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Santa Cecília, padroeira dos músicos e da música, em virtude das
palavras da primeira antífona das Laudes e das Vésperas do ofício
do seu dia: Cantantibus organis Caecilia Virgo in corde suo soli
Domino decantabat.
1.
Os pintores da sua imagem pouco versados
em latim, provavelmente, interpretaram
como: “Cecília cantando com
acompanhamento de órgão”, mas nada
tem a ver, pois não há nenhuma prova que
ela fosse tocadora de órgão ou cantasse
com esse instrumento em alguma
passagem da sua vida.
2.
Essa interpretação pode ter surgido, pois os organa eram músicos que
acompanhavam as festas e certamente no dia das suas núpcias, tal narram as
actas, lá estavam e ninguém duvida que ela cantasse com eles também.
É pois natural que os músicos a tenham escolhido para sua
protectora.
3.
Os dias de Santa Cecília
Santa Cecília nasceu por volta dos anos 161/162 da
era cristã. Provavelmente os seus pais eram pagãos.
Conforme a tradição pagã, os seus estudos teriam
começado aos 7 anos de idade e terminado aos 15.
Aos 13 anos Cecília recebeu o baptismo cristão. As
actas da época dizem que ela exercia obras de
misericórdia com os pobres da via Áppia e
arredores, de quem se tornou muito conhecida.
4.
De acordo com o costume, os seus
tutores arranjaram-lhe o casamento
com Valeriano, um descendente de
nobres tribunos. No ano 176 casaram.
Acompanhada pelo tutor e por um
coro de meninos músicos que
cantavam e tocavam melodias dóricas
e eólicas, com muita gente do povo
que também acompanhava os cantos,
dirigia-se à casa do noivo.
5.
Cecília cumpriu o voto de castidade fazendo saber a
Valeriano - o noivo - que a sua alma, bem como o seu
corpo, estavam consagrados a Deus. Valeriano
sentiu-se tocado pela pureza daqueles propósitos e,
não só prometeu respeitar tais votos, como,
procurando o venerado bispo Urbano, que exercia o ministério sacerdotal
escondido nas catacumbas, recebeu das suas mãos o baptismo.
6.
Ao regressar a casa encontrou Cecília em
oração e um anjo a seu lado. Tendo este
duas coroas na mão, colocou uma sobre a
cabeça da jovem e a outra sobre a de
Valeriano. Penetrado pela graça, o nobre
príncipe romano incentiva o seu irmão
Tibúrcio a receber igualmente o baptismo.
7.
Entretanto crescia a perseguição aos
cristãos, os dois irmãos davam-se à
piedosa missão de recolher os corpos
daqueles confessores da fé a quem as
autoridades imperiais recusavam um
lugar nos cemitérios. Pouco depois
foram também eles presos e
decapitados.
8.
Por sua vez, Cecília foi igualmente
presa por ter ousado dar-lhes
sepultura na Via Áppia onde, com
grande fervor, exercia a caridade
acudindo aos pobres e protegendo os
perseguidos.
9.
Os últimos dias de Santa Cecília
Exteriormente, levava a vida com os usos
e costumes da sua época abstendo-se
apenas de tomar parte nos espectáculos e
cerimónias que contrariassem a sua fé.
10.
Após a morte do marido e do
cunhado, Cecília continuou
ocupar-se, como uma abelha
laboriosa, a ajudar a Igreja e os
pobres. A jovem viúva ansiava
receber, também a palma do
martírio e dedica-se abertamente
às práticas cristãs e obras de
misericórdia.
11.
Colocada perante a alternativa de se
sacrificar aos deuses de Roma ou a morrer,
não hesitou e dispôs-se ao sacrifício.
Quando, durante os interrogatórios, o
magistrado lhe lembrava ter sobre ela direito
de vida e de morte, respondeu : "É falso,
porque podes dar-me a morte, mas não me
podes dar a vida."
12.
O magistrado condenou-a a morrer
asfixiada por vapor mas, como
Cecília sobreviveu a esse suplício,
ordenou que a decapitassem.
O carrasco, por imperícia ou por ter
vacilado ante a serenidade angélica da
condenada, depois de três golpes
sucessivos não chegou a decepar a
formosa cabeça, deixando a mártir em
dolorosa agonia.
13.
No terceiro dia o Bispo Urbano veio até sua
casa. Ela disse-lhe: Padre, eu pedi a Deus esta
demora de três dias para poder entregar nas
vossas mãos os pobres que eu socorria e esta
casa que vós transformareis em templo do
Senhor.
14.
Exalou o último suspiro e todos quantos haviam presenciado o modo sublime
como aceitara tamanha provação, convertidos por tal exemplo à mesma fé,
suplicavam a sua intercessão para que, na hora suprema, tivessem o mesmo
valor e heroísmo por ela
demonstrados, mesmo
nas maiores angústias.
15.
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  • 1. Santa Cecília, padroeira dos músicos e da música, em virtude das palavras da primeira antífona das Laudes e das Vésperas do ofício do seu dia: Cantantibus organis Caecilia Virgo in corde suo soli Domino decantabat. 1.
  • 2. Os pintores da sua imagem pouco versados em latim, provavelmente, interpretaram como: “Cecília cantando com acompanhamento de órgão”, mas nada tem a ver, pois não há nenhuma prova que ela fosse tocadora de órgão ou cantasse com esse instrumento em alguma passagem da sua vida. 2.
  • 3. Essa interpretação pode ter surgido, pois os organa eram músicos que acompanhavam as festas e certamente no dia das suas núpcias, tal narram as actas, lá estavam e ninguém duvida que ela cantasse com eles também. É pois natural que os músicos a tenham escolhido para sua protectora. 3.
  • 4. Os dias de Santa Cecília
  • 5. Santa Cecília nasceu por volta dos anos 161/162 da era cristã. Provavelmente os seus pais eram pagãos. Conforme a tradição pagã, os seus estudos teriam começado aos 7 anos de idade e terminado aos 15. Aos 13 anos Cecília recebeu o baptismo cristão. As actas da época dizem que ela exercia obras de misericórdia com os pobres da via Áppia e arredores, de quem se tornou muito conhecida. 4.
  • 6. De acordo com o costume, os seus tutores arranjaram-lhe o casamento com Valeriano, um descendente de nobres tribunos. No ano 176 casaram. Acompanhada pelo tutor e por um coro de meninos músicos que cantavam e tocavam melodias dóricas e eólicas, com muita gente do povo que também acompanhava os cantos, dirigia-se à casa do noivo. 5.
  • 7. Cecília cumpriu o voto de castidade fazendo saber a Valeriano - o noivo - que a sua alma, bem como o seu corpo, estavam consagrados a Deus. Valeriano sentiu-se tocado pela pureza daqueles propósitos e, não só prometeu respeitar tais votos, como, procurando o venerado bispo Urbano, que exercia o ministério sacerdotal escondido nas catacumbas, recebeu das suas mãos o baptismo. 6.
  • 8. Ao regressar a casa encontrou Cecília em oração e um anjo a seu lado. Tendo este duas coroas na mão, colocou uma sobre a cabeça da jovem e a outra sobre a de Valeriano. Penetrado pela graça, o nobre príncipe romano incentiva o seu irmão Tibúrcio a receber igualmente o baptismo. 7.
  • 9. Entretanto crescia a perseguição aos cristãos, os dois irmãos davam-se à piedosa missão de recolher os corpos daqueles confessores da fé a quem as autoridades imperiais recusavam um lugar nos cemitérios. Pouco depois foram também eles presos e decapitados. 8.
  • 10. Por sua vez, Cecília foi igualmente presa por ter ousado dar-lhes sepultura na Via Áppia onde, com grande fervor, exercia a caridade acudindo aos pobres e protegendo os perseguidos. 9.
  • 11. Os últimos dias de Santa Cecília
  • 12. Exteriormente, levava a vida com os usos e costumes da sua época abstendo-se apenas de tomar parte nos espectáculos e cerimónias que contrariassem a sua fé. 10.
  • 13. Após a morte do marido e do cunhado, Cecília continuou ocupar-se, como uma abelha laboriosa, a ajudar a Igreja e os pobres. A jovem viúva ansiava receber, também a palma do martírio e dedica-se abertamente às práticas cristãs e obras de misericórdia. 11.
  • 14. Colocada perante a alternativa de se sacrificar aos deuses de Roma ou a morrer, não hesitou e dispôs-se ao sacrifício. Quando, durante os interrogatórios, o magistrado lhe lembrava ter sobre ela direito de vida e de morte, respondeu : "É falso, porque podes dar-me a morte, mas não me podes dar a vida." 12.
  • 15. O magistrado condenou-a a morrer asfixiada por vapor mas, como Cecília sobreviveu a esse suplício, ordenou que a decapitassem. O carrasco, por imperícia ou por ter vacilado ante a serenidade angélica da condenada, depois de três golpes sucessivos não chegou a decepar a formosa cabeça, deixando a mártir em dolorosa agonia. 13.
  • 16. No terceiro dia o Bispo Urbano veio até sua casa. Ela disse-lhe: Padre, eu pedi a Deus esta demora de três dias para poder entregar nas vossas mãos os pobres que eu socorria e esta casa que vós transformareis em templo do Senhor. 14.
  • 17. Exalou o último suspiro e todos quantos haviam presenciado o modo sublime como aceitara tamanha provação, convertidos por tal exemplo à mesma fé, suplicavam a sua intercessão para que, na hora suprema, tivessem o mesmo valor e heroísmo por ela demonstrados, mesmo nas maiores angústias. 15.
  • 18. Dia 22 de Novembro