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Um
Sonho
Chamado
Edição 2020
Ano da Pandemia
Alessandra Maiane
Poesia
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Um
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Poesia
O tempo é ligeiro,
refuta um passado longínquo
por ser conselheiro ingênuo,
de linguagens duradouras
e signos maravilhosos.
Nesta quarta obra,
em épocas de constantes atribulações,
a poesia transforma-se mais uma vez,
por acreditar que a vida é feita de sonhos
e que sem eles estaríamos perdidos.
Poesia é um chamado,
um desígnio divino,
um paraíso dentro do peito,
para oferecer luz para o mundo,
numa singela fração de segundos!
2020
Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução total ou parcial da obra sem autorização da autora.
Registro no Ministério da Cultura - Fundação Biblioteca Nacional
o
Protocolo N JU982962722BR
Ficha Técnica
Arte da Capa e Diagramação: Mídia Publicidade (35) 3291-6857
Impressão: Gráfica Rocha (35) 3292-4816
Revisão de Texto: Mary Oliveira de Carvalho
Agradecimentos sinceros
aos meus queridos pais,
Agenor e Maria,
e a minha querida filha
Danielle.
A POESIA
É LUZ PARA
O MUNDO
Introdução
O tempo é ligeiro,
refuta um passado longínquo
por ser conselheiro ingênuo,
de linguagens duradouras
e signos maravilhosos.
Nestes tempos,
épocas de constantes atribulações,
a poesia transforma-se mais uma vez,
por acreditar que a vida é feita de sonhos
e, que sem eles estaríamos perdidos.
Poesia é um chamado,
um desígnio divino,
um paraíso dentro do peito,
para oferecer luz para o mundo,
numa singela fração de segundos!
Um Sonho Chamado Poesia
A poesia adorna a vida
Em arco íris
De inocência,
Comovendo o coração.
A poesia tem o poder
Das palavras
Esquecidas na memória,
Como apagão.
Poesia é imaginação
Registrada às pressas,
Feito transgressão.
A poesia é um sonho
Que busca a noite,
Num mundo de escuridão!
Soneto
É mais que dádiva,
Semente que esquadrinha
O tempo do coração.
Signo maior
De múltiplas facetas,
Providencial vocação.
Sabedoria é somar sentidos
Num mesmo espaço,
Seguindo uma só direção.
É saber apreender,
Para depois ensinar
Como prova de mansidão.
Sabedoria é grato querer,
Que nunca mistifica
O pobre coração!
Sabedoria
Flor de espinhos afiados
Que buscam sangue de mansidão,
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Com perfume em contemplação!
Flor de serenidade faceira
Que percorre o vento
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Entoando pensamentos
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Flor de almas penitentes
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Flor
Um Mundo de Ilusão
A Vida
A vida é um ciclo maldito,
Com princípio confuso,
Meio ligeiro,
E um final indesejado.
A vida é só um momento,
Leva os sonhos
Como passatempo de criança,
Num aconchego adormecido.
A vida é constante espera,
Sinal como pássaro no céu,
Buscando refúgio atormentado.
A vida é um jogo sereno
Que ninguém vence,
Perde-se tudo.
Uma Luz
Uma luz que marque o coração
Como adorno traçado,
Desvendando a vida.
Um dia para nascer,
Florido como manhã
De primavera colorida.
Uma luz que reflita o amor
Como sentimento mais adorado,
Numa visão alucinada.
Uma dádiva a partilhar,
Transparente e clara,
Como água límpida.
Uma luz que transforme o tempo
Em brincadeira de criança,
Inocente e levada!
Mococa
Cidade das Palmeiras Imperiais
Imponente Matriz,
Gigante entre as palmeiras,
Tão altas que parecem
Pinturas descomunais.
Águas esfumaçantes e reluzentes
Emanam da praça, em fachos multicores,
É a fonte enaltecendo
Com seus encantos magistrais.
No coreto iluminado a filarmônica,
Com suas marchinhas perpetuadas
Ao sabor da pipoca e
Do algodão doce naturais.
Paisagens inesquecíveis
Molduram a vista do alto mirante
Da Mocoquinha,
Em fascínios orquestrais.
Das saudosas caminhadas
Pela avenida Dr. Américo,
Aos revigorantes banhos na “piscina”
Nas tardes dominicais.
O leite e a vaquinha,
O tempo não apaga jamais,
“Mococa cidade
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Uma História
Então é passado,
Cacos de um tempo
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Um recanto suspenso
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Em brando olhar
Só murmura!
Então é passado,
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De poucas palavras
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Saudade é assim amarga,
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Porque história
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Tempo Implacável
Tempo implacável
Que não avisa,
Só conta as horas.
Manipulador desalmado
De múltiplas facetas,
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Tempo implacável,
Onde tudo é passageiro,
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Uma Luz para o Mundo

  • 1. Um Sonho Chamado Edição 2020 Ano da Pandemia Alessandra Maiane Poesia
  • 2.
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  • 4. Edição 2020 Ano da Pandemia Alessandra Maiane Um Sonho Chamado Poesia
  • 5.
  • 6. O tempo é ligeiro, refuta um passado longínquo por ser conselheiro ingênuo, de linguagens duradouras e signos maravilhosos. Nesta quarta obra, em épocas de constantes atribulações, a poesia transforma-se mais uma vez, por acreditar que a vida é feita de sonhos e que sem eles estaríamos perdidos. Poesia é um chamado, um desígnio divino, um paraíso dentro do peito, para oferecer luz para o mundo, numa singela fração de segundos!
  • 7. 2020 Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total ou parcial da obra sem autorização da autora. Registro no Ministério da Cultura - Fundação Biblioteca Nacional o Protocolo N JU982962722BR Ficha Técnica Arte da Capa e Diagramação: Mídia Publicidade (35) 3291-6857 Impressão: Gráfica Rocha (35) 3292-4816 Revisão de Texto: Mary Oliveira de Carvalho
  • 8. Agradecimentos sinceros aos meus queridos pais, Agenor e Maria, e a minha querida filha Danielle.
  • 9. A POESIA É LUZ PARA O MUNDO
  • 10. Introdução O tempo é ligeiro, refuta um passado longínquo por ser conselheiro ingênuo, de linguagens duradouras e signos maravilhosos. Nestes tempos, épocas de constantes atribulações, a poesia transforma-se mais uma vez, por acreditar que a vida é feita de sonhos e, que sem eles estaríamos perdidos. Poesia é um chamado, um desígnio divino, um paraíso dentro do peito, para oferecer luz para o mundo, numa singela fração de segundos!
  • 11. Um Sonho Chamado Poesia A poesia adorna a vida Em arco íris De inocência, Comovendo o coração. A poesia tem o poder Das palavras Esquecidas na memória, Como apagão. Poesia é imaginação Registrada às pressas, Feito transgressão. A poesia é um sonho Que busca a noite, Num mundo de escuridão! Soneto
  • 12. É mais que dádiva, Semente que esquadrinha O tempo do coração. Signo maior De múltiplas facetas, Providencial vocação. Sabedoria é somar sentidos Num mesmo espaço, Seguindo uma só direção. É saber apreender, Para depois ensinar Como prova de mansidão. Sabedoria é grato querer, Que nunca mistifica O pobre coração! Sabedoria
  • 13. Flor de espinhos afiados Que buscam sangue de mansidão, Ferem a alma em brasa Com perfume em contemplação! Flor de serenidade faceira Que percorre o vento Sem ser notada, Numa rasteira do coração! Flor de esperança Que irrompe em arco íris de papel, Entoando pensamentos Com requinte de canção! Flor de almas penitentes Que os olhos não podem ver Nem o tempo apagar, Só um mundo de ilusão! Flor Um Mundo de Ilusão
  • 14. A Vida A vida é um ciclo maldito, Com princípio confuso, Meio ligeiro, E um final indesejado. A vida é só um momento, Leva os sonhos Como passatempo de criança, Num aconchego adormecido. A vida é constante espera, Sinal como pássaro no céu, Buscando refúgio atormentado. A vida é um jogo sereno Que ninguém vence, Perde-se tudo.
  • 15. Uma Luz Uma luz que marque o coração Como adorno traçado, Desvendando a vida. Um dia para nascer, Florido como manhã De primavera colorida. Uma luz que reflita o amor Como sentimento mais adorado, Numa visão alucinada. Uma dádiva a partilhar, Transparente e clara, Como água límpida. Uma luz que transforme o tempo Em brincadeira de criança, Inocente e levada!
  • 16. Mococa Cidade das Palmeiras Imperiais Imponente Matriz, Gigante entre as palmeiras, Tão altas que parecem Pinturas descomunais. Águas esfumaçantes e reluzentes Emanam da praça, em fachos multicores, É a fonte enaltecendo Com seus encantos magistrais. No coreto iluminado a filarmônica, Com suas marchinhas perpetuadas Ao sabor da pipoca e Do algodão doce naturais. Paisagens inesquecíveis Molduram a vista do alto mirante Da Mocoquinha, Em fascínios orquestrais. Das saudosas caminhadas Pela avenida Dr. Américo, Aos revigorantes banhos na “piscina” Nas tardes dominicais. O leite e a vaquinha, O tempo não apaga jamais, “Mococa cidade Das Palmeiras imperiais”.
  • 17. Uma História Então é passado, Cacos de um tempo Que a memória Não restaura! Um recanto suspenso Que a nova paisagem, Em brando olhar Só murmura! Então é passado, Sufocado pela história De poucas palavras E singela desventura! Saudade é assim amarga, Só sabe machucar Porque história Também vai embora!
  • 18. Tempo Implacável Tempo implacável Que não avisa, Só conta as horas. Manipulador desalmado De múltiplas facetas, Que transforma Eras. Tempo implacável, Onde tudo é passageiro, Numa viagem sem voltas. Aliado de outrora, Guardião mais fiel De todas as desventuras. Tempo implacável Que não perdoa Nem as doces lembranças!