1. O documento descreve os elementos básicos da expressão plástica: ponto, linha, forma, espaço e cor.
2. Cada elemento é definido e exemplos são dados para ilustrar diferentes tipos como pontos gráficos vs físicos e linhas retas vs curvas.
3. Classificações de cada elemento são apresentadas com base em formato, posição e expressividade para linhas e formas figurativas vs abstratas.
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COLÉGIO PEDRO II
UNIDADE CENTRO
ARTES VISUAIS
Coordenadora: Greice Cohn
Professora: Tatiana Caldeira de Oliveira
Aluno(a): ________________________________________________ Turma: _______
ELEMENTOS VISUAIS1
Os elementos básicos da expressão plástica são: o ponto, a linha, a forma, o
espaço e a cor – este último já estudamos em nossa primeira apostila, sobre as cores.
O PONTO
É o elemento primeiro da composição plástica: é a menor partícula da forma, ou
seja, a menor expressão plástica possível.
Podemos distinguir dois tipos de ponto: ponto gráfico e ponto físico.
O ponto gráfico é o resultado do toque do lápis, caneta ou pincel sobre a
superfície do papel.
Exemplos:
O ponto físico é palpável, você pode pegar. É, por definição, todo o corpo
esférico no espaço que nos circunda. Sendo tridimensional, é mais usado pelos
escultores. Um exemplo da representação tridimensional de um ponto é a bola de gude.
Podemos fazer uma composição utilizando apenas pontos e cores, ou seja, sem
usar linhas ou formas. Um artista explorou bastante este tipo de expressão – seu nome
era Seurat e a técnica de suas obras ficou conhecida como pontilhismo.
Vamos também tentar?
No espaço a seguir, faça uma composição colorida utilizando apenas pontos:
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- Adaptado da apostila elaborada pela profa. Leila Gross/ Unidades Humaitá e Engenho Novo.
6º ano / 2013
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A LINHA
A linha é um ponto em movimento. Ao movermos um ponto, passamos do
estático (parado) para o dinâmico (movimento), e o resultado desta ação é a linha.
Com a linha podemos criar:
Formas: Volume: Luz:
As linhas podem ser gráficas ou físicas.
A linha gráfica é a usada para desenhar, é a que resulta do deslocamento de um
ponto. Ela pode ser reta ou curva, simples ou complexa, grossa ou fina. Veremos
adiante alguns exemplos.
A linha física é palpável, você pode tocá-la, senti-la. É tridimensional, ocupa
um lugar no espaço físico que nos cerca. É muito usada pelos escultores.
Exemplos: barbante, fio, arame, etc.
As linhas podem ser classificadas quanto ao seu formato, quanto a sua posição e
quanto a sua expressividade.
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Quanto ao formato:
Quanto à posição:
Quanto a sua expressividade:
Dinâmicas – são aquelas que nos transmitem a sensação de movimento e ação. São
elas: inclinada, curva, poligonal, sinuosa e mista.
Exemplo:
Composição com linha poligonal:
Estáticas – São aquelas que se caracterizam pela ausência de movimento. São as linhas
horizontais e as verticais.
Exemplo:
Linhas simples
Poligonais
Sinuosas
Mistas
Curvas
Retas
Linhas complexas
Linhas retas
Horizontais
Verticais
Inclinadas
Faça no espaço abaixo uma composição com
linhas dinâmicas sinuosas:
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Se você deslocar o ponto sempre na mesma direção, você vai traçar uma linha
reta. Vimos que a linha reta pode estar em três posições: horizontal, vertical e inclinada.
Cada uma destas posições transmitirá diferentes sensações na composição.
Linha reta horizontal: quando está muito presente nas composições, transmite a
impressão visual de tranqüilidade, repouso, amplitude e descanso.
Linha reta vertical: traz a sensação visual de alerta, equilíbrio, estabilidade,
espiritualidade e ascensão.
Linha reta inclinada ou oblíqua: esta linha nos transmite a sensação visual de radiação,
instabilidade, movimento e dispersão.
Linhas Curvas
Se você deslocar o ponto mudando sempre de direção, sem formar bicos, você
estará traçando uma linha curva. Esta linha pode nos transmitir sensualidade, suavidade,
alegria ou tristeza, leveza ou peso.
Composição - Mondrian
Linha curva côncova Alegria, leveza
Linha curva convexa Tristeza, peso
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Linha Sinuosa ou Ondulada – Surge da sequência de linhas curvas.
Exemplo:
Linha espiral ou espiralada – é um outro modo de trabalharmos com as linhas curvas.
Exemplo:
Linha Quebrada ou Poligonal – Surge da sequência de linhas retas deslocadas em várias
direções formando bicos, quebras. Transmite-nos a sensação visual de força e de
agressividade.
Exemplo:
Linhas mistas: Surgem da combinação de linhas retas e curvas ao mesmo tempo.
Crie no espaço abaixo uma composição com linhas mistas:
Obs: TODAS as linhas que você acabou de conhecer podem ser leves (finas) ou
pesadas (grossas), dependendo da intensidade do traço que for feito.
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Exemplo:
A FORMA
O ponto gera a linha e a linha, por sua vez, gera a forma. A forma delimita um
ser qualquer no espaço que nos cerca.
A forma pode ser figurativa ou abstrata.
Forma figurativa – É aquela reconhecida como parte de nosso mundo visível e
cotidiano. Em uma obra figurativa, é possível descrever aquilo que foi representado.
Exemplos:
Forma abstrata – É aquela que se distancia da realidade. Por isso, é também chamada
não-descritiva, já que não descreve coisas, paisagens ou cenas da realidade.
O artista quando usa formas abstratas pode empregar pontos, linhas, cores,
texturas, etc., para se expressar – sem a intenção de representar a realidade externa.
A arte abstrata pode ser geométrica ou não-geométrica.
Arte abstrata geométrica: o artista usa formas geométricas organizando-as com certa
regularidade, deixando o espaço em equilíbrio, distribuindo o peso de cada forma de
maneira proporcional pela área de que dispõe.
Exemplo:
A estudante (1917) – Anita Malfatti
Ouro Preto (1950) - Guignard
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Arte abstrata não-geométrica: o artista aqui utiliza formas “desenhadas à mão livre” e,
mesmo que utilize formas geométricas, estas ficam dispostas de uma maneira irregular
pelo espaço, ou seja, é uma organização mais livre do espaço.
Exemplo:
As formas podem ainda ser classificadas quanto as suas dimensões.
Uma forma pode ter duas ou três dimensões.
Bidimensional: é a forma que possui apenas comprimento e altura, como, por exemplo,
a pintura:
IMPORTANTE:
A obra bidimensional pode ter uma subdivisão: pode ser plana ou com ilusão de
profundidade. Observe com atenção os exemplos em sala para entender a diferença.
Tridimensional: é a forma que possui, além do comprimento e da altura, uma largura,
que lhe dá volume. Exemplos de formas tridimensionais: escultura, arquitetura.
Têmpera sobre tela (dec 70) - Volpi
Movimento I (1935) - Kandinsky
Frutas e Flores - Pedro Alexandrino
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TEXTURA
Textura é a qualidade de uma superfície. Uma superfície pode ser áspera,
macia, granulada, enrugada, ondulada, etc.
As texturas podem ser táteis ou gráficas. As táteis podem ser tocadas, estão
presentes na superfície dos objetos. Você pode encontrar diferentes texturas ao tocar nas
cascas das árvores, em diferentes tipos de papéis e de tecidos, na casca do abacaxi e de
outras frutas, na superfície lisa do mármore, na superfície ondulada de uma pasta de
plástico, enfim, são infinitas as texturas táteis que se encontram a nossa volta.
Já as texturas gráficas são aquelas que criamos no papel, e são importantes para
nossas aulas de artes porque com elas podemos valorizar um desenho ou uma pintura.
Podemos obter uma superfície no papel por meio de decalque da superfície (ex.: quando
passamos o giz de cera por cima de uma superfície rugosa) ou podemos desenhá-la, seja
observando uma textura real, seja inventando nossa própria textura.
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Pense em uma grande superfície de areia, como em
uma praia. Os grãos de areia estão dispostos de
forma aleatória, não é mesmo? Pense agora como
seria a melhor forma de representá-los – isso inclui
também a escolha das cores. Faça ao lado esta
textura, que lembre areia, preenchendo todo o
retângulo ao lado.
Procure agora fazer no espaço ao lado uma textura
que lembre uma superfície macia – como a do
algodão, por exemplo.
Que linhas você acha que transmitirão melhor esta
sensação de maciez?