo, 2003.
   3- Google – Internet
   4- www.cosplayers.net/www.cosplayers.com.br
   5- www.brazilbiz.com.br/empresas/empresas.



                                                                                   12

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Fibra de vidro cris1

  • 1. FIBRA DE VIDRO É o material compósito produzido basicamente a partir da aglomeração de finíssimos filamentos flexíveis de vidro com resina poliéster (ou outro tipo de resina) e posterior aplicação de uma substância catalisadora de polimerização. O material resultante é geralmente altamente resistente, possui excelentes propriedades mecânicas e baixa densidade. Permite a produção de peças com grande variedade de formatos e tamanhos, tais como placas para montagem de circuitos eletrônicos, cascos e hélices de barcos, fuselagens de aviões, caixas d'água, piscinas, pranchas de surf, recipientes de armazenamento, peças para inúmeros fins industriais em inúmeros ramos de atividade, carroçarias de automóveis, na construção civil e em milhares de outras aplicações. A fibra de vidro faz o papel da armadura de ferro no concreto armado: torna as peças resistentes a choques, tração e flexão. É fornecida em mantas prensadas, tecidos trançados, fitas ou cordéis (rooving) que são lançados ou desfiados sobre o molde e impregnados de resina. A manta prensada é mais barata, mas solta "fiapos" durante a montagem, enquanto que o tecido, um pouco mais caro, permite um trabalho mais limpo, peças mais resistentes e com melhor aparência final. É um material que pode ser usado para substituir o papel machê no processo de confecção das peças do cosplay. Possui uma grande resistência e agiliza o processo de produção. Algumas pessoas chamam o fiberglass (a pronuncia é faiberglés) de plástico reforçado com fibras de vidro; outras de fibra de vidro e algumas outras simplesmente de “fibra”. Na verdade, de maneira geral, todas as variações se referem à mesma coisa. Tanto você pode dizer que uma peça é feita de “fibra” quanto dizer que é feita de fiberglass. Todo mundo vai entender. O que importa é que este material é constituído de dois materiais básicos: resina, que normalmente é a poliéster e fibra de vidro. A grosso modo, podemos dizer que a resina serve para dar forma e resistência química, enquanto que as fibras de vidro reforçam e provêm estabilidade dimensional ao laminado. Combinados, estes dois materiais produzem um terceiro, o fiberglass, com propriedades altamente superiores a madeira, ao aço 1
  • 2. e ao alumínio. É sempre bom lembrar que produtos auxiliares são necessários a moldagem do fiberglass. Propriedades da Fibra de Vidro e Manuseio A Fibra de Vidro é trabalhada de forma artesanal, tem maior liberdade de forma, não enferruja e não oxida. Sendo que uma das suas principais características é a leveza. A fibra de vidro tem ainda muitas características importantes como, por exemplo, isolante elétrico, isolante térmico, resistência ao fogo, alta resistência mecânica e à oxidação, resistência à umidade, baixo custo e peso mínimo. Para se produzir uma peça, utiliza-se um molde. O negativo do objeto desejado é normalmente fabricado de madeira, alumínio, borracha de silicone ou ainda de fibra de vidro. Para peças grandes, como uma capota, o molde em fibra de vidro é mais indicado. Para lembrar o "Fiberglass" caracteriza-se pelas seguintes propriedades:  Altas propriedades mecânicas, como, tração, flexão e impacto;  Leveza. Quase a metade do peso do Alumínio e 5,5 vezes menos o do aço;  Não condutor de corrente elétrica;  Flexibilidade de projeto, inclusive para modificações posteriores;  Estabilidade dimensional;  Baixo coeficiente de dilatação térmica;  Baixa absorção de água;  Resistência à corrosão e oxidação;  Nenhuma restrição ao tamanho e formato da peça;  Boa relação custo-benefício;  Ótimo acabamento superficial (Gelcoat);  100% Recuperável. Cuidados com Manuseio:  Mantenha-os afastados do calor e do fogo; 2
  • 3.  Mantenha-os em lugar fresco, ventilado e longe dos raios solares;  Mantenha-os afastados de crianças e pessoas inexperientes;  Mantenha-os afastados de alimentos e remédios;  Evite seu contato com os olhos, pele e vias respiratórias;  Assegure-se de não jogá-los na rede de esgotos, pois além de proibido podem contaminar os rios e o solo;  Não reutilize sua embalagem. Advertência: Alguns produtos utilizados na fabricação do plástico reforçado com fibras de vidro podem ser agressivos, corrosivos ou inflamáveis e, se utilizados de maneira inadequada, podem causar danos pessoais e materiais. Alguns cuidados devem ser tomados, como por exemplo, mantê-los afastados do calor, fogo, crianças e alimentos e abrigá-los em ambientes ventilados e longe da luz solar. Por isto, advertimos que tais produtos devem ser utilizados de acordo com as recomendações das melhores práticas de manuseio e segurança. Segurança e Ferramentas Básicas e Necessárias É importante que você tenha alguns aparelhos de segurança: luvas de borracha, máscaras de papel e máscaras com respiradores com filtro para produtos químicos; Pincéis, preferencialmente trinchas de 2 a 4 polegadas de largura, preferencialmente 3 polegadas. Escolha um tipo de trincha que seja resistente à solventes ou no monômero de estireno para que ele resista durante a laminação; Rolos de lã de carneiro para impregnar a fibra de vidro; Roletes tira-bolhas. Há diversos modelos e tamanhos (5/8, 3/4, 1 e 1 1/2 polegadas). São utilizados para a compactação da resina no laminado e remover bolhas de ar. Facas, lixas, espátulas, vasilha de preparo da resina, são também utilizados, e ferramentas elétricas são úteis em alguns casos, especialmente quando se trata de construção de uma peça de maior tamanho. São então: lixadeira, furadeira, compressor, revólver de pintura. 3
  • 4. Evite contato com a fibra, porque a penetração de agulhas microscópicas de vidro podem provocar irritação da pele, coceira, principalmente entre os dedos. Trabalhar num lugar ventilado, sem vento, sem crianças ou animais domésticos. Tipos de fibra de vidro Pode-se encontrar a fibra de vidro em três tipos diferentes: Rolo de fibra de vidro que precisa ser picado antes do uso. É utilizado em uma maquina para grandes produções. É possível encontrar ele à venda já picada. Roving Constituída de roving picado e agrupado formando uma manta que facilita a aplicação. Manta Fios de fibra de vidro entrelaçados que formam um tecido que dá muito mais resistência à peça. Tecido Observa-se que: O tecido de fibra é o mais resistente, mas para a confecção de um cosplay a manta é o suficiente e o mais recomendado por causa do custo. 4
  • 5. RESINA É um composto orgânico derivado do petróleo, que passa de seu estado líquido para o estado sólido, através de um processo químico chamado "Polimerização". Tipos de Resinas:  Resina Poliéster Ortoftálica (Mais comum e de uso generalizado);  Resina Poliéster Isoftálica (Aplicada em moldes feitos de Fibras de Vidro, em tubulações e piscinas);  Resina Poliéster Isoftálica com NPG – (Alta Cristalinidade e boa Flexibilidade; Resistente a temperaturas elevadas, água natural e à manchas);  Resina ÉsterVinílica (Possui alta resistência química e mecânica (impactos), usada na fabricação de equipamentos de fibras de vidro para o combate a corrosão);  Resina Epoxi Amina (peças estruturais e principalmente em revestimentos para proteção química e de intempéries). Aplicação: Antes de começar a trabalhar com a fibra é preciso tomar certos cuidados para a sua segurança. Trabalhe sempre em local aberto e use máscara e luvas, pois as fibras de vidro podem causar irritação na pele. Evite inalar os vapores da resina e tome cuidado ao misturar o catalisador, pois a reação química produz calor. A aplicação da fibra pode ser feita sobre alguma superfície (papel machê, estruturas de papel cartão ou acetato, por exemplo) ou dentro de moldes. Para aplicação sobre alguma superfície o resultado será uma área irregular que pode ser lixada ou receber uma camada de massa acrílica para alisar. Para utilização em moldes a peça final ficará com a superfície exatamente igual ao molde dispensando muitos reparos. Para os dois métodos o processo é o mesmo: aplica-se uma camada de resina com a ajuda de um pincel e em seguida coloca-se a fibra já cortada no formato certo para que cubra toda a superfície. Depois disso aplique mais resina sobre a fibra "batendo" com o pincel, e não pincelando, até a fibra ficar transparente. Como exemplo de aplicação, segue abaixo imagens da confecção do suporte das costas para as asas do cosplay de Hades. 5
  • 6. Recortando a fibra para ter o Depois de recortar os pedaços tamanho certo da superfície de fibra prepare a resina Depois de misturar o catalisador Aplica-se uma camada de é preciso agilidade para aplicar resina para que ela segure a antes que a resina endureça. fibra no lugar. Vá colocando a fibra e "batendo" Ao absorver a resina a fibra fica com o pincel para que a resina transparente. Depois de aplicado seja absorvida pela fibra. A fibra é só aguardar a cura do material. pode ser aplicada em pedaços, As laterais costumam ficar com mas é melhor que seja um pontas, por isso é recomendável pedaço único cobrindo toda a que sejam lixadas para não superfície de uma só vez. machucar. 6
  • 7. OBSERVAÇÕES  As resinas podem receber corantes e pigmentos além de outros tipos de misturas. Em breve será publicado um tutorial sobre como manipular resinas.  Quando aplicar resina em moldes eles devem ser preparados com desmoldantes para não grudar. Pode-se usar o álcool polivinílico que é solúvel em água. Ele forma uma camada plástica sobre a superfície impedindo que a resina grude.  Pode-se fazer mais de uma camada de fibra de uma só vez conforme a necessidade, mas geralmente uma ou duas camadas já deixam a superfície bem resistente. Outros tipos: Ortoftálica Baseada em Anidrido Ftálico, por isso o nome. A mais utilizada nos processos de fabricação do PRFV. Possui baixa resistência química, térmica e à hidrólise. Possui resistência térmica ao redor de 70 a 75ºC. Isoftálica Possui melhor resistência química, térmica e boa resistência à hidrólise. É utilizada em peças que necessitem melhor desempenho químico, térmico e mecânico, possui resistência térmica ao redor de 95 a 110ºC. Isoftálico com NPG Possui as mesmas características da resina Isoftálica, porém com melhor resistência à hidrólise. Utilizada principalmente em peças que necessitem ficar em contato permanente com a água. Resistência térmica igual à Isoftálica normal 95 a 110 ºC, alta aderência sobre PVC rígido. Bisfenólica Possui melhor resistência química e térmica, se comparada com a Isoftálica. Utilizada principalmente em revestimento anticorrosivos (tubos, tanques, conexões, etc.). Resistência térmica ao redor de 120ºC quando feita pós-cura. Estervinílica: Possui resistência ao ataque químico de certa gama de produtos corrosivos. Sua resistência térmica varia de acordo com o tipo de produto a ser utilizado na peça produzida com essa resina. Tereftálica (PET) Semelhante às Ortoftálica, com substituição total ou parcial de ácido saturado. Resina de menor custo com resistência térmica ao redor de 60 a 85ºC. 7
  • 8. DCPD Semelhante às Ortoftálica, com substituição total ou parcial do ácido saturado. Apresenta boa resistência térmica e à hidrólise, alta aderência em outros substratos, baixo encolhimento. Pode ser aditivada para dar efeito de auto extinguível e baixa emissão de estireno. Este tipo de resina tem alto consumo na indústria naval. Resistência térmica ao redor de 100ºC. Monômero de Estireno Conforme a viscosidade é necessário “afinar” a resina poliéster com Estireno para facilitar sua impregnação sobre as mantas ou tecidos de fibras de vidros. Para tal deve-se adicionar Estireno à resina poliéster na proporção de 10 a 15%. Cargas Minerais São usadas principalmente para substituir parte da resina e das fibras de vidro, com a finalidade de reduzir o custo ou prover algumas características especificas à peça. O Carbonato de Cálcio, por exemplo, deixa a peça branca e aderente à pintura (pincel aero grafia, texturas). O pó de madeira é utilizado em restaurações de madeira; o pó de quartzo é usado como antiderrapante ou em peças mais rústicas. A alumina Hidrata torna a peça retardante de chama ou auto-extinguível. Há ainda Talco e a Calcita. Compósitos: Compósitos são sistemas constituídos de dois ou mais materiais componentes. No que se refere aos compósitos de fibra de vidro, os principais ingredientes, normalmente, são as fibras de vidro e uma resina plástica. Adicionam-se reforços de fibra de vidro à resina, tanto numa moldagem quanto num processo de fabricação, os quais dão forma ao componente final. Quando a resina cura, solidificando-se, é reforçada pela fibra de vidro. A forma da parte final depende do molde, da ferramenta ou outro ferramental que controla a 8
  • 9. geometria do compósito durante o processo. A resistência do compósito depende, primeiramente, da quantidade, da disposição e do tipo de reforço na resina. Tipicamente, quanto maior a quantidade de reforço, maior será a resistência. Em alguns casos, as fibras de vidro são combinadas com outras fibras, como as de carbono ou aramidas, criando um compósito "híbrido" que combina as propriedades de mais de um material de reforço. Além disso, freqüentemente, os compósitos são formulados com cargas (pó de mármore, cimento, etc.) e aditivos que mudam os seus parâmetros de processo e desempenho. Seria impraticável relacionar os inúmeros polímeros que podem ser melhorados com as fibras de vidro; no entanto, todos os polímeros acabam caindo em um de dois grupos básicos: termofixos e termoplásticos. Termofixos: Os termofixos ou resinas termofixas, curam num estado irreversível, porque sua estruura molecular é interligada. Compara-se a resina termofixa a um ovo. Uma vez cozido, essencialmente, permanece no mesmo estado. Como exemplo de resinas termofixas para compósitos, temos as resinas poliéster insaturadas, éster-vinílicas, epóxis, uretânicas e fenólicas. Por outro lado, uma resina termoplástica tem estrutura molecular linear, que amolece repetidamente quando aquecida em direção ao seu ponto de fusão e endurece quando resfriada. Em termos simples, pode-se comparar um termoplástico à parafina, a qual flui quando aquecida e endurece tomando sua forma quando resfriada. Como exemplos de resina termoplástica para compósitos, temos polipropileno, polietileno, poliestireno, ABS (acrilonitrila-butadieno-estireno), "nylon", policarbonato, poliéster termoplástico, óxido de polifenileno, polisulfona e PEEK (poli-éter-éter-cetona). 9
  • 10. Empresas que desenvolvem o trabalho da Fibra de Vidro  Celso Moglia – Rio de Janeiro – RJ  Fertemp – São Paulo – SP  Haru Fibra – Lagoa Santa – MG  Miami Design Fiberglass – São Paulo – SP  PIC Fibras e Metais – Porto Alegre – RS  Usived – São Paulo – SP  Tukano Tecnologia & Design – Ceará – CE  Armtec Tecnologia em Robótica Ltda – Ceará – CE  Polymar Ciência e Nutrição S/A – Ceará – CE As principais aplicações por segmento de mercado são: Telas e Outras Aplicações Industriais  Filtros, cordoalhas de uso no elétrico, retentores de baterias, reforço de cimento, revestimento de tubos, revestimento de paredes de navio, telas contra insetos, discos abrasivos, lixas abrasivas. Aplicações Náuticas  Construção, manutenção e reparos de cascos, equipamentos e acessórios de embarcações de recreio e militares, bóias de sinalização, tampas de motor e outros equipamentos. Construção  Painéis decorativos, coberturas, domos, painéis de fachada, formas para concreto, banheiras e componentes para banheiras, silos para agricultura, depósitos, componentes de casas pré-fabricadas, painéis coletores de raios solares. Aplicações Elétricas e Eletrônicas  Placas isolante, pecas moldadas, perfis pultrudados, tubos fabricados por enrolamento, caixas de entroncamento, alojamento de lâmpadas, postes para iluminação. Aplicações Bélicas e Aeronáuticas  Mísseis, componentes para aeronaves particulares, comerciais e militares, de pequeno ou grande porte, planadores, 10
  • 11. armamento, domos para radar e sonar, blindagens, suporte militar de terra, peças para espaçonaves, lançadores de foguetes. Corrosão  Tanques, tubos, conexões, chaminés, dutos, coifas, bombas, pás de ventilador, container, componentes de torres de resfriamento, peças para tratamento de água e restilo industriais, tanques sépticos, tanques de água potável, revestimento de tanques. Máquinas, Equipamento e Eletrodomésticos  Engrenagens, carenagens, carcaças e bandejas para eletrodomésticos (lavadoras, secadoras, ar condicionado, umidificadores, etc.), refrigeração comercial, gôndolas e câmaras frigoríficas, aplicações em equipamentos para escritório (copiadoras, computadores, registradoras, bebedouros), carcaças protetoras para equipamentos industriais. Artigos de Consumo  Varas de pesca, arcos, flechas, raquetes, parques infantis, escorregadores, bandejas, piscinas, trampolim, veículos recreativos, trailers, bancos de estádio, capacetes, peças de mobiliário residencial, caiaques, motor-home, pranchas de surfe, pedalinhos, cortadores de grama, móveis para lanchonete. Transporte  Equipamentos e bancos para automóveis, caminhões, carrocerias, ônibus, trens, caminhões-tanque, motocicletas, tratores, implementos agrícolas, container, móveis, pallets, bandejas para movimentação de material, partes eletro- eletrônico, discos de embreagem, pastilhas de freio. Outros Plásticos Reforçados  Capacetes de segurança, escudos de solda, recipientes de carga, bandejas e pallets para suporte de materiais industriais, recipiente para material de manuseio, guaritas e outros itens não classificados em outros segmentos 11
  • 12. VOCABULÁRIO: Acelerador: Material utilizado para acelerar a “cura” de resinas. Catalisador: Material utilizado para ativar a reação de “cura” de resinas. Fiberglass: Palavra americana que significa” plástico reforçado com fibras de vidro. Gelcoat: Resina poliéster contendo pigmentos, cargas, agentes tixotrópicos e absorvedores ultravioleta, usado para acabamento superficial de peças. Laminado: Designação das estruturas moldadas pela colocação consecutiva de várias camadas ou “laminas” de material. Plástico reforçado: Qualquer resina plástica reforçada com qualquer tipo de fibra inorgânica, sintética ou natural. Plástico reforçado com fibra de vidro: Qualquer resina plástica reforçada com fibras de vidro. PRFV: Sigla para Plástico Reforçado com fibras de Vidro. Tixotropia: Propriedade exibida por materiais líquidos de não escorrerem quando aplicados em paredes verticais. BIBLIOGRAFIA 1- Marco Antonio Matheus, Livro – Aprenda Fibra de Vidro – São Paulo, 2002. 2- Alberto Farah, Livro – Resina de Poliéster e suas Aplicações – São Paulo, 2003. 3- Google – Internet 4- www.cosplayers.net/www.cosplayers.com.br 5- www.brazilbiz.com.br/empresas/empresas. 12