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A QUESTÃO AGRÁRIA NO BRASIL:
Da invasão ao século XXI uma história de
espoliação.
Governador Mangabeira – BA
2023
Discentes:
Ana Beatriz Lima de Oliveira
Arthur Santos Lima
Esther Santos Teixeira
Mauro Thaleson Oliveira dos Santos
Weslei de Jesus Santos Santana
Resumo
• O Brasil vivenciou um contraditório
processo de crescimento e
desenvolvimento econômico;
• Desde a invasão Portuguesa
passando pela Lei de Terras, pela
industrialização, a questão agrária
permanece inalterada em detrimento
do avanço das contradições
econômicas e sociais geradas pelo
capitalismo.
Resumo
• O padrão de organização da agricultura, heranças da
economia colonial, revelou capacidade notável de resistir à
força do tempo-espaço e de opor-se a democratização do
campo e a preservação de biomas, florestas e territórios
tradicionais.
Resumo
• Assim a histórica estável estrutura
fundiária representa a perfeita harmonia
entre latifúndio e modernização técnica,
evidenciando a importante correlação
entre a superexploração capitalista e o
agronegócio.
A questão agrária
Governos
militares
Não resolveram
os conflitos de
terra
Transportaram os latifúndios
para as “fronteiras agrícolas”
Aumento das
tensões
A questão da terra no Brasil
Há quem pense que os conflitos pela posse de terra são recentes, mas desde
1850, com a Lei de Terras e, principalmente na década de 60, que a reforma
agrária é pauta dos debates entre camadas sociais e políticos.
Basicamente, o estatuto da terra tinha duas grandes propostas:
• executar a reforma agrária
• desenvolver a agricultura.
Estrutura fundiária
A forma como se
encontra distribuída a
propriedade e a posse
da terra na sociedade
BRASIL
Menos de 10% dos estabelecimentos agropecuários
controlam quase 80% das terras
Desigualdade na
distribuição da
propriedade da
terra
Agravamento da fome e
da miseria
Produção
familiar
Fornecimento de gêneros
alimenticios
Grandes
propriedades
Valorização imobiliaria
Obtenção de incentivos fiscais
O desenvolvimento do
capitalismo no campo nem
sempre significa aumento de
produção agricola
Aumento da
violência no campo
As classes
trabalhadoras
rurais
parceiros
posseiros
Pequenos
proprietarios
Trabalhadores
assalariados
Os sem-terra
arrendatarios
Trabalham na terra dos outros e
fica com uma parte do que
produzem
Pagam um aluguel pela terra
Lutam pela legalização de
suas posses
Problemas com juros das
dividas com os bancos e
preços baixos
Lutam para ter os mesmo
direitos dos trabalhadores
urbanos
Permanentes ou
temporários(volant
es ou boias-frias
Expulsos pela construção
de usinas hidroeletricas
Expansão da capitalismo
no campona decada de 70
acampamentos
O movimento dos trabalhadores rurais
sem-terra
1984-
Cascavel
PR
1º Congresso Nacional dos Trabalhadores Rurais
Sem-Terra
Reação
Mobilização de uma
parcela dos
proprietarios rurais
UDR
Discurso
conservador e
anticomunista
1985
1º Plano Nacional de reforma Agraria –
Governo Sarney
1986
Congresso
Constituinte
Eleicão de 40 constituintes da
UDR
O movimento dos
trabalhadores
rurais sem-terra
• Há 26 anos, em Cascavel (PR),
centenas de trabalhadores rurais
decidiram fundar um movimento
social camponês, autônomo, que
lutasse pela terra, pela Reforma
Agrária e pelas transformações
sociais necessárias para o nosso
país;
• Eram posseiros, atingidos por
barragens, migrantes, meeiros,
parceiros, pequenos agricultores;
• Desde a fundação, o Movimento
Sem Terra se organiza em torno de
três objetivos principais: Lutar pela
terra; Lutar por Reforma Agrária;
Lutar por uma sociedade mais justa
e fraterna.
Objetivos
principais
Lutar pela terra
Lutar por Reforma
Agrária
Lutar por uma sociedade
mais justa e fraterna
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
A propriedade atenderá sua função social
(Art.5, inciso XXIII)
A função social é cumprida quando a
propriedade rural atende, simultaneamente,
segundo critérios e graus de exigência
estabelecidos em lei, aos seguintes
requisitos:
I – aproveitamento racional e adequado
II- Utilização adequada dos recursos naturais
disponíveis e preservação do meio ambiente
III- Observância das disposições que regula
as relações de trabalho
IV- exploração que favoreça o bem-estar dos
proprietários e dos trabalhadores ( Art.186)
Compete à União desapropriar por
interesse social, para fins de reforma
agraria, o imovel rural que não esteja
cumprindo sua função social(Art.184)
LEGALIDADE x LEGITIMIDADE
LEGALIDADE Refere-se à lei DIREITO
LEGITIMIDADE
Refere-se àquilo que
é aceito pela
sociedade como justo
JUSTIÇA
Duas legitimidades em conflito
Posseiro Legitimidade alternativa da posse,
contornando a legalidade da propriedade
Posseiro e
Sem-Terra
Sem-Terra
Questionamento do direito
de propriedade
É injusto, embora legal, alguém
possuir mais terra do que pode
trabalhar, não utilizá-la nem
deixar que outros a utilizem,
mesmo sob pagamento de
renda.
Só há legitimidade na terra
de trabalho
A terra não é um
instrumento de
enriquecimento por meio
da produção ou da
especulação
Referências
• ALBUQUERQUE, Valéria de Oliveira. Reforma Agrária no governo Lula [dissertação]: uma analise do II Plano Nacional
de Reforma Agrária – Franca: UNESP, 2006.
• ALMEIDA, Jorge Galdino. Uma História que Poucos Conhecem. Disponível em: <http://www.ligascamponesa
s.org.br/?p=101 > Acesso em: 18 jan. 2015.
• ALMEIDA, Lucio Flávio de; SÁNCHEZ, Félix Ruiz. Um grão menos amargo das ironias da história: o MST e as lutas
sociais contra o neoliberalismo. In: Lutas Sociais. Volume 5. Dez/1998. NEILS - Núcleo de Estudos de Ideologias e
Lutas Sociais. PUC/SP
• AZEVEDO, Daviane Aparecida de. Da pedagogia da hegemonia burguesa ao difícil caminho de construção de uma
contra-hegemonia [dissertação]: O protagonismo do MST nas lutas de resistência no governo Lula.- Florianópolis, SC,
2012.
• BASTOS, Fernando. Ambiente institucional no financiamento da agricultura familiar: avanços e retrocessos. Tese
(Doutorado em Ciências Sociais) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2006.
Referências
• IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo agropecuário de 2017. Disponível em:
https://censos.ibge.gov.br/agro/2017/resultados-censo-agro-2017.html> acesso em 01 de setembro de 2021.
• OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino. Modo de Produção Capitalista, Agricultura e Reforma Agrária. São Paulo: Labur
Edições, 2007.
• PRADO JUNIOR, Caio. A questão agrária no Brasil. 3. ed. São Paulo: Brasiliense, 1981.

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A questão agrária no Brasil da invasão ao século XXI

  • 1. A QUESTÃO AGRÁRIA NO BRASIL: Da invasão ao século XXI uma história de espoliação. Governador Mangabeira – BA 2023 Discentes: Ana Beatriz Lima de Oliveira Arthur Santos Lima Esther Santos Teixeira Mauro Thaleson Oliveira dos Santos Weslei de Jesus Santos Santana
  • 2. Resumo • O Brasil vivenciou um contraditório processo de crescimento e desenvolvimento econômico; • Desde a invasão Portuguesa passando pela Lei de Terras, pela industrialização, a questão agrária permanece inalterada em detrimento do avanço das contradições econômicas e sociais geradas pelo capitalismo.
  • 3. Resumo • O padrão de organização da agricultura, heranças da economia colonial, revelou capacidade notável de resistir à força do tempo-espaço e de opor-se a democratização do campo e a preservação de biomas, florestas e territórios tradicionais.
  • 4. Resumo • Assim a histórica estável estrutura fundiária representa a perfeita harmonia entre latifúndio e modernização técnica, evidenciando a importante correlação entre a superexploração capitalista e o agronegócio.
  • 5. A questão agrária Governos militares Não resolveram os conflitos de terra Transportaram os latifúndios para as “fronteiras agrícolas” Aumento das tensões
  • 6. A questão da terra no Brasil Há quem pense que os conflitos pela posse de terra são recentes, mas desde 1850, com a Lei de Terras e, principalmente na década de 60, que a reforma agrária é pauta dos debates entre camadas sociais e políticos. Basicamente, o estatuto da terra tinha duas grandes propostas: • executar a reforma agrária • desenvolver a agricultura.
  • 7.
  • 8. Estrutura fundiária A forma como se encontra distribuída a propriedade e a posse da terra na sociedade
  • 9. BRASIL Menos de 10% dos estabelecimentos agropecuários controlam quase 80% das terras Desigualdade na distribuição da propriedade da terra Agravamento da fome e da miseria Produção familiar Fornecimento de gêneros alimenticios Grandes propriedades Valorização imobiliaria Obtenção de incentivos fiscais O desenvolvimento do capitalismo no campo nem sempre significa aumento de produção agricola Aumento da violência no campo
  • 10.
  • 11. As classes trabalhadoras rurais parceiros posseiros Pequenos proprietarios Trabalhadores assalariados Os sem-terra arrendatarios Trabalham na terra dos outros e fica com uma parte do que produzem Pagam um aluguel pela terra Lutam pela legalização de suas posses Problemas com juros das dividas com os bancos e preços baixos Lutam para ter os mesmo direitos dos trabalhadores urbanos Permanentes ou temporários(volant es ou boias-frias Expulsos pela construção de usinas hidroeletricas Expansão da capitalismo no campona decada de 70 acampamentos
  • 12. O movimento dos trabalhadores rurais sem-terra 1984- Cascavel PR 1º Congresso Nacional dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra Reação Mobilização de uma parcela dos proprietarios rurais UDR Discurso conservador e anticomunista 1985 1º Plano Nacional de reforma Agraria – Governo Sarney 1986 Congresso Constituinte Eleicão de 40 constituintes da UDR
  • 13. O movimento dos trabalhadores rurais sem-terra • Há 26 anos, em Cascavel (PR), centenas de trabalhadores rurais decidiram fundar um movimento social camponês, autônomo, que lutasse pela terra, pela Reforma Agrária e pelas transformações sociais necessárias para o nosso país; • Eram posseiros, atingidos por barragens, migrantes, meeiros, parceiros, pequenos agricultores; • Desde a fundação, o Movimento Sem Terra se organiza em torno de três objetivos principais: Lutar pela terra; Lutar por Reforma Agrária; Lutar por uma sociedade mais justa e fraterna.
  • 14. Objetivos principais Lutar pela terra Lutar por Reforma Agrária Lutar por uma sociedade mais justa e fraterna
  • 15. CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 A propriedade atenderá sua função social (Art.5, inciso XXIII) A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos: I – aproveitamento racional e adequado II- Utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente III- Observância das disposições que regula as relações de trabalho IV- exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores ( Art.186) Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agraria, o imovel rural que não esteja cumprindo sua função social(Art.184)
  • 16. LEGALIDADE x LEGITIMIDADE LEGALIDADE Refere-se à lei DIREITO LEGITIMIDADE Refere-se àquilo que é aceito pela sociedade como justo JUSTIÇA
  • 17. Duas legitimidades em conflito Posseiro Legitimidade alternativa da posse, contornando a legalidade da propriedade Posseiro e Sem-Terra
  • 18. Sem-Terra Questionamento do direito de propriedade É injusto, embora legal, alguém possuir mais terra do que pode trabalhar, não utilizá-la nem deixar que outros a utilizem, mesmo sob pagamento de renda. Só há legitimidade na terra de trabalho A terra não é um instrumento de enriquecimento por meio da produção ou da especulação
  • 19. Referências • ALBUQUERQUE, Valéria de Oliveira. Reforma Agrária no governo Lula [dissertação]: uma analise do II Plano Nacional de Reforma Agrária – Franca: UNESP, 2006. • ALMEIDA, Jorge Galdino. Uma História que Poucos Conhecem. Disponível em: <http://www.ligascamponesa s.org.br/?p=101 > Acesso em: 18 jan. 2015. • ALMEIDA, Lucio Flávio de; SÁNCHEZ, Félix Ruiz. Um grão menos amargo das ironias da história: o MST e as lutas sociais contra o neoliberalismo. In: Lutas Sociais. Volume 5. Dez/1998. NEILS - Núcleo de Estudos de Ideologias e Lutas Sociais. PUC/SP • AZEVEDO, Daviane Aparecida de. Da pedagogia da hegemonia burguesa ao difícil caminho de construção de uma contra-hegemonia [dissertação]: O protagonismo do MST nas lutas de resistência no governo Lula.- Florianópolis, SC, 2012. • BASTOS, Fernando. Ambiente institucional no financiamento da agricultura familiar: avanços e retrocessos. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2006.
  • 20. Referências • IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo agropecuário de 2017. Disponível em: https://censos.ibge.gov.br/agro/2017/resultados-censo-agro-2017.html> acesso em 01 de setembro de 2021. • OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino. Modo de Produção Capitalista, Agricultura e Reforma Agrária. São Paulo: Labur Edições, 2007. • PRADO JUNIOR, Caio. A questão agrária no Brasil. 3. ed. São Paulo: Brasiliense, 1981.