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Planejando o futuro: a infraestrutura
para Salvador e região metropolitana


           José de F. Mascarenhas
         Presidente do Sistema FIEB

           Salvador, 31 de outubro de 2012
Sumário
        I. As cidades brasileiras

       II. A cidade de Salvador

       III. As soluções em curso

IV. A necessidade de uma solução global

    V. Os partidos do planejamento

          VI. Financiamento
I. As cidades brasileiras
As cidades brasileiras

• Nas últimas décadas, as cidades brasileiras vêm-se tornando um
  problema para o desenvolvimento nacional.

• As deficientes soluções urbanísticas aceleraram as perdas
  econômicas, a queda na produtividade e na qualidade de vida da
  população.


 “Poder circular com conforto e eficiência na cidade, dispor de boas
     escolas, de bons serviços de saúde, de cultura e de lazer é
          fundamental para os negócios mais avançados.”
                     Sérgio Magalhães, arquiteto
As cidades brasileiras

• Nesse contexto, a CNI buscou um urbanista nacional que
  compartilhasse a visão de que não há um problema de ordem
  específica de cada cidade, mas de ordem urbana geral.

• Ou seja, de que as cidades devam ficar a serviço do homem, onde
  todos vivam de forma pacífica e civilizada, com acesso pleno aos
  serviços públicos, e onde todos possam cumprir o seu destino com
  uma vida de qualidade.

• Era imperativo distanciar-se de um tratamento focado apenas nas
  questões do desenvolvimento dos transportes ou da
  habitação, ainda que estes sejam aspectos importantes a considerar.
As cidades brasileiras
• Pensadas em conjunto com a CNI, estas diretrizes nortearam o
  trabalho do arquiteto Sérgio Magalhães na elaboração do estudo
  “Cidades: mobilidade, habitação e escala, um chamado à
  ação”, lançado em setembro.

• O principal objetivo da CNI, com este documento, foi suscitar o debate
  e estimular a ação de todos, para que resultem em cidades melhores.

• Em resumo, podemos afirmar que o problema das cidades brasileiras é
  nacional.

• As cidades brasileiras não foram planejadas nem construídas
  para servir primordialmente às pessoas.
II. A cidade de Salvador
A cidade de Salvador

• A nossa Salvador é um caso crítico.

• A falta de planejamento e o descaso de muitos anos conduziram à
  desordem que aflige a todos, posto que se reflete nos vários
  aspectos da vida:

   no acesso ao trabalho e aos serviços públicos, na segurança
   pública, no encarecimento das habitações, na baixa oferta de
   infraestrutura, no decrescente desempenho das manifestações
   culturais e na esperança de um futuro melhor.

• Vejamos alguns indicadores da Salvador atual:
A cidade de Salvador
                   Evolução Ideb Municipal Salvador e Brasil – 2005/2011

    Ensino Fundamental I (anos iniciais)       Ensino Fundamental II (anos finais)




•   O Ideb é um indicador de qualidade da educação, cujos valores variam de
    zero a 10. O objetivo do MEC é que o Brasil alcance o Ideb 6 (média dos
    países da OCDE) para o EF I (2022) e EF II (2026).

          Fonte: Todos Pela Educação
A cidade de Salvador
                     Taxa de homicídios (em 100 mil), 2000-2010




•   No período, Salvador apresentou crescimento explosivo: de 12,9 para
    55,5 homicídios em 100 mil pessoas. No ordenamento das capitais por
    taxa de homicídio em 2010, ficou em 7º lugar (25º em 2000).

      Fonte: Todos Pela Educação
A cidade de Salvador
                        Atendimento total de água e esgoto (%)

                                        92,91
                                                                76,01




                                   Água                     Esgoto


• No ranking elaborado com dados de saneamento básico nas cem
  maiores cidades do país, Salvador ocupa a 32ª posição.

      Fonte: SNIS 2010; elaboração Instituto Trata Brasil
A cidade de Salvador


• Pesquisa1 divulgada em julho, sobre a vida em 21 capitais
  brasileiras, mostrou que, para 53% dos entrevistados, a
  qualidade de vida piorou em Salvador nos últimos cinco anos.
• Também mostrou que a mobilidade urbana é um dos pontos
  mais críticos para os soteropolitanos, cuja avaliação garantiu à
  cidade a pior pontuação entre as capitais, como pode ser
  verificado no gráfico a seguir:




       1   Proteste – Associação de Defesa do Consumidor
A cidade de Salvador
            Mobilidade: um dos aspectos mais criticados




     Avaliação da Qualidade                    BOA        SATISFATÓRIA   RUIM



Nota de zero a 100. Diversos critérios combinados.
   Fonte: Proteste – Associação de Defesa do Consumidor
A cidade de Salvador
     Tempo habitual de deslocamento para o trabalho – Salvador, 2010


                                         39,3%       Até meia hora

                      60,7%
                                                     Mais de meia hora
                                                     até mais de 2 horas



•   Quase 61% da população trabalhadora de Salvador gastam até mais de duas
    horas, diariamente, em seu percurso para o trabalho.

•   O padrão de deslocamento em Salvador é semelhante ao do Rio de Janeiro e de
    São Paulo, onde 61,6% e 66,4%, respectivamente, dispendem até mais de
    duas horas.


         Fonte: IBGE/Censo Demográfico
A cidade de Salvador
•    A frota de veículos é crescente, descolada do crescimento da população do
     município e correspondência de novos investimentos em infraestrutura.


                    Veículos1 (mil)                                                            População (milhões)
                                                                   Crescimento                                                      Crescimento
                                                                   médio anual                                                      médio anual
                                2001                   2011            (%)                             2001                 2011        (%)


    RMS2                        363,8                 705,2                 6,8                          3,2                  3,6       1,3


    Salvador                 326,1                  580,8                  5,9                          2,5                  2,7       0,8


      Fonte: IBGE (população) e Denatran(veículos); Elaboração FIEB/SDI.

      Nota: (1) Incluem automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus.
      Nota: (2) Camaçari, Candeias, Dias d`Ávila, Itaparica, Lauro de Freitas, Madre de Deus, Mata de São João, Pojuca, Salvador
       São Francisco do Conde, São Sebastião do Passé, Simões Filho e Vera Cruz
A cidade de Salvador
• Nesse capítulo, duas questões preocupam:
       A margem para crescimento do problema da mobilidade é grande:

                      Taxa de motorização de países selecionados – 2008
                                         (em veículos por 100 habitantes)




           Fonte: Ipea, com dados da Anfavea
A cidade de Salvador

• Com taxa atual de motorização inferior a de países
  desenvolvidos e em desenvolvimento, o Brasil tem margem de
  aumento de veículos.
• No período de 1998-2008, essa taxa cresceu 30,4%, ancorada
  por fatores conjunturais, em especial a popularização do
  crédito para aquisição de veículos.
• Em 2011, a taxa de motorização do Brasil chegou a 25,7 e a
  de Salvador a 21,6.
A cidade de Salvador
         A incapacidade financeira do município de Salvador para enfrentar o
grande problema dos investimentos necessários à modernização. Enquanto as
cidades do Rio de Janeiro e São Paulo investiram 10,6% e 10,5% da receita total
em 2010, respectivamente, Salvador investiu 5,6%.
                         Investimentos 2006-2010   (em R$ mil – IPCA médio de 2010)




         Fonte: Multi Cidades, 2011
A cidade de Salvador
Já as cidades de Recife e Fortaleza investiram 6,9% e 9,4% da receita
total em 2010, respectivamente; Salvador investiu 5,6%.

                   Investimentos 2006-2010   (em R$ mil – IPCA médio de 2010)




     Fonte: Multi Cidades, 2011
A cidade de Salvador
                   Salvador - Evolução dos investimentos 2006-2010
                                        (em R$ milhões – IPCA médio de 2010)




                                                        5% (média) = R$ 134 mi




•   No período, Fortaleza investiu 7,5% (R$ 228 milhões) e Recife 7,2% (R$ 166
    milhões), em média, do orçamento.

•   Em 2010, Salvador foi a 18ª cidade no ranking de investimentos, perdendo para outras
    capitais do Nordeste, como Fortaleza (R$ 324 milhões) e São Luís (R$ 205 milhões).
           Fonte: Multi Cidades, 2011
A cidade de Salvador
            Receita orçamentária per capita, 2005/2009
                               a preços correntes (R$ em mil)




Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI
A cidade de Salvador
                     Receitas e Transferências – Salvador e Fortaleza, 2011
                                               a preços correntes (R$ em mil)

MUNICÍPIO                                        SALVADOR                 FORTALEZA       Diferença SSA / FOR
Receita Orçamentária                            3.609.076.397             4.040.182.671       -431.106.274
Receita Corrente                                3.665.548.425             3.932.654.641       -267.106.216
Receita Tributária                              1.296.572.942              809.955.682        486.617.259
Receita Contribuição                             133.158.109               223.353.092        -90.194.983
Receita Patrimonial                               56.733.831               133.003.098        -76.269.268
Transf. Corrente Intergovernamental
                                                1.984.102.423             2.564.988.123       -580.885.700
(a+b+c+d)
             Transf. Intergov. da União (a)     1.065.875.717             1.342.937.839       -277.062.122
               Transf. Intergov. Estado (b)      637.026.835               783.072.987        -146.046.152
             Transf. Multigov. FUNDEB (c )       197.747.600               306.396.953        -108.649.353
Transf. Multigov. Fundeb Complementar (d)         83.452.271               132.580.344        -49.128.073
Outras receitas                                  194.981.120               201.354.646         -6.373.525




                Fonte: Ministério da Fazenda – Secretaria do Tesouro Nacional
A cidade de Salvador
•   Diante desse cenário, conclui-se que a situação atual é preocupante e não
    há razão para se supor que o futuro será melhor.
III. As soluções em curso
As soluções em curso
• Não se pode dizer que há completa omissão dos Governos em
  relação ao problema do futuro de Salvador, senão vejamos algumas
  iniciativas:

        Há o PDDU, aprovado e em execução no município, mas
   realizado em termos burocráticos e limitados, que parece mais
   destinado a cumprir obrigação legal formal do que buscar resolver
   os problemas substantivos da cidade.
As soluções em curso
     Há um iniciante metrô que deverá ser complementado com uma nova
linha para o aeroporto, planejada com o objetivo original de atender a
Copa do Mundo de 2014. Trata-se de solução de alívio a uma parte do
problema, sem conexão com uma visão geral da questão dos transportes
nos municípios da RMS.
As soluções em curso
    Há o projeto de uma ponte para ligar
Salvador a Ilha de Itaparica, cujo
propósito, bem intencionado, é buscar
uma nova saída para Salvador pelo seu
lado sudoeste e, também, abrir áreas
para habitação na ilha.

     O problema é que, se realizada, vai
trazer o tráfego do oeste e sul da Bahia
para dentro do perímetro da RMS,
gerando a necessidade de bem distribuí-
lo junto com os fluxos atuais da cidade e
região metropolitana, para que possa
constituir, de fato, uma solução e não um
problema.
As soluções em curso




    Há uma Via Portuária, em conclusão, cuja execução tardou
tanto que agora deverá servir mais ao trânsito da cidade, em
substituição ao atendimento das cargas portuárias de Salvador, pois
a tendência é que estas sejam transferidas para Aratu.
As soluções em curso




    Há uma opção à Avenida Paralela chamada de Linha Viva, cuja
viabilidade financeira ainda precisa ser estabelecida.
As soluções em curso
    Há várias obras programadas que, executadas certamente trarão benefícios
parciais à cidade, embora muitas delas dependam de viabilidade financeira para
a sua execução.

                    Contratação de projetos/obras                             Tipo de intervenção

Av. Pinto de Aguiar, inclusive corredor exclusivo de transporte coletivo   Aumento da capacidade

Av. Gal Costa, inclusive corredor exclusivo de transporte coletivo         Aumento da capacidade

Túnel de ligação Gal Costa x Via Regional                                  Implantação

Av. Orlando Gomes, inclusive corredor exclusivo de transporte coletivo     Aumento da capacidade

Av. 29 de março, inclusive corredor exclusivo de transporte coletivo       Implantação

Alça da Av. Luís Eduardo Magalhães (Retiro x BR-324 x Bonocô)              Implantação

Viadutos do Imbuí x Av. Paralela (ambos os sentidos)                       Implantação

Viaduto da Narandiba x Av. Paralela                                        Implantação




            Fonte: Governo da Bahia /Casa Civil
As soluções em curso
• Há duas questões centrais a serem levantadas
  que, resolvidas, podem proporcionar outras soluções à
  infraestrutura de Salvador e região metropolitana:



     Urbanismo – A percepção é que essas iniciativas citadas se
destinam a transferir os atuais problemas de local, adiando para o
futuro as soluções globais da trama urbana. Cuida-se de algumas
árvores, não da floresta.
    Adicionalmente, se destinam muito mais a resolver o problema dos
automóveis, e não dos transportes, pois não há um plano geral voltado
à solução da trama urbana.
As soluções em curso
      Viabilidade financeira – Para a execução das obras, como visto, a
Prefeitura tem apresentado uma capacidade média de investir R$ 134 milhões.
Já o Estado tem enormes problemas gerais, inclusive de infraestrutura, para
resolver com os 8% que seu orçamento reserva para investimentos (R$ 2,1
bilhões em 2012). Ou seja, também o Estado não será, a curto prazo, uma
fonte de recursos confiável para a viabilização de investimentos na RMS.

          Bahia – Evolução dos investimentos (2003-2010)
                                     Em %


                                                               R$ 1,35 bilhão
                                                                 é a média de
                                                                investimentos
                                                               no período (taxa
                                                                  de 6,5%).




          2003   2004   2005 2006   2007    2008 2009   2010
IV. A necessidade de uma
      solução global
A necessidade de uma solução global


• Como visto, o futuro nos espreita e nos espera. O que vamos lhe
  levar depende somente de nós mesmos.

• Não há como fugir de um novo planejamento geral dirigido a toda
  região metropolitana. Há que enlaçar Salvador, no mínimo, com
  Lauro de Freitas, Camaçari, Dias D’Ávila, Simões Filho e a Ilha de
  Itaparica, para que eles sejam parte da solução.
A necessidade de uma solução global

• Esse planejamento urbanístico responderá pela reorganização dos
  espaços, eleição das funções para as diversas áreas da cidade,
  plano geral dos transportes públicos, áreas destinadas à habitação,
  vias para os serviços, locais para equipamentos públicos e outros
  benefícios à população.

• Em qualquer hipótese, com plano ou sem plano, o custo a pagar
  pelas omissões do passado é muito alto, em termos de
  desapropriações, compensações ambientais etc, para quaisquer das
  intervenções desejadas.
A necessidade de uma solução global


• Mas, um novo plano, sem dúvida, traz enormes benefícios :

   → Execução em partes viáveis que se ajustarão e terão função
   no mosaico geral;

    → Redução do custo da infraestrutura dos serviços públicos,
   inclusive pela previsibilidade de soluções para as suas
   expansões;

    → Uso de tecnologias modernas aplicáveis às cidades
   inteligentes ou cidades sustentáveis;
A necessidade de uma solução global



→ Aporte de segurança jurídica;

→ Redução dos conflitos de interesse a expressões mais simples;

→ Redução do risco do planejamento e investimento privado;

→ Obtenção da confiança pública porque elaborado de forma
transparente, em discussão com os interessados.
V. Os partidos do planejamento
Os partidos do planejamento


• O planejamento de uma cidade deve ser elaborado com a
  audiência da comunidade a quem vai servir.
• Há importantes contribuições de associações, acadêmicos e
  profissionais que não podem deixar de ser discutidas e
  consideradas em um novo planejamento, para que seu ponto de
  partida seja uma base de estudos urbanísticos realizados e de
  projetos sociais.
Os partidos do planejamento

• Portanto, sem optar por envolvimento nas técnicas urbanísticas, é
  fundamental que haja discussões antecipadas sobre qual o partido
  básico a tomar no planejamento:

    → Densificação ou espraiamento da cidade?

    → Cidade contínua ou zonas autônomas de sobrevivência, tendo
   em vista reduzir as questões da mobilidade?

    → Outras?

• São partidos que devem ser discutidos amplamente, antes do início
  de um planejamento definitivo.
VI. Financiamento
Financiamento

• Como visto, não há viabilidade para se esperar exclusivamente dos
  poderes públicos estaduais e municipais a capacidade de executar os
  investimentos que se farão importantes à cidade:

    → Há a necessidade de criação de programas federais de
   alocação de recursos, a fundo perdido, para investimentos na
   infraestrutura das cidades, tendo como premissa a existência de
   planejamento urbanístico geral.
   → Além disso, é necessária a criação de fundos de financiamentos
   para as cidades ou mesmo reforço substantivo dos atuais, voltados à
   mobilidade.
Financiamento



→ Há também a necessidade de se entender que, somente com a
atração dos investidores privados, será possível viabilizar a construção
e modernização da cidade, a partir da criação de fundos para o
financiamento das pessoas, destinados à construção ou melhoria de
suas residências, e das empresas para a realização de obras e projetos
de maior escala de interesse da cidade.
Obrigado!
José de F. Mascarenhas
presidencia@fieb.org.br
Planejando o futuro: a infraestrutura para Salvador e região metropolitana

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Planejando o futuro: a infraestrutura para Salvador e região metropolitana

  • 1.
  • 2. Planejando o futuro: a infraestrutura para Salvador e região metropolitana José de F. Mascarenhas Presidente do Sistema FIEB Salvador, 31 de outubro de 2012
  • 3. Sumário I. As cidades brasileiras II. A cidade de Salvador III. As soluções em curso IV. A necessidade de uma solução global V. Os partidos do planejamento VI. Financiamento
  • 4. I. As cidades brasileiras
  • 5. As cidades brasileiras • Nas últimas décadas, as cidades brasileiras vêm-se tornando um problema para o desenvolvimento nacional. • As deficientes soluções urbanísticas aceleraram as perdas econômicas, a queda na produtividade e na qualidade de vida da população. “Poder circular com conforto e eficiência na cidade, dispor de boas escolas, de bons serviços de saúde, de cultura e de lazer é fundamental para os negócios mais avançados.” Sérgio Magalhães, arquiteto
  • 6. As cidades brasileiras • Nesse contexto, a CNI buscou um urbanista nacional que compartilhasse a visão de que não há um problema de ordem específica de cada cidade, mas de ordem urbana geral. • Ou seja, de que as cidades devam ficar a serviço do homem, onde todos vivam de forma pacífica e civilizada, com acesso pleno aos serviços públicos, e onde todos possam cumprir o seu destino com uma vida de qualidade. • Era imperativo distanciar-se de um tratamento focado apenas nas questões do desenvolvimento dos transportes ou da habitação, ainda que estes sejam aspectos importantes a considerar.
  • 7. As cidades brasileiras • Pensadas em conjunto com a CNI, estas diretrizes nortearam o trabalho do arquiteto Sérgio Magalhães na elaboração do estudo “Cidades: mobilidade, habitação e escala, um chamado à ação”, lançado em setembro. • O principal objetivo da CNI, com este documento, foi suscitar o debate e estimular a ação de todos, para que resultem em cidades melhores. • Em resumo, podemos afirmar que o problema das cidades brasileiras é nacional. • As cidades brasileiras não foram planejadas nem construídas para servir primordialmente às pessoas.
  • 8. II. A cidade de Salvador
  • 9. A cidade de Salvador • A nossa Salvador é um caso crítico. • A falta de planejamento e o descaso de muitos anos conduziram à desordem que aflige a todos, posto que se reflete nos vários aspectos da vida: no acesso ao trabalho e aos serviços públicos, na segurança pública, no encarecimento das habitações, na baixa oferta de infraestrutura, no decrescente desempenho das manifestações culturais e na esperança de um futuro melhor. • Vejamos alguns indicadores da Salvador atual:
  • 10. A cidade de Salvador Evolução Ideb Municipal Salvador e Brasil – 2005/2011 Ensino Fundamental I (anos iniciais) Ensino Fundamental II (anos finais) • O Ideb é um indicador de qualidade da educação, cujos valores variam de zero a 10. O objetivo do MEC é que o Brasil alcance o Ideb 6 (média dos países da OCDE) para o EF I (2022) e EF II (2026). Fonte: Todos Pela Educação
  • 11. A cidade de Salvador Taxa de homicídios (em 100 mil), 2000-2010 • No período, Salvador apresentou crescimento explosivo: de 12,9 para 55,5 homicídios em 100 mil pessoas. No ordenamento das capitais por taxa de homicídio em 2010, ficou em 7º lugar (25º em 2000). Fonte: Todos Pela Educação
  • 12. A cidade de Salvador Atendimento total de água e esgoto (%) 92,91 76,01 Água Esgoto • No ranking elaborado com dados de saneamento básico nas cem maiores cidades do país, Salvador ocupa a 32ª posição. Fonte: SNIS 2010; elaboração Instituto Trata Brasil
  • 13. A cidade de Salvador • Pesquisa1 divulgada em julho, sobre a vida em 21 capitais brasileiras, mostrou que, para 53% dos entrevistados, a qualidade de vida piorou em Salvador nos últimos cinco anos. • Também mostrou que a mobilidade urbana é um dos pontos mais críticos para os soteropolitanos, cuja avaliação garantiu à cidade a pior pontuação entre as capitais, como pode ser verificado no gráfico a seguir: 1 Proteste – Associação de Defesa do Consumidor
  • 14. A cidade de Salvador Mobilidade: um dos aspectos mais criticados Avaliação da Qualidade BOA SATISFATÓRIA RUIM Nota de zero a 100. Diversos critérios combinados. Fonte: Proteste – Associação de Defesa do Consumidor
  • 15. A cidade de Salvador Tempo habitual de deslocamento para o trabalho – Salvador, 2010 39,3% Até meia hora 60,7% Mais de meia hora até mais de 2 horas • Quase 61% da população trabalhadora de Salvador gastam até mais de duas horas, diariamente, em seu percurso para o trabalho. • O padrão de deslocamento em Salvador é semelhante ao do Rio de Janeiro e de São Paulo, onde 61,6% e 66,4%, respectivamente, dispendem até mais de duas horas. Fonte: IBGE/Censo Demográfico
  • 16. A cidade de Salvador • A frota de veículos é crescente, descolada do crescimento da população do município e correspondência de novos investimentos em infraestrutura. Veículos1 (mil) População (milhões) Crescimento Crescimento médio anual médio anual 2001 2011 (%) 2001 2011 (%) RMS2 363,8 705,2 6,8 3,2 3,6 1,3 Salvador 326,1 580,8 5,9 2,5 2,7 0,8 Fonte: IBGE (população) e Denatran(veículos); Elaboração FIEB/SDI. Nota: (1) Incluem automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. Nota: (2) Camaçari, Candeias, Dias d`Ávila, Itaparica, Lauro de Freitas, Madre de Deus, Mata de São João, Pojuca, Salvador São Francisco do Conde, São Sebastião do Passé, Simões Filho e Vera Cruz
  • 17. A cidade de Salvador • Nesse capítulo, duas questões preocupam: A margem para crescimento do problema da mobilidade é grande: Taxa de motorização de países selecionados – 2008 (em veículos por 100 habitantes) Fonte: Ipea, com dados da Anfavea
  • 18. A cidade de Salvador • Com taxa atual de motorização inferior a de países desenvolvidos e em desenvolvimento, o Brasil tem margem de aumento de veículos. • No período de 1998-2008, essa taxa cresceu 30,4%, ancorada por fatores conjunturais, em especial a popularização do crédito para aquisição de veículos. • Em 2011, a taxa de motorização do Brasil chegou a 25,7 e a de Salvador a 21,6.
  • 19. A cidade de Salvador A incapacidade financeira do município de Salvador para enfrentar o grande problema dos investimentos necessários à modernização. Enquanto as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo investiram 10,6% e 10,5% da receita total em 2010, respectivamente, Salvador investiu 5,6%. Investimentos 2006-2010 (em R$ mil – IPCA médio de 2010) Fonte: Multi Cidades, 2011
  • 20. A cidade de Salvador Já as cidades de Recife e Fortaleza investiram 6,9% e 9,4% da receita total em 2010, respectivamente; Salvador investiu 5,6%. Investimentos 2006-2010 (em R$ mil – IPCA médio de 2010) Fonte: Multi Cidades, 2011
  • 21. A cidade de Salvador Salvador - Evolução dos investimentos 2006-2010 (em R$ milhões – IPCA médio de 2010) 5% (média) = R$ 134 mi • No período, Fortaleza investiu 7,5% (R$ 228 milhões) e Recife 7,2% (R$ 166 milhões), em média, do orçamento. • Em 2010, Salvador foi a 18ª cidade no ranking de investimentos, perdendo para outras capitais do Nordeste, como Fortaleza (R$ 324 milhões) e São Luís (R$ 205 milhões). Fonte: Multi Cidades, 2011
  • 22. A cidade de Salvador Receita orçamentária per capita, 2005/2009 a preços correntes (R$ em mil) Fonte: IBGE; elaboração FIEB/SDI
  • 23. A cidade de Salvador Receitas e Transferências – Salvador e Fortaleza, 2011 a preços correntes (R$ em mil) MUNICÍPIO SALVADOR FORTALEZA Diferença SSA / FOR Receita Orçamentária 3.609.076.397 4.040.182.671 -431.106.274 Receita Corrente 3.665.548.425 3.932.654.641 -267.106.216 Receita Tributária 1.296.572.942 809.955.682 486.617.259 Receita Contribuição 133.158.109 223.353.092 -90.194.983 Receita Patrimonial 56.733.831 133.003.098 -76.269.268 Transf. Corrente Intergovernamental 1.984.102.423 2.564.988.123 -580.885.700 (a+b+c+d) Transf. Intergov. da União (a) 1.065.875.717 1.342.937.839 -277.062.122 Transf. Intergov. Estado (b) 637.026.835 783.072.987 -146.046.152 Transf. Multigov. FUNDEB (c ) 197.747.600 306.396.953 -108.649.353 Transf. Multigov. Fundeb Complementar (d) 83.452.271 132.580.344 -49.128.073 Outras receitas 194.981.120 201.354.646 -6.373.525 Fonte: Ministério da Fazenda – Secretaria do Tesouro Nacional
  • 24. A cidade de Salvador • Diante desse cenário, conclui-se que a situação atual é preocupante e não há razão para se supor que o futuro será melhor.
  • 25. III. As soluções em curso
  • 26. As soluções em curso • Não se pode dizer que há completa omissão dos Governos em relação ao problema do futuro de Salvador, senão vejamos algumas iniciativas: Há o PDDU, aprovado e em execução no município, mas realizado em termos burocráticos e limitados, que parece mais destinado a cumprir obrigação legal formal do que buscar resolver os problemas substantivos da cidade.
  • 27. As soluções em curso Há um iniciante metrô que deverá ser complementado com uma nova linha para o aeroporto, planejada com o objetivo original de atender a Copa do Mundo de 2014. Trata-se de solução de alívio a uma parte do problema, sem conexão com uma visão geral da questão dos transportes nos municípios da RMS.
  • 28. As soluções em curso Há o projeto de uma ponte para ligar Salvador a Ilha de Itaparica, cujo propósito, bem intencionado, é buscar uma nova saída para Salvador pelo seu lado sudoeste e, também, abrir áreas para habitação na ilha. O problema é que, se realizada, vai trazer o tráfego do oeste e sul da Bahia para dentro do perímetro da RMS, gerando a necessidade de bem distribuí- lo junto com os fluxos atuais da cidade e região metropolitana, para que possa constituir, de fato, uma solução e não um problema.
  • 29. As soluções em curso Há uma Via Portuária, em conclusão, cuja execução tardou tanto que agora deverá servir mais ao trânsito da cidade, em substituição ao atendimento das cargas portuárias de Salvador, pois a tendência é que estas sejam transferidas para Aratu.
  • 30. As soluções em curso Há uma opção à Avenida Paralela chamada de Linha Viva, cuja viabilidade financeira ainda precisa ser estabelecida.
  • 31. As soluções em curso Há várias obras programadas que, executadas certamente trarão benefícios parciais à cidade, embora muitas delas dependam de viabilidade financeira para a sua execução. Contratação de projetos/obras Tipo de intervenção Av. Pinto de Aguiar, inclusive corredor exclusivo de transporte coletivo Aumento da capacidade Av. Gal Costa, inclusive corredor exclusivo de transporte coletivo Aumento da capacidade Túnel de ligação Gal Costa x Via Regional Implantação Av. Orlando Gomes, inclusive corredor exclusivo de transporte coletivo Aumento da capacidade Av. 29 de março, inclusive corredor exclusivo de transporte coletivo Implantação Alça da Av. Luís Eduardo Magalhães (Retiro x BR-324 x Bonocô) Implantação Viadutos do Imbuí x Av. Paralela (ambos os sentidos) Implantação Viaduto da Narandiba x Av. Paralela Implantação Fonte: Governo da Bahia /Casa Civil
  • 32. As soluções em curso • Há duas questões centrais a serem levantadas que, resolvidas, podem proporcionar outras soluções à infraestrutura de Salvador e região metropolitana: Urbanismo – A percepção é que essas iniciativas citadas se destinam a transferir os atuais problemas de local, adiando para o futuro as soluções globais da trama urbana. Cuida-se de algumas árvores, não da floresta. Adicionalmente, se destinam muito mais a resolver o problema dos automóveis, e não dos transportes, pois não há um plano geral voltado à solução da trama urbana.
  • 33. As soluções em curso Viabilidade financeira – Para a execução das obras, como visto, a Prefeitura tem apresentado uma capacidade média de investir R$ 134 milhões. Já o Estado tem enormes problemas gerais, inclusive de infraestrutura, para resolver com os 8% que seu orçamento reserva para investimentos (R$ 2,1 bilhões em 2012). Ou seja, também o Estado não será, a curto prazo, uma fonte de recursos confiável para a viabilização de investimentos na RMS. Bahia – Evolução dos investimentos (2003-2010) Em % R$ 1,35 bilhão é a média de investimentos no período (taxa de 6,5%). 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
  • 34. IV. A necessidade de uma solução global
  • 35. A necessidade de uma solução global • Como visto, o futuro nos espreita e nos espera. O que vamos lhe levar depende somente de nós mesmos. • Não há como fugir de um novo planejamento geral dirigido a toda região metropolitana. Há que enlaçar Salvador, no mínimo, com Lauro de Freitas, Camaçari, Dias D’Ávila, Simões Filho e a Ilha de Itaparica, para que eles sejam parte da solução.
  • 36. A necessidade de uma solução global • Esse planejamento urbanístico responderá pela reorganização dos espaços, eleição das funções para as diversas áreas da cidade, plano geral dos transportes públicos, áreas destinadas à habitação, vias para os serviços, locais para equipamentos públicos e outros benefícios à população. • Em qualquer hipótese, com plano ou sem plano, o custo a pagar pelas omissões do passado é muito alto, em termos de desapropriações, compensações ambientais etc, para quaisquer das intervenções desejadas.
  • 37. A necessidade de uma solução global • Mas, um novo plano, sem dúvida, traz enormes benefícios : → Execução em partes viáveis que se ajustarão e terão função no mosaico geral; → Redução do custo da infraestrutura dos serviços públicos, inclusive pela previsibilidade de soluções para as suas expansões; → Uso de tecnologias modernas aplicáveis às cidades inteligentes ou cidades sustentáveis;
  • 38. A necessidade de uma solução global → Aporte de segurança jurídica; → Redução dos conflitos de interesse a expressões mais simples; → Redução do risco do planejamento e investimento privado; → Obtenção da confiança pública porque elaborado de forma transparente, em discussão com os interessados.
  • 39. V. Os partidos do planejamento
  • 40. Os partidos do planejamento • O planejamento de uma cidade deve ser elaborado com a audiência da comunidade a quem vai servir. • Há importantes contribuições de associações, acadêmicos e profissionais que não podem deixar de ser discutidas e consideradas em um novo planejamento, para que seu ponto de partida seja uma base de estudos urbanísticos realizados e de projetos sociais.
  • 41. Os partidos do planejamento • Portanto, sem optar por envolvimento nas técnicas urbanísticas, é fundamental que haja discussões antecipadas sobre qual o partido básico a tomar no planejamento: → Densificação ou espraiamento da cidade? → Cidade contínua ou zonas autônomas de sobrevivência, tendo em vista reduzir as questões da mobilidade? → Outras? • São partidos que devem ser discutidos amplamente, antes do início de um planejamento definitivo.
  • 43. Financiamento • Como visto, não há viabilidade para se esperar exclusivamente dos poderes públicos estaduais e municipais a capacidade de executar os investimentos que se farão importantes à cidade: → Há a necessidade de criação de programas federais de alocação de recursos, a fundo perdido, para investimentos na infraestrutura das cidades, tendo como premissa a existência de planejamento urbanístico geral. → Além disso, é necessária a criação de fundos de financiamentos para as cidades ou mesmo reforço substantivo dos atuais, voltados à mobilidade.
  • 44. Financiamento → Há também a necessidade de se entender que, somente com a atração dos investidores privados, será possível viabilizar a construção e modernização da cidade, a partir da criação de fundos para o financiamento das pessoas, destinados à construção ou melhoria de suas residências, e das empresas para a realização de obras e projetos de maior escala de interesse da cidade.
  • 45. Obrigado! José de F. Mascarenhas presidencia@fieb.org.br