2. Definição de freios automotivos e funções básicas.
Tipos de freio.
Freio motor.
- Definição;
- Vantagens;
- Freio motor em veículos leves e estratégia cut-off;
- Retarders Primário
- Sistema de freio motor com Borboleta no coletor de escape;
- Sistema de freio motor com estrangulamento constante;
- Retarders Secundário
- Retarder Hidráulico
- Retarder Eletromagnético
- Mitos sobre a utilização do freio motor.
3. Definição de freios automotivos
“Freios automotivos são dispositivos que foram desenvolvidos para
permitir o controle do movimento de rotação da roda de um veiculo, de modo a
retardar ou mesmo interromper esse movimento e também impedir que o
movimento seja reiniciado”.
Funções básicas:
Freios automotivos possuem três funções básicas: parar o carro
rapidamente, fazer com que fique estacionado na ausência do condutor e
diminuir/manter constante a velocidade num declive.
4. Tipos de freios
Freio de serviço: normalmente utilizado pelo motorista com o veículo em
movimento ou parado.
Freio secundário ou de emergência: utilizado em condições de emergência e
falha do freio de serviço.
Freio de estacionamento: utilizado para parar o veículo estacionado ou em
emergência.
Freios auxiliares: utilizados para ajudar na frenagem do veículo.
- freio-motor
- freios retardadores
Freios automáticos: utilizados para melhorar o desempenho, a estabilidade e a
segurança na frenagem.
- ABS (Anti-lock Brake System)
- EBS (Eletronic Brake System)
5. Freio Motor
• Definição:
Sistema auxiliar do freio de serviço que aproveita a potência do motor na
frenagem.
• Vantagens da utilização:
- Aumenta o poder de frenagem aumentando também a segurança.
- Melhora a estabilidade e dirigibilidade do veículo.
- Reduz o desgaste das peças do sistema de freios e, consequentemente, o
custo com manutenções.
- Minimiza a possibilidade de superaquecimento dos componentes do freio
de serviço por não utiliza-lo constantemente.
- Diminui o consumo de combustível.
6. Freio motor de veículos leves e estratégia cut-off
O freio motor nada mais é que a prática de utilizar o próprio
funcionamento do motor para ajudar a diminuir ou controlar a velocidade do
carro. Quando se reduz a velocidade por meio de redução de marchas, ao
invés do motor realizar trabalho para girar as rodas, o que acontece é o
contrário, ou seja, a força das rodas em movimento é quem vai girar o motor
(neste momento a estratégia cut-off entra em funcionamento). Como o
motor trabalha na base da compressão de pistões, rapidamente a força que
está sendo transferida das rodas para o motor, precisaria ser cada vez maior
para conseguir movimentar o motor.
7. Retarders primário
Os retarders primários atuam sobre o trem de força antes da caixa de
mudanças. Portanto, a potência de frenagem depende da rotação em que se
encontra o motor e se pode incrementar a potência de frenagem através de
mudanças de marchas. Pode-se concluir então que freios retarders primários são os
freios que atuam no motor.
8. Sistema de freio motor com Borboleta no coletor de escape
O freio motor com borboleta no coletor de escape é sistema mais simples e
mais utilizado em caminhões e ônibus. Neste sistema o motorista fecha uma
borboleta giratória posicionada no coletor de escape, oque gera uma contrapressão
no coletor de escape e faz com que cada cilindro tenha que vencer essa força
contraria para expulsar os gases de escape.
Com o fechamento da borboleta o gás de escape é obrigado a passar pela
válvula reguladora de pressão by-pass. Com o aumento da rotação a válvula
reguladora de pressão é responsável por evitar o aumento de pressão além dos
limites que possam danificar as válvulas e os acionamentos das válvulas.
10. Sistema de freio motor com estrangulamento constante
Neste tipo de freio motor é instalada uma válvula para cada cilindro no
cabeçote, utiliza-se o ar comprimido para atuação desta válvula. Durante o
funcionamento com freio motor a válvula pode ficar aberta, obtendo-se assim uma
secção de estrangulamento constante, ocasionando descompressão exata durante
o tempo de compressão e combustão libera uma parte do trabalho de
descompressão.
11. Freio retarders secundário
Os sistemas de freios retarders secundários são montados entre a caixa de
mudanças e o eixo motriz e seu efeito de frenagem depende do número de rotação
da árvore de transmissão (cardan).
12. Retarder Hidráulico
Na carcaça do retardador hidráulico, estão alinhados um rolete de palhetas
fixo (estator) e um rolete de palhetas giratório (rotor), unido à árvore de transmissão
do veículo.
Ao se ativar o retardador hidráulico, um sistema pneumático introduz óleo
sob pressão nessa carcaça, o rotor empurra o óleo contra o estator, que é freado.
O retardador hidráulico é um freio de alto rendimento capaz de desacelerar
veículos de grande tonelagem com total segurança e efetividade.
13. Retarder eletromagnético
O retardador eletromagnético é constituído por um estator e por um rotor
que gira acoplado à árvore de transmissão. No estator são instaladas bobinas
magnéticas de alta potência.
Quando uma corrente elétrica circula pelas bobinas, forma-se um campo
eletromagnético no sentido contrário da rotação da árvore de transmissão e o rotor
dentro desse campo sofre uma ação de frenagem.
14. Mitos sobre a utilização do freio motor.
Descer a ladeira na banguela poupa combustível.
Aumenta o consumo de combustível.
Superaquece o motor.
Danifica o coletor de escapamento.
Causa problemas para “sugar” o óleo do cárter.
15. Bibliografia
BOSCH, Manual de tecnologia automotiva, 25°edição: Edgard Blucher. 2005.
GLEHN, R, VON, Motores a combustão interna - Injeção eletrônica, v.1-5, Goiania:
2001.
VOLVO, Utilização do freio motor, Edição 1: 2004.