O documento discute as dificuldades e riscos das visitas de estudo para pesquisa comparativa em educação, incluindo a necessidade de considerar fatores únicos de cada sistema educativo e sociedade, e manter objetividade ao comparar conceitos que podem ter significados diferentes entre países.

1. “Promover a compreensão da educação em toda a Europa. As visitas de estudo e o
contributo da Educação Comparada”
Dimitris Mattheou
1.dentifique as dificuldades e os riscos das visitas de estudo, analisando ainda as condições
necessárias para que estas possam efectivamente contribuir para uma correcta definição
das políticas e para a resolução de problemas no sector da educação.
Para que se proceda a um estudo o investigador terá de ter em conta os riscos, as
dificuldades e as condições necessárias para que de facto se dê a investigação de uma
forma correcta.
Todos os sistemas educativos funcionam como um organismo vivo, um organismo que
vive no seu meio com condições, tradições e políticas próprias daí não poder ser
apropriado por outro país, pois as condições e necessidades mudam de país para país.
Cada sociedade, idealiza os seus membros de acordo com os padrões que pretende que
sejam reproduzidos, estes são reproduzidos pela instituição escolar, assim podemos
verificar que os factores extrínsecos à escola são os que o investigador deverá levar mais
em conta visto que são estes factores que movimentam e condicionam as práticas
educativas. O investigador ao partir para o estudo de um determinado sistema educativo
terá de ter em conta o carácter nacional do mesmo.
Os riscos que um investigador tem de ultrapassar passa, nomeadamente, por este ter
de levar em conta que o sistema que está a estudar não poderá ser adaptado ao seu, não
pode haver apropriação de sistemas porque cada realidade é única.
A objectividade do estudo encontra-se relacionada com o tertium comparationis. O
investigador quando inicia a sua tarefa tem de ser o mais objectivo possível utilizando as
técnicas mais objectivas possível, sem esquecer a influência que a sua formação e
vivências trazem para a sua investigação, então este terá de ser o mais imparcial possível.
O investigador poderá muitas vezes deparar-se com diferentes termos que terão o
mesmo significado ou então, conceitos iguais, mas com significados diferentes isto
acontece, porque cada estado, cada país possui as suas próprias concepções.

2. Outra problemática que se apresenta aos investigadores é a da autonomia profissional.
A autonomia que é cedida aos investigadores acaba por restringir os estudos, pois sendo
esta concedida pelos governos, estes, acabam por tornar restrita pois não tem a percepção
total do que é realmente necessário.i
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Dimitris Mattheou in “Promover a compreensão da educação em toda a Europa. As visitas de estudo e
o contributo da Educação Comparada”