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A segunda metade do século XX, com a forte mecanização da
agricultura nalguns países e regiões, criou uma fratura entre um mundo
rural moderno (que surgiu e continua a evoluir) e um mundo rural tradicional
(aquele que se manteve estático e não acompanhou as novas tendências).
As diferenças diminuem, pelo contrário, entre as áreas rurais modernas
e as cidades, havendo, entre elas, maior proximidade
Física
Funcional
Socioeconómica.
As diferenças aumentam entre o mundo urbano e as áreas rurais
tradicionais condenadas ao despovoamento e ao esquecimento.
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Rurbanização
• A vida urbana torna-se demasiado cansativa (stress) e as distâncias a
percorrer diariamente implicam gastos elevados de tempo improdutivo,
isto é, a distância-tempo e a distância-custo aumentam muito.
• À medida que as cidades se expandem em superfície o campo
envolvente é invadido e conquistado, primeiro, com a deslocação da
indústria para as periferias e, progressivamente, por outras funções
urbanas: comercial, residencial, de serviços à comunidade (escolas
básicas, centros de saúde, equipamentos coletivos), todo esta
sequência suportada numa rede de transportes mais densa e
diversificada.
• Fala-se em periurbanização e rurbanização.
RURBANIZAÇÃO: invasão do espaço rural por formas de viver
urbanas:
Habitações de tipo unifamiliar dispersas
Moradores que trabalham nas cidades
Moradores geradores de movimentos pendulares (detentores de
elevado poder de compra deslocam-se em veículos particulares
que percorrem, rapidamente, as distâncias físicas servidas por
vias de transporte rápidas, autoestradas ou itinerários principais)
Difusão de modos de vida urbanos que, a prazo, vão esbater as
diferenças entre rurais e citadinos.
Fala-se em “os novos rurais” apesar de, nem todos, se dedicarem à
vida do campo. Procuram, antes, a paz e a tranquilidade que a cidade
não é capaz de proporcionar.
Consequências?
Novos elementos no contexto das relações cidade-campo
Reforço da função residencial de urbanos economicamente mais
desafogados
Aparecimento de novas atividades, por exemplo, construção civil, lazer,
turismo, ou, mesmo, instalação de algumas indústrias.
Manutenção, por parte de alguns rurais, de atividades agrícolas.
Instalação de novos produtores agrícolas, jovens, bem informados e
formados.
Reforço da terciarização do campo, diminuição do peso da função
primária.
Aproximação dos modos de comportamento entre rurais e urbanos,
trabalho facilitado pela proliferação dos media (TV, Internet, telemóveis, jornais…)
O caso de Portugal – as relações cidade/campo
Até à década de 60 do século XX
Portugal é um país rural e tradicional
O campo fornece bens alimentares à cidade, matérias primas para a
indústria e população ativa jovem e, ainda, espaços de lazer e turismo.
A partir dos anos 60 (1960-1973)
Migrações internas atingem uma elevada intensidade
Aumentam as assimetrias regionais e os desequilíbrios demográficos
entre o litoral e o interior
São evidentes os contrastes funcionais entre o campo e a cidade
(Continua)
A cidade atrai pelos bens de consumo que disponibiliza, pelas
máquinas agrícolas que fabrica, pelos combustíveis que fornece, pelos
serviços especializados de que dispõe.
O campo sofre uma dicotomia: há o que repele, envelhece e
permanece tradicional e há o que se urbaniza por força da expansão
das periferias urbanas e pelo êxodo urbano e que, portanto, atrai.
Século XXI
O rural e o urbano confundem-se
Entre os jovens, sejam da cidade sejam do campo, é difícil
distinguir pelo vestuário, pelos gostos, pelo acesso às novas
tecnologias quem são os rurais, quem são os urbanos. Os jovens
sentem-se rurbanos.
Dinâmicas entre cidade e campo
CIDADE Efeitos Campo
Maior oferta de realização
profissional (maior número de
empresas, serviços e bens dada a
existência de “bacias de emprego”)
Maior diversidade sociocultural, de
consumo e lazer
Maior dinamismo demográfico e
consequentemente população mais
jovem
Maiores oportunidades de relações
sociais
Fracas oportunidades de realização
profissional
Maior oferta de contacto com a
natureza
Permanência de valores espirituais
e sentimentais que, em ocasiões
festivas, provoca uma atração
temporária
Fraco dinamismo demográfico e
população envelhecida que mantém
a memória familiar
Atração/
Repulsão
Normalmente
a cidade
atrai, o
campo
repele. Mas,
cada vez
mais, há
exceções.
Freguesia de Serzedo - Fantástica Moradia
Isolada T5, Vista de campo/serra
A antiga casa senhorial da Quinta do Calvário, na freguesia de Sandim, em
Vila Nova de Gaia, foi resgatada ao seu passado e transformada num hotel
de cinco estrelas de "ambiente rústico chic". Villa Sandini Hotel & SPA
Com 16 quartos …cada espaço "é decorado de acordo com o conceito
campestre", em que "diferentes flores, plantas e frutos proporcionam os
mais variados aromas". O hotel inclui ainda …um restaurante …cuja
cozinha é fornecida por uma produção agrícola própria.
Um exemplo de valorização do património rural numa freguesia que se
localiza muito perto da segunda maior cidade do país, a cidade do Porto.
Freguesia de Sandim – uma moradia em meio
rural e terreno para venda. Muitas vezes o
proprietário prefere vender a terra do que pô-
la a produzir
Movimento Novos Rurais
Novos valores que sustentam a procura da
proximidade com a natureza e com a vida no campo
Os novos agricultores no Algarve
Os novos agricultores são oriundos das mais diversas áreas,
seja da agronomia, engenharia biomédica, farmacêutica,
engenharia mecânica ou eletrotécnica, e regressam às
terras por "via familiar", para combater o desemprego e a
crise, mas também, porque há um certo "encantamento pela
natureza e uma maior sensibilidade ambiental" nesta nova
geração … A nova geração de jovens agricultores com
estudos traz dinamismo ao setor, pois sabem aceder
facilmente aos apoios comunitários e conseguem controlar
as suas candidaturas ou a rega das plantações à distância
de um clique na Internet (…)
A produção de mel, abacate e de frutos vermelhos é quase
toda para exportação para a Europa e para fora da Europa,
como Nova Zelândia, e "continua a haver procura destes
produtos no mercado“ (…) os jovens agricultores algarvios
criaram cerca de "mil postos de trabalho" com os seus
projetos no âmbito do PRODER.
O diretor da Direção Regional de
Agricultura e Pescas (DRAPAlg)
chamou de "revolução" e "viragem"
no setor agrícola da região algarvia a
chegada de tantos jovens à terra --
cerca de 500 -- nos últimos sete
anos.
Da creche…para os morangos
Ricardo e Isménia escolheram
o sossego do Ladoeiro para
uma vida mais pacata e sem
stress
…Ali instalou-se esta família,
que deixou o bulício da cidade
e a Creche com oito
funcionários, que possuíam
em Odivelas, para fazer vida
no Ladoeiro.
A filha na altura tinha dois
anos e meio e teve um peso
decisivo nesta opção.
Qualidade de vida e tempo é
o que Ricardo e Isménia
destacam como "muito
positivo" nesta decisão da
qual não se arrependem.
"Ao nível da educação, há uma excelente rede escolar e sobretudo há tempo
para sermos pais, há tempo para as crianças crescerem com qualidade“ … em
Lisboa as crianças passam 12 horas numa creche ou num jardim-de-infância
… e isso não é a melhor forma de criar os filhos, embora para quem ali resida
seja a única solução.
"Optámos por não ter tanto rendimento, mas temos mais tempo e isso é mais
importante", acrescenta o marido. Atualmente a filha tem seis anos. Não sente
a mudança até porque acaba por viver os dois mundos, já que nas férias vai
para a grande cidade, para junto dos avós. "Nós também quando temos
necessidade de ir a Lisboa, vamos porque estamos a pouco mais de duas
horas e não há grandes obstáculos. Não sentimos muito a mudança porque
sentimos que continuamos muito perto", afirma Isménia, lembrando que as
novas tecnologias também permitem que, hoje em dia tudo se torne "mais
próximo".
E garante que a nível cultural nada se perde, porque a ‘cidade', termo que
utiliza várias vezes referindo-se a Castelo Branco, é, segundo ela, muito
equilibrada.
Por outro lado, Isménia continua a investir na sua formação, na Escola
Superior de Educação, em Castelo Branco. A parte académica ficou até
beneficiada com a mudança, uma vez que em Lisboa não tinha tempo para
isso.
Ator Zé Pedro
Vasconcelos também é
hoteleiro
José Pedro Vasconcelos, ator e apresentador de
televisão, e a mulher, a produtora Mariana Roxo,
passaram a viver no Imani Country House, a antiga
quinta agrícola que recuperaram na aldeia de
Guadalupe, perto de Évora, e que agora funciona
como hotel em espaço rural.
Além do hotel Imani (que significa 'acreditar' em
língua suaíli), que abriu em maio de 2011, Zé Pedro
também é sócio-gerente do restaurante Santo
António de Alfama, em Lisboa.
"Preciso destes dois negócios para viver. Quando a
maré está baixa de um lado, não posso comer só
conchas", frisa o ator.
O Imani Country House foi classificado pela revista
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A inter relação entre espaço urbano e espaço rural

  • 1. A interA interA interA inter----relação entre espaçorelação entre espaçorelação entre espaçorelação entre espaço urbano e espaço ruralurbano e espaço ruralurbano e espaço ruralurbano e espaço rural RelaçõesRelaçõesRelaçõesRelações de interdependência e complementaridadede interdependência e complementaridadede interdependência e complementaridadede interdependência e complementaridade
  • 2. Diferenças entre modo de vida rural e modo de vida urbano Tradicionalmente, a oposição entre os dois modos de vida é nítida: Modo de vida rural Caraterísticas Modo de vida urbano Produção de alimentos Função principal Produção industrial e prestação de serviços Agricultura e criação de gado Atividade económica dominante Serviços e indústria Família camponesa, conservadora e tradicional Grupo social de referência Família urbano-industrial aberta à modernidade Baixa densidade de construção Abundância de espaços verdes Tipo de paisagem Elevada densidade de construção (em superfície e em altura) ausência de espaços verdes de qualidade
  • 3. Ao longo do tempo, as diferenças sofreram uma evolução A segunda metade do século XX, com a forte mecanização da agricultura nalguns países e regiões, criou uma fratura entre um mundo rural moderno (que surgiu e continua a evoluir) e um mundo rural tradicional (aquele que se manteve estático e não acompanhou as novas tendências). As diferenças diminuem, pelo contrário, entre as áreas rurais modernas e as cidades, havendo, entre elas, maior proximidade Física Funcional Socioeconómica. As diferenças aumentam entre o mundo urbano e as áreas rurais tradicionais condenadas ao despovoamento e ao esquecimento.
  • 4. A “invasão” do campo pela cidade: Periurbanização e Rurbanização • A vida urbana torna-se demasiado cansativa (stress) e as distâncias a percorrer diariamente implicam gastos elevados de tempo improdutivo, isto é, a distância-tempo e a distância-custo aumentam muito. • À medida que as cidades se expandem em superfície o campo envolvente é invadido e conquistado, primeiro, com a deslocação da indústria para as periferias e, progressivamente, por outras funções urbanas: comercial, residencial, de serviços à comunidade (escolas básicas, centros de saúde, equipamentos coletivos), todo esta sequência suportada numa rede de transportes mais densa e diversificada. • Fala-se em periurbanização e rurbanização.
  • 5. RURBANIZAÇÃO: invasão do espaço rural por formas de viver urbanas: Habitações de tipo unifamiliar dispersas Moradores que trabalham nas cidades Moradores geradores de movimentos pendulares (detentores de elevado poder de compra deslocam-se em veículos particulares que percorrem, rapidamente, as distâncias físicas servidas por vias de transporte rápidas, autoestradas ou itinerários principais) Difusão de modos de vida urbanos que, a prazo, vão esbater as diferenças entre rurais e citadinos. Fala-se em “os novos rurais” apesar de, nem todos, se dedicarem à vida do campo. Procuram, antes, a paz e a tranquilidade que a cidade não é capaz de proporcionar. Consequências?
  • 6. Novos elementos no contexto das relações cidade-campo Reforço da função residencial de urbanos economicamente mais desafogados Aparecimento de novas atividades, por exemplo, construção civil, lazer, turismo, ou, mesmo, instalação de algumas indústrias. Manutenção, por parte de alguns rurais, de atividades agrícolas. Instalação de novos produtores agrícolas, jovens, bem informados e formados. Reforço da terciarização do campo, diminuição do peso da função primária. Aproximação dos modos de comportamento entre rurais e urbanos, trabalho facilitado pela proliferação dos media (TV, Internet, telemóveis, jornais…)
  • 7. O caso de Portugal – as relações cidade/campo Até à década de 60 do século XX Portugal é um país rural e tradicional O campo fornece bens alimentares à cidade, matérias primas para a indústria e população ativa jovem e, ainda, espaços de lazer e turismo. A partir dos anos 60 (1960-1973) Migrações internas atingem uma elevada intensidade Aumentam as assimetrias regionais e os desequilíbrios demográficos entre o litoral e o interior São evidentes os contrastes funcionais entre o campo e a cidade (Continua)
  • 8. A cidade atrai pelos bens de consumo que disponibiliza, pelas máquinas agrícolas que fabrica, pelos combustíveis que fornece, pelos serviços especializados de que dispõe. O campo sofre uma dicotomia: há o que repele, envelhece e permanece tradicional e há o que se urbaniza por força da expansão das periferias urbanas e pelo êxodo urbano e que, portanto, atrai. Século XXI O rural e o urbano confundem-se Entre os jovens, sejam da cidade sejam do campo, é difícil distinguir pelo vestuário, pelos gostos, pelo acesso às novas tecnologias quem são os rurais, quem são os urbanos. Os jovens sentem-se rurbanos.
  • 9. Dinâmicas entre cidade e campo CIDADE Efeitos Campo Maior oferta de realização profissional (maior número de empresas, serviços e bens dada a existência de “bacias de emprego”) Maior diversidade sociocultural, de consumo e lazer Maior dinamismo demográfico e consequentemente população mais jovem Maiores oportunidades de relações sociais Fracas oportunidades de realização profissional Maior oferta de contacto com a natureza Permanência de valores espirituais e sentimentais que, em ocasiões festivas, provoca uma atração temporária Fraco dinamismo demográfico e população envelhecida que mantém a memória familiar Atração/ Repulsão Normalmente a cidade atrai, o campo repele. Mas, cada vez mais, há exceções.
  • 10. Freguesia de Serzedo - Fantástica Moradia Isolada T5, Vista de campo/serra A antiga casa senhorial da Quinta do Calvário, na freguesia de Sandim, em Vila Nova de Gaia, foi resgatada ao seu passado e transformada num hotel de cinco estrelas de "ambiente rústico chic". Villa Sandini Hotel & SPA Com 16 quartos …cada espaço "é decorado de acordo com o conceito campestre", em que "diferentes flores, plantas e frutos proporcionam os mais variados aromas". O hotel inclui ainda …um restaurante …cuja cozinha é fornecida por uma produção agrícola própria. Um exemplo de valorização do património rural numa freguesia que se localiza muito perto da segunda maior cidade do país, a cidade do Porto. Freguesia de Sandim – uma moradia em meio rural e terreno para venda. Muitas vezes o proprietário prefere vender a terra do que pô- la a produzir
  • 11. Movimento Novos Rurais Novos valores que sustentam a procura da proximidade com a natureza e com a vida no campo
  • 12. Os novos agricultores no Algarve Os novos agricultores são oriundos das mais diversas áreas, seja da agronomia, engenharia biomédica, farmacêutica, engenharia mecânica ou eletrotécnica, e regressam às terras por "via familiar", para combater o desemprego e a crise, mas também, porque há um certo "encantamento pela natureza e uma maior sensibilidade ambiental" nesta nova geração … A nova geração de jovens agricultores com estudos traz dinamismo ao setor, pois sabem aceder facilmente aos apoios comunitários e conseguem controlar as suas candidaturas ou a rega das plantações à distância de um clique na Internet (…) A produção de mel, abacate e de frutos vermelhos é quase toda para exportação para a Europa e para fora da Europa, como Nova Zelândia, e "continua a haver procura destes produtos no mercado“ (…) os jovens agricultores algarvios criaram cerca de "mil postos de trabalho" com os seus projetos no âmbito do PRODER. O diretor da Direção Regional de Agricultura e Pescas (DRAPAlg) chamou de "revolução" e "viragem" no setor agrícola da região algarvia a chegada de tantos jovens à terra -- cerca de 500 -- nos últimos sete anos.
  • 13. Da creche…para os morangos Ricardo e Isménia escolheram o sossego do Ladoeiro para uma vida mais pacata e sem stress …Ali instalou-se esta família, que deixou o bulício da cidade e a Creche com oito funcionários, que possuíam em Odivelas, para fazer vida no Ladoeiro. A filha na altura tinha dois anos e meio e teve um peso decisivo nesta opção. Qualidade de vida e tempo é o que Ricardo e Isménia destacam como "muito positivo" nesta decisão da qual não se arrependem. "Ao nível da educação, há uma excelente rede escolar e sobretudo há tempo para sermos pais, há tempo para as crianças crescerem com qualidade“ … em Lisboa as crianças passam 12 horas numa creche ou num jardim-de-infância … e isso não é a melhor forma de criar os filhos, embora para quem ali resida seja a única solução. "Optámos por não ter tanto rendimento, mas temos mais tempo e isso é mais importante", acrescenta o marido. Atualmente a filha tem seis anos. Não sente a mudança até porque acaba por viver os dois mundos, já que nas férias vai para a grande cidade, para junto dos avós. "Nós também quando temos necessidade de ir a Lisboa, vamos porque estamos a pouco mais de duas horas e não há grandes obstáculos. Não sentimos muito a mudança porque sentimos que continuamos muito perto", afirma Isménia, lembrando que as novas tecnologias também permitem que, hoje em dia tudo se torne "mais próximo". E garante que a nível cultural nada se perde, porque a ‘cidade', termo que utiliza várias vezes referindo-se a Castelo Branco, é, segundo ela, muito equilibrada. Por outro lado, Isménia continua a investir na sua formação, na Escola Superior de Educação, em Castelo Branco. A parte académica ficou até beneficiada com a mudança, uma vez que em Lisboa não tinha tempo para isso.
  • 14. Ator Zé Pedro Vasconcelos também é hoteleiro José Pedro Vasconcelos, ator e apresentador de televisão, e a mulher, a produtora Mariana Roxo, passaram a viver no Imani Country House, a antiga quinta agrícola que recuperaram na aldeia de Guadalupe, perto de Évora, e que agora funciona como hotel em espaço rural. Além do hotel Imani (que significa 'acreditar' em língua suaíli), que abriu em maio de 2011, Zé Pedro também é sócio-gerente do restaurante Santo António de Alfama, em Lisboa. "Preciso destes dois negócios para viver. Quando a maré está baixa de um lado, não posso comer só conchas", frisa o ator. O Imani Country House foi classificado pela revista americana Condé Nast Travel em 2012 como um dos 12 melhores hotéis abertos no mundo com diária abaixo de 300 dólares.