1) A destruição é parte da história e precisamos estar cientes disso. A arte revela o oculto e nos ajuda a ver as sombras da realidade.
2) A arte deve ser agente da destruição para questionar formas de poder, incluindo o poder da própria arte, que é branco, capitalista e patriarcal.
3) A arte deve estar próxima da experiência humana real e do corpo, não do online. Individualidade e liberdade são conceitos problemáticos e precisamos inventar novos caminhos coletivos.
1. MANIFESTO DE OLHOS ABERTOS
ou Manifesto Inconformista de
Dezembro de 2016 (J.P. Cuenca)
FONTE: https://medium.com/@jpcuenca/manifesto-de-olhos-abertos-
ou-manifesto-inconformista-de-dezembro-de-2016-b25051348f1d
Prof.ª Andressa Silva
2. 1- A destruição é uma constante histórica. A crença ingênua de que
passaríamos incólumes pela vida nos une. Precisamos abrir os olhos.
Freelancer da
Reuters.
3. 2- A arte permite que o oculto se revele.
Simon Prades
4. 3- Não se trata de
iluminar, mas VER a
sombra.
GEORGES DE LA TOUR. A Madalena penitente, 1644.
5. 4- A arte deve ser agente da
destruição — e não apenas
uma vítima circunstancial da
História para consumo
cultural ou lavagem de
dinheiro.
CILDO MEIRELES. Inserções em
circuitos ideológicos: Projeto
cédula, 1975.
6. 5- A arte deve atacar toda forma de poder constituído,
inclusive o da própria arte: branco, capitalista e patriarcal.
KARA WALKER. A sutileza, 2014. [Instalação de 23 metros criada com 35 toneladas de açúcar refinado.
7. 6- A arte deve ser próxima à experiência, ao tempo e ao corpo presente.
Nada disso está online.
LYGIA CLARK. Bicho (série), 1960-64.
8. 7- A arte não é um
domínio especializado.
Isso é artesanato ou
cátedra.
JORGE MACCHI. A fonte, 2007.
9. 8- A sua expressão pessoal é um fetiche. A sua autoria é uma mentira.
HENRY MATISSE E AS MÁSCARAS AFRICANAS
10. 9- Suas boas intenções não servem de nada. Sua consciência tranquila é
alienação.
KEVIN CARTER,
1993
11. 10- Liberdade individual é um conceito caduco. Precisamos inventar outra.
Não existe liberdade fora do coletivo.
NICOLA FLOC’H. A grande troca (7º Bienal do Mercosul), 2009.
12. 11- Viver é uma invenção estética. Viver é
um processo de demolição. “Não aceitar o
que é de hábito como coisa natural.” Nada
é natural.
Cartaz de propaganda
nazista antissemita.
JOHN HEARTFIELD. Hurrah,
a manteiga acabou!, 1935.
13. 12- Não há resistência fora da criação. Não há criação fora da resistência.
BANKSY. Flower Thrower, 2005 (Jerusalém).