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Revisão de conteúdo
Olá, estudantes! Antes de darmos continuidade ao conteúdo estudado na apostila de Harmonia I, vamos rever este conteúdo, pois
precisamos dele “fresco” em nossa memória para compreendermos o conteúdo a seguir.
Função harmônica (Revisão)
Quando falamos de função harmônica estamos falando basicamente de tensão e relaxamento, na música tonal, utilizamos determinados
acordes para gerar tensão e outros para nos proporcionar a sensação de relaxamento, resolução, finalização. As principais funções harmônicas
são de Tônica (relaxamento) Subdominante (meio tenso) Dominante (tenso):
Tensão Relaxamento
Dominante Subdominante Tônica
Figura 1 - Escala demonstrativa da tensão musical
Fonte: acervo do autor
No campo harmônico maior os graus das 3 principais funções são:
Iº IIº IIIº IV° V° VIº VIIº
Tônica Subdominante Dominante
Tônica: tem a função de relaxamento, conclusão, repouso, estabilidade. Geralmente, é o grau que se inicia e finaliza uma música. O
principal acorde da função tônica é o I grau.
Dominante: é o principal grau responsável por gerar tensão, suspensão, instabilidade, pede resolução na tônica. O V grau é o principal
acorde desta função.
Subdominante: em relação à tensão e relaxamento podemos dizer que o acorde subdominante é o grau intermediário entre a tônica e
a dominante, responsável por fazer a conexão entre os acordes de tônica e dominante.
Os graus principais possuem maior força; mas podem ser substituídos pelos seguintes graus:
Função Grau
principal
Graus
substitutos
Tônica Iº VIº, IIIº
Dominante Vº VIIº
Subdominante IVº II°
Tabela 1- Graus principais e substitutos do campo harmônico
Fonte: acervo do autor
Função dominante (Revisão)
O acorde de dominante possui uma das mais importantes funções da música tonal, pois é o acorde que possui maior atração em relação
ao acorde de tônica, estabelecendo assim a tonalidade. Os acordes de tônica e dominante são a expressão maior do sistema tonal. É possível
descobrir a tonalidade de uma música através destes acordes apenas, ao colocar as notas dos dois acordes em série temos 6 das 7 notas da
escala:
G7 C
Sol Si Ré Fá + Dó Mi Sol: Dó Ré Mi Fá Sol X Si
Encontrar o acorde dominante é uma maneira fácil e rápida de identificar o tom de uma música, já que o quinto grau é o único maior com
sétima menor no campo harmônico.
Preparação do primeiro grau
“Qualquer acorde maior ou menor pode ser precedido ou preparado por acorde dominante situado 5J acima” (GUEST, 2005, p. 51).
Como aprendemos, o acorde de primeiro grau é que traz estabilidade à estrutura harmônica, possui caráter de repouso, conclusão; mas para
proporcionarmos estas características com êxito devemos preparar a sequência de acordes anterior a ele, preparar o encadeamento harmônico.
1) Dominante primário
Nesta preparação, o acorde dominante V7 é resolvido diretamente no acorde de primeiro grau do campo harmônico. Lembre-se que a
terça e a sétima do acorde dominante atraem a fundamental e a terça (maior ou menor) do acorde de tônica.
Figura 2 – Preparação dominante primário 1
Fonte: Acervo do autor
2) Substituto da sétima da dominante (SubV7)
O substituto da sétima da dominante é outro acorde dominante que possui o mesmo trítono do acorde dominante e pode substituir o
acorde dominante:
Figura 3 – Substituto da dominante
Fonte: Acervo do autor
3) Preparação VII I
A sétima (VII) desta preparação é um acorde de sétima diminuta, não confundam com o acorde meio diminuto:
Dominante secundário
Todos os acordes com quinta justa da estrutura harmônica possuem sua própria dominante, até mesmo o acorde dominante possui seu
dominante próprio. Como aprendemos, o acorde de tônica tem a função de relaxamento, repouso; mas os demais acordes com quinta justa do
campo harmônico podem apresentar um repouso ou resolução momentânea, chamado de tom secundário. Sendo assim, cada grau do campo
harmônico pode ser preparado pelo seu próprio acorde dominante, este acorde dominante é chamado de dominante secundário.
C F7M Dm7 G7 Am7 A7 Dm7 F7M G7 C
V7/II IIm7
SubV7 secundários
Assim como os dominantes secundários, os subV7 secundários são dominantes substitutos dos demais graus do campo harmônico, ou
seja, em Dó maior, os acordes em vermelho possuem dominantes secundários:
C7M Dm7 Em7 F7M G7 Am7 Bm7(b5)
C7M Eb7 Dm7 F7 Em7
I7M subV7/II IIm7 subV7/III IIIm7
Dominante auxiliar
O dominante auxiliar só possui uma diferença em relação ao dominante secundário, ele prepara acordes de empréstimo modal (AEM),
ou seja, acordes originários de outro campo harmônico. Vamos a um exemplo!
AEM* AEM
C7M F7M Bb7 Ebm7 Eb7 Abm7 G7 C7M
I7M IV7M V7/IIIb IIIbm7 V7/VIb VIbm7 V7 I7M
*Acorde de empréstimo modal
A passagem acima está na tonalidade de Dó maior; os acordes Ebm7 e Abm7 são de outro campo harmônico, sendo que Bb7 está
inserido como dominante de Ebm7 e Eb7 como dominante de Abm7. Por isso Bb7 e Eb7 são dominantes auxiliares, pois exercem função
dominante de acordes de um segundo campo harmônico.
Acordes diminutos
Diminuto de passagem
Ocorre quando o baixo do acorde diminuto está um semitom acima do acorde anterior e um semitom abaixo do acorde seguinte,
interligando os dois acordes cromaticamente:
Figura 4 – Diminuto de passagem ascendente
Fonte: Acervo do autor
Diminuto auxiliar
A principal característica deste acorde é a resolução em um acorde que compartilha, possui a mesma nota do baixo. O diminuto auxiliar
retarda a resolução do acorde por possuir o mesmo baixo:
Figura 5 – Diminuto auxiliar
Fonte: Acervo do autor
Cadência
O conjunto de acordes que finalizam uma frase musical é chamado de cadência. Para caracterizar uma cadência são necessários pelo
menos dois acordes de diferentes funções, é através da cadência que se define a tonalidade. As cadências são divididas em duas principais
categorias: conclusivas e suspensivas. As cadências conclusivas apresentam uma sensação de conclusão, de resolução, de finalização, as principais
cadências conclusivas são: cadência perfeita, cedência imperfeita, cadência plagal e cadência picadia. Já as cadências suspensivas não apresentam
relaxamento total, mantém a tensão, a instabilidade.
Cadências conclusivas
Cadencia perfeita
Nesta cadência percebemos a finalização da frase. Ocorre quando o primeiro grau é precedido pelo seu dominante primário em final
de frase, um tonalidades maiores e menores.
Figura 6 – Cadência perfeita maior
Fonte: Acervo do autor
Cadência imperfeita
Na cadência imperfeita o primeiro ou o quinto grau (ou ambos) está invertido:
Figura 7 - Cadência imperfeita
Fonte: Acervo do autor
Quando o primeiro grau é precedido, preparado pelo acorde de sétimo grau (VII) figura também uma cadência imperfeita:
Figura 8 - Cadência imperfeita 2
Fonte: Acervo do autor
Cadência plagal
A cadência plagal ocorre quando o quarto grau resolve no primeiro (IV – I), ou seja, quando o acorde subdominante é resolvido no
acorde de tônica:
Figura 9 - Cadência plagal
Fonte: Acervo do autor
Cadência picardia ou picarda
Está é uma cadência pertencente às tonalidades menores. A resolução é por meio dos acordes de dominante e tônica, a característica
desta cadência é a resolução do quinto grau no acorde homônimo maior da tônica:
Figura 10 - Cadência Picardia
Fonte: Acervo do autor
Cadências suspensivas
Cadência suspensiva ou semicadência
Com caráter totalmente suspensivo, esta cadência é caracterizada pela finalização da frase sobre o acorde dominante, ou seja, a frase
é finalizada com o acorde de quinto grau. Várias são as possibilidades de acordes que podem preceder o quinto grau.
Figura 11 - Cadência suspensiva
Fonte: Acervo do autor
Cadência interrompida
Ocorre quando o acorde de dominante é “resolvido” em qualquer acorde do campo harmônico com exceção do primeiro grau.
Figura 12 - Cadência interrompida
Fonte: acervo do autor
Segundo cadencial primário, secundário e auxiliar
A cadência perfeita é muito utilizada na música popular, assim como na música erudita. Quando a cadência perfeita (V – I) é precedida
pelo segundo grau (acorde subdominante) o acorde é chamado segundo cadência, ele faz parte da cadência perfeita. O símbolo que representa
o segundo cadencial é o colchete que liga o segundo grau ao quinto grau. O segundo cadência do primeiro grau é chamado de segundo cadencial
primário:
Dm G7 C
II V7 I
Quando o segundo grau pertence aos demais acordes do campo harmônico chamamos de segundo cadencial secundário:
Si maior
E____________________ B_______________
F#m G7 E F#7 B
II V7/IV IV V I
Já o segundo graus dos acordes de empréstimo modal são chamados de segundo grau auxiliar:
Dó maior
C7M Fm7 Bb7 Eb
I7M V7/IIIb IIIb
Resolução passageira
A resolução de um acorde pertencente a uma segunda tonalidade é chamada resolução passageira. Tal resolução é identificada através
da cadência. No exemplo abaixo a progressão está na tonalidade de Dó maior, porém o acorde de Sol menor com sétima menor (Gm7) é segundo
cadencial de Fá maior com sétima maior (F7M) e Dó maior com sétima menor é a dominante de Fá maior com sétima maior (F7M), estres três
acordes pertencem ao campo harmônico de Fá maior, portanto o acorde de Fá maior com sétima maior é um acorde de resolução passageira:
Figura 13 - Resolução passageira
Fonte: acervo do autor

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Livro de aulas revisão de conteúdo hm ii

  • 1. Revisão de conteúdo Olá, estudantes! Antes de darmos continuidade ao conteúdo estudado na apostila de Harmonia I, vamos rever este conteúdo, pois precisamos dele “fresco” em nossa memória para compreendermos o conteúdo a seguir. Função harmônica (Revisão) Quando falamos de função harmônica estamos falando basicamente de tensão e relaxamento, na música tonal, utilizamos determinados acordes para gerar tensão e outros para nos proporcionar a sensação de relaxamento, resolução, finalização. As principais funções harmônicas são de Tônica (relaxamento) Subdominante (meio tenso) Dominante (tenso): Tensão Relaxamento Dominante Subdominante Tônica Figura 1 - Escala demonstrativa da tensão musical Fonte: acervo do autor No campo harmônico maior os graus das 3 principais funções são: Iº IIº IIIº IV° V° VIº VIIº Tônica Subdominante Dominante
  • 2. Tônica: tem a função de relaxamento, conclusão, repouso, estabilidade. Geralmente, é o grau que se inicia e finaliza uma música. O principal acorde da função tônica é o I grau. Dominante: é o principal grau responsável por gerar tensão, suspensão, instabilidade, pede resolução na tônica. O V grau é o principal acorde desta função. Subdominante: em relação à tensão e relaxamento podemos dizer que o acorde subdominante é o grau intermediário entre a tônica e a dominante, responsável por fazer a conexão entre os acordes de tônica e dominante. Os graus principais possuem maior força; mas podem ser substituídos pelos seguintes graus: Função Grau principal Graus substitutos Tônica Iº VIº, IIIº Dominante Vº VIIº Subdominante IVº II° Tabela 1- Graus principais e substitutos do campo harmônico Fonte: acervo do autor Função dominante (Revisão) O acorde de dominante possui uma das mais importantes funções da música tonal, pois é o acorde que possui maior atração em relação ao acorde de tônica, estabelecendo assim a tonalidade. Os acordes de tônica e dominante são a expressão maior do sistema tonal. É possível
  • 3. descobrir a tonalidade de uma música através destes acordes apenas, ao colocar as notas dos dois acordes em série temos 6 das 7 notas da escala: G7 C Sol Si Ré Fá + Dó Mi Sol: Dó Ré Mi Fá Sol X Si Encontrar o acorde dominante é uma maneira fácil e rápida de identificar o tom de uma música, já que o quinto grau é o único maior com sétima menor no campo harmônico. Preparação do primeiro grau “Qualquer acorde maior ou menor pode ser precedido ou preparado por acorde dominante situado 5J acima” (GUEST, 2005, p. 51). Como aprendemos, o acorde de primeiro grau é que traz estabilidade à estrutura harmônica, possui caráter de repouso, conclusão; mas para proporcionarmos estas características com êxito devemos preparar a sequência de acordes anterior a ele, preparar o encadeamento harmônico. 1) Dominante primário Nesta preparação, o acorde dominante V7 é resolvido diretamente no acorde de primeiro grau do campo harmônico. Lembre-se que a terça e a sétima do acorde dominante atraem a fundamental e a terça (maior ou menor) do acorde de tônica.
  • 4. Figura 2 – Preparação dominante primário 1 Fonte: Acervo do autor 2) Substituto da sétima da dominante (SubV7) O substituto da sétima da dominante é outro acorde dominante que possui o mesmo trítono do acorde dominante e pode substituir o acorde dominante: Figura 3 – Substituto da dominante Fonte: Acervo do autor 3) Preparação VII I
  • 5. A sétima (VII) desta preparação é um acorde de sétima diminuta, não confundam com o acorde meio diminuto: Dominante secundário Todos os acordes com quinta justa da estrutura harmônica possuem sua própria dominante, até mesmo o acorde dominante possui seu dominante próprio. Como aprendemos, o acorde de tônica tem a função de relaxamento, repouso; mas os demais acordes com quinta justa do campo harmônico podem apresentar um repouso ou resolução momentânea, chamado de tom secundário. Sendo assim, cada grau do campo harmônico pode ser preparado pelo seu próprio acorde dominante, este acorde dominante é chamado de dominante secundário. C F7M Dm7 G7 Am7 A7 Dm7 F7M G7 C
  • 6. V7/II IIm7 SubV7 secundários Assim como os dominantes secundários, os subV7 secundários são dominantes substitutos dos demais graus do campo harmônico, ou seja, em Dó maior, os acordes em vermelho possuem dominantes secundários: C7M Dm7 Em7 F7M G7 Am7 Bm7(b5) C7M Eb7 Dm7 F7 Em7 I7M subV7/II IIm7 subV7/III IIIm7 Dominante auxiliar O dominante auxiliar só possui uma diferença em relação ao dominante secundário, ele prepara acordes de empréstimo modal (AEM), ou seja, acordes originários de outro campo harmônico. Vamos a um exemplo! AEM* AEM C7M F7M Bb7 Ebm7 Eb7 Abm7 G7 C7M
  • 7. I7M IV7M V7/IIIb IIIbm7 V7/VIb VIbm7 V7 I7M *Acorde de empréstimo modal A passagem acima está na tonalidade de Dó maior; os acordes Ebm7 e Abm7 são de outro campo harmônico, sendo que Bb7 está inserido como dominante de Ebm7 e Eb7 como dominante de Abm7. Por isso Bb7 e Eb7 são dominantes auxiliares, pois exercem função dominante de acordes de um segundo campo harmônico. Acordes diminutos Diminuto de passagem Ocorre quando o baixo do acorde diminuto está um semitom acima do acorde anterior e um semitom abaixo do acorde seguinte, interligando os dois acordes cromaticamente: Figura 4 – Diminuto de passagem ascendente Fonte: Acervo do autor Diminuto auxiliar
  • 8. A principal característica deste acorde é a resolução em um acorde que compartilha, possui a mesma nota do baixo. O diminuto auxiliar retarda a resolução do acorde por possuir o mesmo baixo: Figura 5 – Diminuto auxiliar Fonte: Acervo do autor Cadência O conjunto de acordes que finalizam uma frase musical é chamado de cadência. Para caracterizar uma cadência são necessários pelo menos dois acordes de diferentes funções, é através da cadência que se define a tonalidade. As cadências são divididas em duas principais categorias: conclusivas e suspensivas. As cadências conclusivas apresentam uma sensação de conclusão, de resolução, de finalização, as principais cadências conclusivas são: cadência perfeita, cedência imperfeita, cadência plagal e cadência picadia. Já as cadências suspensivas não apresentam relaxamento total, mantém a tensão, a instabilidade. Cadências conclusivas
  • 9. Cadencia perfeita Nesta cadência percebemos a finalização da frase. Ocorre quando o primeiro grau é precedido pelo seu dominante primário em final de frase, um tonalidades maiores e menores. Figura 6 – Cadência perfeita maior Fonte: Acervo do autor Cadência imperfeita Na cadência imperfeita o primeiro ou o quinto grau (ou ambos) está invertido: Figura 7 - Cadência imperfeita Fonte: Acervo do autor
  • 10. Quando o primeiro grau é precedido, preparado pelo acorde de sétimo grau (VII) figura também uma cadência imperfeita: Figura 8 - Cadência imperfeita 2 Fonte: Acervo do autor Cadência plagal A cadência plagal ocorre quando o quarto grau resolve no primeiro (IV – I), ou seja, quando o acorde subdominante é resolvido no acorde de tônica: Figura 9 - Cadência plagal Fonte: Acervo do autor Cadência picardia ou picarda
  • 11. Está é uma cadência pertencente às tonalidades menores. A resolução é por meio dos acordes de dominante e tônica, a característica desta cadência é a resolução do quinto grau no acorde homônimo maior da tônica: Figura 10 - Cadência Picardia Fonte: Acervo do autor Cadências suspensivas Cadência suspensiva ou semicadência Com caráter totalmente suspensivo, esta cadência é caracterizada pela finalização da frase sobre o acorde dominante, ou seja, a frase é finalizada com o acorde de quinto grau. Várias são as possibilidades de acordes que podem preceder o quinto grau.
  • 12. Figura 11 - Cadência suspensiva Fonte: Acervo do autor Cadência interrompida Ocorre quando o acorde de dominante é “resolvido” em qualquer acorde do campo harmônico com exceção do primeiro grau. Figura 12 - Cadência interrompida Fonte: acervo do autor Segundo cadencial primário, secundário e auxiliar A cadência perfeita é muito utilizada na música popular, assim como na música erudita. Quando a cadência perfeita (V – I) é precedida pelo segundo grau (acorde subdominante) o acorde é chamado segundo cadência, ele faz parte da cadência perfeita. O símbolo que representa o segundo cadencial é o colchete que liga o segundo grau ao quinto grau. O segundo cadência do primeiro grau é chamado de segundo cadencial primário:
  • 13. Dm G7 C II V7 I Quando o segundo grau pertence aos demais acordes do campo harmônico chamamos de segundo cadencial secundário: Si maior E____________________ B_______________ F#m G7 E F#7 B II V7/IV IV V I Já o segundo graus dos acordes de empréstimo modal são chamados de segundo grau auxiliar: Dó maior C7M Fm7 Bb7 Eb I7M V7/IIIb IIIb Resolução passageira A resolução de um acorde pertencente a uma segunda tonalidade é chamada resolução passageira. Tal resolução é identificada através da cadência. No exemplo abaixo a progressão está na tonalidade de Dó maior, porém o acorde de Sol menor com sétima menor (Gm7) é segundo
  • 14. cadencial de Fá maior com sétima maior (F7M) e Dó maior com sétima menor é a dominante de Fá maior com sétima maior (F7M), estres três acordes pertencem ao campo harmônico de Fá maior, portanto o acorde de Fá maior com sétima maior é um acorde de resolução passageira: Figura 13 - Resolução passageira Fonte: acervo do autor