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EPI´s NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho
Disciplina: Equipamentos de Proteção Coletiva e Individual
Francisco Amaury Rios Filho
Professor: Cristiano Pereira
Sobral-Ce, novembro 2016
2
Sumário
1. Introdução............................................................................................................................. 3
2. Uso de EPI´s na Construção Civil........................................................................................... 4
2.1. Proteção da cabeça....................................................................................................... 4
2.2. Proteção dos membros inferiores................................................................................. 5
2.3. Proteção dos membros superiores ............................................................................... 6
2.4. Proteção contra quedas com diferença de nível .......................................................... 7
2.5. Proteção do sistema auditivo........................................................................................ 7
2.6. Proteção do sistema respiratório.................................................................................. 8
2.7. Proteção de tronco........................................................................................................ 8
3. Referências Bibliográficas ................................................................................................... 10
3
1. Introdução
A construção civil é o ramo de atividades dos mais antigos do mundo e que apresenta
uma diversidade muito grande de riscos. Desde o início das civilizações passou por
grandes processos de transformação nas metodologias, materiais e mão de obra
envolvidos. O resultado disso é uma grande variedade de serviços e materiais envolvidos
nos processos, variando também de acordo com o tipo da obra a edificar, sendo grande a
probabilidade de acidentes de trabalho. No decorrer do tempo milhões de vidas foram
perdidas nesse setor, além de inúmeros casos de doenças ocupacionais do trabalhador, em
virtude da falta de controle do meio ambiente de trabalho, do processo produtivo e da
orientação dos colaboradores [8].
Daí surge a necessidade de programas que visam a antecipação, avaliação e o controle de
acidentes de trabalho e riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente
de trabalho. A melhoria da segurança, saúde e meio ambiente de trabalho além de
aumentar a produtividade, diminui o custo do produto final, pois diminui as interrupções
no processo, absenteísmo e acidentes e/ou doenças ocupacionais [2].
A evolução da legislação foi de grande importância no sentido de reduzir os casos de
acidentes de trabalho. A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 assegura
a todos os trabalhadores, urbanos e rurais, a “redução dos riscos inerentes ao trabalho, por
meio de normas de saúde, higiene e segurança”. Por ser um direito de todos os
trabalhadores, o assunto é tratado de forma detalhada na Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT) e nas Normas Regulamentadoras (NRs) do Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE) [4].
Dentre as NRs do MTE destaca-se, relacionada à construção civil, a NR 18 – Condições
e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. A mesma indica que a empresa
é obrigada a fornecer aos trabalhadores, gratuitamente, Equipamento de Proteção
Individual (EPI) adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento
[5].
4
2. Uso de EPI´s na Construção Civil
Devido aos riscos de acidente existentes nas atividades da construção civil o uso de EPIs
é indispensável em diversos setores. No entanto o uso do EPI deve ser limitado,
procurando-se primeiro a eliminação ou redução dos riscos, com a adoção de medidas de
proteção geral, como Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC´s). Sua utilização é
específica para cada atividade, caso o colaborador mude de função o EPI deve ser o
adequado para aquela atividade [3].
Vale ressaltar também que o excesso de EPI pode ser prejudicial a mobilidade e bem-
estar do colaborador, por isso o uso deve ser adequado para não gerar possíveis acidentes
causados por imprudência no uso. Em uma área de risco todas as pessoas que circulam
devem estar devidamente paramentadas com os EPI´s adequados para aquele setor [8].
A escolha do EPI a ser utilizado cabe ao Engenheiro de Segurança, que deverá usar
Os critérios para a definição de qual o tipo correto de equipamento a ser utilizado devem
ser:
 Os riscos que o serviço oferece;
 Condições de trabalho;
 Parte a ser protegida;
 Qual o trabalhador que irá usar o EPI.
Após a definição dos tipos de EPI´s a serem utilizados, é importante a realização de um
trabalho de treinamento e conscientização dos colaboradores a respeito de sua
importância.
Na indústria são utilizados diversos tipos de EPIs. Alguns deles são descritos a seguir
[3].
2.1. Proteção da cabeça
Esse tipo de proteção engloba a proteção para a cabeça propriamente dita (capacetes,
máscaras, por exemplo) e a proteção para os órgãos (de visão e de audição, por exemplo)
nela localizados.
Os capacetes de segurança são usados para proteger o crânio contra quedas de objetos
provenientes de níveis elevados, impactos e partículas projetadas, projeção de produtos
químicos, fogo e calor e proteção contra a eletricidade.
5
Os protetores para o rosto têm a finalidade de proteger contra o impacto de partículas,
contra respingos de produtos químicos e contra a ação de radiações nocivas e excesso de
luminosidade. De certa forma, também protegem os olhos, mas não servem como único
equipamento de proteção para o órgão da visão. Dentre os protetores de rosto pode-se
citar:
 Protetor com visor plástico: possui visor de acetato de celulose ou acrílico; deve
ser transparente e sem ondulações.
 Protetor com anteparo aluminizado: dotado de visor de plástico aluminizado na
face externa. Serve para proteger a face contra impactos e diminui a ação da
radiação luminosa.
 Protetor com visor de tela: o visor é feiro de tela de malha pequena, tornando-a
transparente. Tem como função proteger o funcionário contra riscos de impacto
por estilhaços e diminui o efeito do calor radiante.
 Máscara para soldador: é de uso específico dos soldadores de solda elétrica. Além
de proteger contra a radiação calorífica e luminosa produzidas durante a
soldagem, protege também contra respingos do metal fundente e das fagulhas da
solda.
A proteção dos olhos deve garantir que os mesmos estejam protegidos contra impactos
de estilhaços, partículas, fagulhas, respingos de produtos químicos e metais fundidos,
assim como, contra radiações e luminosidade. Para proteção dos olhos, normalmente, são
usados óculos que variam de forma e aplicação.
 Óculos para soldador – solda a gás: tem como finalidade proteger o trabalhador
contra as radiações e luminosidade, e contra os respingos e fagulhas de solda. Sua
armação possui a forma de duas conchas. As lentes são removíveis, possibilitando
o uso da tonalidade adequada de acordo com as necessidades do serviço.
 Óculos contra impactos: existem variados tipos e qualidades. O diferencial
principal são as características das lentes, que podem ser de resina sintética, ou de
cristal ótico endurecido por tratamento térmico e resistente a impactos.
2.2. Proteção dos membros inferiores
Os sapatos de segurança protegem os pés contra impactos, principalmente provenientes
da queda de objetos. O tipo de calçado recomendado é o que possui biqueira de aço capaz
6
de resistir a fortes impactos, protegendo os dedos e evitando ferimentos. O calçado de
segurança pode possuir ainda solado antiderrapante e palmilha de aço para proteção
contra objetos perfurantes.
As botas de borracha ou plástico utilizada para trabalhos realizados em locais úmidos ou
quando em contato com produtos químicos (concreto e tintas, por exemplo).
As perneiras são utilizadas para a proteção das pernas. De acordo com o risco, as perneiras
cobrem só a perna ou podem chegar até a coxa. Perneiras de raspa de couro são usadas
para soldadores e fundidores
2.3. Proteção dos membros superiores
Dentre os equipamentos de proteção de membros superiores destacam-se as luvas. Elas
impedem um contato direto com materiais cortantes, abrasivos, aquecidos, ou com
substâncias corrosivas e irritantes da pele. Existem luvas específicas para os diversos
tipos de atividades:
 Trabalhos com solda: O soldador deverá proteger-se com luvas e mangas contra
a agressividade do calor e contra respingos incandescentes. São usadas,
geralmente, luvas de raspa de couro ou de outro material que apresente isolação
térmica.
 Trabalhos pesados e secos: Devem ser utilizadas luvas de couro, muito resistentes
ao atrito. Vaqueta ou vaqueta bufalada são usadas para confecção dessas luvas,
normalmente com reforço e palma dupla.
 Trabalhos pesados e úmidos: Devem utilizar luvas de lona, desde que os líquidos
manuseados não sejam nocivos à pele.
 Trabalhos com líquidos: Adotam-se luvas impermeáveis de plástico ou borracha.
Para manuseio de produtos derivados de petróleo, devem ser usadas luvas de
borracha sintética ou de PVC.
 Trabalhos quentes (corpos aquecidos ou nos casos de exposição à radiação
térmica): Recomenda-se luvas de amianto ou de fibra de vidro por serem materiais
incombustíveis. Quando as mãos são expostas a fortes radiações de calor, as luvas
de amianto e de fibra de vidro serão mais eficientes, se o dorso for aluminizado.
 Trabalhos em alta tensão: Devem ser utilizadas luvas de borracha especial, são as
que têm maior responsabilidade na proteção do trabalhador, pois protegem a vida
7
do indivíduo contra eletrocussão. Não devem ter quaisquer defeitos, arranhaduras,
perfurações sou desgastes. Para evitar tudo isso, elas devem ser usadas,
obrigatoriamente, com luvas de pelica ou outro couro macio, sobrepostas, e
examinadas toda vez que forrem utilizadas (teste de sopro).
 Mangotes: Proteção para os braços na realização de operações que possam causar
alguma lesão como: raspões, queimaduras, batidas, etc.
2.4. Proteção contra quedas com diferença de nível
Os cintos de segurança não têm a finalidade de proteger uma parte do corpo específica.
Destinam-se a proteger o homem que trabalha em lugares altos, prevenindo quedas por
desequilíbrio.
 Cinto com travessão: É um cinto largo e reforçado, de couro ou lona, com uma ou
duas fivelas, conforme o tipo. O travessão é preso por dois anéis colocados de
maneira que fique um de cada lado do corpo do usuário.
 Cinto com corda: Este tipo de cinto possui suspensórios e, em alguns casos, até
tiras de assento como os cintos de pára-quedistas.
2.5. Proteção do sistema auditivo
Se uma pessoa deve trabalhar por longos períodos exposto a níveis (pressões) de som
superiores a aproximadamente 85 decibéis (para cada oitava acima de 300
ciclos/segundo) deve usar alguma forma de proteção auditiva. Dentre os tipos de proteção
auditiva podemos citar:
 Protetores de inserção: Este tipo nos canais e varia consideravelmente de desenho
e material. Os materiais usados são a borracha, plástico macio, cera e algodão. Os
tipos de borracha e plástico são populares porque são fáceis de se manter limpos,
são baratos e têm bom desempenho.
 Tipo concha: Este protetor deve cobrir o ouvido externo para promover uma
barreira acústica efetiva. É um dos tipos mais completos. Pelo fato de abranger
toda a concha auditiva, deve ser feito em material macio, confortável e de fácil
higienização.
8
2.6. Proteção do sistema respiratório
A finalidade dessa proteção é impedir que as vias respiratórias sejam atingidas por gases
ou outras substâncias nocivas ao organismo. A máscara é a peça básica do protetor
respiratório. O tipo semifacial cobre parcialmente o rosto, mais precisamente, nariz e
boca. Já o tipo facial cobre todo o rosto, havendo, nesse caso, um visor.
Independentemente do tipo, a máscara deve permitir vedação perfeita nas áreas de contato
com o rosto.
 Máscaras com filtro: Esses filtros podem ser de material fibroso, que retém
partículas de poeira, fumos, névoas, etc. ou compostos de um recipiente cheio de
carvão ativo, absorvente de determinados vapores, como os derivados de petróleo,
de álcool, etc.
 Máscaras com suprimento de ar: Em lugares onde o ar está altamente contaminado
por gases nocivos, ou onde há defic6ncia de oxigênio, não se usam máscaras com
filtros, mas, sim, máscaras com suprimentos de ar puro, autônomas. O ar poderá
ser fornecido por cilindros (de ar comprimido) ou por ventoinha acionada à
distância, sendo o ar levado através de mangueiras.
 Máscaras contra gás: São dispositivos de proteção que purificam o ar, fazendo-o
passar através de uma caixa com substâncias químicas que absorvem os
contaminantes. É necessário ter em mente que as máscaras deste tipo não
proporcionam proteção onde há deficiência de oxigênio.
2.7. Proteção de tronco
Para garantir a proteção de tronco são utilizados aventais e vestimentas especiais,
empregados contra os mais variados agentes agressivos. Dentre os tipos de aventais pode-
se citar:
 Avental de raspa de couro: Normalmente utilizado por soldadores. É usado
também contra riscos de cortes e atritos que podem ocorrer no manuseio de chapas
grandes com arestas cortantes.
 Avental de lona: Usado para trabalhos secos em que não haja risco de pegar fogo
e contra riscos leves de cortes e atritos.
 Avental de amianto: Usado para trabalhos quentes. Não é inflamável, mas oferece
algumas desvantagens porque é pouco resistente ao atrito e é muito pesado.
9
 Avental de plástico: Para manuseio de ácidos ou outros produtos químicos. Evita
que os mesmos penetrem na roupa
10
3. Referências Bibliográficas
[1].Filgueiras, Vitor Araújo [et. al.]. Saúde e segurança do trabalho na construção
civil brasileira. Vitor Araújo Filgueiras (organizador). Alessandro da Silva,
Giovani Lima de Souza, Ilan Fonseca de Souza, Luiz Alfredo Scienza, Miguel
Coifman Branchtein, Sebastião Ferreira da Cunha, Wilson Roberto Simon.
Aracaju: J.Andrade, 2015.
[2].Martins, Marcele Salles. Segurança do trabalho: Estudos de casos nas áreas
agrícola, ambiental, construção civil, elétrica, saúde / Marcele Salles Martins,
Laércio S. Maculan, Adalberto Pandolfo, Renata Reinher, José W. J. Rojas,
Luciana M. Pandolfo, Juliana Kurek – Porto Alegre : SGE, 2010.
[3].Fio Cruz – Fundação Oswaldo Cruz. Segurança na Construção Civil. Disponível
em:http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/construcao%20civil/Segur
anca%20na%20Construcao%20Civil.pdf . Acesso em: 21/11/2016.
[4].SESI. Manual de Segurança e Saúde no Trabalho: Indústria da Construção Civil
– Edificações, São Paulo, 2008. Disponível em:
<http://www.sesisp.org.br/home/2006/saude/images/Dowload_Manual_SST_Co
nstrucao_Civil.pdf>. Acesso em: 22/11/2016.
[5].MTE. Norma Regulamentadora Nº 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho
na Indústria da Construção. 2015. Disponível em:
http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas-
regulamentadoras/norma-regulamentadora-n-18-condicoes-e-meio-ambiente-de-
trabalho-na-industria-da-construcao. Acesso em 22/11/2016.
[6].Waldhelm Neto, Nestor. Principais EPI usados na construção civil. 2014.
Disponível em: http://segurancadotrabalhonwn.com/principais-epi-usados-na-
construcao-civil/. Acesso em: 21/11/2016.
[7].Waldhelm Neto, Nestor. Riscos na construção civil – DDS. 2012. Disponível em:
http://segurancadotrabalhonwn.com/riscos-na-construcao-civil-dds/. Acesso em:
21/11/2016.
[8].Equipamentos de Proteção Individual na Construção Civil. Disponível em:
http://ddsonline.com.br/dds-temas/53-construcao-civil/367-equipamentos-de-
protecao-individual-na-construcao-civil.html. Acesso em: 21/11/2016.
[9].Segurança do Trabalho: um Estudo em uma Empresa da Construção Civil na
Cidade de Maceió. Disponível em:
11
http://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos12/56316676.pdf. Acesso em:
21/11/2016.

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EPIs Construção Civil

  • 1. EPI´s NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho Disciplina: Equipamentos de Proteção Coletiva e Individual Francisco Amaury Rios Filho Professor: Cristiano Pereira Sobral-Ce, novembro 2016
  • 2. 2 Sumário 1. Introdução............................................................................................................................. 3 2. Uso de EPI´s na Construção Civil........................................................................................... 4 2.1. Proteção da cabeça....................................................................................................... 4 2.2. Proteção dos membros inferiores................................................................................. 5 2.3. Proteção dos membros superiores ............................................................................... 6 2.4. Proteção contra quedas com diferença de nível .......................................................... 7 2.5. Proteção do sistema auditivo........................................................................................ 7 2.6. Proteção do sistema respiratório.................................................................................. 8 2.7. Proteção de tronco........................................................................................................ 8 3. Referências Bibliográficas ................................................................................................... 10
  • 3. 3 1. Introdução A construção civil é o ramo de atividades dos mais antigos do mundo e que apresenta uma diversidade muito grande de riscos. Desde o início das civilizações passou por grandes processos de transformação nas metodologias, materiais e mão de obra envolvidos. O resultado disso é uma grande variedade de serviços e materiais envolvidos nos processos, variando também de acordo com o tipo da obra a edificar, sendo grande a probabilidade de acidentes de trabalho. No decorrer do tempo milhões de vidas foram perdidas nesse setor, além de inúmeros casos de doenças ocupacionais do trabalhador, em virtude da falta de controle do meio ambiente de trabalho, do processo produtivo e da orientação dos colaboradores [8]. Daí surge a necessidade de programas que visam a antecipação, avaliação e o controle de acidentes de trabalho e riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho. A melhoria da segurança, saúde e meio ambiente de trabalho além de aumentar a produtividade, diminui o custo do produto final, pois diminui as interrupções no processo, absenteísmo e acidentes e/ou doenças ocupacionais [2]. A evolução da legislação foi de grande importância no sentido de reduzir os casos de acidentes de trabalho. A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 assegura a todos os trabalhadores, urbanos e rurais, a “redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança”. Por ser um direito de todos os trabalhadores, o assunto é tratado de forma detalhada na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e nas Normas Regulamentadoras (NRs) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) [4]. Dentre as NRs do MTE destaca-se, relacionada à construção civil, a NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. A mesma indica que a empresa é obrigada a fornecer aos trabalhadores, gratuitamente, Equipamento de Proteção Individual (EPI) adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento [5].
  • 4. 4 2. Uso de EPI´s na Construção Civil Devido aos riscos de acidente existentes nas atividades da construção civil o uso de EPIs é indispensável em diversos setores. No entanto o uso do EPI deve ser limitado, procurando-se primeiro a eliminação ou redução dos riscos, com a adoção de medidas de proteção geral, como Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC´s). Sua utilização é específica para cada atividade, caso o colaborador mude de função o EPI deve ser o adequado para aquela atividade [3]. Vale ressaltar também que o excesso de EPI pode ser prejudicial a mobilidade e bem- estar do colaborador, por isso o uso deve ser adequado para não gerar possíveis acidentes causados por imprudência no uso. Em uma área de risco todas as pessoas que circulam devem estar devidamente paramentadas com os EPI´s adequados para aquele setor [8]. A escolha do EPI a ser utilizado cabe ao Engenheiro de Segurança, que deverá usar Os critérios para a definição de qual o tipo correto de equipamento a ser utilizado devem ser:  Os riscos que o serviço oferece;  Condições de trabalho;  Parte a ser protegida;  Qual o trabalhador que irá usar o EPI. Após a definição dos tipos de EPI´s a serem utilizados, é importante a realização de um trabalho de treinamento e conscientização dos colaboradores a respeito de sua importância. Na indústria são utilizados diversos tipos de EPIs. Alguns deles são descritos a seguir [3]. 2.1. Proteção da cabeça Esse tipo de proteção engloba a proteção para a cabeça propriamente dita (capacetes, máscaras, por exemplo) e a proteção para os órgãos (de visão e de audição, por exemplo) nela localizados. Os capacetes de segurança são usados para proteger o crânio contra quedas de objetos provenientes de níveis elevados, impactos e partículas projetadas, projeção de produtos químicos, fogo e calor e proteção contra a eletricidade.
  • 5. 5 Os protetores para o rosto têm a finalidade de proteger contra o impacto de partículas, contra respingos de produtos químicos e contra a ação de radiações nocivas e excesso de luminosidade. De certa forma, também protegem os olhos, mas não servem como único equipamento de proteção para o órgão da visão. Dentre os protetores de rosto pode-se citar:  Protetor com visor plástico: possui visor de acetato de celulose ou acrílico; deve ser transparente e sem ondulações.  Protetor com anteparo aluminizado: dotado de visor de plástico aluminizado na face externa. Serve para proteger a face contra impactos e diminui a ação da radiação luminosa.  Protetor com visor de tela: o visor é feiro de tela de malha pequena, tornando-a transparente. Tem como função proteger o funcionário contra riscos de impacto por estilhaços e diminui o efeito do calor radiante.  Máscara para soldador: é de uso específico dos soldadores de solda elétrica. Além de proteger contra a radiação calorífica e luminosa produzidas durante a soldagem, protege também contra respingos do metal fundente e das fagulhas da solda. A proteção dos olhos deve garantir que os mesmos estejam protegidos contra impactos de estilhaços, partículas, fagulhas, respingos de produtos químicos e metais fundidos, assim como, contra radiações e luminosidade. Para proteção dos olhos, normalmente, são usados óculos que variam de forma e aplicação.  Óculos para soldador – solda a gás: tem como finalidade proteger o trabalhador contra as radiações e luminosidade, e contra os respingos e fagulhas de solda. Sua armação possui a forma de duas conchas. As lentes são removíveis, possibilitando o uso da tonalidade adequada de acordo com as necessidades do serviço.  Óculos contra impactos: existem variados tipos e qualidades. O diferencial principal são as características das lentes, que podem ser de resina sintética, ou de cristal ótico endurecido por tratamento térmico e resistente a impactos. 2.2. Proteção dos membros inferiores Os sapatos de segurança protegem os pés contra impactos, principalmente provenientes da queda de objetos. O tipo de calçado recomendado é o que possui biqueira de aço capaz
  • 6. 6 de resistir a fortes impactos, protegendo os dedos e evitando ferimentos. O calçado de segurança pode possuir ainda solado antiderrapante e palmilha de aço para proteção contra objetos perfurantes. As botas de borracha ou plástico utilizada para trabalhos realizados em locais úmidos ou quando em contato com produtos químicos (concreto e tintas, por exemplo). As perneiras são utilizadas para a proteção das pernas. De acordo com o risco, as perneiras cobrem só a perna ou podem chegar até a coxa. Perneiras de raspa de couro são usadas para soldadores e fundidores 2.3. Proteção dos membros superiores Dentre os equipamentos de proteção de membros superiores destacam-se as luvas. Elas impedem um contato direto com materiais cortantes, abrasivos, aquecidos, ou com substâncias corrosivas e irritantes da pele. Existem luvas específicas para os diversos tipos de atividades:  Trabalhos com solda: O soldador deverá proteger-se com luvas e mangas contra a agressividade do calor e contra respingos incandescentes. São usadas, geralmente, luvas de raspa de couro ou de outro material que apresente isolação térmica.  Trabalhos pesados e secos: Devem ser utilizadas luvas de couro, muito resistentes ao atrito. Vaqueta ou vaqueta bufalada são usadas para confecção dessas luvas, normalmente com reforço e palma dupla.  Trabalhos pesados e úmidos: Devem utilizar luvas de lona, desde que os líquidos manuseados não sejam nocivos à pele.  Trabalhos com líquidos: Adotam-se luvas impermeáveis de plástico ou borracha. Para manuseio de produtos derivados de petróleo, devem ser usadas luvas de borracha sintética ou de PVC.  Trabalhos quentes (corpos aquecidos ou nos casos de exposição à radiação térmica): Recomenda-se luvas de amianto ou de fibra de vidro por serem materiais incombustíveis. Quando as mãos são expostas a fortes radiações de calor, as luvas de amianto e de fibra de vidro serão mais eficientes, se o dorso for aluminizado.  Trabalhos em alta tensão: Devem ser utilizadas luvas de borracha especial, são as que têm maior responsabilidade na proteção do trabalhador, pois protegem a vida
  • 7. 7 do indivíduo contra eletrocussão. Não devem ter quaisquer defeitos, arranhaduras, perfurações sou desgastes. Para evitar tudo isso, elas devem ser usadas, obrigatoriamente, com luvas de pelica ou outro couro macio, sobrepostas, e examinadas toda vez que forrem utilizadas (teste de sopro).  Mangotes: Proteção para os braços na realização de operações que possam causar alguma lesão como: raspões, queimaduras, batidas, etc. 2.4. Proteção contra quedas com diferença de nível Os cintos de segurança não têm a finalidade de proteger uma parte do corpo específica. Destinam-se a proteger o homem que trabalha em lugares altos, prevenindo quedas por desequilíbrio.  Cinto com travessão: É um cinto largo e reforçado, de couro ou lona, com uma ou duas fivelas, conforme o tipo. O travessão é preso por dois anéis colocados de maneira que fique um de cada lado do corpo do usuário.  Cinto com corda: Este tipo de cinto possui suspensórios e, em alguns casos, até tiras de assento como os cintos de pára-quedistas. 2.5. Proteção do sistema auditivo Se uma pessoa deve trabalhar por longos períodos exposto a níveis (pressões) de som superiores a aproximadamente 85 decibéis (para cada oitava acima de 300 ciclos/segundo) deve usar alguma forma de proteção auditiva. Dentre os tipos de proteção auditiva podemos citar:  Protetores de inserção: Este tipo nos canais e varia consideravelmente de desenho e material. Os materiais usados são a borracha, plástico macio, cera e algodão. Os tipos de borracha e plástico são populares porque são fáceis de se manter limpos, são baratos e têm bom desempenho.  Tipo concha: Este protetor deve cobrir o ouvido externo para promover uma barreira acústica efetiva. É um dos tipos mais completos. Pelo fato de abranger toda a concha auditiva, deve ser feito em material macio, confortável e de fácil higienização.
  • 8. 8 2.6. Proteção do sistema respiratório A finalidade dessa proteção é impedir que as vias respiratórias sejam atingidas por gases ou outras substâncias nocivas ao organismo. A máscara é a peça básica do protetor respiratório. O tipo semifacial cobre parcialmente o rosto, mais precisamente, nariz e boca. Já o tipo facial cobre todo o rosto, havendo, nesse caso, um visor. Independentemente do tipo, a máscara deve permitir vedação perfeita nas áreas de contato com o rosto.  Máscaras com filtro: Esses filtros podem ser de material fibroso, que retém partículas de poeira, fumos, névoas, etc. ou compostos de um recipiente cheio de carvão ativo, absorvente de determinados vapores, como os derivados de petróleo, de álcool, etc.  Máscaras com suprimento de ar: Em lugares onde o ar está altamente contaminado por gases nocivos, ou onde há defic6ncia de oxigênio, não se usam máscaras com filtros, mas, sim, máscaras com suprimentos de ar puro, autônomas. O ar poderá ser fornecido por cilindros (de ar comprimido) ou por ventoinha acionada à distância, sendo o ar levado através de mangueiras.  Máscaras contra gás: São dispositivos de proteção que purificam o ar, fazendo-o passar através de uma caixa com substâncias químicas que absorvem os contaminantes. É necessário ter em mente que as máscaras deste tipo não proporcionam proteção onde há deficiência de oxigênio. 2.7. Proteção de tronco Para garantir a proteção de tronco são utilizados aventais e vestimentas especiais, empregados contra os mais variados agentes agressivos. Dentre os tipos de aventais pode- se citar:  Avental de raspa de couro: Normalmente utilizado por soldadores. É usado também contra riscos de cortes e atritos que podem ocorrer no manuseio de chapas grandes com arestas cortantes.  Avental de lona: Usado para trabalhos secos em que não haja risco de pegar fogo e contra riscos leves de cortes e atritos.  Avental de amianto: Usado para trabalhos quentes. Não é inflamável, mas oferece algumas desvantagens porque é pouco resistente ao atrito e é muito pesado.
  • 9. 9  Avental de plástico: Para manuseio de ácidos ou outros produtos químicos. Evita que os mesmos penetrem na roupa
  • 10. 10 3. Referências Bibliográficas [1].Filgueiras, Vitor Araújo [et. al.]. Saúde e segurança do trabalho na construção civil brasileira. Vitor Araújo Filgueiras (organizador). Alessandro da Silva, Giovani Lima de Souza, Ilan Fonseca de Souza, Luiz Alfredo Scienza, Miguel Coifman Branchtein, Sebastião Ferreira da Cunha, Wilson Roberto Simon. Aracaju: J.Andrade, 2015. [2].Martins, Marcele Salles. Segurança do trabalho: Estudos de casos nas áreas agrícola, ambiental, construção civil, elétrica, saúde / Marcele Salles Martins, Laércio S. Maculan, Adalberto Pandolfo, Renata Reinher, José W. J. Rojas, Luciana M. Pandolfo, Juliana Kurek – Porto Alegre : SGE, 2010. [3].Fio Cruz – Fundação Oswaldo Cruz. Segurança na Construção Civil. Disponível em:http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/construcao%20civil/Segur anca%20na%20Construcao%20Civil.pdf . Acesso em: 21/11/2016. [4].SESI. Manual de Segurança e Saúde no Trabalho: Indústria da Construção Civil – Edificações, São Paulo, 2008. Disponível em: <http://www.sesisp.org.br/home/2006/saude/images/Dowload_Manual_SST_Co nstrucao_Civil.pdf>. Acesso em: 22/11/2016. [5].MTE. Norma Regulamentadora Nº 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. 2015. Disponível em: http://trabalho.gov.br/seguranca-e-saude-no-trabalho/normatizacao/normas- regulamentadoras/norma-regulamentadora-n-18-condicoes-e-meio-ambiente-de- trabalho-na-industria-da-construcao. Acesso em 22/11/2016. [6].Waldhelm Neto, Nestor. Principais EPI usados na construção civil. 2014. Disponível em: http://segurancadotrabalhonwn.com/principais-epi-usados-na- construcao-civil/. Acesso em: 21/11/2016. [7].Waldhelm Neto, Nestor. Riscos na construção civil – DDS. 2012. Disponível em: http://segurancadotrabalhonwn.com/riscos-na-construcao-civil-dds/. Acesso em: 21/11/2016. [8].Equipamentos de Proteção Individual na Construção Civil. Disponível em: http://ddsonline.com.br/dds-temas/53-construcao-civil/367-equipamentos-de- protecao-individual-na-construcao-civil.html. Acesso em: 21/11/2016. [9].Segurança do Trabalho: um Estudo em uma Empresa da Construção Civil na Cidade de Maceió. Disponível em: