O documento descreve as características técnicas da válvula de controle de escape e da suspensão dianteira da motocicleta CR250R. A válvula de controle de escape controla a sincronização e volume de escape para garantir potência dinâmica em todas as rotações do motor. A suspensão dianteira utiliza um garfo invertido com compressão separada para melhor absorção de energia, desempenho e conforto.
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Manual de serviço cr250 00 caracter
1. 16. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
VÁLVULA DE CONTROLE DE ESCAPE
(CRV) 16-1
SUSPENSÃO DIANTEIRA 16-3
16-1
CR250R
16
VÁLVULA DE CONTROLE DE ESCAPE (CRV)
A válvula de controle de escape (CRV) é um sistema mecânico cuidadosamente regulado que garante uma potência
dinâmica em todas as rotações do motor. Isso é obtido através da abertura e fechamento, de acordo com valores
prestabelecidos, do orifício de escapamento, que altera a sincronização de escapamento e o volume da câmara de
escapamento.
A abertura e o fechamento estão mecanicamente conectados à engrenagem motora primária, sendo ativados quando a
rotação do motor atinge um certo valor. A válvula articulada, localizada no orifício de escapamento do cilindro, controla
a sincronização de escapamento, enquanto a válvula secundária de escapamento trabalha junto com a válvula articulada
abrindo e fechando a entrada da câmara secundária; conseqüentemente, alterando o volume total da câmara e
controlando os pulsos de escape.
A sincronização de escapamento é adicionalmente controlada por uma das válvulas secundárias de escapamento que
direciona e corta os pulsos de escape através do orifício secundário de escapamento.
VÁLVULA SECUNDÁRIA DIREITA
DE ESCAPAMENTO
VÁLVULA SECUNDÁRIA
ESQUERDA DE ESCAPAMENTO
VÁLVULA ARTICULADA
EIXO DE ACIONAMENTO
GOVERNADOR
CREMALHEIRA
EIXO DO PINHÃO
2. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
16-2
Em baixas ou médias rotações, a válvula secundária de
escapamento abre a câmara secundária de escapamento, e a
válvula articulada é totalmente fechada através da força da
mola do pinhão. Os pesos centrífugos (esferas de aço)
permanecem próximos ao eixo da bomba d’água, de forma
que nenhuma força é aplicada à articulação entre o
governador e a cremalheira.
Conforme as rotações do motor aumentam e excedem um
valor predeterminado, os pesos centrífugos se movem para
sua posição mais extrema.
A cremalheira se move para fora, girando o eixo do pinhão, a
articulação da válvula de escapamento e a válvula de
escapamento contra a mola do pinhão.
A válvula secundária de escapamento fecha a câmara
secundária, e o orifício secundário de escapamento e a
válvula articulada são totalmente abertos.
CR250R
CÂMARA SECUNDÁRIA
VÁLVULA ARTICULADA
VÁLVULA ARTICULADA
CREMALHEIRA
CREMALHEIRA
GOVERNADOR
GOVERNADOR
VÁLVULAS SECUNDÁRIAS
DE ESCAPAMENTO
VÁLVULA SECUNDÁRIA
DE ESCAPAMENTO
3. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
16-3
CR250R
SUSPENSÃO DIANTEIRA
GERAL
Os três principais critérios das suspensões para competições off-road são a absorção de energia, habilidade na pista e
conforto durante a condução. Para que isso possa ser atingido, foi desenvolvido um garfo invertido com compressão
separada (câmara twin (dupla)).
As três principais características desse tipo de garfo são:
1. O amortecedor está localizado na seção superior do garfo e a mola, em sua base. Esse posicionamento é o contrário
do convencional e permite que a câmara (entre o amortecedor e o cilindro externo) gere uma força de amortecimento
consistente e estável, o que resulta numa maior absorção de energia.
2. O óleo do garfo é completamente isolado do óleo existente no interior do amortecedor. Esse design evita que as
bolhas de ar se formem no óleo durante sua entrada no amortecedor, garantindo que este proporcione uma força de
amortecimento estável o tempo todo.
3. O amortecedor é sangrado e comprimido através de uma mola. Essa característica proporciona maior conforto
durante a condução e reduz a quantidade de ar que pode formar bolhas, quando o garfo é repetidamente comprimido e
estendido. Essas bolhas reduzem a eficiência de amortecimento do óleo.
PARAFUSO SUPERIOR DO GARFO
AJUSTADOR DE
AMORTECIMENTO
RETENTOR DE ÓLEO CÂMARA DE AR
SEPARADOR
PISTÃO
CÂMARA DE ÓLEO
RESERVATÓRIO
RESERVATÓRIO
AJUSTADOR DE COMPRESSÃO
PISTÃO LIVRE
CÂMARA
HASTE DO PISTÃO
PARAFUSO
CENTRAL
DO GARFO
MOLA DE COMPRESSÃO DO PISTÃO LIVRE
4. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
16-4
AMORTECEDOR DO GARFO
Nos garfos convencionais, o óleo se mistura com o ar no interior do garfo devido ao funcionamento do amortecedor, o
que cria bolhas. A entrada de óleo misturado com as bolhas no amortecedor diminui a força de amortecimento ou
atrasa a geração da força de amortecimento.
O amortecedor do tipo câmara twin (dupla) apresenta dois retentores de óleo: o superior e o inferior, que separam
completamente o óleo do interior do amortecedor do existente externamente a ele. Além disso, ao montar o garfo, o
amortecedor é sangrado e as câmaras de óleo e ar são comprimidas pela mola de compressão do pistão livre. O óleo no
amortecedor é completamente isolado do óleo externo e do ar.
Os ajustadores (sistema de ajuste da força de amortecimento) apresentam passagens ajustáveis instaladas no pistão, e
os separadores possibilitam ao piloto ajustar a força de amortecimento de acordo com suas preferências e condições da
pista.
CILINDRO EXTERNO
O amortecedor se projeta para dentro do óleo presente no garfo durante o seu curso. Em seguida, o fluxo de óleo
através das passagens de óleo no assento da mola, localizado externamente ao amortecedor, gera a força de
amortecimento.
Essa força de amortecimento é gerada do ponto intermediário até o final do curso do garfo, onde o assento da mola se
projeta para dentro do óleo, suportando o amortecimento do amortecedor.
FLUXO DE ÓLEO
CR250R
PISTÃO
CURSO DE RETORNO
PISTÃO LIVRE
ASSENTO
DA MOLA
CÂMARA
CURSO DE COMPRESSÃO
5. INFORMAÇÕES GERAIS
iii
CR250R
COMO USAR ESTE MANUAL
Este manual descreve os procedimentos de
serviço para a CR250R.
Siga as recomendações da Tabela de
Manutenção (página 3-3) para garantir condições
perfeitas de funcionamento.
Os Capítulos 1 e 3 aplicam-se à toda motocicleta.
O Capítulo 2 apresenta os procedimentos de
remoção/instalação de componentes que podem
ser necessários para efetuar os serviços descritos
nos capítulos subseqüentes.
Os Capítulos 4 a 15 apresentam as peças da
motocicleta, agrupadas de acordo com sua
localização.
Localize o capítulo desejado nesta página. Em
seguida, consulte o índice apresentado na
primeira página do capítulo selecionado.
A maioria dos capítulos começa com uma
ilustração do sistema ou conjunto, informações
de serviço e diagnose de defeitos.
As páginas subseqüentes apresentam os
procedimentos detalhados.
Caso não esteja familiarizado com esta
motocicleta, leia as Características Técnicas no
capítulo 16.
Se a causa do problema for desconhecida,
consulte o Capítulo 17, “Diagnose de Defeitos”.
MOTO HONDA DA AMAZÔNIA LTDA.
Departamento de Serviços Pós-venda
Setor de Publicações Técnicas
TODAS AS INFORMAÇÕES, ILUSTRAÇÕES,
PROCEDIMENTOS E ESPECIFICAÇÕES
APRESENTADAS NESTA PUBLICAÇÃO SÃO
BASEADAS NAS INFORMAÇÕES MAIS
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NO MOMENTO DA APROVAÇÃO DA
IMPRESSÃO.
A MOTO HONDA DA AMAZÔNIA LTDA. SE
RESERVA O DIREITO DE ALTERAR AS
CARACTERÍSTICAS DA MOTOCICLETA A
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NÃO INCORRENDO, ASSIM, EM OBRIGAÇÕES
DE QUALQUER ESPÉCIE. NENHUMA PARTE
DESTA PUBLICAÇÃO PODE SER
REPRODUZIDA SEM AVISO PRÉVIO. ESTE
MANUAL FOI ELABORADO PARA PESSOAS
QUE TENHAM CONHECIMENTOS BÁSICOS
SOBRE A MANUTENÇÃO DAS
MOTOCICLETAS, SCOTTERS ou ATVS HONDA.
INFORMAÇÕES GERAIS
CHASSI/CARENAGEM/
SISTEMA DE ESCAPAMENTO
MANUTENÇÃO
SISTEMA DE COMBUSTÍVEL
SISTEMA DE ARREFECIMENTO
REMOÇÃO/INSTALAÇÃO DO MOTOR
CABEÇOTE/CILINDRO/PISTÃO
VÁLVULA DE CONTROLE DE
ESCAPE (CRV)
EMBREAGEM/MECANISMO DE
PARTIDA/SELETOR DE MARCHAS
CARCAÇA DO MOTOR/ÁRVORE DE
MANIVELAS/TRANSMISSÃO
RODA DIANTEIRA/SUSPENSÃO/
SISTEMA DE DIREÇÃO
RODA TRASEIRA/SUSPENSÃO
FREIO HIDRÁULICO
SISTEMA DE IGNIÇÃO/ALTERNADOR
DIAGRAMA ELÉTRICO
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
DIAGNOSE DE DEFEITOS
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ÍNDICE GERAL
SISTEMA
ELÉTRICO
CHASSIMOTORETRANSMISSÃO