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AUTOGESTÃO
PARA ESPAÇOS ARTÍSTICOS
Imagem: Peter Brueghel (o Velho)- A queda dos anjos rebeldes. 1562. Museu Real de Belas Artes da Bélgica.
CONCEITOS
ESPAÇO AUTÔNOMO / INDEPENDENTE
Em que sentido?!
▸ Gestão / organização
▸ Independência criativa (demandas do mercado)
▸ Independência financeira (patrocínio)
CONCEITOS
ESPAÇO AUTÔNOMO / INDEPENDENTE
Em que sentido?!
▸ Gestão / organização
▸ O espaço deve buscar a auto-suficiência e a autonomia. Relações de
interdependência.
▸ Independência criativa (demandas do mercado)
▸ As relações com o mercado podem ser estratégicas.
▸ Independência financeira (patrocínio)
▸ mecenato atrelado ao marketing de empresas - além de influenciar o que será
desenvolvido no espaço, causa a dependência do espaço enquanto sucessão de
“projetos”
CONCEITOS
ARTIST-RUN SPACES
▸ Organizações de artistas (coletivo, casa, ateliê,
cooperativa, associação) que se contrapõem às
Instituições (públicas ou privadas, caráter formal, jurídico)
CONCEITOS
ARTIST-RUN SPACES
"Há o reconhecimento de que os espaços autônomos cumprem, hoje,
uma função política para o campo das artes visuais, pois oferecem uma
programação dinâmica e abrigam artistas e projetos que ainda não são
assimilados por instituições culturais maiores.
Possuímos vocações distintas e criamos arranjos diversos para a
realização de nossas atividades, mas nos reconhecemos a partir das
táticas adotadas para tentar sobreviver em um mundo com estruturas
pouco abertas à inovação ou àquilo que escapa ao padrão."
TOLEDO, Daniel (org). Indie.gestão: práticas para artistas/gestores ou como assobiar e chupar cana ao
mesmo tempo. Belo Horizonte: JA.CA, 2014.
CONCEITOS
AUTOGESTÃO
▸ Parte do princípio de que todos são capazes de
administrar seus próprios processos de trabalho. Não há
necessidade de um gestor que concentre os processos de
decisão e organização.
▸ Os produtores/participantes gerem todo o processo de
produção e distribuição, de forma coletiva e igualitária.
Todos participam das decisões administrativas em
igualdade de condições, e dividem o trabalho de forma
equilibrada.
CONCEITOS
AUTOGESTÃO
▸ Construção coletiva com liberdade individual.
▸ Colaboração e participação (trabalhar junto e fazer parte
das decisões).
▸ Não há hierarquia rígida. Existem lideranças ocasionais.
CONCEITOS
AUTOGESTÃO
▸ Perspectiva política: Emancipação do indivíduo e da sua
força de trabalho.
▸ Fundamentos – anarquismo, socialismo. Cooptação pelo
capitalismo para tornar empresas e funcionários mais
eficientes e dinâmicos, porém sem participação efetiva.
▸ Não quer dizer que todos
façam todas as tarefas juntos
ao mesmo tempo!
▸ “Autogestão” não é algo que
acontece ou funciona de
forma automática!
CONCEITOS
PARTICIPAÇÃO
▸ Todos participam do processo de tomada de decisões.
CONCEITOS
PARTICIPAÇÃO
▸ Todos participam do processo de tomada de decisões.
▸ Democracia direta com participação por voto. LIMITAÇÕES:
Minorias não tem representatividade. Influenciadores tentam
cooptar a força dos demais.
▸ Horizontalidade. LIMITAÇÕES. A busca por consenso gera
discussões intermináveis que adiam decisões. Dificuldades na
implementação de uma comunicação não violenta.
CONCEITOS
COLABORAÇÃO
▸ Trabalhar conjuntamente em função de um objetivo.
▸ Ênfase na interação entre os participantes e não na individualidade deles.
“O que não quer dizer que as capacidades distintivas de cada um devam
ser anuladas em nome do coletivo. Pelo contrário, cada pessoa contribui
para o trabalho colaborativo a partir das experiências que possui, mas a
contribuição só se torna efetiva quando se compromete com os objetivos
traçados, ou seja, na medida em que estabelece relações e conexões com
os demais, elaborando propostas concretas a partir de seu campo de
atuação.”
MOREIRA et al. Trabalho Colaborativo e em Rede com a Cultura. IN: Pensar e agir com a cultura: desafios
da gestão cultural. J. Barros, J. Junior (org). Belo Horizonte: Observatório da Diversidade Cultural, 2011.
CONCEITOS
TRABALHO COLABORATIVO EM REDE
▸ Redes – isonomia e insubordinação. Não há hierarquias,
cada especialidade colabora com o mesmo grau de
importância no processo.
▸ Liderança distribuída. Pessoas assumem a liderança e
ativam suas conexões, deixando o centro de poder assim
que o objetivo é atingido.
CONCEITOS
AUTORREGULAMENTAÇÃO
▸ Definição de princípios, bases consensuais, sob as quais o
trabalho irá acontecer.
CONCEITOS
AUTORREGULAMENTAÇÃO
▸ Definição de princípios, bases consensuais, sob as quais o
trabalho irá acontecer.
▸ Definição de diferentes níveis de atuação e responsabilidade (ex:
aprendiz, especialista, consultor)
▸ Estratégias para tomada de decisão em diferentes níveis (ex: o que
é decisão operacional pode ser decidido pelo responsável, o que é
estratégico deve ser decidido em assembleia geral)
▸ Formas de decisão: voto, consenso, etc.
▸ Não existem soluções
mágicas!
▸ Aprendemos com nossas
tentativas e com as
experiências dos outros!
CONTRIBUIÇÕES DO WORKSHOP
OBJETIVOS
▸ Formação para que os espaços tenham clareza dos seus
objetivos e visualização do contexto.
▸ Formação em ferramentas, metodologias que facilitam os
processos de gestão.
▸ Identificação das competências e insuficiências da equipe,
buscando estratégias para suprir necessidades específicas
e pontuais.
CONTRIBUIÇÕES DO WORKSHOP
CLAREZA / VISUALIZAÇÃO
▸ o que fazemos
▸ nosso “modelo de negócios” ou de operação
▸ quem são nossos stakeholders*
▸ qual é nosso mercado / público
▸ nossa relação com o cenário / contexto / mercado
▸ definição de estratégias
▸ planejamento estratégico
CONSIDERAÇÕES SOBRE A GESTÃO DE ESPAÇOS ARTÍSTICOS
ARTE X BUSINESS
▸ Adaptação da linguagem e de metodologias dos
negócios, especialmente de Economia Criativa e Inovação,
para o meio cultural.
▸ Apropriação crítica de termos e métodos da administração
e inovação. Utilização da linguagem “business" de forma
antropofágica!
CONSIDERAÇÕES SOBRE A GESTÃO DE ESPAÇOS ARTÍSTICOS
ARTE X BUSINESS Segmentos de ClientesRelacionamento
com Clientes
Canais
Fontes de Receita
Atividades-Chave
Recursos Principais
Estrutura de Custos
Parcerias Principais Propostas de Valor
Canvas do Modelo de Negócios
Criado para: Criado por: Dia Mês Ano
Nº
Em:
Revisão:
0800 570 0800 | www.sebraemg.com.br
CONSIDERAÇÕES SOBRE A GESTÃO DE ESPAÇOS ARTÍSTICOS
MARKETING
▸ Marketing cultural por meio de concessão de patrocínio.
Quando é interessante emprestar sua imagem a uma empresa?
▸ Particularidades do marketing na cultura: a produção artística
não é orientada ao mercado. Liberdade criativa.
▸ Definindo, conhecendo e adequando as atividades ao público.
▸ As atividades que geram receita para seu espaço devem
buscar uma compatibilidade entre a identidade do espaço e o
interesse de segmentos do público.
CONSIDERAÇÕES SOBRE A GESTÃO DE ESPAÇOS ARTÍSTICOS
▸ Trello
(Kanban
Board)
FERRAMENTAS DE ORGANIZAÇÃO
CONSIDERAÇÕES SOBRE A GESTÃO DE ESPAÇOS ARTÍSTICOS
▸ Slack
FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO
CONTRIBUIÇÕES DO WORKSHOP
QUESTÕES
▸ como agregar mais pessoas à equipe
▸ como preencher funções que ninguém quer fazer
▸ como agregar pessoas que querem somente utilizar o espaço ao
grupo de gestão permanente
▸ qual a vantagem de participar do grupo de gestão permanente, se o
espaço está sempre aberto a iniciativas/eventos pontuais
▸ como agregar mais mulheres ao grupo de gestão permanente
▸ como manter o relacionamento/vínculo com colaboradores que já
passaram pelo espaço
?
CONSIDERAÇÕES SOBRE A GESTÃO DE ESPAÇOS ARTÍSTICOS
EQUIPE
▸ Divisão/compartilhamento de tarefas e responsabilidades.
▸ Engajamento: Qual a proposta de benefício/valor que cada
participante leva e aproveita?
▸ Cada um tem que ter clareza do seu papel e do andamento das
atividades como um todo. Usar ferramentas para comunicação e
visualização.
▸ Aproveitamento das habilidades e competências da equipe,
buscando novos conhecimentos e agregando participações
pontuais. Nunca perder a autonomia na relação da missão daquele
espaço.
REFERÊNCIAS
▸ Piseagrama – Autogestão
▸ JA.CA - Indie.gestão: práticas para artistas/gestores ou
como assobiar e chupar cana ao mesmo tempo
▸ SEBRAE - Guia Essencial para Novos Empreendedores - 3
Modelagem e Proposta de Valor / 4 Implementação
▸ Strategyzer - Business Model Generation / Value
Proposition Design
▸ Scrum: a arte de fazer o dobro do trabalho na metade do
tempo - Jeff Sutherland
OBRIGADA!
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Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 

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Abril 2017

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Autogestão para Espaços Artísticos

  • 1. AUTOGESTÃO PARA ESPAÇOS ARTÍSTICOS Imagem: Peter Brueghel (o Velho)- A queda dos anjos rebeldes. 1562. Museu Real de Belas Artes da Bélgica.
  • 2. CONCEITOS ESPAÇO AUTÔNOMO / INDEPENDENTE Em que sentido?! ▸ Gestão / organização ▸ Independência criativa (demandas do mercado) ▸ Independência financeira (patrocínio)
  • 3. CONCEITOS ESPAÇO AUTÔNOMO / INDEPENDENTE Em que sentido?! ▸ Gestão / organização ▸ O espaço deve buscar a auto-suficiência e a autonomia. Relações de interdependência. ▸ Independência criativa (demandas do mercado) ▸ As relações com o mercado podem ser estratégicas. ▸ Independência financeira (patrocínio) ▸ mecenato atrelado ao marketing de empresas - além de influenciar o que será desenvolvido no espaço, causa a dependência do espaço enquanto sucessão de “projetos”
  • 4. CONCEITOS ARTIST-RUN SPACES ▸ Organizações de artistas (coletivo, casa, ateliê, cooperativa, associação) que se contrapõem às Instituições (públicas ou privadas, caráter formal, jurídico)
  • 5. CONCEITOS ARTIST-RUN SPACES "Há o reconhecimento de que os espaços autônomos cumprem, hoje, uma função política para o campo das artes visuais, pois oferecem uma programação dinâmica e abrigam artistas e projetos que ainda não são assimilados por instituições culturais maiores. Possuímos vocações distintas e criamos arranjos diversos para a realização de nossas atividades, mas nos reconhecemos a partir das táticas adotadas para tentar sobreviver em um mundo com estruturas pouco abertas à inovação ou àquilo que escapa ao padrão." TOLEDO, Daniel (org). Indie.gestão: práticas para artistas/gestores ou como assobiar e chupar cana ao mesmo tempo. Belo Horizonte: JA.CA, 2014.
  • 6. CONCEITOS AUTOGESTÃO ▸ Parte do princípio de que todos são capazes de administrar seus próprios processos de trabalho. Não há necessidade de um gestor que concentre os processos de decisão e organização. ▸ Os produtores/participantes gerem todo o processo de produção e distribuição, de forma coletiva e igualitária. Todos participam das decisões administrativas em igualdade de condições, e dividem o trabalho de forma equilibrada.
  • 7. CONCEITOS AUTOGESTÃO ▸ Construção coletiva com liberdade individual. ▸ Colaboração e participação (trabalhar junto e fazer parte das decisões). ▸ Não há hierarquia rígida. Existem lideranças ocasionais.
  • 8. CONCEITOS AUTOGESTÃO ▸ Perspectiva política: Emancipação do indivíduo e da sua força de trabalho. ▸ Fundamentos – anarquismo, socialismo. Cooptação pelo capitalismo para tornar empresas e funcionários mais eficientes e dinâmicos, porém sem participação efetiva.
  • 9. ▸ Não quer dizer que todos façam todas as tarefas juntos ao mesmo tempo! ▸ “Autogestão” não é algo que acontece ou funciona de forma automática!
  • 10. CONCEITOS PARTICIPAÇÃO ▸ Todos participam do processo de tomada de decisões.
  • 11. CONCEITOS PARTICIPAÇÃO ▸ Todos participam do processo de tomada de decisões. ▸ Democracia direta com participação por voto. LIMITAÇÕES: Minorias não tem representatividade. Influenciadores tentam cooptar a força dos demais. ▸ Horizontalidade. LIMITAÇÕES. A busca por consenso gera discussões intermináveis que adiam decisões. Dificuldades na implementação de uma comunicação não violenta.
  • 12. CONCEITOS COLABORAÇÃO ▸ Trabalhar conjuntamente em função de um objetivo. ▸ Ênfase na interação entre os participantes e não na individualidade deles. “O que não quer dizer que as capacidades distintivas de cada um devam ser anuladas em nome do coletivo. Pelo contrário, cada pessoa contribui para o trabalho colaborativo a partir das experiências que possui, mas a contribuição só se torna efetiva quando se compromete com os objetivos traçados, ou seja, na medida em que estabelece relações e conexões com os demais, elaborando propostas concretas a partir de seu campo de atuação.” MOREIRA et al. Trabalho Colaborativo e em Rede com a Cultura. IN: Pensar e agir com a cultura: desafios da gestão cultural. J. Barros, J. Junior (org). Belo Horizonte: Observatório da Diversidade Cultural, 2011.
  • 13. CONCEITOS TRABALHO COLABORATIVO EM REDE ▸ Redes – isonomia e insubordinação. Não há hierarquias, cada especialidade colabora com o mesmo grau de importância no processo. ▸ Liderança distribuída. Pessoas assumem a liderança e ativam suas conexões, deixando o centro de poder assim que o objetivo é atingido.
  • 14. CONCEITOS AUTORREGULAMENTAÇÃO ▸ Definição de princípios, bases consensuais, sob as quais o trabalho irá acontecer.
  • 15. CONCEITOS AUTORREGULAMENTAÇÃO ▸ Definição de princípios, bases consensuais, sob as quais o trabalho irá acontecer. ▸ Definição de diferentes níveis de atuação e responsabilidade (ex: aprendiz, especialista, consultor) ▸ Estratégias para tomada de decisão em diferentes níveis (ex: o que é decisão operacional pode ser decidido pelo responsável, o que é estratégico deve ser decidido em assembleia geral) ▸ Formas de decisão: voto, consenso, etc.
  • 16. ▸ Não existem soluções mágicas! ▸ Aprendemos com nossas tentativas e com as experiências dos outros!
  • 17. CONTRIBUIÇÕES DO WORKSHOP OBJETIVOS ▸ Formação para que os espaços tenham clareza dos seus objetivos e visualização do contexto. ▸ Formação em ferramentas, metodologias que facilitam os processos de gestão. ▸ Identificação das competências e insuficiências da equipe, buscando estratégias para suprir necessidades específicas e pontuais.
  • 18. CONTRIBUIÇÕES DO WORKSHOP CLAREZA / VISUALIZAÇÃO ▸ o que fazemos ▸ nosso “modelo de negócios” ou de operação ▸ quem são nossos stakeholders* ▸ qual é nosso mercado / público ▸ nossa relação com o cenário / contexto / mercado
  • 19. ▸ definição de estratégias ▸ planejamento estratégico
  • 20. CONSIDERAÇÕES SOBRE A GESTÃO DE ESPAÇOS ARTÍSTICOS ARTE X BUSINESS ▸ Adaptação da linguagem e de metodologias dos negócios, especialmente de Economia Criativa e Inovação, para o meio cultural. ▸ Apropriação crítica de termos e métodos da administração e inovação. Utilização da linguagem “business" de forma antropofágica!
  • 21. CONSIDERAÇÕES SOBRE A GESTÃO DE ESPAÇOS ARTÍSTICOS ARTE X BUSINESS Segmentos de ClientesRelacionamento com Clientes Canais Fontes de Receita Atividades-Chave Recursos Principais Estrutura de Custos Parcerias Principais Propostas de Valor Canvas do Modelo de Negócios Criado para: Criado por: Dia Mês Ano Nº Em: Revisão: 0800 570 0800 | www.sebraemg.com.br
  • 22. CONSIDERAÇÕES SOBRE A GESTÃO DE ESPAÇOS ARTÍSTICOS MARKETING ▸ Marketing cultural por meio de concessão de patrocínio. Quando é interessante emprestar sua imagem a uma empresa? ▸ Particularidades do marketing na cultura: a produção artística não é orientada ao mercado. Liberdade criativa. ▸ Definindo, conhecendo e adequando as atividades ao público. ▸ As atividades que geram receita para seu espaço devem buscar uma compatibilidade entre a identidade do espaço e o interesse de segmentos do público.
  • 23. CONSIDERAÇÕES SOBRE A GESTÃO DE ESPAÇOS ARTÍSTICOS ▸ Trello (Kanban Board) FERRAMENTAS DE ORGANIZAÇÃO
  • 24. CONSIDERAÇÕES SOBRE A GESTÃO DE ESPAÇOS ARTÍSTICOS ▸ Slack FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO
  • 25. CONTRIBUIÇÕES DO WORKSHOP QUESTÕES ▸ como agregar mais pessoas à equipe ▸ como preencher funções que ninguém quer fazer ▸ como agregar pessoas que querem somente utilizar o espaço ao grupo de gestão permanente ▸ qual a vantagem de participar do grupo de gestão permanente, se o espaço está sempre aberto a iniciativas/eventos pontuais ▸ como agregar mais mulheres ao grupo de gestão permanente ▸ como manter o relacionamento/vínculo com colaboradores que já passaram pelo espaço ?
  • 26. CONSIDERAÇÕES SOBRE A GESTÃO DE ESPAÇOS ARTÍSTICOS EQUIPE ▸ Divisão/compartilhamento de tarefas e responsabilidades. ▸ Engajamento: Qual a proposta de benefício/valor que cada participante leva e aproveita? ▸ Cada um tem que ter clareza do seu papel e do andamento das atividades como um todo. Usar ferramentas para comunicação e visualização. ▸ Aproveitamento das habilidades e competências da equipe, buscando novos conhecimentos e agregando participações pontuais. Nunca perder a autonomia na relação da missão daquele espaço.
  • 27. REFERÊNCIAS ▸ Piseagrama – Autogestão ▸ JA.CA - Indie.gestão: práticas para artistas/gestores ou como assobiar e chupar cana ao mesmo tempo ▸ SEBRAE - Guia Essencial para Novos Empreendedores - 3 Modelagem e Proposta de Valor / 4 Implementação ▸ Strategyzer - Business Model Generation / Value Proposition Design ▸ Scrum: a arte de fazer o dobro do trabalho na metade do tempo - Jeff Sutherland