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Spinoza, o filósofo cujo nome fez tanto alarde no mundo, era judeu de origem.
Seus pais, pouco tempo depois de seu nascimento, chamaram-no Baruch . Mas
tendo logo abandonado o judaísmo, trocou seu nome e assinou seus escritos e
suas cartas com o nome de Benoit . Nasceu em Amsterdã a 24 de novembro, no
ano de 1632 . O que se diz comumente, e que inclusive se escreveu, que ele era
pobre e de baixa estirpe, não é verdade; seus pais, judeus portugueses,
honrados e abastados, eram comerciantes em Amsterdã, onde moravam no
Burgwal, em uma casa assaz bela próxima da velha sinagoga portuguesa.
Deus para Spinoza é o único motivo da existência de todas as coisas. Deus é a
substância única e nenhuma outra realidade existe fora de Deus. Ele é a fonte
única e Dele surgem todos os outros elementos. Deus existe em si e foi gerado
por si, para existir ele não necessita de nenhuma outra realidade. A essência de
Deus pressupõe a sua existência. A substância divina é infinita e não é limitada
por nenhuma outra, ela é a causa de todas as coisas existentes, que por
consequência são manifestações de Deus.
Assim sendo, nada existe fora de Deus, e tudo que existe é uma forma de
Deus, não como uma criação sem regras ou espontânea, mas seguindo as leis da
natureza e respeitando a possibilidade de agir com vontade própria.
, bem como o fundamento teórico do Psicodrama, exaltam a ética da
alegria que nos conduz à ideia adequada de nós mesmos e de Deus.
Spinoza e Moreno atentam para uma maneira de ser que nos convoca a
buscar união com as coisas e seres que fortalecem nosso corpo e nossa
alma. É no âmbito de nossas relações afetivas que há a possibilidade de
nos descobrirmos como causas adequadas de nossos apetites e nossas
ideias. Ou seja, é através de nossos próprios afetos que podemos
contribuir para a supremacia das relações télicas em relação às
transferenciais.
Desse modo, não estamos confinados aos maus encontros e às tristezas.
A vida ética implica a passagem das paixões tristes às alegres, portanto,
da fraqueza à força, que nos afasta da passividade e nos abre para a
possibilidade de criar.
desenvolveu sua teoria dos afetos baseada em um pensamento racional, pensamento esse que
permeará toda a sua filosofia.
De acordo com este filósofo, o conhecimento só pode ser compreendido à medida que realiza-se a
união entre os afetos e a natureza. Uma vez que ambos unem-se para proporcionar as experiências
necessárias para o desenvolvimento das relações entre homem e natureza; como citado por
Marques
Spinoza parte da produção da natureza em sua totalidade para chegar às relações características
do humano. Porém, sem impor uma descontinuidade entre ambos: as relações que compõem o
homem não se distinguem das leis universais da natureza, formando um único plano de imanência.
Nesse sentido, a afetividade humana se constitui como uma expressão particular da potência
global da natureza.
Alunos:GuilhermeAraújo,Victorcosta,Roberto
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Turma:1tu
Curso:ADM
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  • 4. Deus para Spinoza é o único motivo da existência de todas as coisas. Deus é a substância única e nenhuma outra realidade existe fora de Deus. Ele é a fonte única e Dele surgem todos os outros elementos. Deus existe em si e foi gerado por si, para existir ele não necessita de nenhuma outra realidade. A essência de Deus pressupõe a sua existência. A substância divina é infinita e não é limitada por nenhuma outra, ela é a causa de todas as coisas existentes, que por consequência são manifestações de Deus. Assim sendo, nada existe fora de Deus, e tudo que existe é uma forma de Deus, não como uma criação sem regras ou espontânea, mas seguindo as leis da natureza e respeitando a possibilidade de agir com vontade própria.
  • 5. , bem como o fundamento teórico do Psicodrama, exaltam a ética da alegria que nos conduz à ideia adequada de nós mesmos e de Deus. Spinoza e Moreno atentam para uma maneira de ser que nos convoca a buscar união com as coisas e seres que fortalecem nosso corpo e nossa alma. É no âmbito de nossas relações afetivas que há a possibilidade de nos descobrirmos como causas adequadas de nossos apetites e nossas ideias. Ou seja, é através de nossos próprios afetos que podemos contribuir para a supremacia das relações télicas em relação às transferenciais. Desse modo, não estamos confinados aos maus encontros e às tristezas. A vida ética implica a passagem das paixões tristes às alegres, portanto, da fraqueza à força, que nos afasta da passividade e nos abre para a possibilidade de criar.
  • 6. desenvolveu sua teoria dos afetos baseada em um pensamento racional, pensamento esse que permeará toda a sua filosofia. De acordo com este filósofo, o conhecimento só pode ser compreendido à medida que realiza-se a união entre os afetos e a natureza. Uma vez que ambos unem-se para proporcionar as experiências necessárias para o desenvolvimento das relações entre homem e natureza; como citado por Marques Spinoza parte da produção da natureza em sua totalidade para chegar às relações características do humano. Porém, sem impor uma descontinuidade entre ambos: as relações que compõem o homem não se distinguem das leis universais da natureza, formando um único plano de imanência. Nesse sentido, a afetividade humana se constitui como uma expressão particular da potência global da natureza.