Os Trabalhadores de Seguros não têm actualização salarial desde 2009.
Desde então,a redução no seu poder de compra atingiu os 7,8%, considerando apenas a evolução da inflação (1,4%, 3,8% e 2,6%, respectivamente em 2010, 2011 e 2012).
O SINAPSA apresentou uma proposta de aumento salarial de 3,6%, com efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2013, o mínimo que poderia apresentar numa situação social tão grave como a que estamos a viver.
1. SINAPSA
ACTUALIZAÇÃO DA TABELA SALARIAL EM 2013
A APS RECUSA-SE A NEGOCIAR!
Os Trabalhadores de Seguros não têm actualização salarial desde 2009.
Desde então, a redução no seu poder de compra atingiu os 7,8%, considerando apenas a evolução da inflação (1,4%, 3,8%
e 2,6%, respectivamente em 2010, 2011 e 2012).
O SINAPSA apresentou uma proposta de aumento salarial de 3,6%, com efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2013, o mínimo
que poderia apresentar numa situação social tão grave como a que estamos a viver.
A APS NEGA-SE A NEGOCIAR!
Sabemos que o sector de seguros continua a apresentar resultados positivos. Com base em dados fornecidos pelo
I.S.P. (Instituto de Seguros de Portugal), o resultado líquido global apurado no 1º semestre de 2012 atingiu os 159
milhões de euros e a taxa de cobertura da margem de solvência das empresas supervisionadas pelo I.S.P. situou-se, em
Junho de 2012, em cerca de 222%. Também na área financeira, a banca - que detém a maioria das seguradoras
portuguesas - ganhou 15 mil milhões com dívida pública em 2012, tendo valorizado em cerca de 60% a sua carteira de
dívida pública portuguesa, a mais de um ano.
Não há argumento válido para a posição da APS, reveladora de uma total insensibilidade social. Que pretende a APS?
Tentar submeter os Trabalhadores de Seguros, negando-lhes a actualização da sua Tabela Salarial e deixando-os à mercê
da vontade patronal?
Qual o objectivo?
Primeiro, inventou uma razão fictícia, à medida dos seus desejos, para retirar aos Trabalhadores de Seguros os direitos
consignados no seu CCT, desde há décadas – na sua opinião, o CCT de 2008 estava caduco. Afrontou a posição do
Ministério do Trabalho, que não lhe aceitou os argumentos. Insistiu, a APS, na sua posição, procurando levar os Sindicatos
a aceitarem as suas propostas para, na prática, tornear a posição daquele Ministério.
O SINAPSA recusou rasgar o CCT de 2008. Apresentou propostas alternativas. A APS recusou-as, pois estava determinada a
concretizar o seu plano. Mas, para isso, precisava de parceiros que lho permitissem. Encontrou-os e, para mal dos
Trabalhadores de Seguros, com aqueles subscreveu o CCT de 2012, cuja assinatura o SINAPSA recusou, e cujos nefastos
efeitos vão ser especialmente sentidos, pelos trabalhadores que a ele estão ligados, quando terminar o ano de 2013
(nomeadamente com o fim dos Prémios de Antiguidade e das Promoções Obrigatórias).
O CCT DE 2008 MANTÉM-SE EM VIGOR, em todos os seus efeitos, nos quais se insere o direito a negociar a revisão da
Tabela Salarial.
A posição da APS revela uma posição revanchista e intolerável, ao negar aos Trabalhadores de Seguros o seu direito à
actualização salarial, num momento particularmente difícil em que estes estão a ser vítimas de um brutal ataque aos seus
rendimentos de trabalho e a ser espoliados dos seus direitos sociais.
HÁ QUE RESPONDER A MAIS ESTA AFRONTA!
OS TRABALHADORES DE SEGUROS NÃO PODEM ACEITAR PASSIVAMENTE ESTE DESRESPEITO PELA
SUA DIGNIDADE, ENQUANTO PROFISSIONAIS E CIDADÃOS!
TEMOS OPORTUNIDADE DE MANIFESTAR O NOSSO DESCONTENTAMENTO E PROTESTO JÁ NO
PRÓXIMO DIA 16 DE FEVEREIRO, NA GRANDE MANIFESTAÇÃO NACIONAL, CONVOCADA PELA CGTP,
CONTRA A POLÍTICA DE AUSTERIDADE DO GOVERNO E PELO AUMENTO DOS SALÁRIOS E PENSÕES,
À QUAL O SINAPSA ADERE.