O documento discute as diferenças entre filosofia e ciência ao longo da história. Originalmente, a filosofia e a ciência eram sinônimas, mas com o tempo as ciências se especializaram em áreas específicas. Atualmente, a filosofia analisa os fundamentos e implicações da ciência, enquanto a ciência realiza pesquisas empíricas em suas áreas. Embora distintas, filosofia e ciência permanecem interligadas.
2. Começando pela Ciência...
“é um conjunto de conhecimentos racionais,
certos ou prováveis, obtidos metodicamente,
sistematizados e verificáveis, que fazem
referência a objetos de uma mesma natureza”
.
Porém...
um “conhecimento científico” de hoje pode se tornar
obsoleto, ultrapassado amanhã.
3. Resumindo...
“A ciência é um método objetivo, lógico e sistemático de
análise dos fenômenos, criado para permitir a acumulação
de conhecimento fidedigno.”
Em outras palavras...
A Ciência busca compreender o conjunto de relações “além do quê se
vê”, além do senso comum, descobrindo explicações que servem de
base para compreensão, organização, classificação e ordenação da
natureza ao qual está inserida.
4. Vivemos em uma sociedade que “enfatiza” seus pensamentos na
busca de respostas aparentemente incontestáveis, na certeza sobre o
conhecimento, na resolução do problema.
Pensando assim, não será a Filosofia quem irá satisfazer tal
necessidade pois:
A FILOSOFIA NÃO TRAZ A CERTEZA DA VERDADE ->
TRAZ QUESTIONAMENTOS E IMPULSIONA À BUSCA
DA VERDADE.
FILOSOFIA CIÊNCIA
5. E essa verdade?
Está em constante processo de mudança, despertando (ao
filósofo) conceitos e características não percebidos antes,
buscando nos questionamentos encontrar a verdade!
Fonte:
https://tatirando.wordpress.com/category/overlei/
>
Acesso
em
02
ago.
2015
Diante de tantas mudanças (e as
vezes incertezas) faz com que o
pensamento filosófico possua
menor importância que o
conhecimento “técnico – científico”.
7. Para Platão “a filosofia tem um fim prático,
moral; é a grande ciência que resolve o problema
da vida. Este fim prático realiza-se, no entanto,
intelectualmente, através da especulação, do
conhecimento da ciência.”
Fonte<:http://www.astolfi.com.br/HomePage/1.TELA_INICIO%5
C2.REVISTAS_DE_FAMILIA/Edi%C3%A7%C3%A3o_2004/ano_de
_2004/revistas_2004%20-%20Noticias%20Sociais.html >Acesso
em: 02 ago. 2015
8. EXISTEM DIFERENÇAS ENTRE A FILOSOFIA E A
CIÊNCIA?
CIÊNCIA->juízos de realidade, ou
seja, maior objetividade, com
foco nos resultados da
investigação científica gerando
uniformidade de conclusões,
visando mostrar como os
fenômenos ocorrem(ou podem
ocorrer), suas relações e como
prevê-los.
FILOSOFIA -> juízos de valor,
ou seja, vai além das
comprovações científicas, não
vê apenas o “como”, mas o
como “deveria ser”.
A filosofia julga o valor do
conhecimento e da ação, sai
em busca do significado:
dando sentido à experiência.
(ARANHA, 2003 P. 90)
9. Mas essa não é a única forma de
conceituar e compreender o objeto de
estudo da filosofia, sabem porque?
O conceito de Filosofia foi elaborado
de acordo com o período de tempo, no
curso de sua história, ou seja, em cada período
de tempo e/ou curso da história foram criados,
moldados e/ou repensados seus conceitos.
Vamos refletir!
Fonte:
http://damasogif.blogspot.com.br/2012/05/roda-de-leitura.html
Acesso
em:
03
ago.
2015
10. “Platão mostra que o amor (Filos) é
carência, desejo de algo que não se
tem. Logo, a Filosofia é recursos para
buscar o que se precisa, e o filósofo não
é aquele que possui o saber, mas sim
quem busca conhecer continuamente.”
Desta forma, a Filosofia toma como objeto de
estudo o CONHECIMENTO!
Fonte:
<
Fonte:
http://luceliamuniz.blogspot.com.br/2013_03_01_archive.html
>
Acesso
em:
02
ago.
2015
11. Chegando a Idade Média...
“Buscava-se conciliar fé com razão. O
método utilizado é o da disputa:
baseando-se no silogismo aristotélico,
partiam de uma intuição primária e,
através da controvérsia, caminhavam
até às últimas consequências do tema
proposto. A finalidade era o
desenvolvimento do raciocínio lógico.”
Agora, o objeto de estudo passa a ser a RAZÃO!
Fonte:
<http://luceliamuniz.blogspot.com.br/2013_03_01_archive.html
>Acesso
em:
02
ago.
2015
12. Vamos compreender melhor...
Silogismo Aristotélico-> conjunto de três juízos ou
proposições que permite obter uma conclusão verdadeira.
No método DEDUTIVO de duas premissas, deduz-se uma
conclusão. Por exemplo:
Todos os homens são mortais.
Sócrates é homem.
Logo, Sócrates é mortal.
Fonte: <http://afilosofia.no.sapo.pt/11silog1.htm> Acesso em:
02 ago. 2015
13. Já o método INDUTIVO parte de uma premissa
particular para atingir uma conclusão universal.
Fonte: < http://paseando-porelaula.wikispaces.com/Viajando+por+el+t%C3%BAnel+del+tempo>
Acesso em: 03 ago. 2015
Por exemplo:
O ferro conduz eletricidade.
O ferro é metal.
O ouro conduz eletricidade.
O ouro é metal.
O cobre conduz eletricidade.
O cobre é metal.
Logo, os metais conduzem
eletricidade.
14. Fonte<:http://www.mathpower.com/code.htm> Acesso em: 02 ago. 2015
Vamos distinguir o método dedutivo e indutivo
através dos exemplos:
DEDUTIVO:
Toda mulher é inteligente.
Maria é mulher.
Portanto, Maria é
inteligente.
INDUTIVO:
A banana é amarela.
A banana é uma fruta.
Logo: todas as frutas
são amarelas.
15. Agora é vez de vocês identificarem!
Todo vertebrado possui vértebras.
Todos os cães são vertebrados.
Logo, todos os cães têm vértebras.
Todo metal conduz eletricidade.
O mercúrio é um metal.
Logo, o mercúrio conduz eletricidade.
Todo cão é mortal.
Todo gato é mortal. Todo peixe é mortal.
Logo, todo animal é mortal
O cachorro de Mariana late de noite,
O cachorro de Felipe, late de noite,
Logo, todos os cachorros sempre latem de noite.
DEDUTIVO
DEDUTIVO
INDUTIVO
INDUTIVO
16. Já na Idade Moderna, o objeto da Filosofia é outro!
“como as ciências se desprendem do
tronco comum da Filosofia, Resta à
Filosofia as reflexões sobre a Teoria do
Ser, do Conhecimento e a dos Valores.
Discutem-se problemas relacionados ao
ser, ao pensamento e à conexão entre
ambos.”
Sua finalidade é a transformação
da sociedade pela autoconsciência
do indivíduo.
Fonte: http://lokacienci.blogspot.com.br/em: 03 ago. 2015
17. Atualmente ...
“Analisa criticamente os métodos utilizados nas
ciências, além das formas dominantes de poder e
da tomada de conscientização do homem.
Assim, a Filosofia exige análise, crítica, clareza, rigor,
objetividade (como a ciência), e os discursos em busca do
conhecimento do todo são construídos na história segundo
modelos de racionalidade que vão sendo revisados e
substituídos com o tempo (O objeto da Filosofia mito).
Ela permanece numa busca constante da sabedoria.”
Fonte:
<http://rachellpaula.blogspot.com.br/2012/01/novo-concurso-para-professor-da.html>
Acesso
em:
03
ago.
2015
Fonte:
http://lokacienci.blogspot.com.br/
Acesso
em:
03
ago.
2015
18. Comparando Filosofia e
Ciência...
“Filosofia designava o amor da
sabedoria, e a Ciência, como uma
forma de conhecimento oposta à
opinião ou senso comum, sendo
então consideradas como
sinônimas.”
Diante de tantas explicações, é
importante refletir sobre “essa”
Filosofia como Mãe das Ciências!
Vamos lá!
Fonte: < http://fontedorefugio.blogspot.com.br/> Acesso em: 03 ago. 2015
19. Fazendo uma retrospectiva...
“No começo a ciência
estava ligada à Filosofia,
sendo o filósofo o sábio que
refletia sobre todos os
setores da indagação
humana.” (ARANHA, 1993, P. 72)
“No século XVII, as ciências
particulares começaram a
delimitar seu campo específico
de pesquisa. Pouco a pouco,
desde esse período até os tempos
atuais, ciências como a física,
astronomia, química, biologia,
psicologia, sociologia, economia,
etc. se especializam e investigam
“recortes” do real.” (ARANHA, 2003, P.
90)
Fonte: < http://filosofiacienciaevida.uol.com.br/ESFI/Edicoes/47/artigo174296-1.asp> Acesso em: 03 ago. 2015
20. FILOSOFIA -> com as suas totalidades,
examinando o conjunto, o todo.
CIÊNCIA -> com as suas
particularidades, especialidades.
Atualmente “Filosofia e Ciência” especificam as
suas intencionalidades:
Fonte: http://craliceosamuelsaenzflores.blogspot.com.br/p/ciencias.html
Acesso em 03 ago. 2015
Fonte:
http://dressamatos.blogspot.com.br/2013/04/piadinha.html
Acesso
em
03
ago.
2015
21. E A CIÊNCIA SE SEPAROU DA
FILOSOFIA?
Se ligue!
A Filosofia analisa os fundamentos da ciência, as condições
em que realizam as pesquisas, investigando seus fins,
avaliando as consequências dessas técnicas utilizadas.
Os cientistas fazem uso da filosofia para se questionar sobre
o conhecimento científico, seu alcance, sua validade, método
que utiliza e a sua responsabilidade quanto às consequências
das descobertas.
Fonte: http://produto.mercadolivre.com.br/MLB-685018169-placa-detector-de-metais-bobina-_JM#redirectedFromSimilar Acesso
em: 03 ago. 2015
22. “O filósofo caminha ao lado dos
cientistas e dos técnicos para que
não se perca de vista que a
ciência e a técnica são apenas
meios, e devem estar a serviço de
fins humanos” (ARANHA, 1998 p. 112).
Vamos pensar um pouco!
Podemos dizer então que os cientistas filosofam,
visando investigar os pressupostos e as implicações
do seu saber, não buscando respostas prontas.
Fonte:
<
http://www.verinha2.de/various/download_gifs/gifs_30.htm>
Acesso
em:
03
ago.
2015
23. Se não sou cientista então...
Fonte: <http://conhecimentointegrador.blogspot.com.br/2012/06/filosofia-e-ciencia-da-filosofia-8-ano.html acesso em 24 jul.2015
24. FILOSOFIA ->não busca
nenhuma alteração de
ordem pragmática
porém necessária, pois
através da reflexão é
permitido a percepção
e análise de outros
‘pontos de vista’, ‘ver
além do que está
exposto’.
Fonte: http://pt.dreamstime.com/imagens-de-stock-royalty-free-luz-brilhante-da-fa%C3%ADsca-
do-inspration-das-faces-da-pessoa-image13294709 Acesso em: 03 ago. 2015
25. ONDE POSSO UTILIZAR A FILOSOFIA?
Pensando em resultados e respostas
não se pode negar o quanto são
importantes as pesquisas científicas
para a cura da AIDS, as leituras
para se fazer uma boa redação e
assim obter uma boa nota para
entrar em uma boa universidade –
isso é ciência!
FONTE: <http://www.serieslider.com/ Acesso em: 03 ago. 2015
26. “ É a filosofia que dá o
distanciamento para a
avaliação dos fundamentos
dos atos e dos fins a que eles
se destinam; reúne o
pensamento fragmentado da
ciência e o reconstrói” (ARANHA,
2003, p. 90-91).
A utilidade da Filosofia pode não estar tão
visível mas...
Fonte:
http://www.outrasfronteiras.com.br/blog/bem-perto/
Acesso
em:
05
ago.
2015
Fonte:
http://www.gifmania.com.pt/Gifs-Animados-Espaco/Imagens-Animadas-Astronomia/Gif-Animados-Planet-
Earth/
Acesso
em:
05
ago.
2015
27. É fazendo uso da filosofia que
passaremos a criticar ideologias
ilusórias, aquelas que buscam
privilégios e vantagens, atentando para
o desvelamento da verdade, do que
está encoberto pelo costume, pelo
convencional, pelo poder.
Fonte: http://arttamas.blogspot.com.br/2011/07/livro-didatico-infantil-crianla-lendo.html Acesso em: 05 ago. 2015
29. E se não existisse a Filosofia?
Não existiriam questionamentos, debates, nem novas
produções, não se buscariam mais a formulação de
respostas a partir de posicionamentos e ideias diferentes,
levando a sociedade a responder seus questionamentos
sempre da mesma forma, a partir de respostas já prontas.
“A filosofia possui sua importância baseada exatamente
na busca por novas respostas e em um novo modo de
pensar a realidade do mundo em que vivemos.”
Fonte:
http://diogocaceres.blogspot.com/feeds/posts/default
Acesso
em:
05
ago.
20
15
30. EXTRAS
É chegada a hora da criação!
A partir desta imagem, crie um silogismo dedutivo e um
indutivo.
Fonte: <http://pesevangelismo.blogspot.com.br/2012/06/um-silogismo-sobre-escravidao.html> Acesso em 24 jul. 2015
31. O que é, afinal, conhecer?
• Conhecer é representar, cuidadosamente, o que é exterior
à mente.
• No processo de conhecimento, dois elementos são
indispensáveis: O Sujeito e o Objeto.
• O sujeito é o elemento que conhece e o objeto é o
elemento conhecido.
• Sujeito: Nossa consciência, nossa mente.
• Objeto: A realidade, o mundo e os fenômenos (e a nossa
própria consciência, quando nós refletimos).
32. Possibilidades do conhecimento na modernidade
Empirismo e Racionalismo
•Empirismo
É a forma de conhecer que valoriza nossas
percepções sensoriais.
•Racionalismo
Somente a razão humana, trabalhando com
os princípios lógicos, pode atingir o
conhecimento verdadeiro.
33. Para o empirista, todo o conhecimento está baseado na experiência
sensorial. Depende, portanto, em última instância, de, pelo menos, um dos
nossos cinco sentidos.
Para o racionalista, a verdade só pode ser conhecida mediante o
trabalho lógico da mente, independentemente das percepções
sensoriais.
34. CARACTERÍSTICAS DO EMPIRISMO
• A verdade está na percepção dos sentidos;
• Não existem ideias inatas, isto é, toda ideia foi
adquirida pela percepção sensorial.
“ Suponhamos, portanto, que a mente seja uma folha em
branco, desprovida de caratceres, sem qualquer ideia. De
que modo receberá as ideias? (...) Respondo: da
experiência. É este o fundamento de todos os nossos
conhecimentos; daí extraem a sua origem primeira.”
(Ensaio sobre o entendimento humano, Livro II, Cap. 1, sec. 19)
John Locke
35. CARACTERÍSTICAS DO RACIONALISMO
• A razão humana é o único instrumento capaz de
conhecer a verdade;
• Os princípios lógicos fundamentais são inatos, ou seja,
não dependem da experiência sensorial;
• A experiência sensorial é uma fonte permanente de
erros;
• Ao nascermos, trazemos em nossa inteligência alguns
princípios racionais e ideias verdadeiras.
36. “De sorte que, após ter pensado bastante nisso e de
ter examinado cuidadosamente todas as coisas,
cumpre enfim concluir e ter por constante que essa
proposição, eu sou, eu existo, é necessariamente
verdadeira todas as vezes que a enuncio ou que a
concebo em meu espírito.”
(Regras para direção do Espírito)
René Descartes
37. A QUESTÃO DO INATISMO
Percebemos que o princípio do racionalismo é a
teoria do inatismo, ou seja, a crença de que, ao
nascermos, já trazemos conosco algumas ideias. Por
outro lado, o empirismo fundamenta-se na crença
de que nossa mente nasce vazia e somente no
contato com o mundo, por meio dos nossos
sentidos, é que iremos construir as ideias.
39. Platão acredita que sim!
Esse importante filósofo grego
nasceu em Atenas, provavelmente
em 427 a.C. e morreu em 347 a.C. É
considerado um dos principais
pensadores gregos, pois influenciou
profundamente a filosofia
ocidental. Ele defendia a existência
de ideias inatas na matemática,
como veremos no trecho de uma de
suas obras, a seguir:
Imagem: Unknown Author / Public Domain
40. Platão defende a existência de ideias inatas em várias de
suas obras, mas as passagens mais conhecidas se encontram
nos diálogos: Mênon e República.
Vejamos:
No Mênon, Sócrates dialoga com um escravo analfabeto.
Fazendo-lhe perguntas certas na hora certa, o filósofo
consegue que o jovem escravo demonstre sozinho um difícil
teorema de geometria. As verdades matemáticas vão
surgindo no espírito do escravo à medida que Sócrates vai
fazendo as perguntas.
41. Como isso seria possível, indaga Platão, se o
escravo não houvesse nascido com a razão e com
os princípios da racionalidade?
Você já passou
por uma situação
parecida com a
do tal escravo?
Imagem: Lilyu / WTFPL 2.0
42. Além de acreditar nas ideias inatas, Platão também
afirmava que não podíamos confiar nos sentidos, já que eles
estão sujeitos a erros e a falsas opiniões. Para exemplificar
sua tese, Platão cria o famoso “Mito da caverna”.
Vejamos o que nos diz o mito da caverna:
Imaginemos um muro bem alto separando o mundo
externo e uma caverna. Na caverna, existe uma fresta por
onde passa um feixe de luz exterior. No interior da
caverna, permanecem seres humanos que nasceram e
cresceram ali. Ficam de costas para a entrada,
acorrentados, sem poder mover-se, forçados a olhar
somente a parede do fundo da caverna, onde são
projetadas sombras de outros homens. Desse modo, os
prisioneiros julgam que essas sombras sejam a realidade.
43. O MITO DA CAVERNA
Imagine que um dos prisioneiros consiga se libertar e, aos
poucos, vá se movendo e avance na direção do muro e o
escale, enfrentando com dificuldade os obstáculos que
encontre e saia da caverna, descobrindo não apenas que as
sombras eram feitas por homens como eles e, mais além,
todo o mundo e a natureza. Caso ele decida voltar à
caverna para revelar aos seus antigos companheiros a
situação extremamente enganosa em que se encontram,
correrá, segundo Platão, sérios riscos - desde o simples ser
ignorado até, caso consigam, ser agarrado e morto por eles,
que o tomaram por louco e inventor de mentiras.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mito_da_caverna
44. O QUE EU VEJO É A REALIDADE OU UMA
CÓPIA IMPERFEITA DELA?
Imagem:
Mats
Halldin
/
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Free
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45. INTERPRETANDO O MITO DA CAVERNA
• O que é a caverna?
- O mundo de aparências em que vivemos.
• O que são as sombras projetadas no fundo?
- As coisas que percebemos.
• O que são os grilhões e as correntes?
- Nossos preconceitos e opiniões..............
• Quem é o prisioneiro que se liberta e sai da caverna?
- O filósofo.
• O que é o mundo fora da caverna?
- A realidade.
46. Outro filósofo que
também defende a tese do
inatismo é o francês René
Descartes. Segundo ele, em
sua obra: “Discurso do
método” existem três tipos
de ideias: Ideias Adventícias,
Ideias Fictícias e Ideias
Inatas.
Vejamos cada uma delas!
RENÉ DESCARTES ( 1596 -1650)
Imagem: Frans Hals / Frans Hals
47. 1. Ideias adventícias
São aquelas vindas de fora, que se originam de nossa sensação e
percepção. Para Descartes, esse tipo de ideia, são, de um lado,
ideias da qualidade sensorial: cor, odor, som, textura, tamanho,
paladar, mas, por outro, também, são as opiniões formuladas com
base nessas ideias, geralmente enganosas, ou falsas.
EXEMPLO:
Ao olhar para o céu, meu sentido da visão me diz que o sol
se move de leste para oeste, mas, ao estudar astronomia,
vejo que tal opinião é falsa, pois, na verdade, a terra é
que gira e o sol se mantém parado.
48. Se você nunca tivesse estudado nas aulas de ciência e de
geografia, sobre o movimento de rotação da terra,
provavelmente confiaria em sua visão e acreditaria que o sol se
move entre o amanhecer e o entardecer.
Imagem:
663highland
/
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49. VOCÊ ACHA QUE OS SENTIDOS PODEM
REALMENTE ENGANAR?
A ilusão da grelha* de Hermann
foi observada por Ludimar Hermann
em 1870. Quando se olha um
desenho com quadrados negros
sobre um fundo branco, tem-se a
impressão de que surgem manchas
"fantasmas" nas intersecções das
linhas. As manchas desaparecem
quando se observa diretamente a
intersecção.
Imagem: en:User:Famousdog / Public Domain
50. 2.Ideias fictícias: São aquelas que criamos em nossa fantasia e imaginação por
meio de um processo de composição, formando seres inexistentes, como fadas,
duendes, sereias... São as fabulações da arte, da literatura, do mito, da
superstição. Essas ideias nunca são verdadeiras, pois não correspondem a nada
que exista realmente e sabemos que foram inventadas por nós mesmos, quando já
recebemos prontas de outros que as inventaram.
3. Ideias Inatas: São aquelas que não poderiam vir de nossa experiência sensorial,
porque não há objetos sensoriais ou sensíveis para elas, nem poderiam vir de nossa
fantasia, pois não tivemos experiência sensorial para compô-las na nossa memória.
EXEMPLO:
A ideia de infinito é uma ideia inata, pois não temos
nenhuma experiência sensorial da infinitude.
51. QUAL É VERDADEIRA IMAGEM APRESENTADA? VOCÊ VÊ
UMA JOVEM OU UMA SENHORA DE PERFIL?
Imagem:
William
Ely
Hill
/
Public
Domain
52. PARA DESCARTES, É POSSÍVEL
CONHECER A VERDADE?
Mas para isso o conhecimento
deve passar por um rígido
processo metódico que começa
com a... DÚVIDA
A resposta é sim!
Imagem:
Nevit
Dilmen
/
GNU
Free
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53. A DÚVIDA...
“Desde os meus primeiros anos de vida, aceitei como
verdadeira uma quantidade de falsos conceitos, e o que
construí depois, sobre princípios tão inseguros, só
poderia ser muito duvidoso e incerto; de modo que se
fazia necessário que eu decidisse seriamente me
desfazer de todas as opiniões recebidas até então e
recomeçar a partir dos alicerces, se quisesse instituir
algo de sólido e permanente nas ciências...(...)
54. A DÚVIDA...
(...) E mais ainda, assim como eu penso às vezes
que os outros se enganam até nas coisas que
acreditam saber com a maior certeza, pode ser que
ele tenha querido que eu me enganasse sempre que
somo dois e três, ou quando enumero os lados do
quadrado, ou quando considero coisas algo ainda
mais fácil que essas, se é que se pode imaginá-
las.(...)
55. A DÚVIDA...
(...) Permanecerei obstinadamente preso a esse
pensamento; e se por tal meio não estiver em meu
poder alcançar o conhecimento de qualquer verdade,
ao menos estará em meu poder suspender o meu juízo.
Eis porque procurarei cuidadosamente não aceitar
nenhuma falsidade, e prepararei tão bem o meu
espírito contra as astúcias desse grande enganador,
que, por mais poderoso e astuto que seja, jamais
poderá me impor coisa alguma.(...)” (Meditações Metafísicas)
René Descartes
56. ÚNICA VERDADE LIVRE DE DÚVIDAS SEGUNDO DESCARTES
Meus pensamentos existem!
Se meus pensamentos existem, eu existo!
Portanto: Penso, logo existo!
Para Descartes, a existência do pensamento é mais certa
que a sua existência corporal, já que é preciso pensar
para ter a certeza de que existe o corpo pensante!
58. Kant (1724-1804) foi um
filósofo prussiano, considerado
como o último grande filósofo dos
princípios da era moderna,
indiscutivelmente um dos
pensadores mais influentes, afirma
que todo conhecimento começa
com a experiência, mas que a
experiência sozinha não nos dá o
conhecimento.
A solução de Kant para o dilema
Racionalismo X Empirismo
Imagem: Unknown Author / Public Domain
59. PRINCIPAIS IDEIAS DE KANT:
• É preciso um trabalho do sujeito para organizar os
dados da experiência;
• Antes da experiência sensorial, existem na mente humana
certas estruturas que possibilitam o conhecimento;
• Portanto, a experiência fornece a matéria do
conhecimento e a razão organiza essa matéria de
acordo com estruturas existentes a priori, daí o termo
apriorismo para a teoria kantiana.
60. Para não concluir...
Certa vez, um cosmonauta e um neurologista russos
discutiam sobre religião. O neurologista era cristão, e o
cosmonauta não. “Já estive várias vezes no espaço”,
gabou-se o cosmonauta, “e nunca vi nem Deus, nem
anjos”. “E eu já operei muitos cérebros inteligentes”,
respondeu o neurologista, “e também nunca vi um
pensamento”.
O mundo de Sofia, Jostein Gaardner, Cia. das Letras, 1995
E você? Só acredita no que vê?
61. REFERÊNCIAS:
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Maria Helena Pires Martins. Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo: Moderna, 3 edição, 2003.
________, Maria Lúcia de Arruda. Maria Helena Pires Martins. Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo: Moderna, 2 edição, 1993.
________, Maria Lúcia de Arruda. Maria Helena Pires Martins. Temas de Filosofia. São Paulo: Moderna, 2 edição, 1998.
CABRAL, João Francisco P. O conceito de Filosofia. Disponível em http://www.brasilescola.com/filosofia/a-filosofia-grega.htm acesso em 05 jul. 2015.
FONSECA, Flavio Netto. O conceito ‘Filosofia’. Disponível em http://www.philosophy.pro.br/filosofia.htm acesso em 05 jul. 2015.
. GREGÓRIO, Sérgio Biagi. Conceito de Filosofia. 1996. Disponível em http://www.sergiobiagigregorio.com.br/filosofia/conceito-de-filosofia.htm acesso em 05 jul. 2015
Chauí, Marilena
Iniciação a filosofia: Ensino Médio, Volume único- São Paulo – Ática -2010.
Aranha, Maria Lúcia de Arruda
Filosofando: Introdução a filosofia – 4. ed. São Paulo –Moderna.
Gaardner, Jostein
O mundo de Sofia, Cia. das Letras, 1995.