2. 26Ao sexto mês, o anjo Gabriel
foi enviado por Deus a uma
cidade da Galileia chamada
Nazaré, 27a uma virgem
desposada com um homem
chamado José, da casa de David;
e o nome da virgem era Maria.
28Ao entrar em casa dela, o anjo
disse-lhe: «Salve, ó cheia de
graça, o Senhor está contigo.»
(Lc 1,26-28)
3. Maria é uma mulher do povo.
É humilde, confia em Deus.
Ela não compreende … mas
reconhece que são palavras de
Deus.
As palavras do Anjo
irão modificar radicalmente a
sua vida. Sente a dificuldade,
pede alguma explicação,
mas não recua.
4. «darás à luz um filho, ao qual
porás o nome de Jesus» e
«será chamado filho do
Altíssimo»,
5. O Anjo revelou a Maria
algo que ninguém, entre as
criatura humanas, podia ouvir:
«O Espírito Santo virá sobre ti
e a força do Altíssimo
estenderá sobre ti a sua
sombra».
Ela respondeu com um
abandono total: «faça-se em
mim segundo a tua palavra.»
6. A presença do Espírito
Santo o é o segredo íntimo
da vida de Maria. Por isso,
o Anjo chamou-a «cheia de
graça»
7. O seu «sim» não foi
simplesmente um acordo
inicial, mas um
consentimento a obedecer a
Deus sempre.
Por isso, Ela é, e será
sempre, modelo de vida
cristã.
8. • Interrogou-se sobre a proposta do anjo (Lc 1, 34).
• Tomou a iniciativa de visitar e ajudar Isabel (Lc 1. 39).
• Na gruta de Belém, sozinha enfrentou o difícil
momento de dar à luz (Lc 2, 7).
• Quando Jesus se perdeu, Ela não ficou parada e de
braços cruzados. (Lc 2, 46).
• Nas bodas de Caná, enquanto todos se divertiam só
ela estava atenta e quis resolver o problema.
• Tomou a iniciativa de se apresentar na casa de
Cafarnaum para o levar, ou pelo menos para cuidar dele
(Mc 3, 21).
• No Calvário, quando tudo já estava consumado, Ela
não fugiu … foi lá que Ela se tornou Mãe de uma nova
humanidade. (Jo 19, 25).
• É fácil imaginar que a grande fecundidade da Igreja
Nascente deve-se também à Presença da Virgem Mãe.
9. Obedecendo ao Espírito Santo
que n’Ela habitava, como num
templo, tornou-se a primeira
discípula de Jesus.
Como Jesus, sem renunciar a
Sua natureza divina, tornou-Se
homem, assumiu a condição de
servo (Ef 2)
Assim, Maria, com o seu «sim»
abandonou-se ao poder do
Espírito Santo; a sua vida foi
um continuo esvaziar-se para
cumprir a vontade de Deus.
Caminhou na claridade da fé
até entrar nas densas trevas da
paixão dolorosa, aos pés da
cruz.
10. Encontramo-la em diversos lugares da Palestina e, até uma vez no
estrangeiro. Levanta-se e anda pelos montes de Judas para visitar a sua
prima Isabel. Depois, a Belém, onde nasceu Jesus. A seguir, a emigração
para o Egipto e regresso a Nazaré. Vai de Nazaré a Jerusalém, para
apresentar Jesus ao Templo e, mais tarde, com dobro percurso porque
Jesus ficou no Templo conversando com os doutores. E pelas aldeias e
cidades da Galileia e Judeia, até aos pés da Cruz, com Jesus.
11. QUERO SER COMO TU, MARIA
Maria, tu és a Virgem peregrina.
Eu também sou peregrino, ando mais depressa do que tu
nas minhas corridas diárias, não tenho tempo e, tantas
vezes, nem ponto de chegada
e fico perdido pelas dunas do deserto.
Maria, tu és a Virgem caminhante,
que se levanta e caminha, que avança, corajosa,
no meio das tempestades e das adversidades da vida.
Maria, este pensamento
enche-me de serenidade e coragem.
Tu és a Virgem caminhante, vai visitar os teus filhos,
para lhe indicar o verdadeiro Caminho: Jesus Cristo.
Que o meu caminhar seja como o teu, Maria:
um caminhar de amor e de solidariedade,
construindo comunhão, infundindo esperança e alegria.
12. Ajuda-nos a avançar decididos, como tu, Maria,
na nossa peregrinação para a eternidade.
Santa Maria dos caminhantes, que o nosso caminhar
seja como o teu, um caminhar juntos, com os outros,
um caminhar fraterno,
e não uma corrida louca para ultrapassar os outros.
Ó Virgem caminhante,
faz-nos saborear a beleza de caminhar juntos;
ajuda-nos a perceber que, além dos acontecimentos
alegres ou tristes, da nossa existência,
estamos a caminhar para a mesma meta:
a Pátria Celeste, que é Deus.
13. Maria, o teu caminho foi a subir, rumo à santidade.
Caminha connosco, ó Virgem Mãe,
dirige os nossos passos a subir,
pois, como Tu, também nós somos peregrinos,
peregrinos do amor e da eternidade.
Caminha connosco, ó Virgem Peregrina,
levanta-nos se nos encontrardes caídos à beira da estrada,
fica connosco, como aos pés da cruz, recolhe-nos,
cura as nossas feridas e, no meio do nevoeiro deste mundo,
mostra-nos o caminho que leva a Deus.
Sabemos, Maria, que se avançarmos juntos,
Tu caminhas connosco.
Caminha connosco, Ó Virgem peregrina,
contigo chegaremos à Pátria
e cantaremos o cântico do amor eterno.
14. Não há outro ser
humano em que
podemos ver o que
significa receber o amor
de Deus em plenitude
como em Maria. Este
Deus que tanto amou o
mundo até dar-lhe o Seu
Filho.
15. Maria recebeu a bênção de Deus:
«todas as gerações a chamarão
ditosa»; mas também conheceu a
solidão e o abandono, seguindo as
pegadas de Jesus.
16. Maria está sempre em relação
com Deus. Os cristão de todos
os tempos, encontram n’Ela,
não só um modelo a imitar,
mas também abrigo e
protecção.
Com Maria, o cristianismo,
nunca será reduzido a uma
filosofia, uma doutrina, um
conjunto de ideias.
Com Maria, a fé é
relacionamento com o Pai,
como filha predilecta; com o
Filho, como Mãe amorosa; com
o Espírito Santo, como esposa
santa.
17. O seu relacionamento pessoal,
íntimo com Deus, a sua completa
obediência, a sua humildade e a
sua fé firme, inabalável, dá-nos a
conhecer o que é, de verdade,
seguir a Jesus. Não é, de forma
nenhuma agarrar-se a uma ideia,
a um principio, mas sim caminhar
com Deus.
18. É pôr-se ao serviço d’Aquele que
tratou os homens como amigos e
deu a vida por eles e convidou os
seus discípulos a fazer o mesmo.
Maria é Mãe. A sua vida foi, na forma
mais singular, servir a Jesus.
19. A vocação de Maria é ser Mãe.
Por Ela, Jesus nasceu, realizando o
grande mistério da Encarnação.
Ela o fez nascer não só outrora, na
pobre gruta de Belém, mas também
hoje em todos aqueles que se
deixam atingir pelo Amor de Deus.
20. Maria é de Jesus, totalmente de
Jesus. Por isso é que a Igreja gosta
chamá-La
MÃE DE DEUS: Maria é Aquela
mulher que gerou a Deus no seu
ceio virginal;
Maria é MÃE DA IGREJA: é Aquela
que gera Jesus em cada ser
humano, como no dia de
Pentecostes.
21. VEM HABITAR CONNOSCO, MARIA
Vem habitar connosco, Maria.
Tu que dissestes que todas as gerações
haviam de chamar-te ditosa.
Ora bem, dentro destas gerações,
está também a nossa geração.
Nós também queremos cantar os teus louvores,
pois o Senhor fez e continua a fazer em ti maravilhas.
Queremos sentir-te próxima
dos nossos problemas
que foram os teus problemas.
Pois tu os conheces nos seus pormenores e gravidade,
Sabes sua evolução e as nossas tribulações.
Ensina-nos a enfrentá-los com a tua simplicidade,
com a tua humildade e pureza,
e com a tua confiança firme em Deus.
22. Fica connosco Maria,
Ajuda-nos a amar com o Teu amor,
a sermos obedientes, fieis, compassivos, a perdoar ...
e a louvar o Senhor com um coração cheio de gratidão,
ensina-nos a sermos humildes, pequeninos como Tu,
para nos tornarmos grande aos olhos de Deus.
Jesus, dando-te por nossa mãe,
fez de ti uma mulher dos nossos dias,
moradora da nossa freguesia, do nosso bairro,
hóspede em nossa casa, da nossa própria família.
23. Por isso, te dizemos, fica connosco Maria
e que nada e ninguém te afaste de nós.
Caminha connosco, ao nosso lado,
escuta os problemas e os anseios da nossa vida:
o ordenado baixo, o cansaço, a incerteza do futuro,
o medo de não conseguir, a solidão interior,
o relacionamento familiar nem sempre fácil,
a incapacidade de comunicar, a educação dos filhos,
as tentações, a tristeza, o pecado.
A tua presença maternal e amiga
nos encoraje e console,
nos confirme constantemente no caminho do bem.