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Museu de Pesca de Santos reaberto com novidades
1. Diário Oficial Poder Executivo - Seção Iquarta-feira, 15 de julho de 2015 São Paulo, 125 (128) – III
úne espécies, lendas e história
SERVIÇO
Museu de Pesca de Santos
Av. Bartolomeu de Gusmão, 192
(próximo ao Aquário Municipal)
Santos – SP
Visitação: de quinta-feira a domingo, das
10 às 18 horas
Ingressos: R$ 5; estudantes e
professores: R$ 2,50; crianças até 6 anos e
pessoas com mais de 60 anos são isentas
Visitas escolares e de grupos devem ser
agendadas previamente pelo telefone
(13) 3261-5260. Mais informações pelo
e-mail museu@pesca.sp.gov.br
Esclarecimentos sobre o programa
contra a pesca fantasma estão no site
www.bluelinesystem.blogspot.com.br
atual que a utilizada em seu colega. O novo
procedimento foi criado por Costa, a partir
de material de baixo custo. “Ele conseguiu
dar beleza, leveza e deixar Macaezinho com
movimentos semelhantes aos que fazia
quando vivo”, explica Mônica.
A evolução da técnica de taxidermiza-
ção pode ser observada também na Sala dos
Tubarões, de várias espécies encontradas
no Brasil. Um deles, em que se utilizou a
técnica antiga, se diferencia dos demais,
por ter cor amarelada (alterada pelo empa-
lhamento), mostrar rigidez corporal e olhos
sem brilho. Posteriormente, Costa passou a
usar uma resina para recuperar o brilho dos
olhos dos bichos.
Bem em frente a esse tubarão a famí-
lia Leal posa para foto e começa a visita.
Adalberto veio ver as novidades com a mu-
lher Silvana e apresentar o local às filhas
Gabriela (6 anos) e Isabela (4 anos).
Uma das novidades é o Espaço Sub-
mergir, que mostra vídeos de recolhimento
de petrechos – redes, tarrafas, linhas, anzóis
e espinhais. Os objetos deixados pela chama-
da pesca fantasma – feita com armadilhas e
redes deixadas no mar – continuam a fun-
cionar e a pegar animais sem que ninguém
os recolha nem se alimente deles.
“A pesca fantasma só traz riscos e pre-
juízos econômicos e ambientais. O mar não
é lixeira”, alerta Mônica. As imagens foram
feitas por mergulhadores do Projeto Petre-
chos de Pesca Perdidos no Mar, do Instituto
de Pesca. “É o único programa da América
Latina que faz parte de um restrito grupo
internacional contra a pesca fantasma”, com-
pleta. A iluminação azul integra o ambiente
que tem um submergível envolto numa rede
resgatada no oceano e uma réplica de um
tubarão, apelidado de Bruce.
Lúdica –Reabertoháumano,omuseu
foi restaurado para se tornar acessível. Foram
instalados auditório, rampas, banheiros e um
elevador (em um vão para não afetar a estru-
tura predial). Portas e janelas foram trocadas
e as paredes, pintadas.
A comunicação passou a ser bilíngue e
uma das traduções causa certa estranheza:
é a do peixe-lua, conhecido internacional-
mente como sunfish (peixe sol). Ele fica em
destaque numa sala onde estão os peixes
que podem ser ingeridos, os que devem ser
preservados (como o mero, que é gigante e
corre risco de extinção) e os quase exóticos.
Ao final da visita, os garotos maiores
da família Gualhardo aproveitam para brin-
car na ala mais recente, a Lúdica. Lá, estão
representados quatro ecossistemas mari-
nhos do litoral paulista (manguezal, praia
arenosa, costão rochoso e fundo do mar). O
cenário é criação de Sílvio Galvão, respon-
sável pela cenografia do programa infantil
Castelo Rá-Tim-Bum, da TV Cultura. As
réplicas dos bichos foram feitas com orien-
tação dos profissionais do instituto.
O piso de vidro permite ao público
ver os ecossistemas, descer pelo cenário e
observar, de perto, a natureza. “As crianças
costumam se deitar sobre os vidros para não
perder os detalhes. É um convite ao imaginá-
rio e um mergulho no mar”, justifica Mônica.
Ao lado está a Sala do Barco, que assustou
o pequeno João, e o fez preferir ficar com
o pai, Gerson, enquanto os irmãos maiores
exploravam, também, o ambiente do convés
onde é possível pilotar o timão, original, e
desbravar os mares. Pesando toneladas, a
âncora também é real.
Ornada com fotografia do Parque Ma-
rinho da Laje (situado a 40 quilômetros de
Santos), a sala tem duas portas de madeira,
pesando 50 quilos, usadas para fechar exten-
sa rede de pesca, e dispõe de outras redes
e estruturas móveis para o visitante subir
(parece arvorismo) e chegar ao topo onde
está o quarto do capitão, o almirante respon-
sável pela Marinha do Brasil. No momento
está fechado para reforma e há uma placa
informando que o capitão viajou.
Lendas – “Uma visitante diz ter sido
recebida por um suposto capitão, que lhe
apresentou o museu”, relata Mônica. Essa é
uma das muitas lendas cultuadas pelos fun-
cionários; se é história de pescador, é difícil
saber. Como o pessoal do instituto, Mônica,
que trabalha no local há cinco anos, acostu-
mou-se com as lendas e a responsabilizar o
capitão pelos barulhos estranhos do casa-
rão, pelos objetos que ‘se escondem’ e outros
incidentes ‘inexplicáveis’. “Cada peça tem
uma história e muitas delas são acompanha-
das de lendas”, ressalta.
O circuito de visita inclui vitrine com
crustáceos – onde é possível observar a
diferença entre siri (tem as patas traseiras
achatadas) e o caranguejo –, uma coleção
de areias de praias brasileiras (700 vidros)
e outra de “joias da natureza”, que são as
belíssimas conchas, de inúmeros tama-
nhos, formatos, tonalidades e texturas.
“Cada uma carrega um pedaço do mar”, diz
Mônica às crianças. Entre elas, destaca a do
tipo Nautilus. Uma das relíquias é a con-
cha trabalhada por um italiano, em 1936,
e transformada num camafeu sustentado
pela base de coral (réplica). Outra riqueza
é o Esparte, espada feita no Chile, em 2011,
com a extremidade do peixe-de-bico. O
museu também é o lar de cinco tartarugas
marinhas, uma delas na reserva técnica.
Com a reformulação dos espaços,
diz Mônica, tem sido possível trocar as
espécies expostas, fazer mostras pontuais,
enquanto as demais aguardam a vez de
entrar em circulação. Há réplicas de barcos
(o Negreiros e o Órion) e um original de 3
metros de comprimento, covos (armadilha
para peixe), entre outros petrechos.
Claudeci Martins
Imprensa Oficial – Conteúdo Editorial
Foca caranguejeira, barata-do-mar, tubarão anequim, tartaruga, ermitão e peixe mero
O canhão instalado
na entrada do prédio
seria o que restou
dos ataques inimigos
otos da família Gualhardo encantados na Ala Lúdica
A ossada da
baleia-fin, a
segunda maior
existente no mundo
Com a Fortaleza da Barra,
o Forte Augusto defendia
o Estuário de Santos
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quarta-feira, 15 de julho de 2015 às 02:11:01.