Esta apresentação foi usada no primeiro workshop de autogestão para espaços artísticos, no Emerge Lab, em Belo Horizonte. Contém os tópicos abordados, reflexões e referências. A pesquisa relacionada ao tema está atualmente em curso!
2. CONCEITOS
ESPAÇO AUTÔNOMO / INDEPENDENTE
Em que sentido?!
▸ Gestão / organização
▸ Independência criativa (demandas do mercado)
▸ Independência financeira (patrocínio)
3. CONCEITOS
ESPAÇO AUTÔNOMO / INDEPENDENTE
Em que sentido?!
▸ Gestão / organização
▸ O espaço deve buscar a auto-suficiência e a autonomia. Relações de
interdependência.
▸ Independência criativa (demandas do mercado)
▸ As relações com o mercado podem ser estratégicas.
▸ Independência financeira (patrocínio)
▸ mecenato atrelado ao marketing de empresas - além de influenciar o que será
desenvolvido no espaço, causa a dependência do espaço enquanto sucessão de
“projetos”
4. CONCEITOS
ARTIST-RUN SPACES
▸ Organizações de artistas (coletivo, casa, ateliê,
cooperativa, associação) que se contrapõem às
Instituições (públicas ou privadas, caráter formal, jurídico)
5. CONCEITOS
ARTIST-RUN SPACES
"Há o reconhecimento de que os espaços autônomos cumprem, hoje,
uma função política para o campo das artes visuais, pois oferecem uma
programação dinâmica e abrigam artistas e projetos que ainda não são
assimilados por instituições culturais maiores.
Possuímos vocações distintas e criamos arranjos diversos para a
realização de nossas atividades, mas nos reconhecemos a partir das
táticas adotadas para tentar sobreviver em um mundo com estruturas
pouco abertas à inovação ou àquilo que escapa ao padrão."
TOLEDO, Daniel (org). Indie.gestão: práticas para artistas/gestores ou como assobiar e chupar cana ao
mesmo tempo. Belo Horizonte: JA.CA, 2014.
6. CONCEITOS
AUTOGESTÃO
▸ Parte do princípio de que todos são capazes de
administrar seus próprios processos de trabalho. Não há
necessidade de um gestor que concentre os processos de
decisão e organização.
▸ Os produtores/participantes gerem todo o processo de
produção e distribuição, de forma coletiva e igualitária.
Todos participam das decisões administrativas em
igualdade de condições, e dividem o trabalho de forma
equilibrada.
7. CONCEITOS
AUTOGESTÃO
▸ Construção coletiva com liberdade individual.
▸ Colaboração e participação (trabalhar junto e fazer parte
das decisões).
▸ Não há hierarquia rígida. Existem lideranças ocasionais.
8. CONCEITOS
AUTOGESTÃO
▸ Perspectiva política: Emancipação do indivíduo e da sua
força de trabalho.
▸ Fundamentos – anarquismo, socialismo. Cooptação pelo
capitalismo para tornar empresas e funcionários mais
eficientes e dinâmicos, porém sem participação efetiva.
9. ▸ Não quer dizer que todos
façam todas as tarefas juntos
ao mesmo tempo!
▸ “Autogestão” não é algo que
acontece ou funciona de
forma automática!
11. CONCEITOS
PARTICIPAÇÃO
▸ Todos participam do processo de tomada de decisões.
▸ Democracia direta com participação por voto. LIMITAÇÕES:
Minorias não tem representatividade. Influenciadores tentam
cooptar a força dos demais.
▸ Horizontalidade. LIMITAÇÕES. A busca por consenso gera
discussões intermináveis que adiam decisões. Dificuldades na
implementação de uma comunicação não violenta.
12. CONCEITOS
COLABORAÇÃO
▸ Trabalhar conjuntamente em função de um objetivo.
▸ Ênfase na interação entre os participantes e não na individualidade deles.
“O que não quer dizer que as capacidades distintivas de cada um devam
ser anuladas em nome do coletivo. Pelo contrário, cada pessoa contribui
para o trabalho colaborativo a partir das experiências que possui, mas a
contribuição só se torna efetiva quando se compromete com os objetivos
traçados, ou seja, na medida em que estabelece relações e conexões com
os demais, elaborando propostas concretas a partir de seu campo de
atuação.”
MOREIRA et al. Trabalho Colaborativo e em Rede com a Cultura. IN: Pensar e agir com a cultura: desafios
da gestão cultural. J. Barros, J. Junior (org). Belo Horizonte: Observatório da Diversidade Cultural, 2011.
13. CONCEITOS
TRABALHO COLABORATIVO EM REDE
▸ Redes – isonomia e insubordinação. Não há hierarquias,
cada especialidade colabora com o mesmo grau de
importância no processo.
▸ Liderança distribuída. Pessoas assumem a liderança e
ativam suas conexões, deixando o centro de poder assim
que o objetivo é atingido.
15. CONCEITOS
AUTORREGULAMENTAÇÃO
▸ Definição de princípios, bases consensuais, sob as quais o
trabalho irá acontecer.
▸ Definição de diferentes níveis de atuação e responsabilidade (ex:
aprendiz, especialista, consultor)
▸ Estratégias para tomada de decisão em diferentes níveis (ex: o que
é decisão operacional pode ser decidido pelo responsável, o que é
estratégico deve ser decidido em assembleia geral)
▸ Formas de decisão: voto, consenso, etc.
16. ▸ Não existem soluções
mágicas!
▸ Aprendemos com nossas
tentativas e com as
experiências dos outros!
17. CONTRIBUIÇÕES DO WORKSHOP
OBJETIVOS
▸ Formação para que os espaços tenham clareza dos seus
objetivos e visualização do contexto.
▸ Formação em ferramentas, metodologias que facilitam os
processos de gestão.
▸ Identificação das competências e insuficiências da equipe,
buscando estratégias para suprir necessidades específicas
e pontuais.
18. CONTRIBUIÇÕES DO WORKSHOP
CLAREZA / VISUALIZAÇÃO
▸ o que fazemos
▸ nosso “modelo de negócios” ou de operação
▸ quem são nossos stakeholders*
▸ qual é nosso mercado / público
▸ nossa relação com o cenário / contexto / mercado
19. ▸ definição de estratégias
▸ planejamento estratégico
20. CONSIDERAÇÕES SOBRE A GESTÃO DE ESPAÇOS ARTÍSTICOS
ARTE X BUSINESS
▸ Adaptação da linguagem e de metodologias dos
negócios, especialmente de Economia Criativa e Inovação,
para o meio cultural.
▸ Apropriação crítica de termos e métodos da administração
e inovação. Utilização da linguagem “business" de forma
antropofágica!
21. CONSIDERAÇÕES SOBRE A GESTÃO DE ESPAÇOS ARTÍSTICOS
ARTE X BUSINESS Segmentos de ClientesRelacionamento
com Clientes
Canais
Fontes de Receita
Atividades-Chave
Recursos Principais
Estrutura de Custos
Parcerias Principais Propostas de Valor
Canvas do Modelo de Negócios
Criado para: Criado por: Dia Mês Ano
Nº
Em:
Revisão:
0800 570 0800 | www.sebraemg.com.br
22. CONSIDERAÇÕES SOBRE A GESTÃO DE ESPAÇOS ARTÍSTICOS
MARKETING
▸ Marketing cultural por meio de concessão de patrocínio.
Quando é interessante emprestar sua imagem a uma empresa?
▸ Particularidades do marketing na cultura: a produção artística
não é orientada ao mercado. Liberdade criativa.
▸ Definindo, conhecendo e adequando as atividades ao público.
▸ As atividades que geram receita para seu espaço devem
buscar uma compatibilidade entre a identidade do espaço e o
interesse de segmentos do público.
23. CONSIDERAÇÕES SOBRE A GESTÃO DE ESPAÇOS ARTÍSTICOS
▸ Trello
(Kanban
Board)
FERRAMENTAS DE ORGANIZAÇÃO
24. CONSIDERAÇÕES SOBRE A GESTÃO DE ESPAÇOS ARTÍSTICOS
▸ Slack
FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO
25. CONTRIBUIÇÕES DO WORKSHOP
QUESTÕES
▸ como agregar mais pessoas à equipe
▸ como preencher funções que ninguém quer fazer
▸ como agregar pessoas que querem somente utilizar o espaço ao
grupo de gestão permanente
▸ qual a vantagem de participar do grupo de gestão permanente, se o
espaço está sempre aberto a iniciativas/eventos pontuais
▸ como agregar mais mulheres ao grupo de gestão permanente
▸ como manter o relacionamento/vínculo com colaboradores que já
passaram pelo espaço
?
26. CONSIDERAÇÕES SOBRE A GESTÃO DE ESPAÇOS ARTÍSTICOS
EQUIPE
▸ Divisão/compartilhamento de tarefas e responsabilidades.
▸ Engajamento: Qual a proposta de benefício/valor que cada
participante leva e aproveita?
▸ Cada um tem que ter clareza do seu papel e do andamento das
atividades como um todo. Usar ferramentas para comunicação e
visualização.
▸ Aproveitamento das habilidades e competências da equipe,
buscando novos conhecimentos e agregando participações
pontuais. Nunca perder a autonomia na relação da missão daquele
espaço.
27. REFERÊNCIAS
▸ Piseagrama – Autogestão
▸ JA.CA - Indie.gestão: práticas para artistas/gestores ou
como assobiar e chupar cana ao mesmo tempo
▸ SEBRAE - Guia Essencial para Novos Empreendedores - 3
Modelagem e Proposta de Valor / 4 Implementação
▸ Strategyzer - Business Model Generation / Value
Proposition Design
▸ Scrum: a arte de fazer o dobro do trabalho na metade do
tempo - Jeff Sutherland