3. As ações para o controle da sífilis congênita estão na garantia de
uma assistência completa, ampla e de qualidade. No Brasil, tem-se
investido na ampliação das redes de atenção primária à saúde, com
a implementação da Estratégia Saúde da Família (ESF), visto ser uma
ampla rede de articulação, que auxilia na promoção de saúde e
avança na prevenção e no controle da sífilis e demais agravos no
sistema de saúde (ARAÚJO, 2019).
A sífilis é um problema de saúde pública passível de tratamento e
prevenção. No entanto, fatores de risco associados à sua forma
congênita permanecem freqüentes e necessitam de abordagem
efetiva da gestante infectada (MOTTA et al, 2018).
4. Em 2020, foram notificados no SINAN 22.065 casos
de sífilis congênita. Observou-se uma taxa de
incidência de 7,7 casos/1.000 nascidos vivos,
sendo a maior taxa na região Sudeste (8,9
casos/1.000 nascidos vivos) seguida das regiões
Nordeste e Sul (7,7 casos/1.000 nascidos vivos).
Abaixo da taxa nacional estão as regiões Norte (5,8
casos/1.000 nascidos vivos) e Centro-Oeste (5,1
casos/1.000 nascidos vivos). (BRASIL, 2021).
5. O presente estudo configura-se como uma revisão
integrativa
A revisão obedecerá a ordem das seguintes etapas:
estabelecimento da hipótese, estabelecimento de
critérios e busca na literatura, categorização dos
estudos, avaliação dos estudos, interpretação dos
resultados e apresentação da revisão/síntese do
conhecimento (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2008).
6. Na primeira etapa, visando o alcance do objetivo proposto,
adotou-se a seguinte questão norteadora: Quais os fatores
associados à transmissão vertical da sífilis congênita em
gestantes atendidas nas unidades de Atenção Primária a
Saúde? Sua construção foi baseada na variante do acrônimo
PICo, sendo população (gestante), fenômeno de interesse
(fatores associados à transmissão vertical da sífilis congênita)
e contexto (Atenção Primária à Saúde) (SOUZA et al, 2018).
Na segunda etapa, os critérios de inclusão para a seleção dos
artigos serão artigos publicados em inglês e português,
artigos na íntegra que tratassem do objeto de estudo em
questão e artigos publicados e indexados nas referidas bases
de dados, nos últimos cinco anos. Os critérios de exclusão
serão estudos de revisão, dissertações e teses.
7. A busca aconteceu no mês de novembro de 2022, com uso
dos termos dos vocabulários controlados Descritores em
Ciências da Saúde (DeCS) e Medical Subject Headings (MESH),
de acordo com cada base de dados, combinados com os
sinônimos por meio de operadores booleanos. O
levantamento de publicações foi nas bases de dados
eletrônica Medline, LILACS e BDENF - Bases de Dados de
Enfermagem, todas via Biblioteca Virtual em Saúde (BVS).
8. (( "sífilis congênita" OR "congenital syphilis " )AND (
gestantes OR "pregnant women") AND ( "fatores associados"
OR "fator associado" OR "fator contribuinte" OR "fatores
contribuintes" OR "fatores de risco" OR "fatores
intervenientes" OR "Risk Factors" OR "Infectious Disease
Transmission" OR "fator de risco" OR "fator interveniente" )
AND ("saúde da família" OR "atenção primária" OR "atenção
básica" OR "atenção básica de saúde"OR "Primary Health
Care" OR "atenção primária à saúde" OR "estratégia saúde da
família" OR "National Health Strategies" ))
9. A terceira etapa iniciou-se utilizando o aplicativo Rayyan, um
software para auxiliar no arquivamento, organização e
seleção dos artigos. A fim de evitar viés, os artigos serão
avaliados às cegas e sem interferências, primeiramente, por
dois revisores e, em seguida, se necessário, haverá um
terceiro revisor.
No desenvolvimento da quarta e quinta etapa, os artigos
passarão por uma análise minuciosa e crítica dos artigos,
onde será sintetizado os resultados com os principais dados
dos artigos incluídos.Na sexta etapa, será apresentado a
revisão dos estudos selecionados e a discussão da temática.
10. Na busca foram encontrados 114 artigos,
sendo 68 na medline, 37 na LILACS e 9 na
BDENF. Futuramente serão analisados,
sintetizados e apresentada a revisão.
11. ARAUJO, Michele Andiara de Medeios. et al. Linha de cuidados para gestantes com sífilis baseada na visão de
enfermeiros. Rev Rene, Fortaleza, v. 20, 2019. Disponível em:
http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/45396 > Acesso em: 09 Set. 2022.
BRASIL. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico Especial. Secretaria de Vigilância em Saúde. Número
Especial. Secretaria de Vigilância em Saúde. Ministério da Saúde, 2021. Disponível em <
https://www.gov.br/aids/pt-br/centrais-de-conteudo/boletins-
epidemiologicos/2021/sifilis/boletim_sifilis_2021_internet.pdf/@@download/file/boletim_sifilis_2021_internet.
pdf> Acesso em: 10 set. 2022.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Articulação Estratégica de
Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância em Saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde.
Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde. – 5. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2021.
Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_saude_5ed.pdf> Acesso em: 30
de ago 2022.
MOTTA, Isabella Almeida. et al. Sífilis congênita: por que sua prevalência continua tão alta? Revista Médica de
Minas Gerais, v 28, 2018. Disponível em: <http:/ /www.dx.doi.org/10.5935/2238-3182.20180102>. Acesso
em: 10 set. 2022.
MENDES, Karina Dal Sasso; SILVEIRA, Renata Cristina de Campos Pereira; GALVÃO, Cristina Maria. Revisão
integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto &
Contexto - Enfermagem, v. 17, n. 4, 2008. Disponível em: < https://doi.org/10.1590/S0104-
07072008000400018>. Acesso em 04 no. 2022.