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AS PRIMEIRAS
CIVILIZAÇÕES
Surgimento das cidades
Mesopotâmia
Egito
Hebreus
1...E o homem criou as cidades
1.1. POR QUE surgem as cidades?
■ Em primeiro lugar, não é uma resposta fácil.
■ Não havia consciência individual ou de grupo e, muito menos, modelos e objetivos
bem determinados.
■ A agricultura e a urbanização iniciaram-se no Oriente Próximo, mais exatamente, no
Crescente Fértil.
■ O que fez com que a urbanização tenha iniciado no sul da Mesopotâmia e no vale do
Nilo?
■ Uma hipótese plausível: no Egito e na Mesopotâmia havia condições potenciais
favoráveis à agricultura, no entanto, precisavam ser aproveitadas com um trabalho
sistemático, organizado e da grande envergadura.
■ A necessidade como a mãe das invenções.
O Crescente Fértil
1...E o homem criou as cidades
1.2. URBANIZAÇÃO e civilização
■ Concepção eurocêntrica
■ Caracterização da civilização em parâmetros objetivos
■ Uma civilização implica em:
– uma organização política formal; projetos amplos que demandem trabalho conjunto
e administração centralizada; criação de um corpo de sustentação política; a
incorporação de crenças por uma religião vinculada ao poder central, direta ou
indiretamente; uma produção artística que tenha sobrevivido ao tempo; a criação ou
incorporação de um sistema de escrita; a criação de cidades.
■ De fato, sem cidades não há civilização.
■ Relação dialética entre invenções e descobertas e a revolução urbana: invenções e
descobertas são pré-condições para a organização social do tipo urbano, que por sua
vez provoca novas descobertas, mediante processo de exploração e adequação ao
meio ambiente.
1...E o homem criou as cidades
1.3. DO CAOS à cidade
■ ...e Deus criou, do caos, os céus e a terra.
■ Hoje sabe-se que muito do conteúdo dos primeiros livros da bíblia são adaptações de
mitos criados por sumérios e outros povos babilônicos.
■ Esse caos bíblico era a representação do caos mesopotâmico, em que água e terra não
tinham separação definida, após as cheias doTigre e do Eufrates.
■ Aqui foi o homem, abrindo canais para irrigar os campos e secar os pântanos;
construindo plataformas para proteger homens e gados das enchentes; dominando a
água por meio de diques e definindo a terra no meio dos juncos.
■ Criando, do caos, a terra e a água.A recompensa fixou o homem à terra.
■ Trabalho de grupo que exigia estoques de alimento que liberava indivíduos para a
tarefa coletiva. Quanto maior o pedaço de terra a ser resgatado do caos, maior o
numero de trabalhadores tinha que ser requisitado e mais comida tinha de ser
colocada à disposição.
■ Alimento excedente em quantidade crescente quantidade crescente de força
de trabalho concentrada organização social mais complexa.
1...E o homem criou as cidades
1.4. CIDADE e poder
■ No Egito e na Mesopotâmia o indivíduo tinha de fazer parte do grupo maior, um de
muitos elemento na engrenagem: o grupo dependia dele e ele do grupo.
■ Imposição da solidariedade social.
■ O rei investia-se de poder moral, outorgado pelo interesse do grupo e do poder de
coação, podendo aplicar sanções a quem não se enquadrava nas regras da
comunidade.
■ Necessidade de matérias-primas, como madeiras, pedras e minérios.
■ Com as obras hidráulicas, egípcios e sumérios desenvolveram comércio com povos
vizinhos para suprirem sua necessidade de matérias-primas grupos de
comerciantes, trabalhadores em transportes e de artesãos alimentados pelo
restante da sociedade que continuava a produção de alimentos.
■ Surgimento dos soldados; escribas e uma série de funcionários do Estado para
conciliar conflitos de interesses.Aparecem funcionários religiosos e templos.
■ Alterações na economia. Aumento na complexidade dos papéis sociais, verdadeira
divisão do trabalho e instituição de um poder político que se solidifica e busca se
perpetuar.
■ Justificativa religiosa e legitimação supostamente divina para a autoridade real.
1...E o homem criou as cidades
1.5. A CIDADE que se expande
■ Os governantes das primeiras cidades expandem os seus tentáculos na busca por
matérias-primas não encontradas em seu território.
■ A partir dos contatos comerciais, vários povos vizinhos aos egípcios e sumérios,
transformaram aldeias em cidades.
■ Agrupamentos humanos simples, compostos de aldeia e campo, metamorfoseiam-se
em cidades complexas com atividades manufatureiras.
■ As cidades-mães estabeleciam influência sobre as demais.
■ Estruturas sociopolíticas semelhantes, além de padrões de comportamentos e valores.
■ Em diversas ocasiões o contato era marcado pela violência.
2. Mesopotâmia
■ Três mil anos a.C. testemunha um considerável número de unidades urbanas
desenvolvendo-se em torno do Tigre e do Eufrates. O período que vai de 2700 a 2100
a.C., tem uma grande lista de reis em lugares como Lagash, Umma, Kish, Ur, Uruk,
Akad, Gatium e Elan.
■ Em Uruk foi encontrado vestígios de um templo que tinha mais de dois mil metros
quadrados. Perto dele foi erguido um monte artificial (zigurate) com 11 metros de
altura, edificado com tijolos e enfeitados com pedaços de cerâmica.
■ Requinte e técnica na construção.
■ Os próprios dirigentes dos templos se organizavam em sua força de trabalho, que às
vezes atuavam como arquitetos, engenheiros, mestres-de-obras em nome dos deuses
que representavam na terra.
■ Possivelmente, a “casa divina” foi o primeiro lugar onde se desenvolveu uma
especialização de atividades .
■ Ao especializar-se o artesão, pedreiro, pintor, tecelão ganha em habilidade e,
portanto, em produtividade, porém passa a depender daqueles que organizam a
atividade produtiva.
■ A transição de uma economia de para uma estrutura que contempla trabalhadores
braçais de um lado e organizadores da força de trabalho de outro.
2. Mesopotâmia
■ Perdendo parte de sua liberdade, o trabalhador a cede ao sacerdote do templo que, se
fortalece e explora aqueles que se tornam seus trabalhadores.
■ Era comum os sacerdotes dispuserem das terras lavradas pelos seus trabalhadores,
confiscarem animais e utensílios, além de remunerarem os trabalhos deles no limite
da sobrevivência.
■ Também na Suméria os templos e zigurates foram construídos à custa do trabalho de
boa parte da população.
Zigurate de UR
2. Mesopotâmia
2.1. A DIVISÃO social do trabalho
■ A exploração da mão de obra de uma parcela da sociedade por outra cria, pela
primeira vez na humanidade, divergências determinadas pela função econômica
exercida pelo indivíduo no grupo.
■ É importante ressaltar que não está se falando de antagonismos pessoais, mas de
oposições socialmente determinadas, impessoais.
■ Na verdade, o sacerdote desempenhava o papel de organizador do processo de
trabalho, em nome de cuja racionalidade agia.
■ Os sacerdotes não representavam uma região, uma cidade. Por isso, surgiram os
dirigentes não vinculados aos templos, aqueles que posteriormente iriam se tornar os
reis.
■ Juntamente com os monarcas, os sumérios também tinham um chefe para batalhas.
■ O rei passa a atuar junto com a religião. Dá dinheiro para a construção e decoração de
templos, fornece matérias primas e, às vezes, mão de obra. Em troca, busca a
legitimação de seu poder, que, advindo dos homens, vai ganhando caráter divino.
2. Mesopotâmia
■ Por se apresentar e ser reconhecido como representante dos deuses, ao monarca
cabia grande parte das terras das tribos sobre as quais tinha influência, além de
tributos que eram o modo alternativo dos presentes oferecidos aos chefes tribais.
■ Nesse período ainda não há unificação política: as cidades têm organizações de poder
independentes, embora sejam interdependentes na esfera econômica.
■ Assistiu-se a um desfilar de reinos e reis que lutaram entre si, não pela hegemonia,
mas por um espaço político-econômico próprio.
■ A cultura, porém, estava em plena ebulição. Administrar uma cidade exigia mais que
disposição e preocupação divina: exigia instrumentos adequados, que se
desenvolveram de forma extraordinária na Mesopotâmia.
2. Mesopotâmia
2.2. ESCREVER e contar
■ A complexidade e a objetividade das relações econômicas que se estabelece, devido a
sua amplitude em termos de espaço e tempo, vão exigir cálculos precisos e anotações
claras.
■ Registros inteligíveis não somente para quem os fazia como para outros participantes
ou coordenadores do projeto comum.
■ De acordo com Gordon Childe : “a invenção de um sistema de escrita foi apenas um
acordo sobre os significados que deviam ser atribuídos aos símbolos pela sociedade
que deles se utilizava para seus objetivos comuns”.
■ Escrita cuneiforme: é a designação geral dada a certos tipos de escritas feitas com
auxílio de glifos em formato de cunha. É juntamente com os hieróglifos egípcios o
mais antigo tipo de escrita, tendo sido criado pelos Sumérios na antiga Mesopotâmia
por volta de 3.500 . C.
2. Mesopotâmia
2.3.TRANSMISSÃO formal da cultura
■ Cada geração tinha de encontrar formas de passar à outra geração o conjunto de
conhecimentos já adquiridos e codificados.
■ O saber ia se tornando mais complexo, mais especializado, necessitando de veículos
adequados para sua transmissão.
■ A obtenção da língua escrita, não poderia acontecer no espaço da própria família.
■ O estudo da língua escrita só poderia ser realizado em locais destinados a isso e
dentro de um único padrão.
■ Os padrões de mensuração também precisaram ser definidos: arrecadar ou pagar
tributos, fixar volumes e medidas ou mesmo comercializar sem estabelecer padrões
era impossível.
■ Na Suméria estabeleceram-se padrões mais cuidadosos, referencias mais precisas
quando o comércio passa a se desenvolver e os impostos têm de ser arrecadados.
■ Também, ensinava-se a dividir o dia em doze horas duplas e o ano baseado no ciclo da
lua.
2. Mesopotâmia
■ Ensinavam-se noções de volume, daí se aprendiam as principais operações
aritméticas.
■ A relação da circunferência de um circulo com o seu diâmetro era estabelecida em
três, o que na prática servia para calcular o conteúdo de um celeiro cilíndrico,
deduzindo-se eventuais espaços vazios.
■ Criou-se um padrão de trocas. Intercambiar bens e serviços através do escambo trazia
muitos inconvenientes.
■ Instituiu-se, portanto, antes a cevada e depois os metais (como o cobre) como padrão
para pequenas somas, e a prata para grandes valores.
■ Ainda não era a moeda formal, com peso e valor constante, mas já se monetarizava a
economia, produzindo-se para o mercado e cobrando-se juros por empréstimos feitos.
■ Dessa forma, os comerciantes se enriquecem e se fortalecem, passando a ter maior
influência política, o que provocou mudanças significativas na Suméria.
2. Mesopotâmia
2.4. O CÓDIGO de Hamurábi
■ Hamurábi, grande chefe militar do século XVIII a.C., preocupou-se, após efetuar
importantes conquistas militares, de unificar a legislação.
■ O resultado não podia ser melhor, já que o Código não é somente um modelo de
jurisprudência, mas de língua babilônica.
■ Legisla a partir da existência de três classes distintas: os ricos, o povo e os escravos.
■ Os primeiros com mais privilégios e “obrigações”; os ricos pagavam mais tributos, mas a
prática de um delito contra eles seria punido de forma bastante severa;
■ Os escravos que tinham seus direitos restringidos pela lei, podiam casar-se com uma
mulher livre e possuir bens, porém eram marcados como animais, já que não deixavam de
ser propriedade.
■ A mulher possuía considerável independência com relação ao marido, administrando o
dote que ganhava do pai quando se casasse, podendo, inclusive, assumir cargos públicos e
demandar em juízo.
■ O esposo tinha o direito de puni-la em caso de infidelidade e de tomar uma esposa
secundária (concubina), a qual, porém, não teria os mesmos direitos da primeira.
■ Os filhos homens herdavam os bens do pai, que deixava sempre um dote para a filha.
2. Mesopotâmia
■ As terras e outras propriedades poderiam pertencer ao Estado, ao templo ou a
particulares.
■ Todos tinham de permitir a passagem de dutos de água pelas suas propriedades,
como também, zelar pela manutenção dos canais, mas, fora isso, os particulares
tinham liberdade formal para dispor de seus bens.
■ As terras reais eram cultivadas mediante um complexo sistema de posse/ propriedade,
que incluía desde rendeiros (que pagavam um aluguel pelos lotes) e colonos (que
pagavam em espécie) até homens de corveia (que não tinham título regular) e
funcionários públicos (que em troca ofereciam seus serviços ao rei).
■ A importância do comércio pode ser evidenciada pelo papel que tinha o tamkarum,
mistura de mercador, atacadista, usuário e funcionário do governo. Auxiliava na
arrecadação de taxas, fazia compras em nome do rei e emprestava dinheiro para os
agricultores.
■ Hamurabi, no seu código, intervém energicamente na economia, estabelecendo
regras de trabalho, valores para aluguéis e arrendamento de terras e animais, salários
e normas comerciais.
2. Mesopotâmia
■ Não se tratava, contudo, de um Estado consolidado, organizado para durar muito. Sua
estrutura administrativa consistia apenas num poder regional, mesmo assim,
frequentemente questionado pelos vizinhos, ou seja, existiam estados
mesopotâmicos e não um Estado mesopotâmico solidamente unificado.
■ Contudo, em outros aspectos a unificação existia. As línguas semíticas não variavam
muito; a cultura é semelhante, a atividade econômica praticamente semelhante:
agricultores nos campos, artesãos e comerciantes nas cidades.
2.1 Os Povos da Mesopotâmia
Os Sumérios
■ Os primeiros povos que se estabeleceram na região de maneira sedentária foram os
sumérios. As primeiras cidades da Mesopotâmia foram fundadas por eles e acredita-se que
os sumérios tenham chegado ao local por volta de 5000 a.C.
■ Algumas das importantes cidades construídas pelos sumérios foram Ur, Uruk, Lagash e
Nipur. As cidades sumérias eram consideradas cidades-estado, ou seja, possuíam
organização independente uma das outras.
■ Cada cidade possuía um Templo (centro político, econômico e religioso) e era governada
por um Patesi (vigário de deus), detentor dos poderes políticos, religiosos e militares. O
Patesi governava com auxílio de sacerdotes e altos funcionários.
■ Os sumérios foram extremamente importantes para o desenvolvimento humano, pois,
ali, desenvolveram técnicas para importantes construções que permitiam ao homem
manter um controle sobre a natureza. Esse povo desenvolveu barragens para impedir o
avanço das águas dos rios no período de cheias, além de reservatórios e canais de irrigação.
■ Além disso, atribui-se aos sumérios o desenvolvimento da primeira forma de escrita da
humanidade: a escrita cuneiforme. Criada para manter controle sobre a contabilidade dos
palácios reais, essa escrita era feita em blocos de argila com um instrumento pontiagudo
chamado cunha. E também a invenção da roda.
2.1 Os Povos da Mesopotâmia
Os Acádios
■ Os habitantes da cidade de Acad, por volta de 2550 a.C., invadem as cidades
Sumerianas. Comandados pelo rei Sargão I conquistam e unificam estas cidades,
fundando o Primeiro Império na região da Mesopotâmia.
■ Sucessivas revoltas das cidades sumerianas e ataques de outros povos vieram a
enfraquecer o império, que por volta de 2150 a.C. foi derrubado pelos Guti.
2.1 Os Povos da Mesopotâmia
Os Amoritas ou os Primeiros Babilônicos
■ Vindos do deserto da Arábia por volta de 2000 a.C., os Amoritas se instalaram na
Babilônia.
■ O estabelecimento amorita na Babilônia levou à formação do Primeiro Império
Babilônico
■ O maior destaque entre os reis babilônicos fica por conta de Hamurábi (1728-1686
a.C.), que expandiu seus domínios por toda a Mesopotâmia.
■ Este rei também é o responsável pelo primeiro código de leis escrito que se conhece: o
Código de Hamurábi, que adota o Princípio de Talião (“Olho por olho, dente por
dente”). Este código tinha por objetivo a manutenção da propriedade privada e a
disciplina da vida econômica.
■ Posteriormente a Hamurábi, o império babilônico entra em decadência, sendo
invadido por Cassitas e Hititas, que causavam grande impacto ao usar cavalos para fins
militares.
2.1 Os Povos da Mesopotâmia
Os Assírios
■ A Assíria era a região que servia de passagem natural entre a Ásia e o Mediterrâneo, localizada,
portanto, numa região disputada e que sofria ataques constantes.
■ Este fator talvez tenha sido o motivo que transformou os Assírios num povo guerreiro, possuindo um
dos primeiros exércitos permanentes do mundo e com alta capacidade de combate (lanças, escudos,
espadas de ferro, carros de combate, catapultas, etc.).
■ O reino dos amoritas enfraqueceu-se depois da morte de Hamurábi e foi sucedido, tempos depois,
pelos assírios. Os assírios formaram essa sociedade extremamente militarizada a partir do final do
segundo milênio a.C. e iniciaram um processo de expansão e conquista na Mesopotâmia por volta de
1800 a.C. Eles conquistaram toda a Mesopotâmia, além da Palestina, do Egito, da Síria e parte da
Pérsia.
■ Os assírios ficaram célebres por terem sido guerreiros temíveis que se utilizavam de técnicas
violentas em combate e por tratarem seus prisioneiros com extrema brutalidade. Os povos
conquistados, além de serem governados de maneira tirânica, eram obrigados a pagar pesados
tributos. A violência dos assírios foi levantada pelos historiadores como o motivo que deu início
a inúmeras revoltas que enfraqueceram o poder dos assírios por volta do séculoVII a.C.
■ O rei mais importante dos assírios foi Assurbanipal, que ficou conhecido por ser um apreciador
da erudição e por mandar construir a Biblioteca de Nínive (principal cidade da Assíria). Reunia
milhares de textos em escrita cuneiforme sobre diversos assuntos, e grande parte do que se
conhece sobre a Mesopotâmia hoje é por causa da Biblioteca de Nínive.
■ Por volta de 612 a.C., Caldeus e Medos, aliados, tomaram as principais cidades Assírias, dando fim ao
império que se baseava no domínio pelo terror.
2.1 Os Povos da Mesopotâmia
Os Caldeus ou Neobabilônicos
■ O enfraquecimento dos assírios permitiu aos caldeus conquistar a Mesopotâmia e
fundar o Segundo Império Babilônico em 612 a.C.
■ O império formado por esse povo foi breve e teve com o principal rei Nabucodonosor,
responsável por reconquistar a Palestina e toda a Mesopotâmia. Atribui-se a esse rei a
construção dos Jardins Suspensos da Babilônia, considerado uma das maravilhas do
mundo antigo.
■ O império dos caldeus foi o último desenvolvido por um povo mesopotâmico. Seu
domínio foi enfraquecido após a morte de Nabucodonosor e, por isso, eles foram
conquistados pelos persas, liderados por Ciro II em 539 a.C. Os persas eram um povo
originário da Pérsia, região do atual Irã.
3. Egito
■ “O Egito é uma dádiva do Nilo!”
■ O desenvolvimento do Egito tem bases bastante concretas .
■ O rio Nilo ofereceu condições potenciais, que foram aproveitadas pela força de
trabalho dos camponeses egípcios – os felás.
– Felás: Camponeses do antigo Egito que trabalhavam presos à terra e em obras
públicas.
■ Estes eram organizados por um poder centralizado, no período faraônico.
■ O rio ao mesmo tempo em que fertilizava também inundava.
■ Dessa forma, tornou-se necessário organizar a distribuição de água de forma mais
ampla.
■ A solução foi a organização do trabalho de forma coletiva e solidária, intensa e
organizada.
■ Embora desenvolvida em condições geográficas favoráveis, a civilização não é uma
dádiva dessas condições geográficas, do Nilo, uma vez que surge quando o homem
atua, modificando e domando a natureza.
3. Egito
■ O Egito divide-se em duas grandes regiões: o delta e o vale.
■ O vale acompanha o rio por mais de dois mil quilômetros, constituindo-se numa estreita faixa de não
mais de dez quilômetros de terras adequadas ao cultivo.
■ O delta forma-se numa espécie de triangulo com duzentos quilômetros de lado, apresentando uma rica
vegetação e bastante água.
■ O delta é uma região rica e muito povoada, localizado próximo ao mar, sendo o vale mais isolado.
■ Os primeiros reis egípcios, faraós, se diziam senhores das duas terras, do delta e do vale, diferença essa
reconhecida e respeitada por todos.
■ Apesar das diferenças e das divergências havia uma grande preocupação com a unidade. Qualquer
divisão ocasionava menor capacidade de explorar a natureza, de tirar dela os alimentos e outras
necessidades básicas.
■ A grande duração da civilização egípcia fez com que durante muito tempo vivessem à sobra de suas
pirâmides. As grandes pirâmides foram construídas, efetivamente, no Antigo Império Egípcio; a de
Quéops foi construída por volta de 2800.
■ As pirâmides e outros monumentos misturavam realidade com mito, reproduzindo ideias de
imortalidade e lembravam da força que se baseava na unidade
3. Egito
■ A grande duração da civilização egípcia fez com que durante muito tempo vivessem à
sobra de suas pirâmides.
■ As grandes pirâmides foram construídas, efetivamente, no Antigo Império Egípcio; a
de Quéops foi construída por volta de 2800. Ramsés II, no Novo Império, um dos
momentos gloriosos do Egito, reinou no século XIII, ou seja, 1500 anos após a
construção da grande pirâmide e mais de mil anos antes de Cristo.
■ As pirâmides e outros monumentos misturavam realidade com mito, reproduzindo
ideias de imortalidade e lembravam da força que se baseava na unidade.
■ Cercado de desertos por quase todos os lados, o Egito antigo manteve, durante toda a
sua existência algumas características advindas da diversidade produzidas ao longo de
milênios.
■ Mesmo após o domínio de diferentes povos, o país continuou o mesmo, com os felás,
os templos, as múmias e a linguagem escrita: sobrepondo-se somente à estrutura do
Egito a estrutura do invasor.
3. Egito
■ O felá que aprendeu a dominar o rio acabou sendo domado pelo faraó. Realizava sua
parte no trabalho coletivo, mas não tinha controle sobre o resultado de sua obra.
■ Nem como camponês que tinha parte de sua produção subtraída, nem como braçal
que lutava contra as cheias do rio Nilo.
■ Dominado material e ideologicamente pela estrutura de poder, temia a investida dos
soldados, os sacerdotes e os impostos e taxas arrecadados pelos escribas.
■ Nenhum invasor quis alterar essa força de trabalho útil e mansa. Isso implicava não
modificar outros elementos do EgitoAntigo
3. Egito
O FARAÓ
■ Semelhantemente a outros grupos, o início da civilização era atribuído a um único
indivíduo, Menés, que teria sido o primeiro rei da primeira dinastia, o herdeiro dos
deuses, aquele que revelou aos egípcios a agricultura, o artesanato e a escrita.
■ Não há nenhuma comprovação documental disso, nem poderia haver, uma vez que
unificar um reino implica num certo nível de desenvolvimento material e de
organização social.
■ A lenta e dificultosa unificação decorreu de um processo onde a centralização
administrativa passou a ser necessária para a maior racionalização do trabalho.
■ A lenta e dificultosa unificação decorreu de um processo onde a centralização
administrativa passou a ser necessária para a maior racionalização do trabalho.
■ Um dos símbolos do poder faraônico, a coroa cerimonial, que combina duas cores
distintas: a alta mitra branca do sul, com a touca vermelha do norte. Também o papiro,
vegetação dos charcos do delta, associada ao lótus, do vale, em outro símbolo do
poder.
3. Egito
■ O mito confunde-se com a realidade do rei legitima-se pela sua origem divina.
■ Isso é uma característica de muitos povos, mas entre os egípcios adquire uma
expressão literal: o rei não tem apenas origem divina, ele expressa o próprio deus.
■ Mais do que comandante dos exércitos ou superior juiz, o faraó é o símbolo vivo da
divindade.
■ Ao longo dos tempos, o faraó foi identificado com diferentes deuses: inicialmente com
o falcão, Hórus; depois Hórus-Rá, e no Novo Império, em Tebas, Amon-Rá. Depois de
morto transfigura-se em Osíris.
■ Sob a ótica do egípcio, somente um deus imortal explica uma natureza vivificada de
vida do rio. O faraó morria como individuo, mas não como deus vivo.
■ Vida, rio, deus, faraó – de certa forma, tudo se confundia, era a mesma coisa. Graças
ao poder divino do faraó as colheitas eram abundantes: o Nilo era o ponto de partida
de toda a prosperidade, tinha de respeitá-lo.
■ O seu papel em favor do seu povo é que assegurava ao faraó a vida eterna.
3. Egito
UMA CIVILIZAÇÃO ORIGINAL
■ A relação entre ciência, religião e arte é estreita e bastante significativa no Egito.
■ As convicções dos egípcios sobre os reis mortos propiciam grande desenvolvimento científico, já que,
sem o conhecimento da matemática, geometria, mecânica e outras construções como as pirâmides
seriam impossíveis.
■ Também a pintura, a arquitetura, a escultura e a arte de embalsamar, entre outras artes, progrediram
para dar forma às convicções religiosas.
■ Enquanto na Mesopotâmia a unidade era a cidade, no Egito, depois de unificado, passou a ser o reino.
■ Materialmente e ideologicamente, a identidade do egípcio assentou-se no conjunto de aldeias e de
nomos reunidos sob a tutela do rei-deus.
– Nomo era uma divisão administrativa do Antigo Egito. A palavra nomo deriva do grego nomos(plural:
nomoi). Para se referirem a estas regiões administrativas os egípcios usaram primeiro a palavra sepat e
mais tarde, durante o período de Amarna.
■ O grande tamanho do Egito foi a base de sua força. Mas, foi também o que causou o esmagamento de
seu povo.
■ Muitos esforços foram empregados para manter a unidade da terra do faraó; uma complexa
administração foi mantida à custa de muito trabalho e a submissão do felá foi massacrante.
3. Egito
ESCRIBAS: intelectuais ou fiscais?
■ Tendo uma ideia do funcionamento da civilização egípcia, estabelecem-se as
seguintes questões: quem age em nome do faraó, como age e por meio de quais
mecanismos?
■ Embora o poder seja exercido em nome de entidades abstratas diferentes,
materializa-se em pessoas muito próximas.
■ A importância de se entender o papel dos escribas.
■ Centralização administrativa supõe uma maquina eficiente que faça as ordens do faraó
chegarem a todo o reino.
■ A palavra Faraó significa “casa grande”, sede da administração, de onde tudo emana e
para onde tudo converge.
■ O “Vizir” ou primeiro-ministro
■ O Nomarca: autoridade regional, espécie de governador que administrava os nomos.
■ Cada aldeia podia eleger o seu líder local e um conselho. Autonomia limitada por
funcionários do poder central.
3. Egito
■ O executor das ordens do faraó era o Escriba.
– Funcionário do poder central, responsável pela articulação entre as ordens do rei e
sua execução.
■ O escriba era prestigiado porque as atividades que desenvolviam, sabiam ler e
escrever, eram úteis e estavam a serviço do faraó, fonte da autoridade e poder.
■ O escriba deveria ser identificado com um oficial de cartório ou um fiscal arrecadador
de impostos.
■ Passava o tempo conferindo rebanhos e áreas cultivadas, taxas pagas e a pagar,
quantidades de cereais nos silos, volume da colheita, e assim por diante.
4. Os Hebreus
■ Os hebreus desenvolveram sua civilização mil anos antes de Cristo. Não apresentando,
assim, a antiguidade da civilização egípcia e mesopotâmica, mesmo convivendo de
maneira estreita com essas duas civilizações.
■ A religião judaica moderna, advinda daquelas praticadas pelos hebreus antigos, tem um
calendário que já se aproxima dos seis mil anos.
■ Essa datação não refere-se às origens da civilização hebraica. Ela é resultado de uma
reunião de homens que determinaram, a partir de cálculos feitos tendo por base textos
bíblicos, a idade do universo.
■ A civilização hebraica constitui uma ponte entre as civilizações do Oriente Próximo e a
civilização ocidental. Por meio dela, o ocidente conhece mito, ciência, práticas sociais, e
valores de povos de toda a região. Estudos feitos a partir da Bíblia, obtiveram referências
que descobertas arqueológicas depois confirmaram.
■ A Bíblia, por exemplo, conta a história de Abrahão e Sara: Através dessa passagem narrada
no Gênesis, os estudiosos entenderam algumas coisas dentre elas:
– O homem possuía uma esposa principal e podia dispor de concubinas;
– A mulher principal tinha direitos que a outra não tinha e uma certa força junto ao
marido;
– A herança não era transmitida identicamente para filhos de esposas legitimas e
concubinas.
Os Hebreus
■ Esses três princípios do direito da família faziam parte do Código de Hamurábi, o que
reitera a origem mesopotâmica dos hebreus e legitima a interpretação bíblica dos
especialistas.
■ O estudo do povo hebreu também é importante, principalmente, por causa do
monoteísmo ético que surgiu e se desenvolveu entre eles, constituindo-se em ponto
de partida do judaísmo, do cristianismo e do islamismo.
■ Normalmente fala-se do Egito, da Babilônia, da Assíria, de Roma etc., e fala-se dos
hebreus e não de Judá, Israel ou outro nome de Estado Político.
■ Não que os hebreus não tivessem um Estado: mas ele não teve grande importância e
seriam um dos numerosos pequenos reinos desaparecidos na história, não fosse o
monoteísmo ético e de uma religião onde o conhecimento era uma forma de
aproximação com deus, daí a necessidade de escrever e documentar tudo.
■ Os hebreus construíram sua civilização quase sem Estado
Os Hebreus
SAINDO de Ur, naCaldeia
■ As origens dos hebreus localizam-se na Mesopotâmia.
■ Fato comprovado, entre outras coisas, pelo fato do hebraico ser um língua semita,
pertencente ao mesmo grupo do aramaico e de outras faladas na mesopotâmia.
■ Os hebreus utilizavam-se de mitos mesopotâmicos: Sargão e sua semelhança com
Moisés; o conceito do caos bíblico e a separação das águas da terra seca; o dilúvio.
JUÍZES e Reis
■ De 1200 a 1030 o povo hebreu desenvolveu um sistema tribal onde inexistia a
propriedade particular de bens de produção.
■ Os governantes não se faziam muito presentes no cotidiano da população, apenas em
ocasiões especiais como em guerras, que se davam quase sempre contra os filisteus.
■ De acordo com o relato bíblico, Sansão foi o mais conhecido dos juízes. Os juízes eram
líderes que possuíam de certa forma as mesmas funções de outros chefes militares
instituídos por federações tribais.
■ A passagem da tribo para a monarquia, terá tido um desenvolvimento semelhante ao
já descrito anteriormente.
Os Hebreus
■ Segundo a Bíblia, os anciães de Israel vêm a Samuel, juiz, na ocasião, e solicitam um
rei. Então Samuel conversa com o seu Deus, e esse discorda da ideia, alegando uma
série de mazelas que aconteceria com o reino:
– o rei apropria-se dos jovens, e os transforma em soldados e cocheiros; exigindo
dízimos, expropriaria animais e servos e os colocaria a seu serviço. E, então,
colocaria o povo a seu serviço, na condição de servos.
■ Percebe-se nessa passagem da Bíblia, a transcrição da transição de uma sociedade
tribal, sem poder centralizado e métodos coercivos de trabalho, para uma monarquia
com o poder centralizado, onde a organização exige mão de obra disciplinada a
serviço da organização que precisa alimentar o restante da população que não produz.
■ Com Saul, instaura-se a monarquia entre os hebreus. Porém nessa ocasião já havia
uma divisão entre tribos do norte (Israel) e as do sul (Judá) e Saul não alcança seu
intento de atrair Judá ao seu reino. Morre nessa tentativa.
■ A mitificação de Salomão vem do fato dele ter sido o construtor do famoso templo de
Jerusalém, ponto de referencia espiritual e material do povo, tanto quando foi
construído como depois.O templo tornou-se uma espécie de símbolo nacional.
Os Hebreus
■ Com o templo, Salomão proporciona ao poder de Iavé um local sagrado. Inicialmente,
Iavé habitava os desertos do sul.
■ Depois, aos poucos Iavé mudou para a terra de Canaã, permanecendo lá, e não saindo
dela. Iavé era um deus “nacional” que não gostava de ser adorado fora de seu país.
Terras estranhas não eram muito bem aceitas, por serem consideradas impuras.
■ Pode-se concluir através da leitura de alguns textos, que Iavé habitava os santuários e
depois, de forma especial, o santuário do templo. E em outros fala-se no céu como
habitat de Iavé.
■ Salomão quando levantou o templo, buscou localizar fisicamente Iavé, mantê-lo em
seu palácio e submetê-lo aos interesses da monarquia.
■ Davi tem mais sucesso. Organizou o pequeno reino de Judá, constituído de hebreus da
tribo de Judá e de cineus, iemareus e outros povos não hebreus, sediados na cidade de
Hebron.
■ Davi estendeu seu poder derrotando os filisteus e conquistando a cidade de Jerusalém,
a qual transforma em capital do reino.
Os Hebreus
■ Mandou construir um palácio, e percebendo que faltava algo de muito importante em
seu reinado: reconhecimento religioso.
■ Então, trouxe a “arca da aliança” para Jerusalém com muita pompa.
■ Com isso legitima o seu poder “pela graça de deus”, fortalecendo-o mais e mais.
■ A organização do Estado torna-se mais complexa e cara; os mercenários, que
formavam parte mais importante do exército de Davi, recebiam soldos, assim como
tinha de haver recursos para as edificações que eram bastante luxuosas.
■ A solução para cobrir os gastos era manter o expansionismo, conquistar e saquear, o
que passou a ser feito com bastante sucesso.
■ Mesmo no seu momento máximo, o reino de Davi era insignificante se comparado as
grandes impérios da época.
■ Aos olhos dos hebreus, aquilo devia ser considerado coisa de outro mundo.
■ Até hoje, Davi é o símbolo de poder político dos hebreus, na antiguidade e no
moderno Estado de Israel.
■ A primeira referência de caráter messiânico entre os hebreus foi a esperança à era de
ouro dos tempos do rei Davi.

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  • 1. AS PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES Surgimento das cidades Mesopotâmia Egito Hebreus
  • 2. 1...E o homem criou as cidades 1.1. POR QUE surgem as cidades? ■ Em primeiro lugar, não é uma resposta fácil. ■ Não havia consciência individual ou de grupo e, muito menos, modelos e objetivos bem determinados. ■ A agricultura e a urbanização iniciaram-se no Oriente Próximo, mais exatamente, no Crescente Fértil. ■ O que fez com que a urbanização tenha iniciado no sul da Mesopotâmia e no vale do Nilo? ■ Uma hipótese plausível: no Egito e na Mesopotâmia havia condições potenciais favoráveis à agricultura, no entanto, precisavam ser aproveitadas com um trabalho sistemático, organizado e da grande envergadura. ■ A necessidade como a mãe das invenções.
  • 4. 1...E o homem criou as cidades 1.2. URBANIZAÇÃO e civilização ■ Concepção eurocêntrica ■ Caracterização da civilização em parâmetros objetivos ■ Uma civilização implica em: – uma organização política formal; projetos amplos que demandem trabalho conjunto e administração centralizada; criação de um corpo de sustentação política; a incorporação de crenças por uma religião vinculada ao poder central, direta ou indiretamente; uma produção artística que tenha sobrevivido ao tempo; a criação ou incorporação de um sistema de escrita; a criação de cidades. ■ De fato, sem cidades não há civilização. ■ Relação dialética entre invenções e descobertas e a revolução urbana: invenções e descobertas são pré-condições para a organização social do tipo urbano, que por sua vez provoca novas descobertas, mediante processo de exploração e adequação ao meio ambiente.
  • 5. 1...E o homem criou as cidades 1.3. DO CAOS à cidade ■ ...e Deus criou, do caos, os céus e a terra. ■ Hoje sabe-se que muito do conteúdo dos primeiros livros da bíblia são adaptações de mitos criados por sumérios e outros povos babilônicos. ■ Esse caos bíblico era a representação do caos mesopotâmico, em que água e terra não tinham separação definida, após as cheias doTigre e do Eufrates. ■ Aqui foi o homem, abrindo canais para irrigar os campos e secar os pântanos; construindo plataformas para proteger homens e gados das enchentes; dominando a água por meio de diques e definindo a terra no meio dos juncos. ■ Criando, do caos, a terra e a água.A recompensa fixou o homem à terra. ■ Trabalho de grupo que exigia estoques de alimento que liberava indivíduos para a tarefa coletiva. Quanto maior o pedaço de terra a ser resgatado do caos, maior o numero de trabalhadores tinha que ser requisitado e mais comida tinha de ser colocada à disposição. ■ Alimento excedente em quantidade crescente quantidade crescente de força de trabalho concentrada organização social mais complexa.
  • 6. 1...E o homem criou as cidades 1.4. CIDADE e poder ■ No Egito e na Mesopotâmia o indivíduo tinha de fazer parte do grupo maior, um de muitos elemento na engrenagem: o grupo dependia dele e ele do grupo. ■ Imposição da solidariedade social. ■ O rei investia-se de poder moral, outorgado pelo interesse do grupo e do poder de coação, podendo aplicar sanções a quem não se enquadrava nas regras da comunidade. ■ Necessidade de matérias-primas, como madeiras, pedras e minérios. ■ Com as obras hidráulicas, egípcios e sumérios desenvolveram comércio com povos vizinhos para suprirem sua necessidade de matérias-primas grupos de comerciantes, trabalhadores em transportes e de artesãos alimentados pelo restante da sociedade que continuava a produção de alimentos. ■ Surgimento dos soldados; escribas e uma série de funcionários do Estado para conciliar conflitos de interesses.Aparecem funcionários religiosos e templos. ■ Alterações na economia. Aumento na complexidade dos papéis sociais, verdadeira divisão do trabalho e instituição de um poder político que se solidifica e busca se perpetuar. ■ Justificativa religiosa e legitimação supostamente divina para a autoridade real.
  • 7. 1...E o homem criou as cidades 1.5. A CIDADE que se expande ■ Os governantes das primeiras cidades expandem os seus tentáculos na busca por matérias-primas não encontradas em seu território. ■ A partir dos contatos comerciais, vários povos vizinhos aos egípcios e sumérios, transformaram aldeias em cidades. ■ Agrupamentos humanos simples, compostos de aldeia e campo, metamorfoseiam-se em cidades complexas com atividades manufatureiras. ■ As cidades-mães estabeleciam influência sobre as demais. ■ Estruturas sociopolíticas semelhantes, além de padrões de comportamentos e valores. ■ Em diversas ocasiões o contato era marcado pela violência.
  • 8. 2. Mesopotâmia ■ Três mil anos a.C. testemunha um considerável número de unidades urbanas desenvolvendo-se em torno do Tigre e do Eufrates. O período que vai de 2700 a 2100 a.C., tem uma grande lista de reis em lugares como Lagash, Umma, Kish, Ur, Uruk, Akad, Gatium e Elan. ■ Em Uruk foi encontrado vestígios de um templo que tinha mais de dois mil metros quadrados. Perto dele foi erguido um monte artificial (zigurate) com 11 metros de altura, edificado com tijolos e enfeitados com pedaços de cerâmica. ■ Requinte e técnica na construção. ■ Os próprios dirigentes dos templos se organizavam em sua força de trabalho, que às vezes atuavam como arquitetos, engenheiros, mestres-de-obras em nome dos deuses que representavam na terra. ■ Possivelmente, a “casa divina” foi o primeiro lugar onde se desenvolveu uma especialização de atividades . ■ Ao especializar-se o artesão, pedreiro, pintor, tecelão ganha em habilidade e, portanto, em produtividade, porém passa a depender daqueles que organizam a atividade produtiva. ■ A transição de uma economia de para uma estrutura que contempla trabalhadores braçais de um lado e organizadores da força de trabalho de outro.
  • 9. 2. Mesopotâmia ■ Perdendo parte de sua liberdade, o trabalhador a cede ao sacerdote do templo que, se fortalece e explora aqueles que se tornam seus trabalhadores. ■ Era comum os sacerdotes dispuserem das terras lavradas pelos seus trabalhadores, confiscarem animais e utensílios, além de remunerarem os trabalhos deles no limite da sobrevivência. ■ Também na Suméria os templos e zigurates foram construídos à custa do trabalho de boa parte da população.
  • 10.
  • 12. 2. Mesopotâmia 2.1. A DIVISÃO social do trabalho ■ A exploração da mão de obra de uma parcela da sociedade por outra cria, pela primeira vez na humanidade, divergências determinadas pela função econômica exercida pelo indivíduo no grupo. ■ É importante ressaltar que não está se falando de antagonismos pessoais, mas de oposições socialmente determinadas, impessoais. ■ Na verdade, o sacerdote desempenhava o papel de organizador do processo de trabalho, em nome de cuja racionalidade agia. ■ Os sacerdotes não representavam uma região, uma cidade. Por isso, surgiram os dirigentes não vinculados aos templos, aqueles que posteriormente iriam se tornar os reis. ■ Juntamente com os monarcas, os sumérios também tinham um chefe para batalhas. ■ O rei passa a atuar junto com a religião. Dá dinheiro para a construção e decoração de templos, fornece matérias primas e, às vezes, mão de obra. Em troca, busca a legitimação de seu poder, que, advindo dos homens, vai ganhando caráter divino.
  • 13. 2. Mesopotâmia ■ Por se apresentar e ser reconhecido como representante dos deuses, ao monarca cabia grande parte das terras das tribos sobre as quais tinha influência, além de tributos que eram o modo alternativo dos presentes oferecidos aos chefes tribais. ■ Nesse período ainda não há unificação política: as cidades têm organizações de poder independentes, embora sejam interdependentes na esfera econômica. ■ Assistiu-se a um desfilar de reinos e reis que lutaram entre si, não pela hegemonia, mas por um espaço político-econômico próprio. ■ A cultura, porém, estava em plena ebulição. Administrar uma cidade exigia mais que disposição e preocupação divina: exigia instrumentos adequados, que se desenvolveram de forma extraordinária na Mesopotâmia.
  • 14. 2. Mesopotâmia 2.2. ESCREVER e contar ■ A complexidade e a objetividade das relações econômicas que se estabelece, devido a sua amplitude em termos de espaço e tempo, vão exigir cálculos precisos e anotações claras. ■ Registros inteligíveis não somente para quem os fazia como para outros participantes ou coordenadores do projeto comum. ■ De acordo com Gordon Childe : “a invenção de um sistema de escrita foi apenas um acordo sobre os significados que deviam ser atribuídos aos símbolos pela sociedade que deles se utilizava para seus objetivos comuns”. ■ Escrita cuneiforme: é a designação geral dada a certos tipos de escritas feitas com auxílio de glifos em formato de cunha. É juntamente com os hieróglifos egípcios o mais antigo tipo de escrita, tendo sido criado pelos Sumérios na antiga Mesopotâmia por volta de 3.500 . C.
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  • 16. 2. Mesopotâmia 2.3.TRANSMISSÃO formal da cultura ■ Cada geração tinha de encontrar formas de passar à outra geração o conjunto de conhecimentos já adquiridos e codificados. ■ O saber ia se tornando mais complexo, mais especializado, necessitando de veículos adequados para sua transmissão. ■ A obtenção da língua escrita, não poderia acontecer no espaço da própria família. ■ O estudo da língua escrita só poderia ser realizado em locais destinados a isso e dentro de um único padrão. ■ Os padrões de mensuração também precisaram ser definidos: arrecadar ou pagar tributos, fixar volumes e medidas ou mesmo comercializar sem estabelecer padrões era impossível. ■ Na Suméria estabeleceram-se padrões mais cuidadosos, referencias mais precisas quando o comércio passa a se desenvolver e os impostos têm de ser arrecadados. ■ Também, ensinava-se a dividir o dia em doze horas duplas e o ano baseado no ciclo da lua.
  • 17. 2. Mesopotâmia ■ Ensinavam-se noções de volume, daí se aprendiam as principais operações aritméticas. ■ A relação da circunferência de um circulo com o seu diâmetro era estabelecida em três, o que na prática servia para calcular o conteúdo de um celeiro cilíndrico, deduzindo-se eventuais espaços vazios. ■ Criou-se um padrão de trocas. Intercambiar bens e serviços através do escambo trazia muitos inconvenientes. ■ Instituiu-se, portanto, antes a cevada e depois os metais (como o cobre) como padrão para pequenas somas, e a prata para grandes valores. ■ Ainda não era a moeda formal, com peso e valor constante, mas já se monetarizava a economia, produzindo-se para o mercado e cobrando-se juros por empréstimos feitos. ■ Dessa forma, os comerciantes se enriquecem e se fortalecem, passando a ter maior influência política, o que provocou mudanças significativas na Suméria.
  • 18. 2. Mesopotâmia 2.4. O CÓDIGO de Hamurábi ■ Hamurábi, grande chefe militar do século XVIII a.C., preocupou-se, após efetuar importantes conquistas militares, de unificar a legislação. ■ O resultado não podia ser melhor, já que o Código não é somente um modelo de jurisprudência, mas de língua babilônica. ■ Legisla a partir da existência de três classes distintas: os ricos, o povo e os escravos. ■ Os primeiros com mais privilégios e “obrigações”; os ricos pagavam mais tributos, mas a prática de um delito contra eles seria punido de forma bastante severa; ■ Os escravos que tinham seus direitos restringidos pela lei, podiam casar-se com uma mulher livre e possuir bens, porém eram marcados como animais, já que não deixavam de ser propriedade. ■ A mulher possuía considerável independência com relação ao marido, administrando o dote que ganhava do pai quando se casasse, podendo, inclusive, assumir cargos públicos e demandar em juízo. ■ O esposo tinha o direito de puni-la em caso de infidelidade e de tomar uma esposa secundária (concubina), a qual, porém, não teria os mesmos direitos da primeira. ■ Os filhos homens herdavam os bens do pai, que deixava sempre um dote para a filha.
  • 19. 2. Mesopotâmia ■ As terras e outras propriedades poderiam pertencer ao Estado, ao templo ou a particulares. ■ Todos tinham de permitir a passagem de dutos de água pelas suas propriedades, como também, zelar pela manutenção dos canais, mas, fora isso, os particulares tinham liberdade formal para dispor de seus bens. ■ As terras reais eram cultivadas mediante um complexo sistema de posse/ propriedade, que incluía desde rendeiros (que pagavam um aluguel pelos lotes) e colonos (que pagavam em espécie) até homens de corveia (que não tinham título regular) e funcionários públicos (que em troca ofereciam seus serviços ao rei). ■ A importância do comércio pode ser evidenciada pelo papel que tinha o tamkarum, mistura de mercador, atacadista, usuário e funcionário do governo. Auxiliava na arrecadação de taxas, fazia compras em nome do rei e emprestava dinheiro para os agricultores. ■ Hamurabi, no seu código, intervém energicamente na economia, estabelecendo regras de trabalho, valores para aluguéis e arrendamento de terras e animais, salários e normas comerciais.
  • 20. 2. Mesopotâmia ■ Não se tratava, contudo, de um Estado consolidado, organizado para durar muito. Sua estrutura administrativa consistia apenas num poder regional, mesmo assim, frequentemente questionado pelos vizinhos, ou seja, existiam estados mesopotâmicos e não um Estado mesopotâmico solidamente unificado. ■ Contudo, em outros aspectos a unificação existia. As línguas semíticas não variavam muito; a cultura é semelhante, a atividade econômica praticamente semelhante: agricultores nos campos, artesãos e comerciantes nas cidades.
  • 21. 2.1 Os Povos da Mesopotâmia Os Sumérios ■ Os primeiros povos que se estabeleceram na região de maneira sedentária foram os sumérios. As primeiras cidades da Mesopotâmia foram fundadas por eles e acredita-se que os sumérios tenham chegado ao local por volta de 5000 a.C. ■ Algumas das importantes cidades construídas pelos sumérios foram Ur, Uruk, Lagash e Nipur. As cidades sumérias eram consideradas cidades-estado, ou seja, possuíam organização independente uma das outras. ■ Cada cidade possuía um Templo (centro político, econômico e religioso) e era governada por um Patesi (vigário de deus), detentor dos poderes políticos, religiosos e militares. O Patesi governava com auxílio de sacerdotes e altos funcionários. ■ Os sumérios foram extremamente importantes para o desenvolvimento humano, pois, ali, desenvolveram técnicas para importantes construções que permitiam ao homem manter um controle sobre a natureza. Esse povo desenvolveu barragens para impedir o avanço das águas dos rios no período de cheias, além de reservatórios e canais de irrigação. ■ Além disso, atribui-se aos sumérios o desenvolvimento da primeira forma de escrita da humanidade: a escrita cuneiforme. Criada para manter controle sobre a contabilidade dos palácios reais, essa escrita era feita em blocos de argila com um instrumento pontiagudo chamado cunha. E também a invenção da roda.
  • 22. 2.1 Os Povos da Mesopotâmia Os Acádios ■ Os habitantes da cidade de Acad, por volta de 2550 a.C., invadem as cidades Sumerianas. Comandados pelo rei Sargão I conquistam e unificam estas cidades, fundando o Primeiro Império na região da Mesopotâmia. ■ Sucessivas revoltas das cidades sumerianas e ataques de outros povos vieram a enfraquecer o império, que por volta de 2150 a.C. foi derrubado pelos Guti.
  • 23. 2.1 Os Povos da Mesopotâmia Os Amoritas ou os Primeiros Babilônicos ■ Vindos do deserto da Arábia por volta de 2000 a.C., os Amoritas se instalaram na Babilônia. ■ O estabelecimento amorita na Babilônia levou à formação do Primeiro Império Babilônico ■ O maior destaque entre os reis babilônicos fica por conta de Hamurábi (1728-1686 a.C.), que expandiu seus domínios por toda a Mesopotâmia. ■ Este rei também é o responsável pelo primeiro código de leis escrito que se conhece: o Código de Hamurábi, que adota o Princípio de Talião (“Olho por olho, dente por dente”). Este código tinha por objetivo a manutenção da propriedade privada e a disciplina da vida econômica. ■ Posteriormente a Hamurábi, o império babilônico entra em decadência, sendo invadido por Cassitas e Hititas, que causavam grande impacto ao usar cavalos para fins militares.
  • 24. 2.1 Os Povos da Mesopotâmia Os Assírios ■ A Assíria era a região que servia de passagem natural entre a Ásia e o Mediterrâneo, localizada, portanto, numa região disputada e que sofria ataques constantes. ■ Este fator talvez tenha sido o motivo que transformou os Assírios num povo guerreiro, possuindo um dos primeiros exércitos permanentes do mundo e com alta capacidade de combate (lanças, escudos, espadas de ferro, carros de combate, catapultas, etc.). ■ O reino dos amoritas enfraqueceu-se depois da morte de Hamurábi e foi sucedido, tempos depois, pelos assírios. Os assírios formaram essa sociedade extremamente militarizada a partir do final do segundo milênio a.C. e iniciaram um processo de expansão e conquista na Mesopotâmia por volta de 1800 a.C. Eles conquistaram toda a Mesopotâmia, além da Palestina, do Egito, da Síria e parte da Pérsia. ■ Os assírios ficaram célebres por terem sido guerreiros temíveis que se utilizavam de técnicas violentas em combate e por tratarem seus prisioneiros com extrema brutalidade. Os povos conquistados, além de serem governados de maneira tirânica, eram obrigados a pagar pesados tributos. A violência dos assírios foi levantada pelos historiadores como o motivo que deu início a inúmeras revoltas que enfraqueceram o poder dos assírios por volta do séculoVII a.C. ■ O rei mais importante dos assírios foi Assurbanipal, que ficou conhecido por ser um apreciador da erudição e por mandar construir a Biblioteca de Nínive (principal cidade da Assíria). Reunia milhares de textos em escrita cuneiforme sobre diversos assuntos, e grande parte do que se conhece sobre a Mesopotâmia hoje é por causa da Biblioteca de Nínive. ■ Por volta de 612 a.C., Caldeus e Medos, aliados, tomaram as principais cidades Assírias, dando fim ao império que se baseava no domínio pelo terror.
  • 25. 2.1 Os Povos da Mesopotâmia Os Caldeus ou Neobabilônicos ■ O enfraquecimento dos assírios permitiu aos caldeus conquistar a Mesopotâmia e fundar o Segundo Império Babilônico em 612 a.C. ■ O império formado por esse povo foi breve e teve com o principal rei Nabucodonosor, responsável por reconquistar a Palestina e toda a Mesopotâmia. Atribui-se a esse rei a construção dos Jardins Suspensos da Babilônia, considerado uma das maravilhas do mundo antigo. ■ O império dos caldeus foi o último desenvolvido por um povo mesopotâmico. Seu domínio foi enfraquecido após a morte de Nabucodonosor e, por isso, eles foram conquistados pelos persas, liderados por Ciro II em 539 a.C. Os persas eram um povo originário da Pérsia, região do atual Irã.
  • 26. 3. Egito ■ “O Egito é uma dádiva do Nilo!” ■ O desenvolvimento do Egito tem bases bastante concretas . ■ O rio Nilo ofereceu condições potenciais, que foram aproveitadas pela força de trabalho dos camponeses egípcios – os felás. – Felás: Camponeses do antigo Egito que trabalhavam presos à terra e em obras públicas. ■ Estes eram organizados por um poder centralizado, no período faraônico. ■ O rio ao mesmo tempo em que fertilizava também inundava. ■ Dessa forma, tornou-se necessário organizar a distribuição de água de forma mais ampla. ■ A solução foi a organização do trabalho de forma coletiva e solidária, intensa e organizada. ■ Embora desenvolvida em condições geográficas favoráveis, a civilização não é uma dádiva dessas condições geográficas, do Nilo, uma vez que surge quando o homem atua, modificando e domando a natureza.
  • 27. 3. Egito ■ O Egito divide-se em duas grandes regiões: o delta e o vale. ■ O vale acompanha o rio por mais de dois mil quilômetros, constituindo-se numa estreita faixa de não mais de dez quilômetros de terras adequadas ao cultivo. ■ O delta forma-se numa espécie de triangulo com duzentos quilômetros de lado, apresentando uma rica vegetação e bastante água. ■ O delta é uma região rica e muito povoada, localizado próximo ao mar, sendo o vale mais isolado. ■ Os primeiros reis egípcios, faraós, se diziam senhores das duas terras, do delta e do vale, diferença essa reconhecida e respeitada por todos. ■ Apesar das diferenças e das divergências havia uma grande preocupação com a unidade. Qualquer divisão ocasionava menor capacidade de explorar a natureza, de tirar dela os alimentos e outras necessidades básicas. ■ A grande duração da civilização egípcia fez com que durante muito tempo vivessem à sobra de suas pirâmides. As grandes pirâmides foram construídas, efetivamente, no Antigo Império Egípcio; a de Quéops foi construída por volta de 2800. ■ As pirâmides e outros monumentos misturavam realidade com mito, reproduzindo ideias de imortalidade e lembravam da força que se baseava na unidade
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  • 29. 3. Egito ■ A grande duração da civilização egípcia fez com que durante muito tempo vivessem à sobra de suas pirâmides. ■ As grandes pirâmides foram construídas, efetivamente, no Antigo Império Egípcio; a de Quéops foi construída por volta de 2800. Ramsés II, no Novo Império, um dos momentos gloriosos do Egito, reinou no século XIII, ou seja, 1500 anos após a construção da grande pirâmide e mais de mil anos antes de Cristo. ■ As pirâmides e outros monumentos misturavam realidade com mito, reproduzindo ideias de imortalidade e lembravam da força que se baseava na unidade. ■ Cercado de desertos por quase todos os lados, o Egito antigo manteve, durante toda a sua existência algumas características advindas da diversidade produzidas ao longo de milênios. ■ Mesmo após o domínio de diferentes povos, o país continuou o mesmo, com os felás, os templos, as múmias e a linguagem escrita: sobrepondo-se somente à estrutura do Egito a estrutura do invasor.
  • 30. 3. Egito ■ O felá que aprendeu a dominar o rio acabou sendo domado pelo faraó. Realizava sua parte no trabalho coletivo, mas não tinha controle sobre o resultado de sua obra. ■ Nem como camponês que tinha parte de sua produção subtraída, nem como braçal que lutava contra as cheias do rio Nilo. ■ Dominado material e ideologicamente pela estrutura de poder, temia a investida dos soldados, os sacerdotes e os impostos e taxas arrecadados pelos escribas. ■ Nenhum invasor quis alterar essa força de trabalho útil e mansa. Isso implicava não modificar outros elementos do EgitoAntigo
  • 31. 3. Egito O FARAÓ ■ Semelhantemente a outros grupos, o início da civilização era atribuído a um único indivíduo, Menés, que teria sido o primeiro rei da primeira dinastia, o herdeiro dos deuses, aquele que revelou aos egípcios a agricultura, o artesanato e a escrita. ■ Não há nenhuma comprovação documental disso, nem poderia haver, uma vez que unificar um reino implica num certo nível de desenvolvimento material e de organização social. ■ A lenta e dificultosa unificação decorreu de um processo onde a centralização administrativa passou a ser necessária para a maior racionalização do trabalho. ■ A lenta e dificultosa unificação decorreu de um processo onde a centralização administrativa passou a ser necessária para a maior racionalização do trabalho. ■ Um dos símbolos do poder faraônico, a coroa cerimonial, que combina duas cores distintas: a alta mitra branca do sul, com a touca vermelha do norte. Também o papiro, vegetação dos charcos do delta, associada ao lótus, do vale, em outro símbolo do poder.
  • 32. 3. Egito ■ O mito confunde-se com a realidade do rei legitima-se pela sua origem divina. ■ Isso é uma característica de muitos povos, mas entre os egípcios adquire uma expressão literal: o rei não tem apenas origem divina, ele expressa o próprio deus. ■ Mais do que comandante dos exércitos ou superior juiz, o faraó é o símbolo vivo da divindade. ■ Ao longo dos tempos, o faraó foi identificado com diferentes deuses: inicialmente com o falcão, Hórus; depois Hórus-Rá, e no Novo Império, em Tebas, Amon-Rá. Depois de morto transfigura-se em Osíris. ■ Sob a ótica do egípcio, somente um deus imortal explica uma natureza vivificada de vida do rio. O faraó morria como individuo, mas não como deus vivo. ■ Vida, rio, deus, faraó – de certa forma, tudo se confundia, era a mesma coisa. Graças ao poder divino do faraó as colheitas eram abundantes: o Nilo era o ponto de partida de toda a prosperidade, tinha de respeitá-lo. ■ O seu papel em favor do seu povo é que assegurava ao faraó a vida eterna.
  • 33. 3. Egito UMA CIVILIZAÇÃO ORIGINAL ■ A relação entre ciência, religião e arte é estreita e bastante significativa no Egito. ■ As convicções dos egípcios sobre os reis mortos propiciam grande desenvolvimento científico, já que, sem o conhecimento da matemática, geometria, mecânica e outras construções como as pirâmides seriam impossíveis. ■ Também a pintura, a arquitetura, a escultura e a arte de embalsamar, entre outras artes, progrediram para dar forma às convicções religiosas. ■ Enquanto na Mesopotâmia a unidade era a cidade, no Egito, depois de unificado, passou a ser o reino. ■ Materialmente e ideologicamente, a identidade do egípcio assentou-se no conjunto de aldeias e de nomos reunidos sob a tutela do rei-deus. – Nomo era uma divisão administrativa do Antigo Egito. A palavra nomo deriva do grego nomos(plural: nomoi). Para se referirem a estas regiões administrativas os egípcios usaram primeiro a palavra sepat e mais tarde, durante o período de Amarna. ■ O grande tamanho do Egito foi a base de sua força. Mas, foi também o que causou o esmagamento de seu povo. ■ Muitos esforços foram empregados para manter a unidade da terra do faraó; uma complexa administração foi mantida à custa de muito trabalho e a submissão do felá foi massacrante.
  • 34. 3. Egito ESCRIBAS: intelectuais ou fiscais? ■ Tendo uma ideia do funcionamento da civilização egípcia, estabelecem-se as seguintes questões: quem age em nome do faraó, como age e por meio de quais mecanismos? ■ Embora o poder seja exercido em nome de entidades abstratas diferentes, materializa-se em pessoas muito próximas. ■ A importância de se entender o papel dos escribas. ■ Centralização administrativa supõe uma maquina eficiente que faça as ordens do faraó chegarem a todo o reino. ■ A palavra Faraó significa “casa grande”, sede da administração, de onde tudo emana e para onde tudo converge. ■ O “Vizir” ou primeiro-ministro ■ O Nomarca: autoridade regional, espécie de governador que administrava os nomos. ■ Cada aldeia podia eleger o seu líder local e um conselho. Autonomia limitada por funcionários do poder central.
  • 35. 3. Egito ■ O executor das ordens do faraó era o Escriba. – Funcionário do poder central, responsável pela articulação entre as ordens do rei e sua execução. ■ O escriba era prestigiado porque as atividades que desenvolviam, sabiam ler e escrever, eram úteis e estavam a serviço do faraó, fonte da autoridade e poder. ■ O escriba deveria ser identificado com um oficial de cartório ou um fiscal arrecadador de impostos. ■ Passava o tempo conferindo rebanhos e áreas cultivadas, taxas pagas e a pagar, quantidades de cereais nos silos, volume da colheita, e assim por diante.
  • 36. 4. Os Hebreus ■ Os hebreus desenvolveram sua civilização mil anos antes de Cristo. Não apresentando, assim, a antiguidade da civilização egípcia e mesopotâmica, mesmo convivendo de maneira estreita com essas duas civilizações. ■ A religião judaica moderna, advinda daquelas praticadas pelos hebreus antigos, tem um calendário que já se aproxima dos seis mil anos. ■ Essa datação não refere-se às origens da civilização hebraica. Ela é resultado de uma reunião de homens que determinaram, a partir de cálculos feitos tendo por base textos bíblicos, a idade do universo. ■ A civilização hebraica constitui uma ponte entre as civilizações do Oriente Próximo e a civilização ocidental. Por meio dela, o ocidente conhece mito, ciência, práticas sociais, e valores de povos de toda a região. Estudos feitos a partir da Bíblia, obtiveram referências que descobertas arqueológicas depois confirmaram. ■ A Bíblia, por exemplo, conta a história de Abrahão e Sara: Através dessa passagem narrada no Gênesis, os estudiosos entenderam algumas coisas dentre elas: – O homem possuía uma esposa principal e podia dispor de concubinas; – A mulher principal tinha direitos que a outra não tinha e uma certa força junto ao marido; – A herança não era transmitida identicamente para filhos de esposas legitimas e concubinas.
  • 37. Os Hebreus ■ Esses três princípios do direito da família faziam parte do Código de Hamurábi, o que reitera a origem mesopotâmica dos hebreus e legitima a interpretação bíblica dos especialistas. ■ O estudo do povo hebreu também é importante, principalmente, por causa do monoteísmo ético que surgiu e se desenvolveu entre eles, constituindo-se em ponto de partida do judaísmo, do cristianismo e do islamismo. ■ Normalmente fala-se do Egito, da Babilônia, da Assíria, de Roma etc., e fala-se dos hebreus e não de Judá, Israel ou outro nome de Estado Político. ■ Não que os hebreus não tivessem um Estado: mas ele não teve grande importância e seriam um dos numerosos pequenos reinos desaparecidos na história, não fosse o monoteísmo ético e de uma religião onde o conhecimento era uma forma de aproximação com deus, daí a necessidade de escrever e documentar tudo. ■ Os hebreus construíram sua civilização quase sem Estado
  • 38. Os Hebreus SAINDO de Ur, naCaldeia ■ As origens dos hebreus localizam-se na Mesopotâmia. ■ Fato comprovado, entre outras coisas, pelo fato do hebraico ser um língua semita, pertencente ao mesmo grupo do aramaico e de outras faladas na mesopotâmia. ■ Os hebreus utilizavam-se de mitos mesopotâmicos: Sargão e sua semelhança com Moisés; o conceito do caos bíblico e a separação das águas da terra seca; o dilúvio. JUÍZES e Reis ■ De 1200 a 1030 o povo hebreu desenvolveu um sistema tribal onde inexistia a propriedade particular de bens de produção. ■ Os governantes não se faziam muito presentes no cotidiano da população, apenas em ocasiões especiais como em guerras, que se davam quase sempre contra os filisteus. ■ De acordo com o relato bíblico, Sansão foi o mais conhecido dos juízes. Os juízes eram líderes que possuíam de certa forma as mesmas funções de outros chefes militares instituídos por federações tribais. ■ A passagem da tribo para a monarquia, terá tido um desenvolvimento semelhante ao já descrito anteriormente.
  • 39. Os Hebreus ■ Segundo a Bíblia, os anciães de Israel vêm a Samuel, juiz, na ocasião, e solicitam um rei. Então Samuel conversa com o seu Deus, e esse discorda da ideia, alegando uma série de mazelas que aconteceria com o reino: – o rei apropria-se dos jovens, e os transforma em soldados e cocheiros; exigindo dízimos, expropriaria animais e servos e os colocaria a seu serviço. E, então, colocaria o povo a seu serviço, na condição de servos. ■ Percebe-se nessa passagem da Bíblia, a transcrição da transição de uma sociedade tribal, sem poder centralizado e métodos coercivos de trabalho, para uma monarquia com o poder centralizado, onde a organização exige mão de obra disciplinada a serviço da organização que precisa alimentar o restante da população que não produz. ■ Com Saul, instaura-se a monarquia entre os hebreus. Porém nessa ocasião já havia uma divisão entre tribos do norte (Israel) e as do sul (Judá) e Saul não alcança seu intento de atrair Judá ao seu reino. Morre nessa tentativa. ■ A mitificação de Salomão vem do fato dele ter sido o construtor do famoso templo de Jerusalém, ponto de referencia espiritual e material do povo, tanto quando foi construído como depois.O templo tornou-se uma espécie de símbolo nacional.
  • 40. Os Hebreus ■ Com o templo, Salomão proporciona ao poder de Iavé um local sagrado. Inicialmente, Iavé habitava os desertos do sul. ■ Depois, aos poucos Iavé mudou para a terra de Canaã, permanecendo lá, e não saindo dela. Iavé era um deus “nacional” que não gostava de ser adorado fora de seu país. Terras estranhas não eram muito bem aceitas, por serem consideradas impuras. ■ Pode-se concluir através da leitura de alguns textos, que Iavé habitava os santuários e depois, de forma especial, o santuário do templo. E em outros fala-se no céu como habitat de Iavé. ■ Salomão quando levantou o templo, buscou localizar fisicamente Iavé, mantê-lo em seu palácio e submetê-lo aos interesses da monarquia. ■ Davi tem mais sucesso. Organizou o pequeno reino de Judá, constituído de hebreus da tribo de Judá e de cineus, iemareus e outros povos não hebreus, sediados na cidade de Hebron. ■ Davi estendeu seu poder derrotando os filisteus e conquistando a cidade de Jerusalém, a qual transforma em capital do reino.
  • 41. Os Hebreus ■ Mandou construir um palácio, e percebendo que faltava algo de muito importante em seu reinado: reconhecimento religioso. ■ Então, trouxe a “arca da aliança” para Jerusalém com muita pompa. ■ Com isso legitima o seu poder “pela graça de deus”, fortalecendo-o mais e mais. ■ A organização do Estado torna-se mais complexa e cara; os mercenários, que formavam parte mais importante do exército de Davi, recebiam soldos, assim como tinha de haver recursos para as edificações que eram bastante luxuosas. ■ A solução para cobrir os gastos era manter o expansionismo, conquistar e saquear, o que passou a ser feito com bastante sucesso. ■ Mesmo no seu momento máximo, o reino de Davi era insignificante se comparado as grandes impérios da época. ■ Aos olhos dos hebreus, aquilo devia ser considerado coisa de outro mundo. ■ Até hoje, Davi é o símbolo de poder político dos hebreus, na antiguidade e no moderno Estado de Israel. ■ A primeira referência de caráter messiânico entre os hebreus foi a esperança à era de ouro dos tempos do rei Davi.