3. Introdução
Este trabalho foi realizado no âmbito da
disciplina de Português e nele vamos
apresentar as ideias principais dos
capítulos III, IV e V do
“Sermão de Santo António aos Peixes”.
5. Tobias
Identificação
Os peixes são ouvintes dos pregadores.
Efeitos
Curou a cegueira do pai de Tobias.
O que representa
A influência e tentação.
Características
Ouvem mas não falam.
Paralelismo
Quando o Padre António Vieira refere a virtude dos peixes,
acaba em oposição, apontar os defeitos dos homens
6. Rémora
Identificação
Peixe rei com exemplo de parasitismo e
dependência moral que os peixes
deveriam evitar
Efeitos
Eram destinados a persuadir a congregação a
seguir os ensinamentos religiosos e a
arrepender-se dos seus pecados
O que representa
A ideia de que más influências e
os pecados do mundo podem ser
obstáculos que “prendem” as
pessoas
Características
Era pequeno no corpo e grande na força e
no poder
Paralelismo
Entre o comportamento do peixe e
do homem destacando como
ambos podem ser atraídos por
iscos que representam os pecados
e desvios morais
7. Torpedo
Identificação
É uma metáfora para o pecado que
prejudica a espiritualidade das pessoas,
similar ao dano causado por torpedo a
uma embarcação.
Efeitos
Atordoamento dos presos, defesa contra
predadores, comunicação, dor em seres
humanos.
O que representa
Distrações e Tentações
Características
É conhecido como peixe raia elétrica
Paralelismo
Ambos são capazes de “atundir”
ou desviar algo, seja uma presa ou
a devoção religiosa.
8. Peixe Quatro Olhos
Identificação
Uma metáfora que simboliza a atenção
e vigilância necessária ao ouvir
pregações religiosas
Efeitos
São direcionados para a melhoria da
qualidade da escuta religiosa
O que representa
Uma adaptação evolutiva,
notável, permitindo que o peixe
procure por alimentos na
superfície da água enquanto
permanece submerso
Características
Tem este nome devido aos seus olhos
divididos em duas secções
Paralelismo
Representa a necessidade de ver
além do obvio.
10. 1ª Repreensão
Na 1ª repreensão Antonio Vieira repreende os peixes
pelo seu comportamento e ingratidão. Ele critica os
peixes por não reconhecerem os benefícios concedidos
por Deus. A repreensão destaca a ironia de como os
peixes demonstram mais obediência que os seres
humanos.
Aos Peixes: ” A primeira coisa, que me desedifica,
peixes, de vós, é que vos comeis uns aos outros.”
Aos Homens: “Os homens com suas mãos e perversos
cobiças vêm a ser como os peixes, que vai comem uns
aos outros.”
11. Linhas de passagem:
Aos peixes: l.3
Aos homens: ll. 8,9
Argumento de autoridade
Santo António recorre a autoridade divina, referindo-se
à Bíblia e à criação, para me atirar aos peixes que eles
têm obrigação moral de ouvir a sua mensagem, já que
Deus criou todas as criatura e os colocou em seu devido
lugar na ordem da criação. Por tanto o argumento de
autoridade é usado para convencer os peixes a prestar
atenção ao sermão de S.António
Circunstâncias agravantes
“ Não só vos comeis uns aos outros, senão que
os grandes comem os pequenos” “Como os
grandes comem os pequenos, não bastam
cem pequenos, nem mil, para um só grande.”
12. Aos peixes: “... vós, é aquela tão notável ignorância, e
cegueira, que em todas as viagens experimentam os que
navegam para estas partes.”, “... em vendo o peixe,
arremete cego a ele, e fica preso, e bloqueado até que
assim suspenso no ar, ou lançado no convés, acaba de
morrer.”
Aos homens: “ Dir-me eis que o mesmo fazem os homens.
/ … exército batalha contra outros exército, metem-se os
homens pelas pontas dos piques, dos drusos, e das
espadas, e porquê?”, “ Porque houve quem os enganou, e
lhes fez isca com os dois retalhos pano. A vaidade entre os
vícios é o pescador mais astuto, é que mais facilmente
engana os homens.
2ª Repreensão
13. Linhas de passagem:
Aos peixes: ll. 26-29
Aos homens: ll. 31-35
Exemplos
Aos peixes: “... por um cabo delgado até tocar na água, e
em o vendo o peixe, aumente cego a ele, e fica preso, e
bloqueando até que assim suspenso no ar, ou lançado
no convés, acaba de morrer.”
Aos homens: “ Dá um exército batalha contra outro
exército, metem-se os homens, pelas pontas dos piques,
dos chuços, e das espadas, e porquê? Porque houve
quem os engodou, e fez isca com dois retalhos de pano.”
15. Roncador
Características
Peixe cujo o ruído se parece com o de um porco, também
são pequenos
Argumentos
A perturbação espiritual, a necessidade de silêncio
interior, a importância de devoção e de tranquilidade
Exemplo de Homens
São Pedro, Romanos e Malco
Defeito digno de repreensão
São barulhentos e têm algo para esconder, são
inquietos, distraídos e agitados
16. Pegador
Características
São peixes grandes e fortes, gananciosos, vulneráveis e têm
falta de discernimiento
Argumentos
A necessidade de virtude, ganância, a espiritual
tentação e queda
Exemplo de Homens
São Mateus, José e David
Defeito digno de repreensão
A ganância que é semelhante à natureza de um peixe
que, ao morder uma isca, acaba capturado. O Padre
António usa essa metáfora para destacar a ideia de que
ganância leva as pessoas a se perder
18. Voadores
Características
Pequeno, com longas barbatanas que usa pra voar
Argumentos
Eles são demasiado ambiciosos pois são peixes, mas voam
como as aves. Enquanto os outros peixes morrem
pescados e as aves caçadas os voadores morrem por
causa da sua presunção pois voam contra as vela e as
cordas do navio
Exemplo de Homens
Simão Mago (linhas 36-50)
Defeito digno de repreensão
Vaidoso, presunçoso, caprichoso, demasiado ambicioso
19. Polvo
Características
Capelo como o monge, raios (tentáculos) tipo estrela,
não tem ossos, nem espinha. Aparência modesta e
hipócrita devido a sua “brandura”
Argumentos
Ele muda a sua cor para se camuflar no ambiente e fazer
emboscadas aos peixes, o seus tentáculos tem as ventosas
que prendem os peixes e ele lança tinta preta para cegar
as sua presas ficando escondido na escuridão
Exemplo de Homens
Judas (linhas 18-24)
Defeito digno de repreensão
Fingido, falso, maldoso, traidor, aleivoso e vil