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SUMÁRIO
1. RESULTADO E DISCUSSÃO ..........................................................................1
2. CONCLUSÃO .................................................................................................10
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...............................................................11
4. ANEXO ...........................................................................................................12
4.1 Memória de Cálculo ..................................................................................12
1
1. RESULTADO E DISCUSSÃO
Evaporação trata-se de uma operação unitária que utiliza a transferência de
calor convectiva para concentrar substâncias não voláteis em solução ou
suspensão, produzindo produtos de maior concentração [1].
Os evaporadores são basicamente constituídos por um trocador de calor,
capaz de levar a solução à fervura, e um separador de vapor formado pela fase
líquida em ebulição. O equipamento consiste em uma câmara, dentro da qual existe
um trocador de calor com aquecimento indireto que proporciona o meio de
transmissão de calor ao produto através do vapor à baixa pressão [2].
Estes são divididos em dois grandes grupos: os de tubos longos verticais e os
de tubos horizontais. Os de tubos verticais podem ser divididos em: de filmes
acedente, de filme descente ou de circulação forçada [3].
Figura 1: Evaporador de tubos verticais com circulação natural.
2
O objetivo foi concentrar uma solução 10% em massa de açúcar cristal em
água e a partir disso fazer o balanço de massa, componente e energia, além de
determinar o valor da constante global de transferência de calor em um evaporador
contínuo de único efeito.
Para isso, inicialmente fechou-se todas as válvulas e então ligou-se o
refrigerador, sendo este o fornecedor de água fria para o condensador. Então ligou-
se a bomba peristáltica para que essa começasse a bombear solução para o
evaporador. No momento que atingiu a marca de aproximadamente um centímetro
acima da vedação esta foi desligada e em seguida ligou-se a caldeira.
Posteriormente a válvula do desumidificador foi aberta, e então controlou-se a vazão
de água evitando assim a saída de vapor. Assim que o condensado começou a ser
formado, a bomba peristáltica foi novamente ligada, em baixa rotação, desde modo
bombeou-se mais líquido para o evaporador. Logo após a válvula de saída do
concentrado foi aberta e controlou-se a vazão da mesma. Então foi feito um controle
de vazão, tanto do concentrado como na saída de líquido saturado. Isto foi feito com
intuito de manter a marca de um centímetro constante no evaporador. Assim que
isso foi atingido indicou-se que o regime estava permanente.
No momento que atingiu o regime permanente, foram medidos os valores das
temperaturas do tanque de alimentação com o auxílio de um termopar, do vapor da
solução, da solução concentrada, do vapor de aquecimento e do condensado do
vapor de aquecimento, através de um termostato. Estes estão expostos na Tabela 1
a seguir.
3
Tabela 1: Valores obtidos pelo termopar e temperatura da solução inicial
Local de medição Temperatura (ºC)
Solução concentrada 70,5
Vapor de solução 89,3
Vapor de aquecimento 99,8
Condensado do vapor de aquecimento 85,1
Alimentação 59,0
Foram medidas também as vazões mássicas pela técnica massa/tempo, tanto
da solução concentrada como do vapor da solução, sendo que o último foi feito
coletando o líquido de saída do condensador. Para fazer tal medida utilizou-se dois
béqueres pesados previamente e determinou-se um tempo de aproximadamente 1
minuto, sendo que as duas vazões foram medidas simultaneamente. Essas medidas
são apresentadas na Tabela 2 abaixo, sendo que a vazão foi calculada através da
equação (1.1) a seguir.
(1.1)
Onde:
V = vazão [Kg/h];
m = massa [Kg];
t = tempo de coleta [h].
Tabela 2: Vazões mássicas da solução concentrada e do vapor de solução
Massa (Kg) Tempo (h) Vazão (Kg/h)
Solução concentrada 0,012 0,017 0,720
Vapor de solução 0,006 0,017 0,360
4
A partir da Tabela 2 foi possível observar que a vazão mássica do vapor da
solução é muito menor que a vazão da solução concentrada. Isso se deve ao fato de
uma parte do vapor gerado pelo aquecimento da solução ter ficado retido no
condensador durante a análise da vazão. Outra justificativa seria um controle
inadequado da vazão de entrada da solução no evaporador.
A partir destes dados coletados foi possível calcular o valor da vazão de
alimentação através do balanço de massa representado pela equação (1.2), e a
fração mássica da solução concentrada através do balanço de componentes que
está exibido na equação (1.3).
(1.2)
Onde:
F = vazão de alimentação da solução [Kg/h];
C = vazão do concentrado [Kg/h];
P = vazão do vapor da solução [Kg/h].
(1.3)
Onde:
F = vazão de alimentação da solução [Kg/h];
= fração de açúcar na solução;
V = vazão do vapor da solução [Kg/h];
= fração de sólidos no vapor da solução;
L = vazão do concentrado [Kg/h];
= fração de açúcar na solução concentrada.
5
Com essa fração mássica e com os dados de calor específico da água e da
sacarose retirados da literatura determinou-se o calor específico da solução
concentrada. Já para realizar tal cálculo para a solução diluída a fração mássica
utilizada foi a da corrente de alimentação, ou seja, essa era uma solução 10% em
massa de açúcar. Para este cálculo utilizou-se a equação (1.4).
(1.4)
Onde:
Cp,L = calor específico da solução;
= fração mássica da água;
= fração mássica do açúcar;
= calor específico da água;
= calor específico do açúcar.
Em seguida calculou-se a entalpia da solução concentrada e de alimentação
através da equação (1.5).
( ) (1.5)
Onde:
h = entalpia [KJ/Kg];
Cp= capacidade calorífica da solução [KJ/Kg.ºC];
T= temperatura que a solução [ºC];
T*
= temperatura de referência = 0 °C.
6
Já a vazão do vapor de aquecimento foi determinada através do balanço de
energia representado pela equação (1.6), sendo que este já está manipulado de
forma a isolar a variável de interesse.
(1.6)
Onde:
S = vazão do vapor de aquecimento [KJ/h];
F= vazão de alimentação da solução [KJ/h];
hF= entalpia da solução de alimentação [KJ/Kg];
V= vazão do vapor da solução [KJ/h];
Hv= entalpia do vapor da solução [KJ/Kg];
L= vazão do concentrado [KJ/h];
hL= entalpia da solução concentrada [KJ/Kg];
Hs= entalpia do vapor de aquecimento [KJ/Kg];
hc= entalpia do vapor do condensado [KJ/Kg].
E com isso calculou-se também o calor fornecido pelo vapor de aquecimento
através da equação (1.7).
( ) (1.7)
Onde:
q = calor fornecido pelo vapor de aquecimento [KJ/h];
S = vazão do vapor de aquecimento [KJ/h];
Hs =entalpia do vapor de alimentação [KJ/Kg];
hc =entalpia do vapor do condensado [KJ/Kg].
7
Posteriormente, foi necessário o cálculo da área de troca térmica pela
equação (1.8).
( ) ( ) (1.8)
Onde:
L= comprimento do tubo;
= diâmetro do tubo menor;
= diâmetro do tubo central.
O diâmetro do tubo menor foi medido novamente após a prática, isso se deve
aos possíveis erros operacionais levando a medidas errôneas do mesmo.
Assim feito, o cálculo do coeficiente global de troca térmica tornou-se possível
pela equação (1.9).
( )
(1.9)
Onde:
U = coeficiente global de troca térmica [KJ/h.m2
.ºC];
q = calor fornecido pelo vapor de aquecimento [KJ/h];
A = área de troca térmica [m2
];
TS= temperatura de entrada do vapor de alimentação [ºC];
TV = temperatura do vapor da solução [ºC].
Outro dado calculado foi a economia de vapor. Este foi feito através da
equação (1.10).
8
(1.10)
Onde:
EV = economia de vapor;
V = vazão do vapor da solução [KJ/h];
S = vazão do vapor de aquecimento [KJ/h].
O resultado para todos esses cálculos estão dispostos na Tabela 3 abaixo, e
a memória de cálculo está exposta no Anexo.
Tabela 3: Valores calculados das variáveis do sistema de evaporação
Variável Resultado
Vazão da Alimentação ⁄
Fração mássica da solução concentrada
Calor específico da solução concentrada ⁄
Calor específico da solução diluída ⁄
Entalpia da solução concentrada ⁄
Entalpia da solução de alimentação ⁄
Vazão do vapor de aquecimento ⁄
Área de troca térmica
Calor fornecido ⁄
Coeficiente global de troca térmica (⁄ )
Economia de vapor
Por se tratar de um evaporador, pode-se utilizar as equações de transferência
de calor para estimar o coeficiente global da troca térmica, para assim obter uma
9
estimativa de quanto de energia em forma de calor por unidade de área é necessário
para aumentar a temperatura da solução em um dado tempo. Observou-se que para
esse caso é necessário fornecer 707,916 KJ/ m² para variar 1ºC em 1 hora. Além de
analisar o desempenho alcançado, mostrando que esse atingiu o resultado proposto,
ou seja, aumentou a concentração de açúcar em 33%. Para uma análise mais
coerente da efetividade deve-se ter um parâmetro de concentração final desejada do
açúcar.
Na análise da eficiência de evaporadores de um único efeito, o valor
encontrado sempre estará na faixa entre zero e a unidade. Um evaporador será
considerado economicamente eficaz caso este cálculo tenha resultado maior ou
igual a 0,4 (E ≥ 0,4) [3].
O valor obtido para o cálculo da economia de vapor do evaporador do
experimento foi de 0,928, como explicitado na Tabela 3, que demonstra que a
economia de vapor foi eficiente, uma vez que o valor foi superior a 0,4. O valor
obtido para a economia de vapor indica que o processo de evaporação apresentou
uma eficiência satisfatória. Além disso, o alto valor obtido do coeficiente global de
troca térmica confirma a eficiência do evaporador [4]. Desta forma, não há
necessidade de verificação dos eliminadores de ar e nem dos purgadores. O alto
valor do coeficiente global de troca térmica aliado ao alto valor para economia de
vapor indica que as incrustações ainda não estão interferindo de forma significativa.
A eficiência de um evaporador pode ser aumentada adicionando-se
evaporadores em série ou aumentando-se o número de efeitos. Já que em um
evaporador de múltiplos efeitos o solvente vaporizado é reutilizado, ou seja, o vapor
de um efeito é utilizado como meio de aquecimento num outro efeito no qual ocorra
a ebulição a uma temperatura e pressão mais baixa [5].
10
2. CONCLUSÃO
A função de um evaporador é concentrar uma solução. Isto pôde ser
observado através deste experimento. Neste a solução alimentada era de 10% em
massa de açúcar, já a solução final foi de 15% em massa de açúcar, o que significa
que o objetivo foi cumprido.
Para o evaporador de único efeito utilizado para concentrar a solução de
sacarose foi feito balanço de massa e o balanço de energia. Sendo que através
destes foi possível a determinação da vazão de alimentação da solução e a vazão
do vapor de alimentação, respectivamente.
O valor encontrado para a economia de vapor demonstrou que o evaporador
foi eficiente no processo de evaporação, apresentando um valor superior a 0,4. Esta
eficiência poderia ser aumentada adicionando-se evaporadores em série ou
aumentando-se o número de efeitos.
11
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Princípios das operações Unitárias no Processamento de Alimentos. Disponível
em:
http://professordanielrossi.yolasite.com/resources/OU%20em%20Ind%C3%BAstrias
%20de%20Alimentos.pdf. Acesso em: 31/03/2015.
[2] Operações Unitárias II – Evaporação. Disponível em:
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAANpgAF/evaporacao. Acesso em:
01/03/2015.
[3] MCCABE, W. L., SMITH, J. C., HARRIOTT., P. Unit Operations of Chemical
Engineering. 5ª edição. 1993.
[4] FOUST, A. S.; WENZEL, L. A.; CLUMP, C. W.; MAUS, L.; ANDERSEN, L. B.
Princípios das Operações Unitárias. 2. ed. LTC, Rio de Janeiro, 1982.
[5] Princípios da evaporação, importância e utilização. Disponível em:
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAACkkAI/evaporadores. Acesso em:
31/03/2015.
[6] PERRY, R.H., GREEN, D. ed. Perry’s chemical engineers ‘handbook. 7ed. New
York: McGraw-Hill, 1997. 2603p.
12
4. ANEXO
4.1. Memória de Cálculo
 Cálculo das vazões mássicas:
Primeiramente calcularam-se as vazões mássicas, através da equação (1.1).
- Vazão mássica da solução concentrada:
- Vazão mássica da saída do vapor da solução:
A vazão mássica da solução diluída foi encontrada pelo balanço de massa,
obtido pela equação (1.2).
Assim:
Através do balanço de componentes representado pela equação (1.3),
encontrou-se a fração mássica de açúcar na solução concentrada.
Assim:
13
 Cálculo de entalpia da solução:
Para o cálculo de entalpia da solução foi necessário determinar inicialmente o
calor específico da solução concentrada e da alimentação, através da equação (1.4).
Os valores de e encontrados na literatura [6] para a solução
concentrada são respectivamente, 4,197 KJ/Kg.ºC e 1,260 KJ/Kg.ºC, e para a
solução da alimentação são respectivamente 4,189 KJ/Kg.ºC e 1,260 KJ/Kg.ºC [6].
- Calor específico da solução concentrada:
Onde:
= 0,850;
= 0,150.
- Calor específico da solução de alimentação:
Onde:
= 0,900;
= 0,100.
Com os valores de calor especifico da solução concentrada e da alimentação,
pode-se calcular a entalpia da solução pela equação (1.5).
14
- Entalpia da solução concentrada:
( )
- Entalpia da solução de alimentação:
( )
 Cálculo da vazão do vapor de aquecimento:
Através da manipulação da equação do balanço de energia calculou-se a
vazão do vapor de aquecimento pela equação (1.6).
Os valores de entalpia para o vapor da solução, vapor de aquecimento e
vapor do condensado foram obtidos por interpolação na Tabela A1. Sendo estes:
Entalpia do vapor de solução á temperatura de 89,3 ºC = 2657,467KJ/Kg;
Entalpia do vapor de aquecimento á temperatura de 99,8 ºC = 2673,938KJ/Kg;
Entalpia do vapor do condensado á temperatura de 85,1 ºC = 355,878 KJ/Kg.
Assim:
 Cálculo do calor fornecido pelo vapor de aquecimento:
O cálculo do calor fornecido pelo vapor de aquecimento foi dado pela
equação (1.7).
15
Assim:
( )
 Cálculo do coeficiente global de troca térmica:
Para calcular o coeficiente global de troca térmica, calculou-se primeiramente
a área de troca térmica através da equação (1.8).
Assim:
( ) ( )
Sendo:
= 33;
= 0,0063 m;
= 1;
= 0,019 m;
= 0,17 m.
Posteriormente foi possível calcular o coeficiente global de troca térmica pela
equação (1.9).
Assim:
( )
 Cálculo da economia de vapor:
Calculou-se a economia de vapor através da equação (1.10).
16
Assim:
Tabela A1: Vapor de água saturado.

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Evaporador de tubos verticais concentra solução de açúcar

  • 1. Universidade Federal de São João Del Rei Departamento de Engenharia Química e Estatística Laboratório de Engenharia Química II Prática 2 Evaporador Contínuo de Um Efeito de Tubos Verticais Ouro Branco, Abril de 2015.
  • 2. Universidade Federal de São João Del Rei Departamento de Engenharia Química e Estatística Laboratório de Engenharia Química II Prática 2 Evaporador Contínuo de Um Efeito de Tubos Verticais Anna Luisa Silva Cotta Júlia Paula de Oliveira Júlio Camylla Karen Sales Silva Maysa Martins Almeida Tássia Caroline Passos Pereira Ouro Branco, Abril de 2015.
  • 3. SUMÁRIO 1. RESULTADO E DISCUSSÃO ..........................................................................1 2. CONCLUSÃO .................................................................................................10 3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...............................................................11 4. ANEXO ...........................................................................................................12 4.1 Memória de Cálculo ..................................................................................12
  • 4. 1 1. RESULTADO E DISCUSSÃO Evaporação trata-se de uma operação unitária que utiliza a transferência de calor convectiva para concentrar substâncias não voláteis em solução ou suspensão, produzindo produtos de maior concentração [1]. Os evaporadores são basicamente constituídos por um trocador de calor, capaz de levar a solução à fervura, e um separador de vapor formado pela fase líquida em ebulição. O equipamento consiste em uma câmara, dentro da qual existe um trocador de calor com aquecimento indireto que proporciona o meio de transmissão de calor ao produto através do vapor à baixa pressão [2]. Estes são divididos em dois grandes grupos: os de tubos longos verticais e os de tubos horizontais. Os de tubos verticais podem ser divididos em: de filmes acedente, de filme descente ou de circulação forçada [3]. Figura 1: Evaporador de tubos verticais com circulação natural.
  • 5. 2 O objetivo foi concentrar uma solução 10% em massa de açúcar cristal em água e a partir disso fazer o balanço de massa, componente e energia, além de determinar o valor da constante global de transferência de calor em um evaporador contínuo de único efeito. Para isso, inicialmente fechou-se todas as válvulas e então ligou-se o refrigerador, sendo este o fornecedor de água fria para o condensador. Então ligou- se a bomba peristáltica para que essa começasse a bombear solução para o evaporador. No momento que atingiu a marca de aproximadamente um centímetro acima da vedação esta foi desligada e em seguida ligou-se a caldeira. Posteriormente a válvula do desumidificador foi aberta, e então controlou-se a vazão de água evitando assim a saída de vapor. Assim que o condensado começou a ser formado, a bomba peristáltica foi novamente ligada, em baixa rotação, desde modo bombeou-se mais líquido para o evaporador. Logo após a válvula de saída do concentrado foi aberta e controlou-se a vazão da mesma. Então foi feito um controle de vazão, tanto do concentrado como na saída de líquido saturado. Isto foi feito com intuito de manter a marca de um centímetro constante no evaporador. Assim que isso foi atingido indicou-se que o regime estava permanente. No momento que atingiu o regime permanente, foram medidos os valores das temperaturas do tanque de alimentação com o auxílio de um termopar, do vapor da solução, da solução concentrada, do vapor de aquecimento e do condensado do vapor de aquecimento, através de um termostato. Estes estão expostos na Tabela 1 a seguir.
  • 6. 3 Tabela 1: Valores obtidos pelo termopar e temperatura da solução inicial Local de medição Temperatura (ºC) Solução concentrada 70,5 Vapor de solução 89,3 Vapor de aquecimento 99,8 Condensado do vapor de aquecimento 85,1 Alimentação 59,0 Foram medidas também as vazões mássicas pela técnica massa/tempo, tanto da solução concentrada como do vapor da solução, sendo que o último foi feito coletando o líquido de saída do condensador. Para fazer tal medida utilizou-se dois béqueres pesados previamente e determinou-se um tempo de aproximadamente 1 minuto, sendo que as duas vazões foram medidas simultaneamente. Essas medidas são apresentadas na Tabela 2 abaixo, sendo que a vazão foi calculada através da equação (1.1) a seguir. (1.1) Onde: V = vazão [Kg/h]; m = massa [Kg]; t = tempo de coleta [h]. Tabela 2: Vazões mássicas da solução concentrada e do vapor de solução Massa (Kg) Tempo (h) Vazão (Kg/h) Solução concentrada 0,012 0,017 0,720 Vapor de solução 0,006 0,017 0,360
  • 7. 4 A partir da Tabela 2 foi possível observar que a vazão mássica do vapor da solução é muito menor que a vazão da solução concentrada. Isso se deve ao fato de uma parte do vapor gerado pelo aquecimento da solução ter ficado retido no condensador durante a análise da vazão. Outra justificativa seria um controle inadequado da vazão de entrada da solução no evaporador. A partir destes dados coletados foi possível calcular o valor da vazão de alimentação através do balanço de massa representado pela equação (1.2), e a fração mássica da solução concentrada através do balanço de componentes que está exibido na equação (1.3). (1.2) Onde: F = vazão de alimentação da solução [Kg/h]; C = vazão do concentrado [Kg/h]; P = vazão do vapor da solução [Kg/h]. (1.3) Onde: F = vazão de alimentação da solução [Kg/h]; = fração de açúcar na solução; V = vazão do vapor da solução [Kg/h]; = fração de sólidos no vapor da solução; L = vazão do concentrado [Kg/h]; = fração de açúcar na solução concentrada.
  • 8. 5 Com essa fração mássica e com os dados de calor específico da água e da sacarose retirados da literatura determinou-se o calor específico da solução concentrada. Já para realizar tal cálculo para a solução diluída a fração mássica utilizada foi a da corrente de alimentação, ou seja, essa era uma solução 10% em massa de açúcar. Para este cálculo utilizou-se a equação (1.4). (1.4) Onde: Cp,L = calor específico da solução; = fração mássica da água; = fração mássica do açúcar; = calor específico da água; = calor específico do açúcar. Em seguida calculou-se a entalpia da solução concentrada e de alimentação através da equação (1.5). ( ) (1.5) Onde: h = entalpia [KJ/Kg]; Cp= capacidade calorífica da solução [KJ/Kg.ºC]; T= temperatura que a solução [ºC]; T* = temperatura de referência = 0 °C.
  • 9. 6 Já a vazão do vapor de aquecimento foi determinada através do balanço de energia representado pela equação (1.6), sendo que este já está manipulado de forma a isolar a variável de interesse. (1.6) Onde: S = vazão do vapor de aquecimento [KJ/h]; F= vazão de alimentação da solução [KJ/h]; hF= entalpia da solução de alimentação [KJ/Kg]; V= vazão do vapor da solução [KJ/h]; Hv= entalpia do vapor da solução [KJ/Kg]; L= vazão do concentrado [KJ/h]; hL= entalpia da solução concentrada [KJ/Kg]; Hs= entalpia do vapor de aquecimento [KJ/Kg]; hc= entalpia do vapor do condensado [KJ/Kg]. E com isso calculou-se também o calor fornecido pelo vapor de aquecimento através da equação (1.7). ( ) (1.7) Onde: q = calor fornecido pelo vapor de aquecimento [KJ/h]; S = vazão do vapor de aquecimento [KJ/h]; Hs =entalpia do vapor de alimentação [KJ/Kg]; hc =entalpia do vapor do condensado [KJ/Kg].
  • 10. 7 Posteriormente, foi necessário o cálculo da área de troca térmica pela equação (1.8). ( ) ( ) (1.8) Onde: L= comprimento do tubo; = diâmetro do tubo menor; = diâmetro do tubo central. O diâmetro do tubo menor foi medido novamente após a prática, isso se deve aos possíveis erros operacionais levando a medidas errôneas do mesmo. Assim feito, o cálculo do coeficiente global de troca térmica tornou-se possível pela equação (1.9). ( ) (1.9) Onde: U = coeficiente global de troca térmica [KJ/h.m2 .ºC]; q = calor fornecido pelo vapor de aquecimento [KJ/h]; A = área de troca térmica [m2 ]; TS= temperatura de entrada do vapor de alimentação [ºC]; TV = temperatura do vapor da solução [ºC]. Outro dado calculado foi a economia de vapor. Este foi feito através da equação (1.10).
  • 11. 8 (1.10) Onde: EV = economia de vapor; V = vazão do vapor da solução [KJ/h]; S = vazão do vapor de aquecimento [KJ/h]. O resultado para todos esses cálculos estão dispostos na Tabela 3 abaixo, e a memória de cálculo está exposta no Anexo. Tabela 3: Valores calculados das variáveis do sistema de evaporação Variável Resultado Vazão da Alimentação ⁄ Fração mássica da solução concentrada Calor específico da solução concentrada ⁄ Calor específico da solução diluída ⁄ Entalpia da solução concentrada ⁄ Entalpia da solução de alimentação ⁄ Vazão do vapor de aquecimento ⁄ Área de troca térmica Calor fornecido ⁄ Coeficiente global de troca térmica (⁄ ) Economia de vapor Por se tratar de um evaporador, pode-se utilizar as equações de transferência de calor para estimar o coeficiente global da troca térmica, para assim obter uma
  • 12. 9 estimativa de quanto de energia em forma de calor por unidade de área é necessário para aumentar a temperatura da solução em um dado tempo. Observou-se que para esse caso é necessário fornecer 707,916 KJ/ m² para variar 1ºC em 1 hora. Além de analisar o desempenho alcançado, mostrando que esse atingiu o resultado proposto, ou seja, aumentou a concentração de açúcar em 33%. Para uma análise mais coerente da efetividade deve-se ter um parâmetro de concentração final desejada do açúcar. Na análise da eficiência de evaporadores de um único efeito, o valor encontrado sempre estará na faixa entre zero e a unidade. Um evaporador será considerado economicamente eficaz caso este cálculo tenha resultado maior ou igual a 0,4 (E ≥ 0,4) [3]. O valor obtido para o cálculo da economia de vapor do evaporador do experimento foi de 0,928, como explicitado na Tabela 3, que demonstra que a economia de vapor foi eficiente, uma vez que o valor foi superior a 0,4. O valor obtido para a economia de vapor indica que o processo de evaporação apresentou uma eficiência satisfatória. Além disso, o alto valor obtido do coeficiente global de troca térmica confirma a eficiência do evaporador [4]. Desta forma, não há necessidade de verificação dos eliminadores de ar e nem dos purgadores. O alto valor do coeficiente global de troca térmica aliado ao alto valor para economia de vapor indica que as incrustações ainda não estão interferindo de forma significativa. A eficiência de um evaporador pode ser aumentada adicionando-se evaporadores em série ou aumentando-se o número de efeitos. Já que em um evaporador de múltiplos efeitos o solvente vaporizado é reutilizado, ou seja, o vapor de um efeito é utilizado como meio de aquecimento num outro efeito no qual ocorra a ebulição a uma temperatura e pressão mais baixa [5].
  • 13. 10 2. CONCLUSÃO A função de um evaporador é concentrar uma solução. Isto pôde ser observado através deste experimento. Neste a solução alimentada era de 10% em massa de açúcar, já a solução final foi de 15% em massa de açúcar, o que significa que o objetivo foi cumprido. Para o evaporador de único efeito utilizado para concentrar a solução de sacarose foi feito balanço de massa e o balanço de energia. Sendo que através destes foi possível a determinação da vazão de alimentação da solução e a vazão do vapor de alimentação, respectivamente. O valor encontrado para a economia de vapor demonstrou que o evaporador foi eficiente no processo de evaporação, apresentando um valor superior a 0,4. Esta eficiência poderia ser aumentada adicionando-se evaporadores em série ou aumentando-se o número de efeitos.
  • 14. 11 3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] Princípios das operações Unitárias no Processamento de Alimentos. Disponível em: http://professordanielrossi.yolasite.com/resources/OU%20em%20Ind%C3%BAstrias %20de%20Alimentos.pdf. Acesso em: 31/03/2015. [2] Operações Unitárias II – Evaporação. Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAANpgAF/evaporacao. Acesso em: 01/03/2015. [3] MCCABE, W. L., SMITH, J. C., HARRIOTT., P. Unit Operations of Chemical Engineering. 5ª edição. 1993. [4] FOUST, A. S.; WENZEL, L. A.; CLUMP, C. W.; MAUS, L.; ANDERSEN, L. B. Princípios das Operações Unitárias. 2. ed. LTC, Rio de Janeiro, 1982. [5] Princípios da evaporação, importância e utilização. Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAACkkAI/evaporadores. Acesso em: 31/03/2015. [6] PERRY, R.H., GREEN, D. ed. Perry’s chemical engineers ‘handbook. 7ed. New York: McGraw-Hill, 1997. 2603p.
  • 15. 12 4. ANEXO 4.1. Memória de Cálculo  Cálculo das vazões mássicas: Primeiramente calcularam-se as vazões mássicas, através da equação (1.1). - Vazão mássica da solução concentrada: - Vazão mássica da saída do vapor da solução: A vazão mássica da solução diluída foi encontrada pelo balanço de massa, obtido pela equação (1.2). Assim: Através do balanço de componentes representado pela equação (1.3), encontrou-se a fração mássica de açúcar na solução concentrada. Assim:
  • 16. 13  Cálculo de entalpia da solução: Para o cálculo de entalpia da solução foi necessário determinar inicialmente o calor específico da solução concentrada e da alimentação, através da equação (1.4). Os valores de e encontrados na literatura [6] para a solução concentrada são respectivamente, 4,197 KJ/Kg.ºC e 1,260 KJ/Kg.ºC, e para a solução da alimentação são respectivamente 4,189 KJ/Kg.ºC e 1,260 KJ/Kg.ºC [6]. - Calor específico da solução concentrada: Onde: = 0,850; = 0,150. - Calor específico da solução de alimentação: Onde: = 0,900; = 0,100. Com os valores de calor especifico da solução concentrada e da alimentação, pode-se calcular a entalpia da solução pela equação (1.5).
  • 17. 14 - Entalpia da solução concentrada: ( ) - Entalpia da solução de alimentação: ( )  Cálculo da vazão do vapor de aquecimento: Através da manipulação da equação do balanço de energia calculou-se a vazão do vapor de aquecimento pela equação (1.6). Os valores de entalpia para o vapor da solução, vapor de aquecimento e vapor do condensado foram obtidos por interpolação na Tabela A1. Sendo estes: Entalpia do vapor de solução á temperatura de 89,3 ºC = 2657,467KJ/Kg; Entalpia do vapor de aquecimento á temperatura de 99,8 ºC = 2673,938KJ/Kg; Entalpia do vapor do condensado á temperatura de 85,1 ºC = 355,878 KJ/Kg. Assim:  Cálculo do calor fornecido pelo vapor de aquecimento: O cálculo do calor fornecido pelo vapor de aquecimento foi dado pela equação (1.7).
  • 18. 15 Assim: ( )  Cálculo do coeficiente global de troca térmica: Para calcular o coeficiente global de troca térmica, calculou-se primeiramente a área de troca térmica através da equação (1.8). Assim: ( ) ( ) Sendo: = 33; = 0,0063 m; = 1; = 0,019 m; = 0,17 m. Posteriormente foi possível calcular o coeficiente global de troca térmica pela equação (1.9). Assim: ( )  Cálculo da economia de vapor: Calculou-se a economia de vapor através da equação (1.10).
  • 19. 16 Assim: Tabela A1: Vapor de água saturado.