Em 2015, Cisco assumiu a liderança do mercado de servidores blade na America Latina, com 29,46% de market share e crescimento anual de 6,75%, segundo a IDC.
Proteja seus clientes - Gerenciamento dos Serviços de Segurança
Educação digital: como a tecnologia está revolucionando o ensino
1. Especial Educação: O processo e os primeiros resultados
da digitalização do ensino e da infraestrutura de serviços em
escolas, universidades e institutos de pesquisas
A reinvenção da telefonia móvel: Telcos
encontram na virtualização das redes uma
alternativa para garantir os investimentos
Caminho sem volta: Evento internacional mostra
que varejo já se convenceu da importância de ter o
Big Data e o Analytics como aliados> 1º semestre 2013 | edição 10
LIDERANÇA
Rodrigo
Dienstmann
assumepresidência
daCiscodoBrasil
VOZ DO CLIENTE
NETexpandeserviço
NOWeinstala
hotspotsemruasde
grandecirculação
INOVAÇÃO
Novas tecnologias
revolucionam sala de aula ;
Colégio Porto Seguro
adere ao WiFi
Bancos adotam ferramentas de
colaboração e personalizam atendimento
futurofuturofuturofuturofuturo
dododo
Aagência
> 2016 | Edição 18
NO CORAÇÃO DO
DATA CENTER
Cisco desponta na
área de servidores
blade e potencializa
estratégia inovando em
redes, infraestrutura
hiperconvergente e
orquestração de nuvem
CISCO LIVE#18_Capa+Orelha_[opcoes].indd 3 10/05/2016 17:07:59
3. EDITORIAL SUMÁRIO
O TRUNFO DO
DATA CENTER
U
ma das reportagens desta edição registra a rápida ascensão dos
servidores Cisco UCS Blade. Utilizadas no ambiente de data
center, estas máquinas reúnem, em uma única plataforma,
funcionalidades de computação, menor tempo de provisionamento,
armazenamento, rede e gerenciamento.
Não é por acaso que os servidores UCS Blade têm o maior market share
da América Latina nesta categoria, com mais de 25% do mercado e mais
de seis pontos percentuais de ganho ano a ano. Só agora em março, a Cisco
anunciou inovações tecnológicas em data center em três áreas chaves:
redes, infraestrutura hiperconvergente e orquestração de nuvem, que irão
permitir a implementação de nuvens híbridas com foco em aplicações.
Os novos sistemas HyperFlex™, desenvolvidos sobre a plataforma
de computação Cisco UCS, trazem uma nova abordagem para
infraestruturas hiperconvergentes, ao simplificarem a automação baseada
em políticas de rede, computação e armazenamento.
Um dos clientes da plataforma UCS, também alvo de reportagem desta
edição é a Dualtec. Na matéria, Lauro de Lauro, o CEO da companhia,
agora sob a administração da UOL DIVEO, relata que em se tratando de
nuvem híbrida, o conjunto de soluções Cisco, liderado pelos servidores
Cisco UCS, e alinhado à plataforma Cisco Intercloud, resulta em um
ambiente simplificado para adoção de cloud computing.
Também nesta edição, a reportagem especial sobre a aplicação de
tecnologia no setor de educação, apresenta a visão da Cisco sobre a
digitalização do ensino e traz dois casos de sucesso altamente ilustrativos
nesta área. A Miami Ad School/ESPM reduziu o deslocamento de
professores entre as unidades do Rio de Janeiro e de São Paulo utilizando
a nossa plataforma de videoconferência e telepresença. E a Universidade
Federal do Espírito Santo (UFES) preparou a infraestrutura de rede para,
se necessário, atender às solicitações legais de identificação de usuários e
conteúdos acessados a partir das suas instalações.
Boa leitura!
CURTAS
4Notícias
•Cisco forma 200 técnicos de rede no RJ
•Parque Tecnológico de SJC e Cisco
iniciam parceria
MERCADO
8Operadoras
Virtualização de redes é solução para
telcos continuarem investindo
10VNI
70% da população mundial terá
smartphone até 2020
SEGURANÇA
12RSA
Cisco apresenta novo firewall
14Relatório de Segurança 2016
Empresas não se sentem preparadas
para conter ataques
INOVAÇÃO
18UCS
Servidores UCS ganham market share
com plataforma Blade
20NRF
Varejistas apostam em Big Data e Analytics
22ESPECIAL EDUCAÇÃO
Educação
A tecnologia a favor da educação
23Wi-Fi para alunos
UFES implanta rede wireless rastreável
nos campi
28Telepresença na aula
ESPM adota sistema de videoconferência
30Ensino a Distância
Cisco e Comstor capacitam parceiros em EaD
VOZ DO CLIENTE
32Rede
Grupo JSL melhora disponibilidade de rede
34Gestão de negócios
Copacol adota SAP HANA e UCS
para monitorar operação
37On Demand
App Globo Play utiliza sistema Cisco
para virtualizar vídeos
38Telefonia IP
Escritório de advocacia implanta
380 ramais em nova sede
40Cloud
Dualtec integra Cisco Intercloud
para oferta de nuvem pública
42Infra de TI
CMPC cria novo data center e garante
mais disponibilidade de rede
44Redução de custos
Tecnologia IP reduz gastos em
telefonia da Souza Cruz
VOZ DO PARCEIRO
46Cidades Inteligentes
PromonLogicalis integra soluções de
IoT a projeto de cidades inteligentes
47Parceria
Cisco e Dimension Data comemoram
25 anos de parceria
PERFIL
48Embaixadores da Cisco Rio 2016
Marcus Vinicius é esperança de ouro
para o Brasil no Tiro com Arco
ARTIGO
50Ana Claudia Plihal
Como PMEs podem usar tecnologia para se
reinventar
EDUARDO CAMPOS DE OLIVEIRA,
DIRETOR DE MARKETING DA CISCO DO BRASIL
PRODUÇÃO
Comunicação Interativa Editora
Jornalista Responsável e
Diretora de Redação
Jackeline Carvalho - MTB 12456
Edição
Jackeline Carvalho
Reportagem
João Monteiro
Revisão
Comunicação Interativa
Administração e Logística
Maria Estela de Melo Luiz
Assessoria de Imprensa
In Press Porter Novelli
Diretor de Arte
Ricardo Alves de Souza
Assistente de Arte
Josy Angélica
Tiragem
5000 exemplares
CISCO LIVE MAGAZINE É UMA PUBLICAÇÃO DA CISCO DO BRASIL
Conselho Editorial
Adriana Bueno,
Agnes Nakayama,
Eduardo Campos de Oliveira,
Fabricio Mazzari,
Fernanda Arajie,
Isabela Polito,
Isabella Micali,
Jackeline Carvalho,
Mauricio Portella,
Monica Lau David,
Renata Barros
e Vanessa Correa
Estagiárias de Marketing Cisco
Gabriela Gouvea e Julia Tigevisk
03_EDIT+SUMARIO.indd 3 08/04/2016 10:00:19
4. 4
CURTAS
E
mpresas de Mineração, Manufatura, e Óleo
e Gás entre outras, já podem testar os resulta-
dos da digitalização de negócios. O Centro de
Inovação Cisco Rio de Janeiro criou um showroom no
qual estas empresas poderão conhecer e entender como
a conectividade e a digitalização podem ajudá-las a
economizar tempo e recursos com o uso de analytics,
monitoramento e colaboração no gerenciamento da
operação e dos processos industriais.
Rosemery Arakaki, gerente de desenvolvimento de
negócios para varejo e manufatura da Cisco, defende a
importância da conectividade neste ambiente industrial:
“Ela permite ao gestor tomar uma série de decisões im-
portantes ao negócio, como acompanhar o volume de
produção, o melhor momento de parada para manutenção
dos equipamentos, identificar a necessidade de substitui-
ção de máquinas, o nível de produtividade, etc”, afirma.
O espaço conta com soluções que endereçam as ne-
cessidades IT e OT para criar um ambiente altamente
seguro, confiável e integrado, a partir da oferta con-
vergente da plataforma Cisco e de parceiros da área de
automação industrial, como a Rockwell e a Librestream.
Edson Barbosa, arquiteto de soluções do Centro de
Inovação, afirma que “as soluções integradas são um
outro exemplo do co-desenvolvimento que a Cisco ofe-
rece às empresas e parceiros. Isso nos permite prover
soluções inovadoras para criar processos produtivos”.
Nesta primeira fase estão sendo demonstradas as So-
luções Factory Automation e Factory Wireless, que
permitem o gerenciamento de informação em tempo
real, monitoramento e assistência remotos, e imple-
mentam segurança e eficiência operacional.
à CENTRO DE INOVAÇÃO INAUGURA
SHOWROOM VOLTADO AO SETOR INDUSTRIAL
à BOAS VINDAS A MAIS DE 200
NOVOS TÉCNICOS DE REDES
O
Programa Técnico Cidade Olímpica, desenvol-
vido pela Cisco em parceria com a Secretaria
Especial de Ciência e Tecnologia da Cidade
do Rio de Janeiro (SECT) e com apoio do Programa
de Sustentabilidade Abraça Capacitação do Comitê
Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio
2016, acaba de formar mais de 200 técnicos de rede.
O objetivo do projeto é inserir jovens das comu-
nidades cariocas na área de tecnologia. O programa
ofereceu, apenas nesta primeira fase de treinamento,
907 vagas para o curso, e preparou estudantes para
atuar junto às empresas de tecnologia apoiadoras
dos Jogos Rio 2016 ou para serem absorvidos pelo
mercado de trabalho.
Flávio Provedel, responsável pela área Social da
Cisco, conta que as primeiras turmas foram con-
cluídas no começo de março. e diz que o curso será
encerrado em abril.
As aulas são ministradas nas oito Naves do Co-
nhecimento da Prefeitura do Rio de Janeiro, e a
metodologia, as ferramentas e os conteúdos são
os mesmos do programa global Cisco Networking
Academy. O curso é complementado por conteú-
dos desenvolvidos para profissionais que atuarão
no suporte de rede dos Jogos Rio 2016.
DIVULGAÇÃO/CISCO
04-06_CURTAS-2.indd 4 08/04/2016 10:25:14
6. CURTAS
66
àCOMITÊ OLÍMPICO INTERNACIONAL PREMIA CISCO
POR PROJETO DE TECNOLOGIA NO RIO 2016
A
Cisco, apoiadora oficial
dos Jogos Olímpicos e
Paralímpicos Rio 2016,
recebeu o Troféu COI, concedido
pelo Comitê Olímpico Interna-
cional, por indicação do COB
(Comitê Olímpico do Brasil).
A honraria é um reconheci-
mento à importância do projeto
que está sendo desenvolvido
com tecnologias de rede e de
colaboração da Cisco para integração do COB, Confe-
derações Brasileiras Olímpicas, Centros de Treinamento
e delegações em todo o Brasil e ao redor do mundo.
Para o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman,
a parceria entre o órgão e a Cisco neste projeto de
suporte tecnológico aos atletas brasileiros é motivo
de orgulho para toda a comunidade esportiva do País.
“Estamos vivendo um momento único na história do
esporte nacional e ficamos extremamente satisfeitos
com a alta qualidade dos equipamentos fornecidos
pela Cisco em prol do desenvolvimento do esporte
nacional”, afirma.
Recentemente, o COB inaugurou o Núcleo de Integra-
ção Olímpica, que utiliza a solução de Colaboração Imer-
siva da Cisco para comunicação
entre executivos, comissões téc-
nicas e atletas. A companhia,
que também é patrocinadora
do Comitê Olímpico do Brasil
(COB) e do Time Brasil, dispo-
nibilizou ao COB estações de
videocolaboração, câmeras de
vídeo monitoramento de alta
definição e licenças de software
de conferência, além da substi-
tuir a plataforma de telefonia da entidade.
“É gratificante perceber como nossas soluções estão
facilitando a comunicação entre as pessoas envolvi-
das no movimento Olímpico no Brasil”, diz Rodrigo
Uchoa (foto, ao centro), coordenador do Projeto Rio
2016 na Cisco.
Além da categoria Troféu COI – Esporte e Inova-
ção, foram eleitos os Melhores Atletas Brasileiros de
2015, como Yane Marques (foto, à esq.), do pentatlo
moderno e Marcus Vinicius D’Almeida (foto, à dir.),
do tiro com arco, que são atletas embaixadores do
projeto olímpico da Cisco. O evento ainda premiou
o Melhor Técnico Individual e Coletivo, o Atleta da
Torcida, entre outras categorias.
DIVULGAÇÃO/CISCO
A
Cisco e o Parque Tecnológico São José dos Campos
selaram aliança para instalar um Smart Campus,
uma iniciativa que vai oferecer soluções Cisco
às empresas que compõem o Parque Tecnológico.
O Parque Tecnológico quer usar a facilidade de
acesso às soluções da Cisco para atrair novas empresas
e equipar as organizações e instituições já residen-
tes, as incubadas e aquelas que participam dos cluster
de TIC e aeroespacial.
As tecnologias estão sendo apresentadas às organi-
zações que terão a possibilidade de adquirir sistemas e
equipamentos com condições diferenciadas. O diretor
técnico e de operações do Parque Tecnológico São José
dos Campos, Elso Alberti Junior, afirma que o “projeto
do Smart Campus colocará o Parque Tecnológico num
patamar superior em termos de vanguarda tecnológica”.
O modelo de negócio da parceria está sendo definido,
assim como o planejamento de implantação irá caracterizar
os investimentos necessários para o estabelecimento do
Smart Campus. Uma das possibilidades é que a iniciativa
seja operacionalizada em fases. Como infraestrutura,
o Parque estuda tornar-se provedor direto ou contra-
tar serviços de terceiros utilizando as soluções Cisco.
“O planejamento do projeto indicará os investimentos
necessários, além de uma estrutura de financiamento e
pagamento sustentável”, finaliza o diretor.
àCISCO E PARQUE TECNOLÓGICO
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS INICIAM PARCERIA
04-06_CURTAS-2.indd 6 08/04/2016 10:25:17
8. MERCADO
8
Na era da digitalização dos negócios, telcos encontram
na virtualização das redes uma alternativa para garantir
os investimentos e, consequentemente, satisfazer os
clientes neste momento de escassez da economia
D
ominado por cinco gran-
des players, o mercado
de telefonia móvel bra-
sileiro fechou 2015 com
257,79 milhões de linhas móveis
ativas, de acordo com dados da
Agência Nacional de Telecomuni-
cações (Anatel), amargando uma
perda de 22,94 milhões de linhas
em relação a 2014. E este não é o
único desafio deste setor, que ain-
da tem que manter investimentos
operacionais, aportar recursos em
inovação e enfrentar a concorrência
da telefonia móvel
A reinvenção
direta e a indireta, especialmente
das OTTs (over-to-the-top), entre
outras ameaças.
Para ajudar as telcos a driblarem
a atual fase desafiadora, a Cisco
identificou três áreas que merecem
prioridade nos investimentos das
operadoras: aplicações de vídeo;
mobilidade; e Internet de Todas
as Coisas (IoE). Sobre o primeiro
item, Hugo Baeta Santos, diretor do
segmento de operadoras da Cisco,
explica que os consumidores que-
rem ter a possibilidade de assistir
vídeos onde e quando quiserem, o
que exigirá investimento em rede
e sistemas para gerar valor e qua-
lidade de serviços aos usuários.
O setor de mobilidade apresenta
grande potencial de inovação, com
soluções exclusivamente desenvol-
vidas para tablets, smartphones e
outros dispositivos, tendo o Uber
como exemplo. Nesta área, a opera-
dora poderá gerar receitas indiretas,
oferecendo serviços a diferentes
segmentos, a exemplo dos apps de
localização e identificação de perfis
dentro de um centro comercial,
ofertando publicidade e promoções
personalizadas. “Isso, novamente,
vai exigir investimentos na infra-
-estrutura das redes móveis, como
o Wifi, o 4G e, futuramente, o 5G,
além de plataformas para oferta
de novos serviços”, pondera Baeta.
Na terceira via, os dispositivos
de IoE, presentes nos ambientes
públicos, corporativos e privados,
vão demandar soluções específi-
cas de conexão e gerenciamento.
“Neste caso, as operadoras têm uma
posição diferenciada, porque não
precisam investir em infraestrutura
08-09_MERCADO_[Operadoras]v2.indd 8 08/04/2016 15:48:26
9. 9
O desafio econômico
acaba impulsionando essas
transformações, e quem
conseguir gerenciar os
investimentos em inovação
estará mais preparado
para melhorar a eficiência
operacional e acelerar
novas receitas”
HUGO BAETA SANTOS, DIRETOR
DO SEGMENTO DE
OPERADORAS DA CISCO
DIVULGAÇÃO/CISCO
de rede”, diz Baeta. Aqui caberá
o desenvolvimento de soluções
voltadas a aplicações para que a
IoE traga ganhos significativos de
eficiência e produtividade.
Rédea curta
Mas como investir em tempos de
crise, com alta contenção de despe-
sas? “As operadoras devem gerenciar
internamente o processo de digita-
lização e evolução para conseguir
entregar a usuários e acionistas
os melhores serviços e resultados
a longo prazo”, afirma Baeta.
Para ele, digitalização dos ne-
gócios passa em primeiro lugar
pela reorganização interna das
operadoras, com equipes de TI e
de engenharia trabalhando cada
vez mais próximas até atingirem a
integração total. “Isso será muito
influenciado pelo modelo de ope-
ração Agile DevOps, cuja essência
é integrar áreas de implementação
e de operação de soluções tecno-
lógicas”, explica o executivo.
Na infraestrutura, o processo de
digitalização exigirá investimento
em virtualização, ou seja, a disso-
ciação do hardware e do software,
de forma a ampliar a sinergia ope-
racional e, consequentemente, me-
lhorar a eficiência das operadoras.
A resposta a esta tendência vem
travestida de uma sopa de letrinhas,
o NFV e o SDN. O primeiro é a
sigla em inglês para Networking
Functions Virtualization, e refere-
-se à virtualização das funções
da rede sobre uma plataforma
comum de hardware. O requisito
para esse modelo, segundo Baeta,
é ter uma estrutura de hardware
orquestrada e focar em aplicações
aptas a esse ambiente.
Já o SDN, no inglês, Software
Defined Networks (redes definidas
por software), é explicado pelo
executivo como a camada de au-
tomação dessa virtualização. “É
preciso traduzir a necessidade de
serviço de um usuário, para que
a rede se adapte”, define Baeta.
O SDN amplia os benefícios da
virtualização do data center, au-
mentando a flexibilidade e a uti-
lização de recursos, reduzindo e
otimizando custos.
Dando as cartas
Para o especialista, a adoção das
duas tecnologias – NFV e SDN
– e a incorporação do modelo de
computação em nuvem vão gerar,
para as operadoras, significativa
redução do OPEX (custos de ma-
nutenção de bens) e a otimização
dos investimentos.
Nessa área, a Cisco oferece dois
pacotes de solução, as suítes Cis-
co EPN (Envolved Programmable
Network) e Cisco ESP (Evolved
Services Platform), ambas com a
tarefa de integrar funções de nu-
vem, NFV e SDN à infraestrutu-
ra de telecomunicações. Um dos
destaques neste universo é o Cisco
Ultra, que traz os conceitos de vir-
tualização e automação aplicados
à mobilidade.
A solução pavimenta a estrada da
virtualização e convergência das
redes, ao permitir o gerenciamento
integrado de diferentes serviços,
como 3G, 4G e Wi-Fi. Segundo
Baeta, algumas operadoras brasi-
leiras já começaram a utilizar essas
soluções, enquanto outras estão em
fase de estudo. “O desafio econô-
mico acaba impulsionando essas
transformações, e quem conseguir
gerenciar os investimentos em ino-
vação estará mais preparado para
melhorar a eficiência operacional
e acelerar novas receitas”, afirma.
A posição da Cisco hoje é co-
locar em prática tudo o que vem
trabalhando ao longo do tempo,
sendo a camada de computação
orquestrada a principal ferramenta
para gerir a inovação estrutural e
de serviços.
08-09_MERCADO_[Operadoras]v2.indd 9 11/04/2016 08:53:58
10. MERCADO
10
Estudo da Cisco calcula que há mais pessoas
com dispositivo móvel do que com acesso a
saneamento básico no mundo
E
m 2020 haverá 5,5 bilhões
de usuários de dispositivos
móveis no mundo, número
que representa 70% da popu-
lação global. Os dados são do estudo
VisualNetworkingIndex(VNI)Global
Mobile Data Traffic Forecast, divul-
gados pela Cisco, referente ao tráfego
de dados móveis entre 2015 e 2020.
Para efeito comparativo, em
2015 havia 4,8 bilhões de usuá-
rios móveis, representando 65%
da população mundial. De acordo
com o estudo, este número indica
que há mais pessoas com dispo-
sitivos móveis do que com carros
(2,6 bilhões de pessoas) ou acesso
a saneamento básico (3 bilhões).
De acordo com a pesquisa, o au-
mento de usuários será impulsionado
pela maior cobertura das redes mó-
veis e pela demanda por conteúdo,
fazendo a base crescer duas vezes
mais rápido do que a população
mundial nos próximos cinco anos.
Nesse mesmo período, o tráfego
de dados móveis será elevado oito
vezes, motivado pelo aumento da
base de usuários, a criação de dis-
positivos inteligentes (que incluem
IoT e M2M) e redes 4G.
da população mundial
usará dispositivos móveis
até 2020, aponta VNI
Em 2015, o volume foi de 44 exa-
bytes (1 EB é equivalente a 1 milhão
de terabytes), dado que ao final de
2020 alcançará 367 EB. Só o vídeo
móvel será responsável por 75% do
consumo de dados, alternativa de
comunicação que representou 55%
no ano passado.
A adoção global do 4G será o
principal catalisador de melhorias na
velocidade móvel, que deve triplicar
em cinco anos. Segundo o estudo, a
capacidade média saltará de 2 Mbps
em 2015 para 6,5 Mbps em 2020.
Brasil segue
tendência mundial
O estudo também traçou as pre-
visões sobre o tráfego móvel para
o Brasil e aponta para um aumento
de sete vezes no consumo de dados,
entre os anos 2015 e 2020. O vo-
lume representado chegará a 729,7
petabytes por mês (1PB equivale a
1000 terabytes) ao final do período,
sendo que, no ano passado, foi cons-
tatado tráfego de 112,1 PB por mês.
O aumento de tráfego será mo-
vido pelo crescimento de usuários
de dispositivos móveis, atingindo
182,1 milhões de pessoas (84% da
população brasileira) até 2020, e de
dispositivos móveis conectados, que
chegarão ao total de 394 milhões
(aproximadamente, 1,8 por pes-
soa). Em 2015, havia 170 milhões
de usuários móveis e 302 milhões
de dispositivos conectados no País.
O Brasil também segue a tendência
mundial no consumo de vídeo móvel
e velocidade de internet. Segundo
o estudo, o tráfego desse tipo de
conteúdo representou 56% do total
em 2015, sendo responsável por 75%
do tráfego até o 2020.
Já a velocidade de conexão móvel
vai crescer quatro vezes, atingindo
4 Mbps no período, enquanto a
capacidade da internet móvel do-
brará, alcançando 10 MB ao final
do período.
Tráfego de dados móveis
no Brasil vai aumentar sete
vezes de 2015 para 2020,
com crescimento
anual de 45%
70%
10-MERCADO_[VNI.indd 10 08/04/2016 10:47:06
12. SEGURANÇA
12
Cisco apresenta na RSA nova família Firepower, que integra
o poder do firewall à capacidade de detecção de ameaças
E
ntre os dias 29 de fevereiro e 4 de março, ocorreu
a RSA Conference 2016 em San Francisco, nos
Estados Unidos. O evento, voltado à segurança, foi
palco para a Cisco apresentar não somente o seu
novo firewall, mas também a sua visão sobre segurança.
O movimento da Cisco dentro da RSA Conference
focou em como posicionar a cibersegurança nas em-
presas. Por isso, os principais porta-vozes foram os
CSO (Chief Security Officer), John Stewart, e CTO
(Chief Technology Officer), Zorawar Singh, da pró-
pria Cisco, falando sobre a relação da política de
segurança da companhia com os seus resultados de
negócios e como ela se defende no dia a dia.
Para Ghassan Dreibi, gerente de desenvolvimento
de negócios de segurança para a América Latina da
Cisco, o evento mostrou que a cibersegurança alcançou
o patamar de maior relevância dentro das empresas.
“Nas palestras e estandes, percebemos que não se
discute mais a adoção ou não do cloud ou da Internet
de Todas as Coisas e sim como manter a segurança
dessas tecnologias. Não importa a conectividade em
si, mas se ela é íntegra”, diz.
Nesse ponto, a estratégia da Cisco é simplificar a
gerência da segurança, sendo o Firepower um exem-
Segurança 360
DIVULGAÇÃO
A nova linha de produtos
visa entender o usuário e
garantir que toda a rede,
incluindo máquinas virtuais,
nuvem, roteadores e
switches, sigam as políticas
de uso do cliente”
GHASSAN DREIBI, GERENTE
DE DESENVOLVIMENTO DE
NEGÓCIOS DE SEGURANÇA
PARA A AMÉRICA LATINA DA CISCO.
12-13_SEGURANCA_[RSA].indd 12 08/04/2016 12:54:36
13. Integramos
o Firepower
definitivamente ao ASA”
FERNANDO ZAMAI,
ENGENHEIRO DE SEGURANÇA
DA CISCO
integra os recursos de firewall da
família ASA ao poder de verifica-
ção do Firepower, antigo produto
da Sourcefire, companhia líder
em soluções de detecção em IPS
que foi comprada, há dois anos,
pela Cisco.
“Pode-se dizer que o Firepower
4100 é a evolução da família ASA”,
diz Fernando Zamai, engenheiro
de segurança da Cisco. Segundo
ele, a nova versão do firewall não
significa a morte do ASA, e sim uma
renovação. “Ao invés de vendermos
o Firepower como um opcional para
o firewall, como fazíamos há pouco
tempo, nós o integramos definiti-
vamente ao ASA”, explica.
O Firepower agora age tanto
como firewall tradicional quanto
identificador de uso de rede, tendo
o controle de conteúdo acessado
pelos usuários, trazendo benefícios
para os usuários são ainda maiores:
o Firepower 4100 é capaz de pro-
porcionar controle e visibilidade
de aplicações (AVC) a 4 mil itens,
incluindo usuários e websites, além
de ter a possibilidade de integração
com outras soluções de seguran-
ça de rede, sejam da Cisco ou de
terceiros. E o tempo de detecção
de ameaças é de menos de um dia,
muito menor que a média de 100
dias registrada por outras soluções,
segundo o Relatório Anual de Se-
gurança Cisco 2016.
Zamai lembra que esta não é a
primeira versão do Firepower in-
tegrado com o ASA. Em outubro
de 2015, a Cisco já havia lançado
o Firepower 9100, solução mais
robusta, capaz de gerenciar taxas de
transferência máximas no firewall
em até 225 Gbps. A versão 4100
é mais modesta, sendo capaz de
gerir transferências do mesmo tipo
de 20 a 60 Gbps, dependendo do
modelo adquirido.
plo. “A nova linha de produtos visa
entender o usuário e garantir que
toda a rede, incluindo máquinas
virtuais, nuvem, roteadores e swi-
tches, sigam as políticas de uso do
cliente”, aponta Dreibi.
Em outras palavras, o Firepower
é o pilar de produto da Cisco em
segurança, dentro da estratégia
websecurity. De acordo com o exe-
cutivo, é perceptível a perda na força
de soluções únicas de segurança.
“Vemos que as empresas sentem a
necessidade de estarem conectadas,
obviamente garantindo a integridade
de seus dados”, aponta. “Também
sabemos que não existe solução mi-
lagrosa e que contenção e prevenção
não são suficientes. O malware vai
entrar. Nossa luta é impedir que
ele acesse as informações”, propõe.
Trocando em miúdos
São esses os conceitos embu-
tidos na família Firepower, cujo
novo membro, o Firepower 4100,
foi lançado no final de janeiro. Com
a proposta de firewall de próxima
geração (Next-Generation Firewall,
em inglês), a solução é uma resposta
às empresas para conter ameaças de
malware conhecidas e também as
desconhecidas, a partir da detecção
de falhas na rede.
O novo Firepower carrega a ideo-
logia da Cisco de unificar e facilitar
a gerência da rede, pensando sem-
pre na redução da complexidade.
Algo possível porque a solução agora
12-13_SEGURANCA_[RSA].indd 13 08/04/2016 12:54:37
14. SEGURANÇA
14
A
Cisco divulgou o Relatório
Anual de Segurança 2016,
apontando a queda da con-
fiança dos executivos na
postura de suas empresas frente aos
atuais ataques de hackers. O relatório
índica que 54% dos entrevistados
acreditam na capacidade de se de-
fender de novos ataques, índice 4%
menor que o registrado ano passado.
Ghassan Dreibi, gerente de de-
senvolvimento de negócios de se-
gurança para a América Latina da
Cisco, diz que os executivos estão
mais inseguros devido as diversas
formas de atuação adotadas pelos
hackers, como ataques via DNS,
ponto de entrada para cerca de
91% dos malwares. Das empresas
entrevistadas pela pesquisa, 68%
afirmam que não monitoram essa
porta de entrada. De acordo com
o estudo, isso ocorre devido a falta
de interação entre as equipes de se-
gurança e os especialistas em DNS,
que trabalham separados.
Extensões de navegadores tam-
bém vêm sendo fonte para 85% dos
Não se pode implantar uma
nova tecnologia sem pensar
na gestão da segurança”
GHASSAN DREIBI, GERENTE DE
DESENVOLVIMENTO DE NEGÓCIOS
DE SEGURANÇA PARA A
AMÉRICA LATINA DA CISCO
instalar servidores malignos. A partir
dali, eles utilizam pequenas falhas
de segurança (como os navegado-
res) para instalar malwares que, por
sua vez, se comunicam com esses
servidores e baixam vírus.
Proteção
O relatório anual também mostra
que 48% dos executivos estão preo-
cupados com a segurança e 41% deles
afirmam estar mais concentrados
no tema do que há três anos. Do
total entrevistado, 91% concorda
que precisa de mais informações
sobre segurança do que o esperado.
Por se mostrarem mais preo-
cupados, os executivos também
mudaram suas estratégias para
lidar com a segurança. O número
de empresas que investiram em
políticas de acesso aumentou 7%
no último ano, chegando a 66%,
enquanto medidas de treinamento
e conscientização chegou a 90%,
alta de 1%. A procura por soluções
de resposta imediata também subiu
7%, com 42% das respostas.
Relatório aponta que as companhias não se sentem preparadas
para conter os ataques virtuais e mostra que cibercriminosos se
aproveitam de brechas em navegadores para invadir servidores
preocupação e desconfiança
imperam no ambiente corporativo
Segurança:
ataques, que se aproveitam da falta
de atualização dos softwares pelos
usuários. Outro dado mostra au-
mento de 221% do uso de domínios
do WordPress por cibercriminosos
entre fevereiro e outubro de 2015.
Marcelo Bezerra, gerente técnico
de segurança para América Latina
da Cisco, explica que os hackers
também utilizam estratégias com-
plexas de ataques. Segundo ele, os
cibercriminosos se aproveitam de
cartões de créditos roubados e com-
pram espaços em data centers para
14_SEGURANCA_[ Relatorio Anual].indd 14 11/04/2016 08:56:57
18. INOVAÇÃO
18
A
Cisco anunciou inovações
tecnológicas em data cen-
ter em três áreas chaves:
redes, infraestrutura hi-
perconvergente e orquestração de
nuvem. As iniciativas permitirão a
implementação de nuvens híbridas
com foco em aplicações. A começar
pelos switches Nexus, prontos para
SDN (Sofware-Defined Network),
que oferecem escalabilidade de
nuvem de 10/25/40/50/100Gpbs
e desempenho até 10 vezes melhor
a preços competitivos.
A nova plataforma de switches
oferece uma inovação que posi-
ciona a Cisco dois anos à frente
da concorrência; e entrega esca-
labilidade, telemetria, segurança
e a performance necessárias para
contêineres distribuídos e micros-
No coração do
Data Center
DIVULGAÇÃO
Servidores CISCO
UCS conquistam
market share na
plataforma Blade,
e novas soluções
Hyperflex reforçam
o avanço em
direção à liderança
do segmento
18-19_[INOVACAO_[UCS].indd 18 11/04/2016 09:01:52
19. 19
DIVULGAÇÃO/CISCO
políticas de rede, computação e
armazenamento, ampliando o con-
junto de aplicações corporativas.
Os sistemas superam a primeira
geração de soluções de hipercon-
vergência, limitadas em termos de
desempenho, flexibilidade e simpli-
cidade operacional exigidas pelo
ambiente de TI de microsserviços,
contêineres, aplicações e nuvem.
A iniciativa expande o portfólio
da Cisco de infraestruturas com-
pletas definidas por software –
UCS para computação, ACI ou
SDN para redes e Hyperflex para
armazenamento.
Além disso, a Cisco anunciou a
intenção de comprar a CliQr Tech-
nologies Inc. A plataforma CliQr
CloudCenter oferece aos clientes
uma orquestração de todos os
componentes para nuvens priva-
das, híbridas e públicas de forma
simplificada. A CliQr disponibiliza
uma plataforma única e intuitiva
que ajuda a gerenciar todas os es-
tágios da aplicação em ambientes
híbridos de TI. A plataforma CliQr
alia as aplicações de negócios a
uma infraestrutura de data center
heterogênea, que funciona com
servidores físicos, contêineres e
ambientes virtualizados.
Os primeiros anúncios de uma
série de inovações em hardware e
software programadas pela Cisco
para 2016, têm como objetivo au-
mentar a segurança, a escalabilidade
e a simplicidade dos data centers,
com valores competitivos, acele-
rando a adoção de ambientes de
nuvem híbrida e ditando o ritmo
dos negócios.
à LIDERANÇA
Em 2015, Cisco assumiu a liderança do mercado de servidores blade
na America Latina, com 29,46% de market share e crescimento
anual de 6,75%, segundo a IDC. No México, a fabricante fechou o
ano com 47,53% do mercado, registrando aumento de 15,81%. Nos
demais países da região (América Central e Caribe, Bolívia, Uruguai
e Paraguai), a Cisco encerrou o período com 34,46% de participação
de mercado e crescimento de 8,58 pontos percentuais.
De acordo com a IDC, ao final de 2015, os servidores blade Cisco já
ocupavam a segunda posição em participação de mercado em receita
no Brasil e na Colômbia, com 25,23% e 20,67%, respectivamente,
enquanto o fabricante que atualmente ocupa a primeira colocação
registrou queda de 21 e 18 pontos percentuais nesses mesmos países.
Os primeiros anúncios de
uma série de inovações
em hardware e software
programadas para 2016
têm como objetivo
aumentar a segurança, a
escalabilidade
e a simplicidade
dos data centers
serviços, assim como a garantia
de entrega de tráfego necessária
para uma infraestrutura de arma-
zenamento IP e hiperconvergência.
Também foram apresentados ao
mercado, os sistemas HyperFlex,
desenvolvidos sobre a plataforma
de computação Cisco UCS, tra-
zendo uma nova abordagem para
infraestruturas hiperconvergentes.
Os sistemas Cisco HyperFlex sim-
plificam a automação com base em
18-19_[INOVACAO_[UCS].indd 19 11/04/2016 09:01:57
20. INOVAÇÃO
20
Evento internacional
mostra que varejo já
se convenceu da
importância de ter o
Big Data e o
Analytics
como aliados
A
National Retail Federa-
tion (NRF), que aconte-
ceu em New York (EUA)
durante os dias 17 e 20
de janeiro de 2016, é o maior
evento do varejo e responsável
por trazer as inovações tecnoló-
gicas exploradas pelo setor. Rece-
beu cerca de 36 mil pessoas nesta
edição e, não por acaso, a Cisco,
mais uma vez, esteve presente,
dando destaque às soluções de
Big Data e Analytics.
Rosemary Arakaki, gerente de
desenvolvimento de negócios para
varejo e manufatura da Cisco Brasil,
que acompanhou o evento, traça
um panorama sobre a NRF e seu
contexto no mercado brasileiro.
“A partir das soluções de Big Data
e Analytics, o varejista pode ex-
trair essas informações para prover
experiências direcionadas a cada
perfil de cliente”, diz a executiva.
O estande da Cisco foi dividido
em duas abordagens: a primeira re-
lacionada à experiência do cliente,
ou seja, soluções que podem trans-
formar a experiência de compra;
e a segunda que tratava da parte
de eficiência operacional na loja.
Foram exploradas, por exemplo,
soluções que fazem uso de análise
Caminho sem volta
DIVULGAÇÃO
de dados para gerar informações
sobre o comportamento do cliente
dentro da loja, como o Connected
Analytics for Retail (Análises Co-
nectadas para o Varejo, ou CAR,
na sigla em inglês), que se dedica
à melhoria da eficiência da loja.
Rosemary explica que a aplicação
consolida informações captadas na
rede sem fio (wireless), nas redes
sociais, câmeras IP e em outros
pontos, como os terminais de check-
-out, para criar insights persona-
lizados dos clientes. “O varejista
pode utilizar essas informações e
descobrir, por exemplo, que, na-
quele momento, a loja está sendo
visitada por clientes mais velhos, e
prover conteúdo direcionado a este
público, através do merchandising
digital”, diz a executiva.
“Com o CAR é possível identi-
ficar a taxa de conversão e o tem-
po médio de permanência de um
cliente na loja. Também podemos
cruzar dados sobre o desempe-
nho do ponto de venda”, pontua.
Adicionalmente, a solução monito-
ra, em tempo real, a reputação da
empresa nas redes sociais.
Brasil está atrasado
Comparado à realidade da feira,
Rosemary comenta que o Brasil ain-
da está um pouco distante, porque
os varejistas norte-americanos estão
ocupados em trabalhar a informação
já extraídas dos sistemas, “enquanto
aqui estamos preocupados com a
captura dos dados”, diz.
Por outro lado, alguns varejistas
brasileiros que já possuem infra-
estrutura Cisco, estão evoluindo
para projetos pilotos de uso do
Wi-Fi e as câmeras de vídeo IP
para obter dados dos clientes. “Já
temos clientes com infraestrutura
wireless instalada e evoluindo para
implantar outras soluções de aná-
lise de dados encerra Rosemary.
A partir das soluções de Big
Data e Analytics, o varejista
pode extrair informações
para prover experiências
direcionadas a cada
perfil de cliente”
ROSEMARY ARAKAKI, GERENTE DE
DESENVOLVIMENTO DE NEGÓCIOS PARA
VAREJO E MANUFATURA DA CISCO
20-INOVACAO_[NRF]_v2.indd 20 08/04/2016 11:22:37
22. ESPECIAL | EDUCAÇÃO
22
Com a consolidação da banda larga, setor adapta e
incorpora colaboração e outros recursos tecnológicos para
expandir alcance e avançar rumo a digitalização do ensino
É
cada vez mais raro encontrar
uma instituição de ensino que
não esteja conectada à internet.
Porém, aos olhos da Cisco, a digi-
talização do ensino não se limita à
conectividade. Aliás, o novo proces-
so encabeçado pelas corporações
exige de escolas, universidades e
institutos de pesquisas um plane-
jamento de metas e objetivos, ou
seja, onde se quer chegar utilizando
a tecnologia. Estudos mostram que
os benefícios imediatos da conexão
de escolas por banda larga incluem,
principalmente, o acesso ampliado e
facilitado aos materiais educativos.
Com uma formação adequada,
os instrutores estarão preparados
para usar as ferramentas necessárias
para lecionar, o que os tornará mais
eficientes, estimulará o desenvolvi-
mento profissional e o crescimento
acadêmico dos alunos. A conecti-
vidade com a internet permite a
pesquisa de conteúdo online e a
interação com diferentes fontes du-
rante as aulas. Além disso, a banda
larga aumenta a utilidade das TICs
adotadas pelas escolas (por exem-
plo, computadores) e oferece novas
oportunidades para que os alunos
aprendam a usar a tecnologia.
Um estudo elaborado pela Cis-
co mostra que mais do que esses
impactos imediatos, as escolas que
A tecnologia
a serviço da educação
àCINCO SOLUÇÕES
PARA DIGITALIZAÇÃO
1. Escola conectada
2. Sala de aula virtual
3. Pesquisa globalizada
4. Campus inteligente
5. Campus seguro
implementaram planos sustentáveis
de banda larga puderam observar o
aumento das habilidades cognitivas
e não cognitivas dos alunos, o au-
mento do interesse dos alunos em
ter profissões relacionadas à TIC e
maior autoestima entre os membros
da comunidade da escola. A banda
larga também permite o ensino à
distância e o e-learning, proporcio-
nando às escolas a opção de criar e
investir nesses programas que po-
deriam causar enorme impacto em
áreas rurais, onde frequentemente
faltam professores qualificados. Por
fim, as tecnologias de banda larga
permitem que haja uma colabora-
ção entre professores e alunos de
várias salas de aula, em toda a es-
cola e, até mesmo, entre escolas de
países diferentes. Essa colaboração
pode incluir tudo, desde reuniões
“presenciais”, compartilhamento de
conteúdo produzido por professo-
res ou de projetos de trabalho entre
alunos de diversas regiões.
“Dividimos o uso da tecnologia
em duas frentes: a digitalização do
ensino e a digitalização da infra-
estrutura, a retaguarda das insti-
tuições”, explica Ricardo Santos,
gerente de desenvolvimento de
negócios no mercado de Educação
da Cisco para o Brasil e América
Latina. Por motivos óbvios, a área
de digitalização do ensino recebe
maior atenção e um maior número
de soluções adaptadas para o setor
de educação, como a plataforma
de videoconferência e telepresença
adotada pela Miami Ad School/
ESPM (veja a reportagem “Curso
internacional da ESPM tem aula por
telepresença”,) ou as soluções de
segurança, a exemplo da ferramen-
ta de rastreabilidade utilizada pela
Universidade Federal do Espírito
Santo (UFES), conforme a reporta-
gem “UFES se alinha às exigências
legais e implanta rede rastreável”.
Também nesta reportagem especial
sobre a aplicação da tecnologia Cisco
no setor de Educação, trazemos a
estratégia da Comstor, que começa
a treinar parceiros para a comer-
cialização de soluções de Ensino
a Distância (EaD)
22-31_MATCAPA.indd 22 11/04/2016 09:04:47
23. 23
àSOLUÇÕES IMPLEMENTADAS
•Firewall ASA5585-S40-2A-K9
•Firewall ASA5512-SSD120-K9
•APs 802.11 a/b/g/n AIRCAP2602I-TK9BR
•Controladora WiFi AIR-CT7510-1K-K9
•Switches STACK WS-C3850-48T-E
•Sistema de Controle de Acesso, Autenticação, Autorização
com suporte para rastreamento SW-3495-ISE-K9 / SNS-
3495-K9 / L-ISE-BSE-10K
•Sistema de Gerenciamento da infraestrutura da rede sem fio e
por cabo PRIME-NCS-APL-K9 / L-PI2X-LF-1K / UCSS-UPIL-3-
1K / L-PI2X-LF-500 / UCSS-UPIL-3-500
se alinha às exigências legais
e implanta rede rastreável
A
demanda por conectividade
em qualquer espaço é mais
do que inexorável. Principal-
mente no ambiente acadêmico, onde
docentes, alunos, funcionários e visi-
tantes são grandes consumidores das
informações que estão na internet.
Na Universidade Federal do Espírito
Santo (UFES) aproximadamente 30
mil pessoas demandam conexão à
REDE-UFES.
O projeto desenvolvido em 2014
trazia duas exigências: atender à de-
manda do público nos quatro campi
da universidade; e responder aos re-
Universidade Federal do Espírito Santo atende ao requisito do Marco
Civil da Internet (MCI) e, com nova infraestrutura, consegue apontar, se
solicitada judicialmente, a identidade do autor, quando e qual
o endereço do conteúdo acessado através da sua rede
UFES
quisitos de rastreabilidade do Marco
Civil da Internet (MCI). A legislação
exige que, quando solicitadas judi-
cialmente, as instituições indiquem
quem, quando e quais endereços e
conteúdos foram acessados a partir
da sua rede.
A escolha da solução alinhada
aos requisitos do projeto resultou
de uma consulta de mercado. Era
preciso optar por equipamentos
que apresentassem o melhor custo-
-benefício em um ambiente de alto
desempenho e, principalmente, que
oferecessem segurança, e novamen-
te, rastreabilidade. Walter Dalvi,
analista de tecnologia da informação
da Universidade, explica que a nova
rede precisava seguir o princípio da
transparência, apontando os acessos
feitos pelos usuários.
Diversos players do setor tiveram
acesso ao projeto. A solução vence-
dora foi a plataforma apresentada
pela NetService, integradora parceira
da Cisco, por ser capaz de rastrear
o usuário e realizar a autenticação
apenas no primeiro acesso, sem uso
de Proxy ou algum outro tipo de
autenticação baseada em pop-up. Pe-
dro Baptista, analista especialista da
NetService, acrescenta que a solução
também inclui firewall e controla-
dora de grande desempenho, além
dos softwares de autenticação Cisco
Prime e Cisco ISE (Identity Services
Engine). Mesmo assim, foi preciso
uma adaptação: “o grande desafio
da NetService era rastrear os en-
dereços dos conteúdos acessados
pelos usuários”, relata Baptista. Em
uma Universidade nada pode ser
adotado como padrão ou regra.
“Não podíamos bloquear o con-
teúdo. A rede deve ser capaz de
identificar quem faz mau uso do
seu acesso, por exemplo, pedofilia”,
explica Renan Teixeira de Souza,
diretor administrativo do núcleo
de tecnologia da Ufes.
22-31_MATCAPA.indd 23 08/04/2016 11:33:42
24. ESPECIAL | EDUCAÇÃO
24
Não é apenas uma compra
e instalação de access
points e controladoras para
entregar Wi-Fi. O foco
do projeto é a segurança,
desde a camada de acesso
até a saída do firewall, além
da implantação de uma
rede wireless”
WALTER DALVI, ANALISTA DE
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO DA UFES
O ponto principal na busca da
solução era detectar um mau uso da
internet dentro dos campi e atender
a um eventual requisito da Justiça
reportando a identidade do autor.
Segundo Mauro Buccos, territory
manager da Cisco, a tecnologia de
digitalização dos campi está pre-
parada para todos os aspectos de
segurança, compliance e rastreabi-
lidade. “Nosso grande diferencial
é a capacidade de rastreabilidade”,
afirma.
Walter Dalvi, da Ufes, explica que,
uma das particularidades integradas
à rede foi o controle de acesso no
ato da conexão.
“Os dados de acessos são encrip-
tados e armazenados, e legíveis ape-
nas por uma interface específica,
cujo acesso é reservado à diretoria
e liberados apenas sob solicitação
judicial”, ressalta Baptista, da Net-
Service.
Segundo Dalvi, foi necessário levar
o controle de acesso às extremidades
da rede para ser possível mapeá-la.
Baptista reforça que a rede possui
controle de acesso no firewall e no
ISE, e integra as políticas de auto-
rização e autenticação de forma a
entregar um rastreamento único de
ponta a ponta.
“Não é apenas uma compra e ins-
talação de access points e controla-
doras para integrar uma rede Wi-Fi.
O foco do projeto é a segurança,
desde a camada de acesso até a saída
do firewall, além da implantação
de uma rede wireless”, diz Dalvi.
O projeto está na terceira e última
fase, com a instalação das soluções
de inteligência e rastreamento. Dalvi
explica que as fases anteriores fo-
JÉSSYCASAQUETTO/UFES
30 MIL PESSOAS ACESSAM A
REDE WI-FI DA UFES NOS
QUATRO CAMPI DA UNIVERSIDADE
22-31_MATCAPA.indd 24 08/04/2016 11:33:48
25. 25
ram simples, tendo sido o principal
desafio a autenticação a solução
no sistema Open LDAP, algo que
exigiu o apoio especializado tanto
da NetService quanto da própria
Ufes. Souza, da Ufes, explica: “O
principal diferencial do projeto foi
contar com a mão de obra especiali-
zada da própria Universidade”. Outro
destaque foi a atuação proativa das
equipes da Cisco e da NetService,
ponto considerado crucial para o
sucesso do projeto.
Daqui pra frente
Dalvi diz que, hoje, a rede Wi-Fi é
utilizada por cerca de 2 mil usuários
simultâneos, entre alunos, profes-
sores, funcionários e convidados,
contando com um link de internet
de 40 GB e capacidade para licenciar
20 mil acessos simultâneos. Ainda
segundo ele, o projeto deve evoluir,
se voltando para as contingências
não exploradas, como o aumento
do número de usuários.
“Devido ao corte orçamentário
que assola as instituições públicas
neste momento, o projeto não pode
contar com toda a robustez plane-
jada”, comenta o analista da univer-
sidade. Por outro lado, Baptista diz
que o projeto inicial foi pensado
para que a Ufes aumentasse a in-
fraestrutura posteriormente. Dessa
forma, a instituição já trabalha em
outro edital prevendo a aquisição
de novos equipamentos.
THAIANAGOMES/UFES
THAIANAGOMES/UFES
LINK DE INTERNET TEM
CAPACIDADE PARA LICENCIAR
20 MIL ACESSOS SIMULTÂNEOS
22-31_MATCAPA.indd 25 08/04/2016 11:33:53
28. ESPECIAL | EDUCAÇÃO
28
Curso internacional da ESPM tem aula por
Miami Ad School/ESPM investe em sistema de
videoconferência para levar professor de São Paulo
ao Rio de Janeiro, e vice-versa, sem paradas em aeroportos
A
s companhias aéreas estimam
que cerca de 11 mil pessoas
utilizam a ponte aérea entre
Rio-São Paulo diariamente. Um
volume que por si só já reflete o
stress gerado pelo vaivém a passos
apertados nos aeroportos de Con-
gonhas e Santos Dumont, para ficar
nas duas principais conexões das
maiores metrópoles do país. Mas
não para os professores contrata-
dos pela Miami Ad School/ESPM,
parceria da Miami Ad School, lo-
calizada nos Estados Unidos, com
a Escola Superior de Propaganda e
Marketing (ESPM). A instituição
driblou a aglomeração e o stress
dos atrasos instalando, em janeiro
de 2015, um sistema de videocon-
ferência da Cisco nas salas de aula
das filiais do Rio de Janeiro e de
São Paulo.
Paulo Marsula, diretor de TI da
ESPM, explica que era difícil conci-
liar a agenda de alguns professores
que trabalhavam em agências de
propagada ou de design em São
Paulo e precisavam lecionar no Rio
de Janeiro, e vice-versa. “Os custos
com locomoção e hospedagem, além
da rotina cansativa da ponte aérea
exigiram uma solução diferente que
não prejudicasse a qualidade dos
cursos da escola”, diz.
A Miami Ad School/ESPM testou,
mas sem sucesso, algumas soluções
de colaboração conhecidas, como
o Skype e o Hangout, mas houve
perda de qualidade de áudio (voz) e
de vídeo. Por outro lado, apesar da
vontade de ter uma sala de videocon-
ferência imersiva, uma infraestrutura
desse porte representaria um custo
proibitivo para a escola.
Diante do impasse, a Cisco rapi-
damente identificou junto à Miami
Ad School/ESPM a demanda por
melhoria no serviço e, atuando
junto com a Added – parceiro
Cisco especializado em Educa-
O aumento imediato da
produtividade do professor
bem como a experiência de
uso para os alunos foram os
fatores chave para a escolha
da solução Cisco SX20”
MARCOS SILVA,
DIRETOR COMERCIAL DA ADDED
telepresença
PAULO MARSULA, DIRETOR DE TI DA
ESPM: OS CUSTOS COM AS VIAGENS
PEDIAM UMA SOLUÇÃO DIFERENTE
FOTOS:DIVULGAÇÃO/ESPM
22-31_MATCAPA.indd 28 11/04/2016 09:07:48
29. 29
ção e Colaboração e que
já havia prestado serviço
para a ESPM em 2014 -,
conseguiu implementar
uma solução baseada nos
equipamentos Cisco SX20.
Com a função Quick Set,
a plataforma SX20 se dife-
rencia pela capacidade de
transformar, rapidamente,
qualquer monitor de tela
plana em um sistema de
videoconferência. O am-
biente foi projetado para
oferecer vídeo de alta
definição e conferência
multiplataforma com a
flexibilidade para aco-
modar vários tamanhos e
configurações de frames a
um custo reduzido. O siste-
ma combina um poderoso
codec, resolução superior
de 1080p, três opções de
câmera, e um recurso de
monitor duplo.
“Um dos principais pi-
lares da nossa visão foi
executado neste projeto.
Conseguimos entender o
processo educacional e
aplicar uma solução de tec-
nologia alinhada a este pro-
cesso”, informa Fernando
Silva, account manager da
Cisco. Como experiência
favorável à equipe de profissionais
da Cisco, ele cita a disponibilidade
da Miami Ad School/ESPM para
testar novas soluções.
Segundo Marcos Silva, diretor
comercial da Added, entender a real
necessidade da escola e as dificul-
dades dos professores e alunos, foi
o principal desafio da integradora.
“Vimos que os professores não es-
tavam contentes com as soluções
utilizadas, abrindo uma brecha para
melhora da dinâmica da aula”, diz.
A saída, segundo ele,
foi apresentar um pro-
duto de qualidade com
custo benefício adequado,
mostrando que as soluções
de telepresença não são tão
caras quanto aparentam.
“O aumento imediato da
produtividade do professor
bem como a experiência
de uso para os alunos fo-
ram os fatores chave para
a escolha da solução Cisco
SX20”, explica Silva.
Grata surpresa
O primeiro teste com a
tecnologia Cisco foi realiza-
do em janeiro de 2015, em
salas no prédio da ESPM,
em São Paulo. De acordo
com Amadeo Magedanz,
gerente de infraestrutura de
TI da ESPM, os professores
gostaram da dinâmica da
aula e aprovaram o funcio-
namento dos equipamen-
tos. “O passo seguinte foi
levar um dos equipamentos
para o Rio de Janeiro para,
novamente, avaliar a res-
posta dos docentes”, diz.
A dúvida maior do geren-
te era saber se a qualidade
da videoconferência seria
equivalente a mesma, já que
a unidade carioca da Miami Ad
School/ESPM possui um link de in-
ternet com capacidade inferior a de
São Paulo. “Para a nossa surpresa,
a qualidade se manteve excelente”,
afirma Magedanz. “Isso porque o
sistema usa apenas 2 Mbps de banda
larga durante o processo.”
O feedback positivo dos professo-
res foi imediato, aponta Magedanz.
“As soluções testadas na primeira
iniciativa de colaboração da ESPM
não encantaram os docentes, que
Com duas telas para o
docente, uma com visão da
sala de aula e outra com o
PowerPoint da matéria,
a aula parece presencial”
AMADEO MAGEDANZ, GERENTE DE
INFRAESTRUTURA DE TI DA ESPM
22-31_MATCAPA.indd 29 11/04/2016 09:13:47
30. ESPECIAL | EDUCAÇÃO
30
as consideraram muito caseiras”,
explica. “A solução da Cisco, que
utiliza duas telas nas quais o pro-
fessor visualiza a sala de aula e o
PowerPoint da matéria, simulta-
neamente e em vídeo full HD, faz
com que a aula pareça presencial”,
indica o executivo.
Além da característica de imersão,
o gerente lembra que a promessa de
facilidade de adaptação dos pro-
fessores à nova tecnologia também
influenciou a adoção da plataforma.
Segundo ele, o docente leva cerca
de cinco minutos para ligar o siste-
ma e iniciar a aula para São Paulo
e Rio de Janeiro. “Ele não sente a
necessidade de um técnico em TI
para operar o equipamento”, diz.
O sucesso do projeto é medido pela
sua utilização. O sistema da Cisco
está sendo demandado com uma fre-
quência maior que a planejada pela
Miami Ad School/ESPM, de acordo
com Magedanz. “A experiência do
usuário foi a melhor possível”, afirma.
Outro ponto positivo foi a re-
dução de custos com transporte
e hospedagens de professores. Sem
revelar números, Marsula afirma que
foi possível eliminar a necessidade
de viagens e, como os professores
extrapolaram o uso previsto do sis-
tema, a economia foi proporcional.
Silva, da Added, também comenta
que, quando uma nova tecnologia é
FACHADA DA FILIAL DE
SÃO PAULO DA MIAMI AD SCHOOL
DIVULGAÇÃO/ESPM
simples de usar, a adoção e a posterior
replicação do projeto é facilitada.
“Professores e estudantes comentam
com seus amigos sobre essa experiên-
cia, o que pode aumentar o interesse
de novos alunos em participar de
aulas a distância, além de gerar maior
interesse nos professores em razão
da comodidade, sem prejudicar a
qualidade da aula”, aponta.
Fernando Silva, da Cisco, come-
mora: “estruturamos um processo
adequado àquela necessidade”, diz.
“A resposta foi tão positiva que a
ESPM está usando a solução não
só para o contrato inicial, que são
aulas da Miami Adds School/ESPM,
mas para outras atividades”, enfatiza.
22-31_MATCAPA.indd 30 08/04/2016 11:34:07
31. 31
capacitam parceiros para
prover soluções de EAD
O
ensino a distância
(EaD) deverá cres-
cer 70% até o ano de
2020, influenciado pela cri-
se econômica e os cortes nas
verbas do Fies, o programa
governamental de financia-
mento estudantil. Os dados
apurados pela Cisco mostram
que universidades e escolas
brasileiras precisarão ser cria-
tivas e persistentes para não
só manter a base de alunos,
mas atrair a nova geração com
uma oferta de cursos mais
enxuta e econômica.
Para compactuar com este novo
momento da educação no Brasil, a
Cisco e a Comstor, distribuidora de
valor agregado, se uniram e estão
indo a campo apresentar o Cisco
WebEx para o setor. Carolina Go-
mes, gerente de desenvolvimento
de negócios na área de educação na
Comstor, conta que a oferta tam-
bém foi pensada com condições
de investimento especiais, com as
licenças do software oferecidas aos
estudantes sem custo adicional para
a instituição de ensino. Além disso,
a plataforma oferece complementos
como endpoints de vídeo e toda a
Cisco e Comstor
infraestrutura de rede necessária.
A iniciativa é inédita no Brasil,
uma vez que não havia, dentro da
Cisco, qualquer tipo de oferta pron-
ta e específica para o mercado de
EaD, sendo necessário analisar todo
o portfólio de produtos para chegar
à solução ideal. “O EaD utiliza uma
plataforma IP, sendo o WebEx o mo-
delo recomendado para o projeto”,
explica Carolina.
Daniel Vicentini, arquiteto de
soluções verticais da acredita que
a plataforma vai cumprir seu papel
de redução de custos, porque uti-
liza a internet como ambiente de
transmissão, enquanto as soluções
convencionais de EaD se baseiam
em transmissão via satélite. “A
locação de um satélite pode
chegar a custar R$ 1 milhão
por mês”, diz. Já o custo de
investimento em uma plata-
forma IP, como o WebEx, é
50% menor se comparado ao
satélite, “incluindo a infraes-
trutura de rede”, pondera.
Carolina adianta que o foco
da campanha é a educação pri-
vada, porém diz que o projeto
pode abranger outros tipos de
mercado, como treinamentos
corporativos. “A promoção desta so-
lução é válida apenas para o setor
de educação”, reforça.
Parceria e treinamento
Cinco empresas participam da
iniciativa: Teltec, Teletex, Added,
Vita IT e Itone. Todas elas fizeram
parte de um programa de treina-
mento entre os meses de novembro
e dezembro de 2015, e estão aptas a
comercializar a oferta de EaD.
O plano, segundo ela, é ter um
número maior de parceiros, algo que
para ela não será difícil porque a
empresa interessada na comerciali-
zação precisa apenas da certificação
Cisco na área de colaboração.
Adaptação do Cisco WebEx para o setor educacional
visa reduzir custos de infraestrutura para as universidades
DIVULGAÇÃO
ENSINO A DISTÂNCIA
FACILITA E REDUZ OS CUSTOS
DO ACESSO À EDUCAÇÃO
32. VOZ DO CLIENTE
32
A
JSL atua no setor logístico,
de transporte rodoviário
e possui empresas em ou-
tras áreas, como conces-
sionárias e locadora de veículos.
Conta com cerca de 24 mil cola-
boradores pulverizados em suas
mais de 220 filiais em todo o Brasil
e, em 2015, registrou faturamento
de R$ 6,7 bilhões.
Um dos escritórios
da empresa,
localizado em São
Paulo, apresentava
instabilidade de
rede e não possuía
segmentação de voz
e dados. As quedas
de comunicação com
a sede administrativa
eram constantes”
ALAN NUNES, GERENTE
DE TELECOM-TI DA JSL
“Nosso escritório em São Paulo
sofria com a instabilidade da rede
e não possuía segmentação de ser-
viços como o de voz e dados”, diz
ele. “As quedas de comunicação
com a sede administrativa eram
constantes”, completa.
A oportunidade de transformar
esse cenário surgiu quando a JSL
decidiu mudar de escritório. A
transferência para um novo espa-
ço permitiu a Nunes apresentar os
benefícios da implementação de um
projeto-piloto de uma nova infra-
estrutura para a rede corporativa.
Para elaborar e implantar o
projeto, a JSL contou com a 3S
Networks, parceira especializa-
da Cisco, que possui experiência
em empresas do setor logístico e
de transportes. A interação entre
as duas empresas foi fundamental
para o sucesso do projeto, afirma
Jonas Viana, gerente comercial da
integradora. “Esta facilidade nos
permitiu ter acesso a detalhes das
necessidades do negócio e também
à arquitetura da rede da empresa”,
comenta. Access points e switches
Cisco Catalyst foram instalados
no escritório, e o Cisco Virtual
Wireless Controller (VWC) no
data center da sede administrativa.
Segundo Andrey Cassemiro, en-
genheiro de Sistemas da Cisco, a
Como uma empresa de grande
porte, Alan Nunes, gerente de
Telecom-TI da JSL, afirma que um
dos grandes desafios da equipe de
Telecom é viabilizar investimentos
na área e posicionar tecnologia para
seu nicho de negócio, principalmen-
te em momentos em que a econo-
mia brasileira “não está nos seus
melhores dias”.
Grupo reduz instabilidade da rede, melhora desempenho
e ainda conta com gerenciamento centralizado do Wi-Fi
melhora gestão e
disponibilidade da rede após
adotar controladora Wi-FiJSL
32-33_VOZ DO CLIENTE_[JSL]v3.indd 32 14/04/2016 13:46:17
33. VWC é aconselhada em todos os
casos de implementação de rede
sem fio, pois ela é responsável pelo
funcionamento conjunto dos ac-
cess points (APs), para detectar
e eliminar interferências. “Além
disso, a controller permite instalar
procedimentos de segurança em
todos os APs de uma só vez”, diz.
Outra vantagem da solução é o
gerenciamento remoto das redes
Wi-Fi instaladas nos diferentes
escritórios da JSL, sem a necessi-
dade de investimentos adicionais
em software. “Isso também facilita
a propositura de novos projetos de
expansão”, afirma Nunes.
A implantação, iniciada em se-
tembro de 2015 e finalizada em três
semanas, ocorreu sem problemas,
já que o firewall do data center
da JSL contava com políticas de
uso para Wi-Fi, sendo necessário
apenas aplicá-las ao contexto do
novo escritório.
De acordo com Nunes, os be-
nefícios sentidos com o projeto
foram imediatos. “Tivemos um
ganho importante de disponibi-
lidade, encerrando o problema das
interrupções de comunicação com
a sede administrativa”, diz. Outro
ponto positivo, segundo ele, foi a
mobilidade dada aos usuários, que
rapidamente aprovaram a solução.
Sinal Verde
A controladora virtual casada
com os switches ainda permitiu a
segmentação de rede, separando voz
e dados para melhorar a qualidade
tanto das chamadas de voz sobre
IP quanto das videoconferências,
que ganharam prioridade na rede
de dados. “O escritório é ligado
por dois links de 20 MB cada”,
lembra Nunes.
Se a intenção da solução implan-
tada era servir como um modelo
e, se aprovada, replicar nas outras
filiais, o plano foi um sucesso. “A
empresa foi beneficiada com a
implantação e foram percebidas
as vantagens que o investimento
em tecnologia Cisco pode trazer”,
comenta Nunes.
Segundo ele, já há planos de seg-
mentação de rede na sede admi-
nistrativa para implantar Wi-Fi no
futuro. “Também temos intenção
de instalar Wi-Fi Cisco nas outras
filiais para gerar ainda mais bene-
fícios ao nosso negócio”, encerra.
32-33_VOZ DO CLIENTE_[JSL]v3.indd 33 14/04/2016 13:46:19
34. VOZ DO CLIENTE
34
Nada de instinto ou especulação, a cooperativa paranaense
Copacol adotou a solução SAP HANA e servidores
Cisco UCS para planejar e monitorar os negócios
O
samba enredo “O Ama-
nhã” da escola União da
Ilha, em 1978, prega que
para conhecer o futuro
é preciso recorrer aos astros. Mas,
ao contrário, a Copacol se rendeu
aos recursos tecnológicos e está en-
volvida em um projeto de “data wa-
rehouse” e “business intelligence”
(BI), baseado em soluções da SAP
e nos servidores Cisco UCS, para
Como será
o amanhã...
COPACOL TROCOU PLANILHA
EXCEL POR PLATAFORMA DE
GESTÃO DE DESEMPENHO
conhecer e manter sob controle a
sua operação.
A iniciativa responde a uma exi-
gência prevista no Planejamen-
to Estratégico de 2008, quando
a empresa já relatava a necessida-
de de ferramentas para controle e
acompanhamento diário dos ne-
gócios - a geração de indicado-
res, consolidados na plataforma
“Balanced Scorecard” (BSC), uma
metodologia de medição e gestão
de desempenho.
O ambiente substitui a tradicio-
nal planilha Excel e tem o objeti-
vo de acelerar a tomada de deci-
são, além de reduzir as perdas dos
produtos fornecidos pela Copacol,
basicamente alimentos perecíveis
– aves, peixes e carnes vermelhas
(da criação ao abate e distribuição).
“A partir de 2014, estabelecemos
um projeto para fazer toda a parte
de planejamento baseado no siste-
ma SAP”, conta Donizete José Di-
niz, CIO da Copacol. Segundo ele,
o objetivo é que o planejamento
das diferentes áreas possam ser
integrados. “Isso inclui o planeja-
mento orçamentário, a produção, a
logística e todos os outros proces-
sos”, relata Diniz, ao ressaltar a im-
portância da iniciativa principalmen-
te nas cadeias produtivas que, no
caso do frango, vai desde o matri-
zeiro, o encubatório e a gestão das
aves no campo, passando pelo aba-
te e industrialização, até a logística
de entrega do produto ao cliente fi-
nal no mercado interno ou externo.
A infraestrutura de servidores
Cisco UCS para o ambiente SAP
HANA foi comprada em duas eta-
DIVULGAÇÃO/COPACOL
34-35_VOZ DO CLIENTE_[Copacol]_v2.indd 34 08/04/2016 11:46:47
35. 35
Sem um monitoramento
afinado, qualquer alteração
de mercado só chega até
nossos diretores quando
os produtos já estiverem
no ponto de venda”
DONIZETE JOSÉ DINIZ,
CIO DA COPACOL
DIVULGAÇÃO/COPACOL
pas: a primeira, no final de 2014 e
segunda fase no segundo trimestre
de 2015. A iniciativa foi acelerada,
também, devido à necessidade de
atualização do sistema de gestão
empresarial (ERP) que já era for-
necido pela SAP.
“Tivemos que migrar a base para
HANA, uma indicação da SAP para
novos módulos e implementações”,
observa o CIO.
Baseado nessa necessidade de atu-
alização do ERP e na demanda por
um ambiente de inteligência dos ne-
gócios, a SAP indicou a implemen-
tação do data warehouse “Eles nos
sugeriram adotar uma ferramenta
para o planejamento das demandas
e para a gestão operacional, além do
módulo orçamentário e a metodolo-
gia de balanço. Estas três ferramen-
tas precisam trabalhar em uma pla-
taforma de muita velocidade e alto
desempenho, porque é necessário
reunir todas as bases de dados para
compor o ambiente de simulações”,
explica Diniz.
Partindo dessa necessidade e res-
peitando a complexidade da base
de dados utilizada para o orçamen-
to, a SAP indicou o BW on Hana
rodando sobre a plataforma de ser-
vidores Cisco UCS. Diniz destaca
que a escolha do hardware partiu
de um estudo de mercado e da in-
dicação da própria SAP, que homo-
loga os equipamentos com melhor
performance no processamento do
SAP BW on Hana.
A atuação da Constel Tecnologia,
parceira da Cisco e integradora do
sistema, também foi decisiva para
a escolha da plataforma. “Já traba-
lhávamos muito próximos à Cons-
tel Tecnologia no atendimento da
parte técnica, e a atuação deles em
parceria com a Cisco ajudou mui-
to na decisão de entrar nessa nova
tecnologia”, relata Diniz.
Outro fator que também pesou
na escolha foi o fato de a Copacol
já ser usuária da tecnologia Cisco
no ambiente de redes local (LAN)
e no data center. “O cliente viu que
teria melhor desempenho utilizan-
do, appliances e servidores Cisco”,
diz Rodrigo Rezende, especialista
em data center na Cisco.
Segundo ele, o grande diferencial
dos servidores UCS é o fato de ser
uma plataforma jovem, desenvol-
vida há seis anos, e portanto pron-
ta para processar as novas aplica-
ções. “A arquitetura UCS foi dese-
nhada para atender alta performan-
ce”, defende, acrescentando que o
tripé rede, servidor e aplicação de
alto desempenho resulta em gran-
de diferencial no ambiente corpo-
rativo. “O SAP HANA exige me-
mória e o UCS é capaz de entre-
gar”, ressalta.
Definido em duas fases, o proje-
to já colocou em produção o am-
biente de “data warehouse” (DW)
e o SAP Dynamic Period Control
(DPC), que suporta as empresas no
planejamento orçamentário.
O CIO da Copacol espera que,
ao final do projeto, o planejamento
da empresa possa ser desenvolvido
integralmente sobre a novas ferra-
mentas, para gerar informações rá-
pidas, que, por sua vez, acelerem a
tomada de decisões. “Hoje, os ne-
gócios exigem decisões rápidas e
confiáveis”, diz.
Como exemplo, ele cita que para
abater 500 mil frangos por dia, a Co-
pacol precisa cruzar toda a cadeia
produtiva, desde o fornecimento
de ração, o acompanhamento das
aves no campo, a evolução, possí-
veis interferências climáticas, mu-
danças na alimentação, e a inova-
ção incorporada ao ambiente.
“Olho toda a cadeia produtiva e
faço o planejamento”, resume Di-
niz. Sem este monitoramento afi-
nado, qualquer alteração de mer-
cado só chega até nossos diretores
quando os produtos já estiverem no
ponto de venda. Sem os novos re-
cursos, só sei que o mercado está
sinalizando para um tipo de fran-
go e não para outro depois que o
frango estiver no mercado”, pontua
Diniz, finalizando que o ambiente
de inteligência lhe permite ter in-
formações praticamente em tem-
po real, o que também dá a dimen-
são da importância dos servidores
Cisco UCS nesta nova operação.
34-35_VOZ DO CLIENTE_[Copacol]_v2.indd 35 11/04/2016 09:18:05
36. VOZ DO CLIENTE
36
Globo Play
Cisco Virtualized Video Processing (V2P) automatiza a
edição dos conteúdos publicados nas plataformas digitais
usa ambiente de virtualização para
editar e publicar vídeo em tempo real
A
revolução digital está pro-
vocando grandes mudan-
ças no comportamento e
na forma como as pesso-
as consomem produtos e serviços.
Um exemplo é a maneira como elas
assistem aos seus programas favo-
ritos. Para atender a essa demanda,
a Globo lançou o Globo Play, um
aplicativo simulcasting e video on
demand que permite que os teles-
pectadores acessem o seu conteúdo
a qualquer hora, a partir de dispo-
sitivos como smartphones, tablets,
computadores e TV’s conectadas.
A ferramenta funciona com base
no Cisco Virtualized Video Pro-
cessing (V2P), plataforma de edi-
ção e publicação virtualizada de
conteúdo de forma automática e
em tempo real.
O Cisco V2P realiza uma edição
precisa e totalmente automatizada
dos conteúdos, publicando-os ime-
diatamente em outras plataformas
digitais. “O V2P agiliza o processo
de publicação. O material vai ao
ar no aplicativo em questão de
minutos, após ter sido exibido na
TV”, explica Marcus Luz, diretor
do segmento de Enterprise da
Cisco do Brasil.
No Brasil, é a primeira vez que
uma emissora de televisão aberta
disponibiliza o seu conteúdo diário
digitalizado em tempo real, em múl-
tiplas plataformas. Para o gerente
de desenvolvimento de negócios
do mercado de Mídia e Entreteni-
mento da Cisco, Andre Altieri, a
iniciativa pioneira da Rede Globo
marca o início de uma mudança que
deverá, gradativamente, ser adotada
por outras emissoras. “Ao colocar
as plataformas tecnológicas a seu
favor, as emissoras começam a en-
tender os novos hábitos de seus
clientes”, afirma.
“Vivemos um momento de di-
namismo, mobilidade e de otimi-
zação do tempo durante os deslo-
camentos. Com essa iniciativa, o
que queremos é continuar ofere-
cendo o melhor conteúdo, onde
quer que o nosso público esteja”,
afirma Marcelo Souza, diretor de
Mídias Digitais da Globo.
DIVULGAÇÃO/CISCO
O CISCO V2P É UMA PLATAFORMA DE EDIÇÃO
E PUBLICAÇÃO VIRTUALIZADA DE CONTEÚDO
DE FORMA AUTOMÁTICA E EM TEMPO REAL
36_VOZ DO CLIENTE_[GloboPlay].indd 36 08/04/2016 13:11:44
38. VOZ DO CLIENTE
38
Com soluções de telefonia IP, videoconferência e
telepresença, Trench, Rossi e Watanabe Advogados reduz
gastos e otimiza links de Internet e investimentos em TI
O
Trench, Rossi e Watanabe
Advogados desenvolveu
um projeto de Comu-
nicações Unificadas,
implantando soluções integradas
de telefonia IP, videoconferência
e telepresença da Cisco em sua sede
em São Paulo. O projeto visava a
otimização dos recursos e o aumento
da produtividade dos colaboradores.
Fundado em 1959, o Trench, Rossi
e Watanabe Advogados é conside-
rado uma das maiores bancas de
advocacia do Brasil. Atualmente
conta com mais de 200 advogados
em sua sede e nas filiais no Rio de
Janeiro, Brasília e Porto Alegre,
oferecendo serviços para clientes
nacionais e internacionais dos mais
diversos mercados. O escritório
também trabalha em cooperação
com a Baker McKenzie, uma das
maiores companhias de Direito do
mundo, presente em 47 países e
em quase 80 cidades.
Por indicação da Baker
McKenzie, que já tem como padrão
global a tecnologia da Cisco, o Tren-
ch, Rossi e Watanabe Advogados
utilizou as soluções da companhia
Escritório de advocacia
unificar as comunicações, mas aca-
bou abrangendo também as redes
do escritório, fornecendo uma base
sólida para seu crescimento. Fo-
ram utilizados switches Cisco core
4500 e Catalyst 2960-S. Já nas redes
Wi-Fi, foram utilizadas controlado-
ras Wireless Lan Controller 2504
e access points 1660-21.
A parte mais robusta do projeto
foi a implantação de 400 telefones
IP, sob o gerenciamento da Cisco
Business Edition 6000 (BE6000),
uma plataforma que permite inte-
grar vídeo, voz, troca de mensagens
e conferência em um único servidor.
Integrada à BE6000, foi implanta-
da também a Cisco TelePresence
SX20 Quick Set, uma solução de
configuração rápida que transforma
qualquer tela plana em um terminal
de telepresença em minutos.
“Para quem veio de uma tecno-
logia analógica, as vantagens do
mundo IP são incomparáveis”,
afirma Valter Araújo, diretor de
TI do Trench, Rossi e Watanabe
Advogados. Segundo o executivo,
além da padronização em confor-
midade internacional, a integração
na modernização da sua infraestru-
tura, que era baseada em soluções
analógicas e não comportava mais
o crescimento da companhia. Uma
mudança da sede para outro prédio
em maio de 2015 foi a oportunida-
de para o escritório implementar a
nova tecnologia.
Elaborado em conjunto com a
Interatell, integradora parceria da
Cisco, o projeto visava, a princípio,
É importante que as
soluções tecnológicas em
projetos de infraestrutura,
além de integradas, sejam
plenamente escaláveis,
para que os investimentos
em expansões posteriores
sejam menores”
ANA CLAUDIA PLIHAL, DIRETORA
COMERCIAL DA CISCO
padroniza infraestrutura de rede
e de Comunicações Unificadas
38-39_VOZ DO CLIENTE_[watanabe].indd 38 08/04/2016 13:03:16
39. das tecnologias facilita o dia a dia
dos usuários. “Poder conectar lap-
tops e ramais em qualquer lugar
e a qualquer momento é ótimo.
Toda essa mobilidade está agora
nas nossas mãos”, afirma Araújo.
Uma particularidade do projeto
foi o prazo mandatório para sua
implementação. A mudança do es-
critório deveria durar apenas um
fim de semana e este foi o único
tempo disponível para que a Inte-
ratell implantasse os 400 ramais da
plataforma Cisco no local. Foi um
sucesso e todos aparelhos já estavam
em operação já na segunda-feira de
manhã. Outra particularidade foram
as vantagens adicionais advindas da
atualização das redes, tais como a
redução de gastos com manutenção
e cabeamento e a otimização de links
de Internet e dos investimentos em TI.
“É importante que as soluções
tecnológicas em projetos de in-
fraestrutura, além de integradas,
sejam plenamente escaláveis, para
que os investimentos em expansões
Para quem veio de uma
tecnologia analógica, as
vantagens do mundo IP
são incomparáveis”
VALTER ARAÚJO, DIRETOR DE
TI DO TRENCH, ROSSI E WATANABE
ADVOGADOS.
posteriores sejam menores”, afirma
Ana Claudia Plihal, diretora comer-
cial da Cisco. “No caso do Trench,
Rossi e Watanabe Advogados, por
exemplo, não será preciso adquirir
outra plataforma. Bastará conectar
novos ramais de filiais a um gateway
e sair falando”, explica a executiva.
Além da expansão do projeto para
as demais unidades do escritório,
estão previstos também a troca de ro-
teadores e a implantação de soluções
de Segurança e da tecnologia Cisco
iWan. Segundo Araújo, a resposta
dos usuários tem sido boa. “Não
tivemos nenhuma reclamação das
soluções. Além disso, novos recursos
como mensagens instantâneas e vi-
deoconferências agradaram bastante
os sócios”, afirma.
38-39_VOZ DO CLIENTE_[watanabe].indd 39 08/04/2016 13:03:16
40. VOZ DO CLIENTE
40
É uma solução importante
quando uma ou várias
aplicações rodam no
ambiente virtualizado
ou numa nuvem privada,
mas existe a necessidade
de ligação com nuvens
públicas, para ganhar
agilidade, menor preço e
escala rápida”
LAURO DE LAURO, CEO DA DUALTEC
Voosem escalaDualtec, uma empresa UOL DIVEO,
integra Cisco Intercloud como base para
a oferta simplificada de nuvem pública
A
computação em nuvem já
não é mais um bicho de
sete cabeças. Principal-
mente a nuvem pública,
que causava desconfiança entre os
executivos de TI, está passando por
uma importante transformação, a
qual deve extinguir ou pelo menos
minimizar a sombra da insegurança
que paira sobre a proposta de trans-
ferência de informações corporati-
vas para um ambiente padronizado,
porém fora dos muros e do controle
total das empresas.
Um dos players ativos nesta cam-
panha é a Dualtec Cloud Builders,
parceira da Cisco que atua na internet
desde 1996 e pioneira no Brasil na
construção e orquestração de nuvens.
“Estamos entre as primeiras empresas
a trabalhar e oferecer a tecnologia
OpenStack, uma plataforma aberta
para construção e orquestração de
nuvens públicas e privadas”, explica
Lauro de Lauro, CEO da Dualtec.
Segundo ele, a empresa entendeu,
em 2011, que o ambiente OpenStack
seria uma das melhores opções para
a construção de infraestrutura de
nuvem. “Construímos a primeira
nuvem em 2012 e, em 2014, fomos
pioneiros no lançamento de uma nu-
vem pública totalmente OpenStack
no Brasil”, diz Lauro.
Foi a estruturação dessa nuvem
pública que aproximou a Dualtec e a
Cisco. Os servidores UCS compõem
o ambiente com os switches Cisco
Nexus e outros recursos tecnológi-
cos, entre eles o orquestrador for-
necido pela Red Hat. “A OpenStack
é uma fundação, da qual a Cisco, a
Red Hat e outras empresas fazem
parte”, descreve Lauro. Já o Cisco
Intercloud foi adotado para integrar
a nuvem pública Dualtec e clouds
privadas através de uma conexão na
camada de rede (layer 3), permitin-
do o uso de máquinas virtualizadas
no ambiente corporativo, ou uma
determinada característica de nu-
vem privada, interligada a outras
cargas de trabalho externas, em
nuvem pública.
“Nossa plataforma Intercloud está
ganhando força na América Latina
e no restante do mundo, porque
entrega de uma poderosa ferramenta
com alcance global, escalabilidade
e eficiência”, diz Felipe Mellado,
especialista em vendas de produtos
para data center da Cisco.
A infraestrutura, que melhorou a
eficiência operacional da Dualtec em
35%, permite a oferta de serviços
em nuvem capazes de suportar até
mesmo as aplicações mais exigen-
tes, tais como e-commerce, mídias
sociais, mobile, Software-as-a-Ser-
vice (SaaS), Plataform-as-a-Service
(PaaS) e big data.
“É uma solução importante quando
uma ou várias aplicações rodam no
ambiente virtualizado ou numa nu-
vem privada, mas existe a necessidade
de ligação com nuvens públicas, para
ganhar agilidade, menor preço e es-
cala rápida”, defende Lauro. “Outro
fator importante é que o Intercloud
não se restringe a uma única nuvem
pública, mas permite cargas de tra-
balho na Amazon, Azure, Dualtec,
entre outros ambientes”, diz.
A oferta Intercloud da Dualtec é
ainda recente, mas apresenta grande
potencial de crescimento, segundo
Lauro, tendo em vista as projeções
de avanço das nuvens públicas. De
acordo com o Gartner, o setor terá
uma receita estimada em US$ 204
bilhões em 2016, com um cresci-
mento de 16,5% em relação a 2015,
quando registrou US$ 175 bilhões.
40_VOZ DO CLIENTE_[Dualtec].indd 40 08/04/2016 12:14:52
42. VOZ DO CLIENTE
42
DIVULGAÇÃO/CMPC
E
mdezembrode2012,aCMPC
Celulose Riograndense deci-
diu investir R$ 5 bilhões na
construção de uma segunda
linha de produção em sua fábrica
localizada em Guaíba (RS). Inaugu-
rada em maio de 2015, a ampliação
triplicou a produtividade de fibra
de celulose da planta, que era de
450 mil toneladas por ano, para
1,31 milhão. Em 2016, a produção
anualiráquasequadruplicar,atingindo
1,75 milhão de toneladas.
Tamanha modernização precisou
automatiza comunicação
M2M em rede inteligente
Celulose Riograndense ampliou fábrica e precisou montar um novo
data center para garantir disponibilidade para equipamentos e sistemas
Gigante de celulose
A solução nos surpreendeu,
trazendo uma rede
completamente convergente
e estável. Estamos
bastante satisfeitos”
RAFAEL GONÇALVES, ESPECIALISTA
EM INFRAESTRUTURA DE TI DA
CELULOSE RIOGRANDENSE
ser acompanhada por uma infraes-
trutura de TI mais robusta. Rafael
Gonçalves, especialista em Infraestru-
tura de TI da Celulose Riograndense,
conta que o data center conquistou
importância, sendo necessário re-
pensar uma estrutura de rede mais
integrada e com capacidade suficiente
para suportaro volume de dados, voz
e vídeo demandado pelos sistemas de
telefonia IP, CFTV e equipamentos
conectados à rede wireless das duas
linhas de produção.
“Precisávamos de um novo data
center, pois o que havia na primeira
fábrica não suportaria toda a pro-
dução”, explica Gonçalves. A par-
tir de um processo de seleção com
diversos players de Tecnologia, foi
na Nexa que a Celulose Riogran-
dense encontrou um pacote de rede
corporativa capaz de cumprir todas
as exigências da companhia, com
as soluções Cisco de data center,
switches e rede Wi-Fi segura, com
controle e gerenciamento.
A Nexa já havia trabalhado em
outras ocasiões com a companhia e
possui larga experiência com imple-
mentações desse tipo na indústria
de celulose. O gerente de projeto da
integradora, Heslei Ferreira Rezende,
VISTA AÉREA DA PLANTA FABRIL
LOCALIZADA EM GUAÍBA (RS)
42-43_VOZ DO CLIENTE_[CPMC].indd 42 08/04/2016 12:04:53
43. 43
lembra que a implantação era de alta
complexidade e demandou cerca de
14 meses para ser completada.
De acordo com Rezende, a data
marcada para a entrega do projeto
foi o principal desafio da integrado-
ra. “Devido a acordos comerciais da
Celulose Riograndense, era neces-
sário entregar a infraestrutura até 3
de maio, data oficial da inauguração
da segunda linha”, afirma. “Entrega-
mos a rede pronta no dia marcado (da
inauguração), realizando posterior-
mente sua operação assistida para as
otimizações necessárias em projetos
deste porte .”
Aliada à corrida contra o tem-
po, a equipe da integradora Nexa
também devia fazer a migração do
antigo data center para o novo, sem
esquecer da conexão com a primeira
linha de produção. Para isso, a Nexa
optou por uma transição gradual,
com janelas de indisponibilidade
bem curtas, evitando o impacto na
fábrica. “A rede não chegou a ficar
parada nem por uma hora”, afirma
Rezende. Hoje, o antigo data center
atua como um switch de distribuição
entre as duas linhas.
Conectividade é
essencial para a fábrica
Na busca por uma rede Wi-Fi ro-
busta, que suportasse a necessidade
de mobilidade da fábrica, a Celulose
Riograndense adquiriu duas contro-
ladoras, diversos access points, sendo
12 out-door Mesh, e o software de
gestão de rede Cisco Prime. “Para
garantir a redundância, também ad-
quirimos dois core de rede Nexus”,
lembra Gonçalves.
Na opinião de Rezende, da Nexa,
as principais vantagens com a nova
rede foram a alta disponibilidade e
mobilidade da rede. Em um exemplo
de comunicação machine-to-machine
(M2M), já sob o conceito de internet
de todas as coisas (IoE), ele cita o caso
das gruas do pátio de madeira, encar-
regadas de separar as toras utilizadas
na produção de celulose. A partir da
nova infraestrutura, os equipamentos
enviam dados sobre seu estado para
o tablet dos operadores e compar-
tilham as imagens das câmeras que
filmam o processo de produção com
os dispositivos móveis. “É essencial
que as gruas estejam conectadas”,
afirma o gestor.
No entanto, quatro delas são mó-
veis e três são fixas, o que exigia
uma abordagem diferenciada. Uma
complexidade para a qual foi utili-
zada a solução de rede Mesh que,
através dos APs adquiridos, recebe o
sinal wireless e fornece a conexão à
grua. A solução foi adotada em todos
os equipamentos, porque, “não era
viável conectar as gruas com redes
fixas”, segundo Rezende.
Gerenciamento de rede:
ter ou ter?
A exigência de disponibilidade
sistêmica na Celulose Riograndense
vai muito além da parte interna da
fábrica, sendo necessária também
na estrada privada construída para
o acesso de caminhões à nova linha.
Rezende explica que os semáforos, o
sistema de vídeo vigilância e a quan-
tidade de veículos que trafegam por
ela são controlados e monitorados
pela rede. “As cargas também pas-
sam por um coletor, que registra e
envia a quantidade de celulose que o
veículo transporta”, explica o gestor.
Gonçalves, da Celulose Riogran-
dense, explica que seria inviável man-
ter uma rede desse porte sem um
gestor. “Com um grande volume de
APs, era essencial que utilizássemos o
Cisco Prime”, afirma. De acordo com
ele, o software provê a segmentação
da rede, para garantir a segurança
não só dos dados corporativos, mas
a colabores e visitantes conectados.
A solução também monitora a rede,
trazendo informações sobre o fun-
cionamento dos equipamentos e, em
caso de falhas, emite avisos à equipe
deTI.“OCiscoPrimetambémrealiza
backups automáticos das configura-
ções”, acrescenta Rezende.
Antes da implementação, Gonçal-
ves reconhece que a preocupação era
a disponibilidade da rede, principal-
mente em função do sistema CFTV.
“Mas a solução nos surpreendeu,
trazendo uma rede completamente
convergente e estável”, diz. “Estamos
bastante satisfeitos.”
Segundo ele, em projetos desse
tamanho e com longa duração, era
obrigatório acertar em dois itens: a
tecnologia certa e o integrador com-
petente. “No primeiro, foi preciso
avaliar o que o fornecedor tinha, e a
Cisco conquistou a melhor coloca-
ção entre os concorrentes”, lembra.
No segundo item, Gonçalves des-
taca a necessidade de escolher uma
integradora que tivesse experiência
e competência no caso. E a Nexa
cumpriu esses requisitos.
Entregamos a rede pronta
no dia marcado (da
inauguração), realizando
posteriormente sua
operação assistida para
otimizações, naturalmente
necessárias em projetos
de tal complexidade”
HESLEI FERREIRA REZENDE,
GERENTE DE PROJETO DA NEXA
42-43_VOZ DO CLIENTE_[CPMC].indd 43 11/04/2016 09:21:41
44. VOZ DO CLIENTE
44
Solução Cisco Call Manager permite definir rota
de menor custo em ligações DDD, além de viabilizar
ligações intrarede para evitar chamadas DDI
A
Souza Cruz, empresa do
setor de tabaco, está em
processo de modernização
do seu sistema de telefonia,
atualizando toda a infraestrutura de
seus 16 sites no Brasil. A iniciativa faz
parte do programa Be Connected, a
ser implantado em todas as empresas
da British American Tobacco (BAT),
grupo do qual a Souza Cruz faz parte,
na América Latina e Caribe.
“A intenção é reduzir os custos
de telefonia a partir da voz sobre
IP, além de trazer maior mobilidade
aos funcionários”, explica Matheus
Ferreira, gerente de TI para a área
de Product Center e Global Leaf
RD da companhia. Para isso, a
Souza Cruz escolheu as soluções
da Cisco, que já são utilizadas em
sedes da BAT em outros países, e a
integradora Nap IT Network Solu-
tions como prestadora do serviço de
instalação e consultoria do projeto.
Antes de tudo, é preciso lembrar
que a companhia já possuía experi-
ências com telefonia IP. Em janeiro
de 2015, a Nap IT realizou um pro-
jeto piloto na matriz, localizada no
Rio de Janeiro, e diagnosticou que
a infraestrutura era híbrida – 70%
analógica e 30% VoIP. Porém, os
equipamentos estavam obsoletos
investe em telefonia IP para cortar gastos
Souza Cruz
e sem suporte de manutenção.
Após quatro meses de análise,
chegou-se a conclusão de que 12
sites da Souza Cruz precisavam
atualizar os sistemas de telefonia.
A partir dessa avaliação, a Nap IT
iniciou o planejamento das soluções
que seriam compradas para compor
o projeto. Entre os 11 softwares de
comunicação unificada (UC) adqui-
ridos, destaca-se o Cisco Call Mana-
ger 10.0, que faz a gerência de todo
o ambiente inclusive dos serviços
de Voice Mail, Instant Messaging,
Compartilhamento de Tela (via sof-
tphone) e Videoconferência (via soft
e hardphone) pela rede local e pela
internet (SIP), entre outras funcio-
nalidades que facilitam a comuni-
cação de voz e vídeo. Foi adquirido
também o Cisco VCS Expressway,
para garantir a segurança do sistema
de telefonia IP.
Ferreira comenta que a análise e
o planejamento da Nap IT foram
fundamentais para o projeto, dimi-
nuindo os gastos com soluções des-
necessárias, bem como evitando
a compra de equipamentos sem
planejamento. “Eles apresentaram
um mapa do que já tínhamos e
o que poderíamos ter para agregar
benefícios, facilitando na hora de
adquirir novas soluções.”
De acordo com Vagner Aguiar,
consultor de telecomunicações da
Nap IT e gerente de implemen-
tação do Projeto Be Connected
na Souza Cruz, toda a integração
dos sistemas garantiu ruído zero
durante o projeto.
Treinamento e nova
estrutura Wi-Fi
Mas apesar do planejamento, o
projeto não deixou de enfrentar al-
guns obstáculos. No escritório, o
principal desafio foi a manutenção
de algumas linhas analógicas para
FOTOS:DIVULGAÇÃO/SOUZACRUZ
MATHEUS FERREIRA, GERENTE
DE TI PARA A ÁREA DE PRODUCT
CENTER E GLOBAL LEAF RD
DA SOUZA CRUZ
44-45_VOZ DO CLIENTE-[Souza Cruz].indd 44 08/04/2016 12:08:48
45. 45
suportar equipamentos como fax e
ramais de serviços, entre eles códi-
go de portas e sistemas de alarme.
Outro ponto a ser superado foi a
necessidade de reestruturar a rede
sem fio (Wi-Fi) para fortalecer o sinal
e prover conectividade aos aparelhos
móveis dos colaboradores.
Essa etapa foi vencida com a análise
e implantação de novos switches e
access points. Mas ainda restavam
dois outros desafios: treinar os co-
laboradores para utilizar a nova
tecnologia; e fazer a transição da
telefonia sem impacto. “Montamos
um showroom onde realizamos os
treinamentos específicos e a imple-
mentação assistida pelos usuários”,
explica Aguiar.
Telepresença
e a mobilidade
Segundo ele, o investimento em
telepresença da Souza Cruz foi pe-
queno neste projeto, visto que foram
adquiridos apenas dois aparelhos
SX20 para salas de reunião, um ins-
talado na matriz no Rio de Janeiro
e outro na fábrica em Cachoeirinha
(RS). O consultor ressalta que as 11
salas de vídeo mantidas pela Souza
Cruz no país precisaram apenas de
adaptações para receber os novos
sistemas de videoconferência.
“O sistema ainda é obsoleto. Há
um projeto de substituir todos estes
equipamentos antigos Cisco SX20
ainda neste primeiro semestre de
2016”, adianta.
Ferreira, da Souza Cruz, confirma
que a companhia já estava acostu-
mada com o uso da telepresença,
mas faltava um item: mobilidade.
Ele também ressalta que as salas de
videoconferência são muito utiliza-
das, o que acaba gerando dificuldade
em agendar reuniões. Por isso, foram
adquiridos aparelhos telefônicos
com câmeras e displays embutidos,
permitindo que os colaboradores
responsáveis por decisão (gerentes
e diretores) passassem a contar com
videoconferência em suas salas ou
por meio de seus celulares.
Aguiar diz que foram comprados
sete modelos de aparelhos, sendo
um móvel, totalizando 1,4 mil tele-
fones. Até o final da implantação, o
projeto terá 2,5 mil equipamentos.
O sistema já abrange mais de 700
usuários nos três locais onde o pro-
jeto foi entregue - Rio de Janeiro,
Product Center, Global Leaf RD e
o Centro Integrado de Distribuição
(CID), de Porto Alegre (RS). Quando
finalizado, cerca de 7 mil funcio-
nários e terceiros serão abarcados
pela nova tecnologia.
A adoção do telefone Cisco
CP-7825 (mobile), por exemplo,
também trouxe uma vantagem que
Ferreira considera estritamente ne-
cessária para os pesquisadores da
Souza Cruz, que não podem contar
com aparelhos telefônicos dentro
do laboratório.
“Os laboratórios possuem uma
antessala, onde se encontram todos
os telefones, mas às vezes é preci-
so que o pesquisador entre com o
aparelho. Por isso a necessidade de
um mobile”, explica.
Diretores e gerentes seniores da
Souza Cruz contam com o Cisco
Jaber, um aplicativo de smartphone
que permite que o celular vire o
ramal de telefone. “Dessa forma,
ele pode utilizar apenas o próprio
dispositivo móvel”, comenta Ferreira.
A solução também traz comodi-
dade para o usuário, visto que as
chamadas podem ser realizadas de
qualquer lugar. O recurso é par-
ticularmente interessante para os
colaboradores responsáveis pelo
relacionamento internacional da
Souza Cruz, que precisam se adap-
tar a diversos fusos horários.
Redução de custos
vai pagar tecnologia
Além da mobilidade e facili-
dade de acesso, a Souza Cruz
prevê o retorno do investimento
a partir da redução do custo de
ligações internacionais., uma vez
que as chamadas serão feitas pela
rede de dados.
Além disso, o Call Manager pode
calcular a rota de menor custo,
transformando ligações interurba-
nas (DDD) em locais, desde que a
chamada seja direcionada a uma
região que conte com uma filial
atualizada com a telefonia IP.
COLABORADORES DA
SOUZA CRUZ EXPERIMENTAM
TELEFONIA IP DA CISCO
44-45_VOZ DO CLIENTE-[Souza Cruz].indd 45 08/04/2016 12:08:51
46. VOZ DO PARCEIRO
46
Projeto implementa plataforma de IOE para dar vida às cidades inteligentes
A
s chamadas Smart Cities,
ou Cidades Inteligentes,
prometem revolucionar
a vida dos habitantes de
centros urbanos e o modo como
eles são geridos. A dificuldade,
porém, é integrá-las à realidade das
cidades, pois depende da sinergia
entre diversos órgãos públicos e
a iniciativa privada.
Uma empresa que visa reverter
esse quadro e acelerar a transfor-
mação das cidades é a Promon-
Logicalis, que vem trabalhando
com startups com foco nesse tipo
de tecnologia de modo a compor
suas soluções e, ao mesmo tem-
po, ajudar a inserir essas novas
empresas no mercado.
“Duas das startups que hoje in-
tegram a rede de parcei-
ros para IoT da Promon-
Logicalis fizeram parte
do Desafio Cisco de
Inovação Urbana”, con-
ta Lucas Pinz, diretor
de tecnologia da Pro-
monLogicalis dedicado
a Internet das Coisas. O
executivo se refere às
empresas Áudio Aler-
ta e Netsensors, esta,
inclusive, com a solu-
Promonlogicalis
à PARCEIROS
Áudio Alerta – voltada
para a área de segurança,
identifica ocorrências a partir
da captação e interpretação
de ruídos sonoros
Netsensors – sensores
instalados em cestos
plásticos dentro de bocas
de lobo alertam sobre
necessidade de limpeza
integra soluções de startups
a projeto de smart city
em que sensores instalados em
cestos plásticos dentro de bocas
de lobo alertam sobre necessida
de de limpeza.
Pinz reforça que o uso dos
bueiros conectados pode evitar
alagamentos. O próximo passo,
de acordo com ele, é integrar o
sensor com os serviços de pre-
visão do tempo para antecipar a
limpeza dos bueiros em caso de
chuvas fortes.
Quanto à solução desenvolvida
pela Áudio Alerta, Pinz explica
que é voltada para a área de segu-
rança, tendo como função avisar
órgãos públicos sobre ocorrências
na cidade. Basicamente, a solução
consegue captar e identificar ruí-
dos, como disparos de armas de
fogo, arrombamentos
ou batidas de carro, avi-
sando a polícia, o Samu
(Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência) ou
órgão mais adequado,
automaticamente.
A tecnologia também
é integrada às câmeras
de videovigilância IP,
apontando-as direta-
mente para o local de
origem do ocorrido.
ção já instalada em projeto-piloto
na cidade de São Paulo.
A Netsensors desenvolveu uma
solução de “bueiros conectados”
DIVULGAÇÃO/PROMONLOGICALIS
46_VOZ DO PARCEIRO_[Promonlogicalis].indd 46 08/04/2016 12:12:58
47. 47
Empresas são parceiras globais e aliadas
em todas as áreas de atuação da Cisco
A
aliança entre a Dimen-
sion Data e a Cisco está
atingindo a maturidade.
Agora em 2016 as empre-
sas completam 25 anos de parceria
global, sendo 10 de representação
direta no Brasil. Para ser exato, o
aniversário ocorreu em 25 de feve-
reiro de 2016. Em 1991, as empresas
começaram a parceria na África do
Sul e desde então a aliança fincou
presença em mais de 58 países, com
os mais de 31.000 funcionários auxi-
liando os 6.000 clientes acelerarem
a implementação de soluções nas
áreas de rede, computação em nu-
vem, colaboração, internet de todas
as coisas e segurança.
Na ocasião dos festejos, Brett
Dawson, CEO do Grupo da Dimen-
sion Data, disse: “A parceria com a
Cisco é fundamental na garantia de
uma oferta contínua de soluções e
serviços de classe mundial. Nossos
clientes precisam se capitalizar a
partir das promessas de digitalização
e tratamento de grandes volumes
de dados, e estamos empenhados
em ajudá-los a fazê-lo.”
Nos trópicos
Aqui no Brasil, oficialmente as
duas empresas são parceiras desde
a incorporação da marca Datacraft
pela Dimension Data em 2006. De
Cisco e Dimension Data
à PREMIAÇÃO
Recentemente, a Dimension Data recebeu os prêmios Partner of
the Year para região das Américas, América Latina e Brasil, durante
o Cisco®
Partner Summit Global 2016. Ao todo, foram
28 prêmios recebidos pela empresa, que também obteve
destaque no país com o reconhecimento pelos trabalhos nas
áreas de Architectural Excellence: Security e Architectural
Excellence: Enterprise Networking.
comemoram bodas de prata
ranking de parceiros Cisco, há cerca
de 4 anos, para o segundo lugar em
2015”, comemora Carlos Brito, pre-
sidente da Dimension Data no Brasil.
O executivo reforça que a longevi-
dade da parceria só tem fortalecido
o laço entre as duas empresas, e
cita que em 2015 a Dimension Data
bateu dois recordes. “Atingimos
uma marca histórica em termos de
compras junto a Cisco, ultrapas-
sando a barreira dos bilhões de
dólares. E também conquistamos,
pela primeira vez, o prêmio de
parceiro líder em todas as regiões
de atuação da companhia”.
Particularmente no Brasil, Brito
cita o avanço da oferta de serviços
gerenciados. “O software é priorida-
de para a Cisco e a Dimension Data
é referência global para a condução
e fechamento de contratos nessa
área”, comenta.
lá para cá os negócios só evoluíram,
chegando a atual representatividade
de 70% a 75% dos negócios Cisco
dentro do faturamento da Dimen-
sion Data. “Saímos da 8a
posição no
CARLOS BRITO, PRESIDENTE DA
DIMENSION DATA NO BRASIL
FOTOWAREFOTOSTATION
47_VOZ DO PARCEIRO_[Dimension Data].indd 47 08/04/2016 12:17:41
48. PERFIL
48
Com apenas 17 anos,
Marcus Vinicius
é vice-campeão
mundial de tiro com
arco e principal
esperança de ouro
no Rio 2016
M
esmo tendo
diversos íco-
nes na cultura
pop, como o
lendário Robin Hood, o
elfo Legolas de Senhor dos
Anéis e, mais recentemen-
te, a personagem Katniss
Everdeen da franquia
cinematográfica Jogos
Vorazes, o tiro com arco
não é um esporte muito
popular. Mas, para Mar-
cus Vinicius D’Almeida, de
17 anos, principal atleta
do Brasil na modalidade
e embaixador das Olim-
píadas da Cisco, o tiro com arco
é o foco de sua vida. O arqueiro é
campeão do campeonato mundial
sub-17, vice-campeão mundial da
categoria adulto e foi bronze nos
Jogos Pan-americano de Toronto
2015, sendo a principal esperança
de ouro nas Olimpíadas Rio 2016.
Marcus conta que começou a
treinar tiro com arco por acaso,
quando estudava em Maricá (RJ)
e soube de um projeto social da
Confederação Brasileira de Tiro
com Arco (CBTarco) para treinar
adolescentes entre 12 e 17 anos na
modalidade. Ele começou a treinar
em 2010, aos 12 anos. “Se não fosse
esse projeto, eu não estaria aqui,
devido ao custo do material.”
O atleta atribui o interesse no tiro
com arco à característica objetiva,
De olho
no alvo
sendo fácil de analisar em qual nível
se encontra o próprio rendimento.
Para ele, a modalidade traz visibili-
dade e é de rápida ascensão. Usando
sua carreira como exemplo, Marcus
diz que, após começar a competir,
levam-se seis meses para entrar no
campeonato estadual, para depois
disputar o brasileiro e conquistar
uma vaga na seleção.
Porém, o caminho não é fácil para
quem decide virar um arqueiro. A
rotina de treinamento de Marcus
ocupa oito horas diárias de trei-
namento prático, na qual ele cos-
tuma atirar cerca de 400 flechas.
O esportista ainda enfrenta mais
uma hora e meia de preparação fí-
sica e sessões de fisioterapia, para
prevenção de lesões. “O tiro com
arco é um esporte difícil, que exi-
ge dedicação”, afirma. Além disso,
ele também passa por um
psicoterapeuta, que o ajuda
a lidar com a pressão do
esporte.
Com apenas 17 anos, a
maior dificuldade que Mar-
cus enfrenta é conciliar a
rotina de treinamentos e
competições internacionais
com os estudos. O atleta,
hoje no Ensino Médio faz
trabalhos para compensar
as faltas
Para ele, não é possível
se dedicar totalmente aos
estudos e à carreira, então
seu foco atualmente é no
tiro com arco. “Quero ser um atleta
de alta performance”, afirma.
O futuro do tiro com arco
Já pensando nos Jogos Olímpi-
cos Rio 2016, Marcus diz manter
o mesmo ritmo de treinamento.
Ele acredita que o investimento no
esporte no Brasil aconteceu justa-
mente por causa da competição,
já que é recente, de apenas cinco
anos. Segundo ele, esse incentivo já
está trazendo resultados, sendo ele
mesmo um exemplo. “Com ou sem
medalha, o tiro com arco já cresceu
muito e pode crescer ainda mais”,
diz. Para ilustrar o crescimento da
popularidade, o atleta lembra que
o campeonato brasileiro da modali-
dade bateu o recorde de inscrições
esse ano, com 207 participantes.
DIVULGAÇÃO
48_PERFIL_[Marcus Vinicius].indd 48 08/04/2016 13:16:13