A água, recurso escasso e precioso, carece de um cuidado e enfoque equivalentes ao que tem merecido o recurso energia. Para abraçarmos integralmente o desafio da utilização eficaz e racional da água, será necessário repensar quais as origens mais adequadas às utilizações que lhe damos. Terão que ser reequacionados os regulamentos, as infraestruturas urbanas e os sistemas à escala dos edifícios.
Por esta razão é essencial não apenas o conhecimento das soluções existentes que melhor se adaptam ao nosso contexto, como ainda o desenvolvimento das competências essenciais para a boa implementação daquelas soluções.
O enfoque deste Workshop está na demonstração das oportunidades de intervenção no meio edificado, conducentes à melhoria do desempenho hídrico dos edifícios, abordando o aproveitamento e armazenamento da água da chuva, a reciclagem de águas cinzentas e o tratamento adequado das águas residuais, destinada a usos não potáveis.
O Workshop é dirigido a todos os decisores que influenciam a qualidade de construção do meio edificado.
ATIVIDADE 1 - ESTRUTURA DE DADOS II - 52_2024.docx
Livia Tirone - Iniciativa Construção Sustentável
1. CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL
SOLUÇÕES PARA UMA PROSPERIDADE RENOVÁVEL
RECURSOS RENOVÁVEIS – ÁGUA
PROSPERIDADE RENOVÁVEL
WORKSHOP
Iniciativa CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL www.construcaosustentavel.p
2. A Iniciativa CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL tem os Parceiros Institucionais:
Apoio:
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE CONSERVAÇÃO DA
NATUREZA
4. Água...
A água potável é um
precioso e escasso
ERIK CHRISTIANSEN recurso natural;
5. Curso Prosperidade Renovável – Água I
Ainda em 2011 seremos 7.000 milhões de habitantes! (em 1960 éramos 3.000 milhões)
Pelo menos até 2050 a população planetária continuará a crescer...
Teremos recursos naturais finitos para responder a todos?
Os recursos naturais finitos estarão distribuídos de forma equitativa?
Como erradicar a pobreza?
Como assegurar o bem-estar das populações?
Fonte: National Geagraphic Magazine
6. PROSPERIDADE RENOVÁVEL
CHUVA NA EUROPA
A chuva na Europa na
região mediterrânica é
extremamente favorável
para a produção de energia
bem como para o
aproveitamento para usos
não potáveis.
7. “Portugal pode ser um dos países mais prósperos da Europa se souber
transformar de um modo descentralizado e equitativo os seus recursos
endógenos renováveis.””
Livia Tirone
8. AS CIDADES SÃO O NOSSO DESAFIO
50% da população mundial vive em cidades
80% da população Europeia vive em cidades
(hoje + de 400 Milhões de pessoas)
As cidades são o local onde se geram as
maiores pressões ambientais e sociais
A concentração populacional torna as cidades
simultaneamente poderosas e frágeis
9. DIMENSÃO AMBIENTAL
“O sistema terrestre é finito,
materialmente fechado e não
cresce…””
Herman Daly
“Devemos apenas explorar
recursos naturais provenientes
de ecossistemas bem geridos,
utilizando-os da forma mais
eficiente e produtiva, exercendo
cautela em todas as modificações
que fazemos à Natureza.” ”
Karl-Henrik Robert
10. DIMENSÃO SOCIAL
“Good Will”
Os espaços públicos da cidade
exprimem o seu primeiro nível de
identidade;
A plenitude com a qual os
utilizadores se identificam com os
espaços que habitam e utilizam
determina a atitude que tomam
perante esses espaços e perante
as outras pessoas;
11. DIMENSÃO ECONÓMICA
Crescimento???
Apenas utilizando recursos
renováeis!
“No novo modelo económico, o
progresso não pode ser visto com
a expansão quantitativa, mas terá
que ser visto como a melhoria
qualitativa que assenta no facto do
sistema terrestre ser finito, não
crescente e materialmente
fechado.”
Herman Daly, Beyond Growth
13. COBERTURAS VIVAS
Toda a vegetação integrada em
coberturas e fachadas contribui
para a qualidade de vida das
pessoas e para a resiliência
urbana.
•Qualidade do Ar
•Ruído
•Efeito Ilha de Calor
•Inundações e Cheias
•Bem-estar…
14. PLANEAMENTO URBANO
À escala do planeamento urbano
devemos prevenir efeitos
nefastos do clima:
•Infraestruturas adequadas –
redes separadas e inteligentes
•Informação e monitorização
•Capacidade de retenção de água
da chuva – em edifícios e nas
infraestruturas urbanas
•Retardar escorrências...
15. DESCENTRALIZAÇÃO DA OFERTA DE RECURSOS
Porque não existe uma directiva
da Comissão Europeia sobre
Eficiência Hídrica e Serviços de
Água para criadar as condições de
base para a descentralização da
produção de água renovável para
promover o acesso à prosperidade
renovável?
17. OPTIMIZAÇÃO DA PROCURA DE ÁGUA
A água própria para consumo
humano existe em quantidade
ínfima no nosso planeta;
Os edifícios podem ser
concebidos e construídos de
forma a optimizar
consideravelmente a procura de
água potável, canalizando-a
apenas para aqueles usos que
precisam de todas as suas
qualidades;
18. OPTIMIZAÇÃO DA PROCURA DE ÁGUA
Novo Sistema Voluntário de Certificação de Eficiência Hídrica, desenvolvido pela
ANQIP em Aveiro, no âmbito do Programa Nacional para o Uso Eficiente da Água, irá
certificar equipamentos e dispositivos hídricos, favorecendo aqueles com melhor
desempenho;
19. OPTIMIZAÇÃO DA PROCURA DE ÁGUA
A água própria para consumo humano existe em
quantidade ínfima no nosso planeta;
Os edifícios podem ser concebidos e construídos
de forma a optimizar consideravelmente a
procura de água potável, canalizando-a apenas
para aqueles usos que precisam de todas as suas
qualidades;
20. SISTEMAS DE RECICLÁGEM DE ÁGUAS DA CHUVA
Toda a água da chuva que
cai nas coberturas dos
edifícios, deve ser
recolhida e, com o devido
tratamento, reutilizada
para as funções que não
carecem de água potável;
21. O tratamento da água da chuva após ter sido
recolhida e tratada pode ser utilizada para:
•Rega
•Lavagem de Espaços Exteriores
•Descarga das Sanitas
•Máquinas de Lavar
22. SISTEMAS DE RECICLÁGEM DE ÁGUAS CINZENTAS
A água potável que utilizamos
deve ser reciclada e reutilizada.
Com o devido tratamento as
águas cinzentas, devem ser
reutilizadas para as funções
que não carecem de água
potável;
23. Prosperidade Renovável – Água
7 Valores Vitais:
1.Eliminação de patologias no edificado existente e no novo edificado;
2. Maximização da eficiência na utilização de recursos não-renováveis,
partindo de medidas solares passivas e da adaptação de soluções construtivas ao
clima e à cultura locais;
3. Eficácia na gestão de sistemas que permite também uma considerável
minimização da procura de recursos;
24. Prosperidade Renovável – Água
7 Valores Vitais (Continuado):
4. Disponibilização de informação sobre os consumos em tempo real e
facilitação de comportamentos conducentes a um menor consumo de recursos
(não-renováveis e renováveis);
5. Integração descentralizada de sistemas que transformam recursos
renováveis em recursos úteis (energia, água e materiais) e disponibilização de
informação sobre a produção de recursos úteis em tempo real;
25. Prosperidade Renovável – Água
7 Valores Vitais (Continuado):
6. Redes inteligentes e bidireccionais que asseguram o máximo
aproveitamento dos recursos renováveis disponíveis de uma forma descentralizada
(dando prioridade à utilização no próprio local);
7. Armazenamento descentralizado de todos os recursos renováveis
transformados, quando não forem localmente utilizados;