O documento discute a história e importância da tipografia no design. Começa explicando que a escolha tipográfica é fundamental no desenvolvimento de um projeto de design. Depois, resume a evolução da escrita desde os primórdios até Gutenberg inventar a tipografia móvel de chumbo em 1456. Por fim, explica conceitos-chave da tipografia como fontes, famílias, classificação, anatomia e como afetam a legibilidade.
3. A tipografia é um dos pedestais do design.
Um projeto de design, além de vários outros fatores, tem como a escolha tipográfica um
dos pontos principais em seu desenvolvimento, fazendo a relação texto-imagem
caracterizar todo o projeto.
4. O SURGIMENTO DA ESCRITA
O ser humano sempre buscou maneiras de se comunicar, desde os tempos mais primórdios.
Desenhos, gestos, músicas, sons, esculturas e muitos outros meios representavam
sentimentos e a escrita surgiu para complementar essas representações, além de registrar
os acontecimentos com o desenvolvimento da fala.
5. O SURGIMENTO DA ESCRITA
Desde então, a escrita passou por várias transformações para chegar ao que utilizamos
hoje. Em meados de 1040 D.C., o chinês Pi Shêng criou um método de tipografia com argila
cozida, bronze e madeira e, por meio destes materiais, registrava acontecimentos em rolos
e livros. Após ele, Johann Gutemberg utilizou liga de chumbo para criar moldes de letras,
no ano de 1456, tornando-o o grande inventor da tipografia. Com o livro “Bíblia de 42
Linhas”, Gutemberg comprovou a eficiência da utilização da tipografia, além de reproduzir
vários outros livros e textos por meio de uma prensa tipográfica, tornando vários
documentos e escritos mais acessíveis para a humanidade.
A partir disto, a escrita foi aprimorada e reinventada de diversas maneiras.
6. O QUE É TIPOGRAFIA?
A tipografia significa a impressão dos tipos. Também pode ser traduzida por uma
representação da escrita por meio de tecnologia, sendo ela a criação dos caracteres até a
impressão e acabamento do material.
7. O QUE É TIPOGRAFIA?
Um outro termo também muito utilizado é TIPOLOGIA. Este termo se refere ao estudo da
formação dos tipos. Este estudo é fundamental para quem se especializa em design, pois é
ele quem vai complementar todo o trabalho e dá o requinte necessário. A tipologia permite
explorar as formas e linhas da grafia, a ponto de criar fontes e famílias de tipos.
O termo TIPO é o formato e desenho de uma família de letras e é considerado a principal
ferramenta de comunicação pois, por meio dos tipos, podemos transmitir informações. As
fontes ARIAL, VERDANA E HELVETICA, por exemplo, são tipos de fontes e as suas variações
(itálico, negrito, etc.) são fontes desenvolvidas para completar essas fontes e sua forma
escrita.
8. FONTES, FAMÍLIAS TIPOGRÁFICAS E CLASSIFICAÇÃO DAS FONTES
Para iniciar, as letras são um sinal gráfico realizado pela escrita. A fonte é um conjunto de
caracteres tipográficos que apresentam um mesmo padrão e características (tamanho,
formato).
As famílias tipográficas são as variações que as fontes podem ter ao serem aplicadas.
9. FONTES, FAMÍLIAS TIPOGRÁFICAS E CLASSIFICAÇÃO DAS FONTES
Na tipografia, encontramos 4 grupos básicos de classificação de fontes. Estes grupos se
diferenciam de acordo com a finalidade do texto. As fontes com serifa são utilizadas para
trabalhos corridos e gráficos (como em livros, revistas e jornais), pois garantem melhor
leitura por meio de uma continuidade do tipo e deixam o texto menos cansativo para quem
lê. As fontes sem serifa são geralmente utilizadas para títulos de textos, chamadas e demais
textos, como os digitais. As fontes cursivas são mais utilizadas em convites e cartões, pois
possuem uma finalidade mais decorativa e intimista por criarem a sensação de intimidade e
proximidade.
10. FONTES, FAMÍLIAS TIPOGRÁFICAS E CLASSIFICAÇÃO DAS FONTES
As dingbats são fontes que possuem figuras e vetores em seus caracteres, utilizadas para
ilustrar materiais e aumentar a variedade de opções de criação.
11. ANATOMIA DA FONTE
As fontes possuem um conjunto de elementos que garantem a legibilidade das palavras e
conforto aos olhos de quem as lê. Veja aqui alguns exemplos:
12. CORPO DA FONTE
O corpo da fonte é o espaço entre seu ponto mais alto e mais baixo. O ponto mais alto,
chamado de ascendente, é a parte das letras b, d, r, k, l e t que se sobressaem à altura
de X. Já o ponto mais baixo, descendente, das letras g, j, p, q, y, equivale a parte que se
estende abaixo da altura X.
Confira melhor na ilustração abaixo:
13. ALINHAMENTO
No alinhamento, podemos posicionar o texto em uma aplicação, como também os espaços
contidos nele. O alinhamento à esquerda é utilizado para seguir o fluxo ocidental de leitura
e são irregulares na margem direita. O texto centralizado é irregular nas duas margens e
pode ser aplicado para frases e títulos. O alinhamento à direita possui irregularidade na
margem esquerda e é pouco utilizado em textos, a não ser em trechos de textos, frases,
notas e citações. Já o alinhamento justificado possui as duas extremidades alinhadas e é
utilizado mais para meios formais, utilizado em textos longos.
14. TIPOGRAFIA
Ainda dentre estes elementos das fontes, podemos destacar mais alguns que auxiliam no
processo de criação:
o LEITURABILIDADE E LEGIBILIDADE – a leiturabilidade está relacionada à língua que o texto está escrito e a
legibilidade é a dificuldade na compreensão do texto escrito.
o LETRA EM CAIXA ALTA E CAIXA BAIXA – diferença muito utilizada entre letras maiúsculas e minúsculas.
o CONTRASTE – O profissional deve sempre se lembrar de não utilizar tipo claro em um plano de fundo claro, ou
o contrário, pois isso interfere da legibilidade da informação.
o REPETIÇÃO – A uniformidade do tipo deve estar em todo o texto, ou então deve-se utilizar uma transição suave
e condizente para que não haja a quebra de parâmetros, gerando desconforto para o receptor.
15. TIPOGRAFIA
A tipografia, como já citado, é uma base fundamental para o design. O tipo é carregado de
informação, mesmo que imperceptivelmente, e é feito para comunicar e transmitir
sensações. Quando pensamos em um projeto específico, podemos perceber a diferença que
um tipo bem utilizado pode trazer ao resultado final. Temos que ter, por princípio, qual o
direcionamento do projeto para descobrirmos qual tipografia mais adequada para tal, a fim
de que possamos aprimorá-lo e atingir quem desejamos que receba a mensagem.