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ROBSON HENRIQUE DA SILVA
QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE SOJA SOB
DIFERENTES ESPAÇAMENTOS E ÉPOCAS DE DESSECAÇÃO
Alta Floresta - MT
2014
ESTADO DE MATO GROSSO
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ALTA FLORESTA
Departamento de Agronomia
ROBSON HENRIQUE DA SILVA
QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE SOJA SOB
DIFERENTES ESPAÇAMENTOS E ÉPOCAS DE DESSECAÇÃO
Monografia apresentada ao Curso de Agronomia,
Universidade do Estado de Mato Grosso, como requisito
para obtenção do título de Engenheiro Agrônomo.
Orientador: Marco Antônio Camillo de Carvalho
Alta Floresta - MT
2014
Dedico a minha mãe Maria Lucia da Silva, ao meu pai
Jose Domingos Vargas, meus irmãos Juan e Tulio e a
minha querida avó Lurdes.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por atuar sempre em minha vida, me proporcionando
novos caminhos e quebrando barreiras em meio as dificuldades.
Agradeço ao Prof. Dr. Marco Antônio Camillo de Carvalho, pela amizade,
orientação, paciência e dedicação para o aperfeiçoamento e conclusão desse
trabalho.
Agradeço aos meus familiares em nome da minha querida prima
Rosangela Ferreira pelo apoio e incentivo.
Agradeço aos meus amigos, Carlos José Cardozo, Guilherme Carpi,
Carlos Eduardo Bilieri, Cleverson Meurer Gomes, Patrick Tizo, Higor Loures, Tiago
Paulo, Lucas Barella, Mariely Lopes, Claudia Soares, Eduardo Ferreira, Luan
Traspadini, Arthur Panosso, Felipe Moro e Talison Felipe pelo apoio e auxílio tanto
na vida acadêmica quanto pessoal e todos aqueles que influenciaram de alguma
forma em minha formação.
Agradeço a todos os profissionais da UNEMAT, em especial aos
professores pela dedicação, carinho e conhecimento transmitido.
QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE SOJA SOB DIFERENTES
ESPAÇAMENTOS E ÉPOCAS DE DESSECAÇÃO
RESUMO – A qualidade fisiológica é influenciada pelo ambiente em que as
sementes se formaram e pelas condições de colheita, secagem, beneficiamento e
armazenamento. O presente estudo foi realizado com o objetivo de avaliar a
qualidade fisiológica de sementes produzidas por cultivares sob diferentes
espaçamentos de cultivo e épocas de dessecação, no município de Alta Floresta -
MT. Para determinação da qualidade fisiológica, as sementes foram submetidas aos
testes de germinação, índice de velocidade de germinação, envelhecimento
acelerado e emergência a campo. O delineamento experimental utilizado foi o
inteiramente casualizado e os tratamentos foram constituídos pela combinação de
quatro cultivares de soja (M - 9144, TMG - 132, TMG - 133 e M - 8766), dois
espaçamentos entre linhas (0,30 e 0,60 m) e duas épocas (estádios) de dessecação
das plantas no campo (R6 e R8), com quatro repetições cada. Houve diferença na
qualidade fisiológica das sementes devido ao espaçamento utilizado, aonde a
plantas cultivadas com espaçamento de 30 cm tiveram melhor qualidade de graos.
Os dois estádios de dessecação influenciaram na qualidade fisiológica das cultivares
de soja, sendo que a melhor época de dessecação obtida no R6. A cultivar TMG –
133 apresentou melhor qualidade de grãos nos dois espaçamentos e nas duas
épocas de dessecação. As cultivares M- 9144 e TMG - 132 são inapropriadas para a
produção de sementes na região devido sua baixa qualidade fisiologica de
sementes.
Palavras-chave: Glycine max, envelhecimento acelerado, velocidade de
germinação.
PHYSIOLOGICAL QUALITY OF SOYBEAN SEEDS AFFECTED BY CROPPING
SPACES AND TIMES OF BURN-DOWN
ABSTRACT –. Physiological quality is influenced by the environment in which the
seeds were formed and the conditions for harvesting, drying, processing and storage.
The present study was conducted to objective of evaluating the physiological quality
of seeds produced by soybean cultivars under different spacing and desiccation
times in the city of Alta Floresta - MT. To determine the physiological quality seeds
were submitted to the germination, germination velocity index, accelerated aging and
emergency field tests. The experimental design utilized was entirely randomized and
treatments were constituted by combination that had a field of four soybean cultivars
(M - 9144, TMG - 132, TMG - 133 and M - 8766), two row spacings (0, 30 and 0.60
m) and two times (stages) of desiccation of plants in the field (R6 and R8), with four
replications. there was difference in seed quality due to the spacing used, where the
plants grown at a spacing of 30 cm had better quality grains. The two stadia of
desiccation influence the physiological quality of soybean cultivars, and the best time
of desiccation obtained in R6 .The cultivar TMG - 133 showed better grain quality in
both spacing and in two periods of desiccation. Cultivars M-9144 and TMG - 132 are
inappropriate for seed production in the region due to its low physiological quality of
seeds.
Keywords: Glycine max, accelerated aging, speed germination.
LISTA DE TABELAS
Página
1 Valores médios para o teste de germinação de sementes de soja,
mostrando o comportamento de cultivar dentro da combinação época de
dessecamento x espaçamento. Alta Floresta (2014)..................................... 24
2 Valores médios para o teste de germinação para sementes de soja,
mostrando o comportamento de Dessecação dentro da combinação
Cultivar x Espaçamento. Alta Floresta (2014)............................................... 24
3 Valores médios para o teste de germinação para sementes de soja,
mostrando o comportamento de espaçamento dentro de cada nível de:
Cultivar x Dessecação. Alta Floresta (2014)................................................... 25
4 Valores médios para o teste de IVG para sementes de soja, mostrando o
comportamento de cultivar dentro da combinação época de dessecamento
x espaçamento. Alta Floresta (2014).............................................................. 26
5 Valores médios para o teste de IVG para sementes de soja, mostrando o
comportamento de Dessecação dentro da combinação Cultivar x
Espaçamento. Alta Floresta (2014)................................................................ 27
6 Valores médios para o teste de IVG para sementes de soja, mostrando o
comportamento de espaçamento dentro de cada nível de: Cultivar x
Dessecação. Alta Floresta (2014). ................................................................. 27
7 Valores médios para o teste de envelhecimento para sementes de soja,
mostrando o comportamento de cultivar dentro da combinação época de
dessecamento x espaçamento. Alta Floresta (2014)..................................... 28
8 Valores médios para o teste de envelhecimento para sementes de soja,
mostrando o comportamento de Dessecação dentro da combinação
Cultivar x Espaçamento. Alta Floresta (2014)............................................... 29
9 Valores médios para o teste de envelhecimento para sementes de soja,
mostrando o comportamento de espaçamento dentro de cada nível de:
Cultivar x Dessecação. Alta Floresta (2014)................................................... 29
10 Valores médios para o teste de Emergência a Campo para sementes de
soja, mostrando o comportamento de cultivar dentro da combinação época
de dessecamento x espaçamento. Alta Floresta (2014)................................ 30
11 Valores médios para o teste de Emergência a Campo para sementes de
soja, mostrando o comportamento de Dessecação dentro da combinação
Cultivar x Espaçamento. Alta Floresta (2014)............................................... 31
12 Valores médios para o teste de Emergência a Campo para sementes de
soja, mostrando o comportamento de espaçamento dentro de cada nível
de: Cultivar x Dessecação. Alta Floresta (2014)............................................. 31
13 Valores médios para o teste de IVE para sementes de soja, mostrando o
comportamento de cultivar dentro da combinação época de dessecamento
x espaçamento. Alta Floresta (2014).............................................................. 32
14 Valores médios para o teste de IVE para sementes de soja, mostrando o
comportamento de Dessecação dentro da combinação Cultivar x
Espaçamento. Alta Floresta (2014)................................................................ 33
15 Valores médios para o teste de I V E para sementes de soja, mostrando o
comportamento de espaçamento dentro de cada nível de: Cultivar x
Dessecação. Alta Floresta (2014)................................................................... 33
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................10
2 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................13
2.1 A Cultura da Soja ................................................................................................13
2.2 Qualidade das Sementes ....................................................................................14
2.3 Vigor de Sementes..............................................................................................15
2.4 Testes de Germinação de Sementes ..................................................................16
2.5 Métodos para Testar o Vigor das Sementes .......................................................17
3 MATERIAL E MÉTODOS .....................................................................................20
3.1. Área de Estudo...................................................................................................20
3.2. Procedimentos Metodológicos ...........................................................................20
3.2.1 Delineamento Experimental e Tratamentos .....................................................20
3.2.2 Métodos............................................................................................................21
3.2.3 Análise Estatística ............................................................................................22
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO.............................................................................23
4.1 Germinação.........................................................................................................23
4.2 Índice de Velocidade de Germinação - IVG .....................................................26
4.3 Envelhecimentos Acelerado................................................................................28
4.4 Emergência de sementes a Campo .................................................................30
4.5 Índice de Velocidade de Emergência - IVE ......................................................32
5. CONCLUSÕES.....................................................................................................34
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................35
10
1 INTRODUÇÃO
A cultura da soja foi introduzida no Brasil em 1882, na Bahia, tendo
apresentado evolução mais expressiva a partir do final da década de 40, século XX,
quando cerca de 18.000 toneladas foram produzidas no Rio Grande do Sul e
representaram a primeira exportação de soja (MARCOS FILHO et al., 1982). Desde
então, ocorreu o crescimento gradual da área cultivada, produtividade e,
consequentemente, da produção nacional. Entretanto, a soja trata-se de uma cultura
que, a exemplo de inúmeras outras utilizadas na alimentação humana e animal,
apresenta diversos problemas quanto à obtenção de sementes de alta qualidade
para uma boa produtividade (CHRISTENSEM e KAUFMAN, 1969; NEERGAARD,
1977; DHINGRA, 1985 e WETZEL, 1987). A garantia de melhor desempenho da
soja depende, fundamentalmente, da qualidade das suas sementes utilizadas no
plantio. De nada adianta adotar as melhores tecnologias sem contar com sementes
vigorosas e isentas de doenças (YORINORI, 1988).
O cultivo de soja está em constante expansão. Na safra 2013/14 a
produtividade de grãos foi de 86.052,2 mil toneladas, representando um incremento
de 5,6% em relação à safra 2012/13, em uma área plantada de 30.105,4 mil
hectares, sendo que a maior área plantada (13.883,4 mil ha) ocorreu na Região
Centro-Oeste.
11
As exportações brasileiras em maio de 2013 foram 4,27% menores, se
comparadas ao mesmo período do ano de 2012. Entretanto, esta redução aparente
não reflete as grandes exportações de grãos de soja ocorridas em 2014, que até
maio somaram 24,91 milhões de toneladas (CONAB, 2013).
A expectativa para o ano de 2014 é que as exportações nacionais cheguem a
45,3 milhões de toneladas. Conciderando a maximização genética e a utilização de
sistemas mais eficientes e produtivos (CONAB, 2013).
A soja é uma cultura que suporta uma ampla variação na densidade de
semeadura, sem que haja reflexos na produção de forma significativa (; ROSOLIEM
et al., 1983). Quando a semeadura da soja é feita tardiamente, uma das práticas
empregadas é a de aumentar a população de plantas através da diminuição do
espaçamento entre linhas e do aumento do número de plantas na linha, para
compensar o menor desenvolvimento das plantas (HICKS et al., 1969). Contando a
população de plantas, bem como os espaçamentos entre linhas, apresentam efeitos
na produção e na qualidade fisiológica das sementes produzidas, como relatado em
alguns trabalhos (Lam Sanchez e Veloso, 1974; Vernetti Jr. e Vernetti, 1983;
Nakagawa et al., 1986b, 1987) e na qualidade da semente (NAKAGAWA et al.,
1986b, 1987).
Maeda et al., (1983) constataram pequenas diferenças na germinação e no
vigor das sementes provenientes de plantas estabelecidas em diferentes
espaçamentos entre linhas, enquanto, Nakagawa et al., (1982) encontraram efeito
de interação entre densidade de plantas e adubação na germinação de sementes
oriundas de culturas semeadas em dezembro. Nakagawa et al., (1986a) trabalhando
com três cultivares de ciclos diferentes verificaram que a produção da cultivar
precoce tendeu a ser maior quando aumentou-se a densidade de 10 para 30
plantas/m, em semeaduras realizadas de dezembro, sem que a qualidade fisiológica
das sementes fossem alteradas. Por outro lado, a semeadura tardia afetou a
qualidade fisiológica das sementes obtidas da densidade de 20 plantas/m, apesar
dos autores terem verificado que houve maiores produtividades na densidade de 30
plantas por metro.
O vigor das sementes é um dos principais atributos da qualidade fisiológica a
ser considerado na implantação de uma lavoura. Para Tekrony e Egli (1991), o uso
de sementes de alto vigor é justificado em todas as culturas, para assegurar
adequada população de plantas sobre uma ampla variação de condições ambientais
12
de campo encontradas durante a emergência, e possibilitar aumento na produção
quando a densidade de plantas é menor que a requerida.
De acordo com Lacerda (2005), o uso de dessecantes é uma alternativa para
superação desses problemas por promover-se a secagem e queda das folhas, além
de fazer com que as sementes percam água rapidamente, possibilitando a
realização da colheita em período mais próximo ao ponto de maturidade fisiológica.
Dependendo do tipo e modo de ação do produto utilizado, e o período em que
o dessecante é aplicado, a qualidade das sementes pode ser prejudicada, além da
possibilidade de haver resíduo do produto em sua composição, inviabilizando-se,
dessa maneira, sua utilização tanto para sementes como para grãos. Contudo, se a
aplicação de dessecantes for feita de maneira adequada, poderá haver maior
uniformidade de maturação da lavoura, antecipar a colheita em alguns dias e ainda
obter sementes de maior qualidade fisiológica e sanitária.
O presente estudo foi realizado com o objetivo de avaliar a qualidade
fisiológica de sementes produzidas por cultivares de soja sob diferentes
espaçamentos e épocas de dessecação no município de Alta Floresta – MT.
13
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 A Cultura da Soja
A soja é uma espécie de grande interesse socioeconômico, em função dos
teores elevados de proteína (40%) e óleo (20%), da produtividade dos grãos e da
possibilidade de adaptação em ambiente diversos. É uma cultura anual de
autopolinização, pertencente à família Fabaceae, gênero Glycine, subgênero Soja e
espécie Glycine Max (L.) Merrill.
Evidências históricas e geográficas indicam que a soja foi domesticada no
século XI d.C., no Nordeste da China, e que seu provável lugar de origem seja o
Vale do Rio Amarelo. Esta planta foi disseminada posteriormente para a Europa,
América do Norte e América do Sul. No Brasil, foi introduzida na Bahia em 1882, e
depois na região Sul do país, onde apresentou melhor adaptação. Atualmente, é a
cultura a mais plantada no Brasil, com área cultivada estimada em mais de 20
milhões de hectares (IBGE, 2004).
A soja apresenta características de alta plasticidade, ou seja, capacidade de
se adaptar às condições ambientais e de manejo, por meio de modificações na
morfologia da planta e nos componentes do rendimento. A forma com que tais
modificações ocorrem pode estar relacionada com fatores como altitude, latitude,
14
textura do solo, fertilidade do solo, época de semeadura, população de plantas e
espaçamento entre linhas, sendo importante o conhecimento das interações entre
estes, para definição do conjunto de práticas que trarão respostas mais favoráveis à
produtividade agrícola da lavoura (HEIFFIG, 2002).
Na soja, a obtenção de uma lavoura com população adequada depende de
diversos fatores, como o bom preparo do solo, a época de semeadura na época
indicada e com disponibilidade hídrica, a utilização correta de herbicidas, a
regulagem da semeadora (densidade e profundidade) e a utilização de sementes
com qualidade fisiológica da semente empregada. Todavia frequentemente, ocorrem
reduções na população de plantas em virtude do inadequado desempenho
germinativo de sementes submetidas a condições adversas e que, muitas vezes,
não são devidamente valorizadas pelos agricultores. A não percepção de reduções
na população de plantas pelo agricultor ocorre em virtude de que essas variações
pouco afetam a produtividade da soja, já que ela é capaz de se adaptar de maneira
eficiente aos espaços disponíveis (capacidade de compensação) através de
modificações em sua morfologia e nos seus componentes da produtividade (HICKS
et al., 1969; ROSOLEN et al., 1983; NAKAGAWA et al., 1988 e DENARDI et al.,
2003).
2.2 Qualidade das Sementes
A qualidade da semente é definida como o conjunto de atributos genéticos,
físicos, fisiológicos e sanitários que influenciam na capacidade do lote de originar
uma lavoura uniforme, com plantas vigorosas. Além disso, a qualidade das
sementes deve possuir pureza genética para expressar seu potencial da pureza
física determinada pelo grau de contaminantes, da capacidade de gerar uma nova
planta perfeita e vigorosa e apresentar boa sanidade, ou seja, livres de patógenos
potenciais causadores de doenças (ABREU, 2005).
A qualidade genética diz respeito a atributos intrínsecos da semente.
Conforme relatado por Paula Júnior et al., (2008), a pureza genética se expressa no
desenvolvimento da planta em seu potencial produtivo, ciclo, hábito de crescimento,
arquitetura, resistência e tolerância a doenças e pragas, cor e brilho do tegumento
da semente, entre outras características. Por essa razão, é muito importante que a
15
produção de semente seja manipulada de forma a manter esta pureza e identidade
genética (ARAUJO et al., 1996).
A qualidade fisiológica diz respeito a atributos que determinam a sua
capacidade de germinar e emergir rapidamente para que a cultura se estabeleça e
produza plantas vigorosas, mesmo quando as condições no campo não sejam as
ideais. A qualidade fisiológica é influenciada pelo ambiente em que as sementes se
formaram e pelas condições de colheita, secagem, beneficiamento e
armazenamento (ABREU, 2005).
Apesar da importância das características inerentes à semente para o
sucesso da lavoura, aspectos como a oscilação de preços a que as sementes estão
sujeitas, podem influenciar a decisão do produtor, em adquirir sementes de
qualidade, porém, não se deve esquecer os benefícios proporcionados pela
utilização de uma boa semente (ARAUJO et al, 1996). Assim, com o uso dos testes
de vigor podem-se detectar diferenças na qualidade fisiológica de sementes, mesmo
envolvendo diferentes cultivares.
O emprego de sementes de alta qualidade conjugado com práticas culturais
adequadas, auxilia na obtenção de altas produtividades; Para a produção de
sementes, o ajuste da época de semeadura, de maneira que ocorra a maturação
das sementes quando as condições de temperaturas sejam mais amenas, com
baixos índices pluviais, resultam em sementes de melhor qualidade fisiológica
(FRANÇA NETO e HENNING, 1992).
O efeito da interação entre densidade de plantas e adubação na germinação
das sementes provenientes de cultura instalada em dezembro foi verificado por
Nakagawa et al. (1982). Maeda et al. (1983), verificaram pequenas diferenças na
germinação e no vigor das sementes provenientes de plantas estabelecidas em
diferentes espaçamentos entre linhas.
2.3 Vigor de Sementes
O vigor das sementes é o reflexo de um conjunto de características que
determinam o seu potencial fisiológico, ou seja, a capacidade de apresentar
desempenho adequado quando expostas a diferentes condições de ambiente
(MARCOS FILHO, 1999).
16
No período entre a maturidade fisiológica e a colheita as sementes ficam
expostas as condições meteorológicas e sofrem deterioração por umidade
agravando este processo em locais de clima quente e úmido, durante as fases de
maturação. O agravamento dos danos ocorre devido a um longo período de
exposição da semente no campo que está relacionado à variação e à
desuniformidade da maturação, dentro da população de plantas (FANÇA NETO et
al., 2005).
A falta de uma estreita relação entre a germinação obtida em laboratório e a
emergência em campo foi responsável pelo desenvolvimento do conceito vigor.
Vigor é o resultado da conjunção de todos os atributos da semente, que permitem a
obtenção rápida e uniforme do “stand” no campo. Tornando-se importante para se
selecionar lotes que apresentam germinação semelhante, para fins de
armazenamento (CARVALHO e NAKAGAWA, 2000).
Sementes com baixo vigor podem provocar reduções na velocidade de
emergência, na uniformidade, na emergência total, no tamanho inicial e no
estabelecimento de estandes adequados (HÖFS, 2003; MACHADO, 2002; SCHUCH
et al., 1999; SCHUCH e LIN, 1982a), fatores esses que podem influenciar a
acumulação de matéria seca, e assim afetar o rendimento (KOLCHINSKI et al.,
2005). Em geral, nos trabalhos onde são reportados efeitos significativos de vigor de
sementes sobre o rendimento de sementes em culturas anuais, os efeitos
normalmente estão associados com densidades populacionais em níveis subótimos
(Schuch e Lin, 1982a), ou em semeaduras mais tardias do que o normal (KHAH et
al., 1989).
2.4 Teste de Germinação de Sementes
O teste de germinação é o método mais usado para se medir á qualidade
fisiológica da semente, todavia este teste apenas indica a porcentagem de sementes
de um determinado lote que atingiram o estádio final de deterioração e, portanto,
estão mortas, podendo estarem também dormentes. Entretanto, os efeitos
intermediários da deterioração afetam consideravelmente o desempenho da
semente após seu plantio (ARAUJO et al., 1996).
17
O teste de germinação apresenta limitações quanto à diferenciação de lotes e
demora na obtenção dos resultados, fato este que tem levado ao desenvolvimento
de testes de vigor que sejam confiáveis e rápidos, agilizando as decisões. O vigor é
a soma das propriedades que determinam o nível potencial de atividade e
desempenho da semente ou de um lote de sementes durante a germinação e a
emergência da plântula (PAULA JÚNIOR et al., 2008).
O teste de germinação é realizado com o objetivo de obter informações
sobre a qualidade das sementes para fins de semeadura em campo e fornecer
dados que possam ser usados juntamente com outras informações (condições de
solo, clima, região de plantio), para comparar diferentes lotes de sementes; é o
procedimento oficial para avaliar a capacidade das sementes produzirem plântulas
normais em condições ideais, mas nem sempre revela diferenças de desempenho
entre lotes de sementes durante o armazenamento ou em campo (CARVALHO e
NAKAGAWA, 2000). Desta maneira, é importante avaliar o vigor das sementes como
complemento às informações fornecidas pelo teste de germinação. O resultado do
teste de germinação é através de porcentagem de sementes normais, anormais,
infeccionadas, duras ou dormentes e mortas.
2.5 Métodos para Testar o Vigor das Sementes
A avaliação da qualidade de um lote de sementes requer que se utilizem
metodologias padronizadas, de modo que os testes sejam reproduzíveis em
qualquer laboratório, com o mesmo material genético. As Regras para Análise de
Sementes (RAS) estabelecem e especificam padrões a serem utilizados, desde o
tamanho da amostra até instruções para realização das análises de qualidade de
sementes (FERREIRA e BORGHETTI, 2004). Todavia, como relatado por Carvalho
e Nakagawa (2000), não há, ainda, nenhum método padronizado que possa ser
recomendado para uma ou mais espécies. Um teste de vigor deve ser rápido, de
fácil execução, devendo ser igualmente aplicável para se comparar lotes, indicando
os de maior e os de menor vigor.
Têm sido propostas várias classificações dos métodos para se testar o vigor,
divididos em métodos diretos, que procuram simular as condições de campo e os
indiretos que avaliam os atributos que indiretamente se relacionam com o vigor das
18
sementes. Este por sua vez se divide em testes fisiológicos, que avaliam aspectos
da germinação e crescimento da plântula, e bioquímicos, que determinam uma
reação química ou um processo, como atividade enzimática ou respiratória, que
estejam relacionados com a capacidade germinativa das sementes (CARVALHO e
FERREIRA, 2004). Cada teste tem sua eficiência para se determinar o vigor de
sementes, entretanto nenhum é considerado padrão para todas ou uma espécie em
especifico.
Na primeira contagem do teste de germinação a avaliação é realizada em
conjunto com o teste padrão de germinação, registrando a porcentagem de plântulas
normais, na data prescrita pelas RAS (Brasil, 2009). Para soja a primeira contagem
ocorre no quinto dia após a semeadura e para o feijão a contagem ocorre no quarto
dia (SANTOS et al., 2005). As sementes das amostras que germinam mais
rapidamente, isto é, que apresentam maior porcentagem de plântulas normais nessa
contagem, são consideradas mais vigorosas (MARCOS FILHO et al., 1987).
Indiretamente, procede-se uma avaliação da velocidade de germinação,
desde que maior porcentagem de plântulas presentes na primeira contagem significa
que as sementes desta amostra germinaram mais rapidamente que as demais
(NAKAGAWA, 1994). Segundo Tekrony et al. (1987), citado por Nakagawa (1999),
recomenda-se definir o tamanho da plântula normal a ser retirada.
Índice de Velocidade de Germinação (IVG) é determinado em conjunto com o
teste de germinação, avaliando-se diariamente a porcentagem de plântulas normais
até 8 dias após a semeadura. O IVG foi determinado empregando-se a fórmula
apresentada por Vieira e Carvalho (1994) onde: IVG = índice de velocidade de
germinação; N1, N2, Nn = número de plântulas germinadas a 1, 2 e n dias após a
montagem do teste; D1, D2, Dn = número de dias após a instalação do teste.
O teste de envelhecimento acelerado possibilita a avaliação do estado
fisiológico do material, após o período de armazenamento. Tem como base o fato de
que a taxa de deterioração das sementes é aumentada consideravelmente através
de sua exposição a níveis muito adversos de temperatura e umidade relativa
consideradando os fatores ambientais preponderantes na intensidade e velocidade e
deterioração.
O teste de envelhecimento acelerado pode ser considerado como um dos
mais sensíveis para a avaliação do vigor, dentre os disponíveis. Pois, em poucos
dias, pode-se obter informações relativamente seguras, através do teste de
19
envelhecimento acelerado, sobre o potencial de armazenamento dos lotes e,
dependendo do histórico do lote, do potencial de emergência das plântulas em
campo (MARCOS FILHO, 1999).
Emergência a campo possibilita a obtenção de valores precisos de vigor e
germinação de sementes á campo, já que as mesmas se encontram em seu habitat
natural. Para a soja, realiza-se leituras com 5 dias (vigor) e 8 dias (germinação de
plântulas sadias, sem danos mecânicos ou outras anomalias na parte radicular ou
aérea) (GERMINAX, 2005).
20
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Área de Estudo
O experimento foi conduzido no Laboratório de Tecnologia de Sementes do
Centro de Tecnologia da Amazônia Matogrossense (CETAM), pertence a
Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Campus II, Alta Floresta – MT,
latitude 9°51'38.73"S e longitude 56° 4'8.64"O.
As sementes de soja testadas foram produzidas em área experimental da
Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus de Alta Floresta.
3.2. Procedimentos Metodológicos
3.2.1 Delineamento Experimental e Tratamentos
Os tratamentos foram constituídos pela combinação de quatro cultivares de
soja (M – 9144, TMG – 132, TMG – 133 e M – 8766), dois espaçamentos entre
linhas (0,30 e 0,60 m) e duas épocas de dessecação das plantas no campo estádios
R6 e R8, com quatro repetições cada. Os tratamentos foram dispostos no campo
seguindo delineamento de blocos ao acaso no esque fatorial 4 x 2 x 2, com quatro
repetições cada e em laboratório, para a análise da qualidade das sementes os
21
tratamentos foram dispostos no delineamento interiramente casualizado, no mesmo
esquema fatorial do trabalho de campo, com quadro repetições cada.
3.2.2 Métodos
As sementes foram colhidas e secas á sombra. A umidade das sementes foi
determinada pelo teste indireto, por meio do equipamento de bancada modelo G600
da GEHAKA, com quatro repetições, onde foi realizada seleção do tipo de sementes
na programação do aparelho e preenchido o recipiente de coleta do aparelho e
posteriormente procedida a descarga pelo funil para determinação da umidade. As
sementes apresentaram teores de umidade entre 8,20 e 10,63%. Após a
determinação da umidade foram submetidas aos seguintes testes:
Teste padrão de germinação – foram utilizadas 200 sementes de cada tratamento,
com quatro repetições de 50 sementes, semeadas sobre duas folhas e cobertas com
uma folha de papel germitest umedecidas com volume de água de 2,5 vezes a
massa do papel e mantido a temperatura constante de 25°C, em BOD. As
avaliações foram realizadas no quinto e no oitavo dia, contando-se o número de
sementes germinadas, para a determinação da porcentagem de plântulas normais e
anormais.
Índice de velocidade de germinação (IVG) – obtido durante o teste padrão de
germinação. Para qual foram contadas as sementes que apresentaram radícula igual
ou superior a 2 mm. O IVG foi determinado empregando-se a fórmula apresentada
por Vieira e Carvalho (1994) IVG = N1/D1 + N2/D2 + ... + Nn/Dn. Onde: IVG = índice de
velocidade de germinação; N1, N2, Nn = número de plântulas germinadas a 1, 2 e n
dias após a montagem do teste; D1, D2, Dn = número de dias após a instalação do
teste.
Teste de emergência a campo – foram semeadas a campo 50 sementes em
parcela com 1,5 m de comprimento e 20 cm entre linhas, a 3 cm de profundidade, as
parcelas foram irrigadas diariamente mantendo o conteúdo de agua á campo. A
avaliação foi realizada no oitavo dia após a semeadura, contando-se o número de
plântulas, sendo estas classificadas como normais (àquela que apresentou
expansão completa das duas folhas primárias) e anormais.
22
Teste de envelhecimento acelerado – O teste foi realizado de acordo com o
método descrito por Marcos Filho (1999b). Para o qual duas amostras de sementes
de 45 g foram colocadas sobre telados adaptados ao gerbox com 40 mL de água em
seu interior. Cada caixa foi fechada, com sua respectiva tampa e levada à câmara de
germinação (BOD) regulada à temperatura de 42°C, por 48 horas. Após esse
período, foi realizado o teste padrão de germinação, para avaliação do percentual de
plantas normais e anormais.
3.2.3 Análise Estatística
Os dados coletados foram submetidos à análise de variância com auxílio do
software Sisvar (Ferreira, 2011) e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5%
de probabilidade.
23
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 Germinação
A cultivar TMG - 133 apresentou os maiores índices de germinação em todos
os espaçamentos e épocas de dessecação, não diferindo apenas da cultivar M -
8766 dessecada no estádio R8 com 60 cm de espaçamento entre linhas (Tabela 1).
Destaca-se a combinação da dessecação no estádio R8 e 30 cm de
espaçamento entre linhas, onde foi verificado o maior resultado do teste de
germinação, o qual foi obtido com a cultivar TMG - 133. Este maior resultado
verificado pela cultivar TMG - 133 pode estar ligado ao seu hábito de crescimento
determinado e de porte baixo, onde se observava melhores condições de circulação
de vento, auxiliando na preservação das sementes.
24
Tabela 1. Valores médios para o teste de germinação de sementes de soja, mostrando o
comportamento de cultivar dentro da combinação época de dessecamento x
espaçamento. Alta Floresta (2014).
Dessecação Espaçamento M - 9144 TMG - 132 TMG - 133 M - 8766
R6 30 cm 46,0 b 0,0 d 71,0 a 15,5 c
R6 60 cm 0,0 d 31,5 b 88,5 a 20,5 c
R8 30 cm 0,0 c 0,0 c 93,0 a 35,0 b
R8 60 cm 0,0 b 0,0 b 34,5 a 34,0 a
Desdobramento C (DxE) DMS=1,17 CV(%): 14,26
Médias seguidas de mesma letra, em cada linha, não diferem entre si ao nível de 5% pelo teste de
Tukey.
Fonte: Elaboração do próprio autor
As sementes das cultivares M - 9144 no espaçamento de 30 cm, TMG - 132 e
TMG - 133 no espaçamento de 60 cm, dessecadas no estádio R6 apresentaram
maior germinação em comparação a dessecação no estádio R8. Já para as
cultivares TMG - 133 no espaçamento 30 cm e para cultivar M - 8766 em ambos os
espaçamentos, a dessecação no estádio R8 produziu sementes com maior
capacidade de germinação (Tabela 2). Este comportamento pode estar relacionado
com as condições criadas para o desenvolvimento e maturação das sementes e
também ao genótipo de cada cultivar.
Por outro lado as cultivares M - 9144 no espaçamento de 60 cm e a cultivar
TMG - 132 no espaçamento de 30 cm, em ambas épocas de dessecação, a TMG -
132 no espaçamento de 60 cm com a dessecação no estádio R8, apresentaram
germinação nula indicando que estas cultivares não são adaptadas para a produção
de sementes na região.
Tabela 2. Valores médios para o teste de germinação para sementes de soja, mostrando o
comportamento de Dessecação dentro da combinação Cultivar x Espaçamento. Alta
Floresta (2014)
Cultivar Espaçamento R6 R8
M - 9144 30 cm 46,0 a 0,0 b
M - 9144 60 cm 0,0 a 0,0 a
TMG - 132 30 cm 0,0 a 0,0 a
TMG - 132 60 cm 31,5 a 0,0 b
TMG - 133 30 cm 71,0 b 93,0 a
TMG - 133 60 cm 88,5 a 34,5 b
M - 8766 30 cm 15,5 b 35,0 a
M - 8766 60 cm 20,5 b 34,0 a
DMS (Tukey 5%) D (CxE) DMS= 0,88 CV: 14,26
Médias seguidas de mesma letra, em cada linha, não diferem entre si ao nível de 5% pelo teste de
Tukey.
Fonte: Elaboração do próprio autor
25
De acordo com os padrões de germinação para produção e comercialização
de sementes de soja Embrapa (2005), que é de no mínimo 80%, somente a cultivar
TMG - 133 atenderia os parâmetros de germinação mínimos estabelecidos, sendo
estes apenas no estágio de dessecação R8 com 30 cm de espaçamento e no
estágio R6 com 60 cm de espaçamento.
O espaçamento entre linha de 30 cm proporcionou maior germinação das
sementes em comparação ao de 60 cm para as cultivares M - 9144 e TMG - 133 nos
estádios R6 e R8 (Tabela 3). Por outro lado o espaçamento de 60 cm foi superior ao
de 30 cm nas combinações TMG – 132 x R6 e TMG - 133 x R6. Para cultivar M –
9144 foi verificada diferença estatística apenas na configuração R6 x 30 cm, sendo
superior as demais.
Tabela 3. Valores médios para o teste de germinação para sementes de soja, mostrando o
comportamento de espaçamento dentro de cada nível de: Cultivar x Dessecação. Alta
Floresta (2014)
Cultivar Dessecação E 30 cm E 60 cm
M - 9144 R6 46,0 a 0,0 b
M - 9144 R8 0,0 a 0,0 a
TMG - 132 R6 0,0 a 31,5 b
TMG - 132 R8 0,0 a 0,0 a
TMG - 133 R6 71,0 b 88,5 a
TMG - 133 R8 93,0 a 34,5 b
M - 8766 R6 15,5 a 20,5 a
M - 8766 R8 35,0 a 34,0 a
DMS (Tukey 5%) E(CxD) DMS= 0,88 CV: 14,26
Médias seguidas de mesma letra, em cada linha, não diferem entre si ao nível de 5% pelo teste de
Tukey.
Fonte: Elaboração do próprio autor
.
Os resultados obtidos na cultivares M - 9144, TMG - 132 e M - 8766
corroboram com os obtidos por (LACERDA et al., 2005). Estes autores verificarm
que a percentagem de germinação e o envelhecimento acelerado nas sementes, em
quatro épocas de dessecação, apresentaram capacidade de germinação a baixo de
80%, tido como ideal para uma boa população de plantas no campo (MARCOS
FILHO, 1980).
Em trabalhos realizados por Kappes et al. (2009), com o teste de germinação
foi verificado que as testemunhas (sem aplicação de dessecantes) apresentaram os
maiores percentuais quando comparadas com as plantas dessecadas nos estádios
26
R6, R7.1 e R7.2, mostrando que a dessecação nessas fases provoca prejuízos para
a germinação das sementes, assim, como no presente trabalho onde a qualidade
fisiológicas das sementes produzidas pelos cultivares tiveram influencia do estádio
em que ocorreu a dessecação.
Lollato et al. (1982) em experimento realizado com feijoeiro verificou que os
diferentes espaçamentos testados não exerceram diferença no teste de germinação
e vigor das sementes neles produzidos, assim, não concordando com os resultados
obtidos apenas na cultivares TMG - 132 e TMG - 133.
4.2Índice de Velocidade de Germinação - IVG
A cultivar TMG - 133 não apresentou o maior IVG, somente em relação a
cultivar M – 8766, na combinação com o estádio de dessecação R8 com 60 cm de
espaçamentos entre linhas (Tabela 4).
Tabela 4. Valores médios para o teste de IVG para sementes de soja, mostrando o comportamento
de cultivar dentro da combinação época de dessecamento x espaçamento. Alta Floresta
(2014).
Dessecação Espaçamento M - 9144 TMG - 132 TMG - 133 M - 8766
R6 30 cm 9,79 a 0,00 c 12,22 a 2,82 b
R6 60 cm 0,00 c 5,27 b 20,75 a 3,40 b
R8 30 cm 0,00 c 0,00 c 18,41 a 5,97 b
R8 60 cm 0,00 b 0,00 b 6,37 a 5,87 a
Teste de Tukey 5% C (DxE)= DMS=0,48 CV: 12,33
Médias seguidas de mesma letra, em cada linha, não diferem entre si ao nível de 5% pelo teste de
Tukey.
Fonte: Elaboração do próprio autor
A cultivar M - 9144 com 30 cm de espaçamento e as cultivares TMG - 132,
TMG - 133 e M - 8766 com espaçamento de 60 cm na época de dessecação R6
tiveram médias superiores de IVG, quando comparadas ás mesmas configurações
na dessecação R8 (Tabela 5). Já as cultivares TMG - 133 e M - 8766 quando
cultivadas no espaçamento de 30 cm demonstraram resultados controversos ao
espaçamento de 60 cm, obtendo-se as melhores médias no estádio R8 de
dessecação.
27
Tabela 5. Valores médios para o teste de IVG para sementes de soja, mostrando o comportamento
de Dessecação dentro da combinação Cultivar x Espaçamento. Alta Floresta (2014).
Cultivar Espaçamento R6 R8
M - 9144 30 cm 9,79 a 0,00 b
M - 9144 60 cm 0,00 a 0,00 a
TMG - 132 30 cm 0,00 a 0,00 a
TMG - 132 60 cm 5,27 a 0,00 b
TMG - 133 30 cm 12,22 b 18,41 a
TMG - 133 60 cm 20,75 a 6,37 b
M - 8766 30 cm 2,82 b 5,97 a
M - 8766 60 cm 3,40 a 5,87 b
DMS (Tukey 5%) D(CxE) DMS= 0,36 CV: 12,33
Médias seguidas de mesma letra, na mesma linha, não diferem entre si ao nível de 5% pelo teste de
Tukey.
Fonte: Elaboração do próprio autor
As cultivares M - 9144 e TMG - 132 demonstraram resultados insatisfatórios
quando a dessecação foi realizada no estádio R8 mostrando baixa qualidade
fisiológica das sementes.
Na Tabela 6 as cultivares M - 9144 e TMG – 133 no estádio de dessecação
R6 e R8, respectivamente, foram superiores no espaçamento de 30 cm, diferindo
estatisticamente das mesmas no espaçamento de 60 cm.
As cultivares TMG - 132 e TMG – 133, ambas no estádio de dessecação R6,
tiveram médias superiores no espaçamento de 60 cm e para a cultivar M – 8766 não
foi verificada diferença significativa para os espaçamentos estudados em ambos os
estádios de dessecação.
Nakagawa et al. (1988), verificaram que para a cultivar IAC-Foscarin, as
sementes originárias do maior espaçamento (60 cm) apresentaram menor
germinação, apesar de não diferir estatisticamente da de 40 cm.
Tabela 6. Valores médios para o teste de IVG para sementes de soja, mostrando o comportamento
de espaçamento dentro de cada nível de: Cultivar x Dessecação. Alta Floresta (2014).
Cultivar Dessecação E 30cm E 60cm
M - 9144 R6 9,97 a 0,00 b
M - 9144 R8 0,00 a 0,00 a
TMG - 132 R6 0,00 b 5,27 a
TMG - 132 R8 0,00 a 0,00 a
TMG - 133 R6 12,22 b 20,75 a
TMG - 133 R8 18,41 a 6,37 b
M - 8766 R6 2,82 a 3,40 a
M - 8766 R8 5,97 a 5,87 a
DMS (TUKEY 5%) E(CxD) DMS= 0,36 CV: 12,33
Médias seguidas de mesma letra, na mesma linha, não diferem entre si ao nível de 5% pelo teste de
Tukey.
Fonte: Elaboração do próprio autor
28
4.3 Envelhecimentos Acelerado
Os valores verificados para o teste de envelhecimento acelerado, avaliando o
comportamento de cada cultivar dentro da combinação época de dessecação x
espaçamento esta apresentada na Tabela 7. A cultivar TMG – 133 apresentou a
maior germinação após o envelhecimento acelerado, diferindo estatisticamente da
cultivar M - 8766 em todas as combinações de espaçamentos e épocas de
dessecação, tendo sua melhor média no estágio R6 com 60 cm de espaçamento
(Tabela 7).
Tabela 7. Valores médios para o teste de envelhecimento para sementes de soja, mostrando o
comportamento de cultivar dentro da combinação época de dessecamento x
espaçamento. Alta Floresta (2014).
Dessecação Espaçamento M - 9144 TMG - 132 TMG - 133 M - 8766
R6 30 cm 0,0 c 0,0 c 58,0 a 18,0 b
R6 60 cm 0,0 c 0,0 c 84,5 a 22,5 b
R8 30 cm 0,0 c 0,0 c 29,0 a 12,0 b
R8 60 cm 0,0 c 0,0 c 28,5 a 4,5 b
Teste de Tukey 5% C(DxE) DMS=0,67 CV: 13,66
Médias seguidas de mesma letra, em cada linha, não diferem entre si ao nível de 5% pelo teste de
Tukey.
Fonte: Elaboração do próprio autor
Para as cultivares M - 9144 e TMG - 132 não ocorreu germinação em ambos
os espaçamentos e épocas de dessecação.
A dessecação no estádio R6 diferem estatisticamente das referentes a
dessecação no estagio R8 em todos os espaçamento e cultivares, havendo exceção
apenas nas cultivares M - 9144 e TMG – 132 nos espaçamentos de 30 cm e 60 cm
(Tabela 8).
A melhor media obtida no teste de envelhecimento foi com a cultivar TMG -
133 conduzida com espaçamento entre linhas de 60 cm e época de dessecação R6.
Em trabalho realizado por Lacerda et al. (2005) verificou-se semelhança entre
o desempenho das sementes no teste de envelhecimento acelerado e de
germinação, ressalvando-se que, para as sementes obtidas na primeira época de
aplicação (90% de vagens verdes), obtiveram-se valores inferiores aos da segunda
época de aplicação (20% de vagens verdes), resultados controversos ao presente
trabalho.
29
Tabela 8. Valores médios para o teste de envelhecimento para sementes de soja, mostrando o
comportamento de Dessecação dentro da combinação Cultivar x Espaçamento. Alta
Floresta (2014).
Cultivar Espaçamento R6 R8
M - 9144 30 cm 0,0 a 0,0 a
M - 9144 60 cm 0,0 a 0,0 a
TMG - 132 30 cm 0,0 a 0,0 a
TMG - 132 60 cm 0,0 a 0,0 a
TMG - 133 30 cm 58,0 a 29,0 b
TMG - 133 60 cm 84,5 a 28,5 b
M - 8766 30 cm 18,0 a 12,0 b
M - 8766 60 cm 22,5 a 4,0 b
DMS (Tukey 5%) D (CxE) DMS= 0,50 CV: 13,66
Médias seguidas de mesma letra, na mesma linha, não diferem entre si ao nível de 5% pelo teste de
Tukey.
Fonte: Elaboração do próprio autor
Houve diferença estatística em apenas duas configurações, sendo que
ocorreu diferença significativa entre os espaçamentos somente na combinação TMG
- 133 R6 onde no espaçamento de 60 cm foi verificada a maior média e na
combinação M - 8766 x R8 onde a média no espaçamento de 30 cm foi superior a
obtida no de 60 cm (Tabela 9).
Tabela 9. Valores médios para o teste de envelhecimento para sementes de soja, mostrando o
comportamento de espaçamento dentro de cada nível de: Cultivar x Dessecação. Alta
Floresta (2014).
Cultivar Dessecação E 30cm E 60cm
M - 9144 R6 0,0 a 0,0 a
M - 9144 R8 0,0 a 0,0 a
TMG - 132 R6 0,0 a 0,0 a
TMG - 132 R8 0,0 a 0,0 a
TMG - 133 R6 58,0 b 84,5 a
TMG - 133 R8 29,0 a 28,5 a
M - 8766 R6 18,0 a 22,5 a
M - 8766 R8 12,0 a 4,5 b
DMS (TUKEY 5%) E(CXD) DMS= 0,50 CV: 13,66
Médias seguidas de mesma letra, na mesma linha, não diferem entre si ao nível de 5% pelo teste de
Tukey.
Fonte: Elaboração do próprio autor
As cultivares M - 9144 e TMG - 132 apresentaram baixo potencial de vigor
(Tabelas 7 e 8).
Em trabalho realizado por Marcandalli (2011) na avaliação do vigor das
sementes por meio do teste de envelhecimento acelerado, observou-se no
desdobramento entre estádio de aplicação x época de amostragem, que as
30
sementes obtidas no estagio de dessecação R6, apresentaram menor vigor,
principalmente, quando comparado com as sementes do tratamento R8. Kappes et
al. (2009) observou que as sementes das testemunhas originaram os maiores
percentuais de plântulas normais, diferindo das plantas dessecadas nos estádios
R6.0, R7.1 e R7.2, sendo justificado pela imaturidade fisiológica das sementes por
ocasião das aplicações, discordando do presente trabalho.
Nakagawa et al. (1988) avaliando o efeito do espaçamento entre linhas na
produção e qualidade de sementes de cultivares precoces de soja verificou que o
espaçamento de 0,60m originou sementes que apresentaram pior desempenho no
teste de envelhecimento acelerado, e no teste de emergência de plântulas no
campo, demosntrando baixa qualidade fisiológica das mesmas.
4.4Emergência de sementes a Campo
Observa-se que não houve diferença estática no estagio de dessecação R6
com 30 cm de espaçamento entre todas as cultivares, mas pode-se observar que a
melhor media foi obtida com a cultivar TMG – 133 (Tabela 10).
Tabela 10. Valores médios para o teste de Emergência a Campo para sementes de soja, mostrando o
comportamento de cultivar dentro da combinação época de dessecamento x
espaçamento. Alta Floresta (2014).
Dessecação Espaçamento M - 9144 TMG - 132 TMG - 133 M - 8766
R6 30 9,50 b 4,50 c 14,0 a 4,0 a c
R6 60 0,00 c 0,00 c 55,5 a 2,0 b
R8 30 0,00 c 0,00 c 41,5 a 14,0 b
R8 60 0,00 c 0,00 c 20,5 a 6,0 b
Teste de Tukey 5% C(DxE) DMS=1,71 CV: 35,94
Médias seguidas de mesma letra, na mesma linha, não diferem entre si ao nível de 5% pelo teste de
Tukey.
Fonte: Elaboração do próprio autor
É possível verificar que as cultivares M - 9144 e TMG - 132, não tiveram vigor
de sementes nas configurações R6 x 60 cm, R8 x 30 cm e R8 x 60 cm aonde as
médias foram iguais a zero, nota-se que para estas combinações houve diferença
estatística entre as cultivares TMG - 133 e M - 8766, onde a cultivar TMG - 133
demonstrou melhor desempenho em todas as combinações.
Não foi verificada diferença estatística entre os estágios de dessecação para
as combinações M - 9144 x 60 cm, TMG - 132 x 60 cm e M - 8766 x 60 cm. O
31
estádio de dessecação em R6 superou o estádio R8 nas combinações M - 9144 x
30 cm, TMG - 132 x 30 cm e TMG - 133 x 60 cm e o contrário, foi verificado para as
combinações TMG - 133 x 30 cm e M - 8766 x 30 cm (Tabela 11).
Tabela11. Valores médios para o teste de Emergência a Campo para sementes de soja, mostrando o
comportamento de Dessecação dentro da combinação Cultivar x Espaçamento. Alta
Floresta (2014)
Cultivar Espaçamento R6 R8
M - 9144 30 cm 9,5 a 0,0 b
M - 9144 60 cm 0,0 a 0,0 a
TMG - 132 30 cm 4,5 a 0,0 b
TMG - 132 60 cm 0,0 a 0,0 a
TMG - 133 30 cm 14,0 b 41,50 a
TMG - 133 60 cm 55,5 a 20,50 b
M - 8766 30 cm 4,0 b 14,0 a
M - 8766 60 cm 2,0 b 6,0 a
DMS (Tukey 5%) D(CxE) DMS= 1,29 CV: 35,94
Médias seguidas de mesma letra, na mesma linha, não diferem entre si ao nível de 5% pelo teste de
Tukey.
Fonte: Elaboração do próprio autor
Para cultivar M - 9144 e TMG - 132 no estágio de dessecação R8 e para
cultivar M - 8766 na dessecação R6 não houve diferença estatística para os
espaçamentos empregados, sendo que as cultivares M - 9144 e TMG - 132 tiveram
médias iguais à zero. Já as cultivares M - 9144 e TMG - 132 no estagio de
dessecação R6 e para as cultivares TMG - 133 e M - 8766 no estágio R8 tiveram
melhores médias quando cultivadas com 30 cm de espaçamento entre plantas.
Somente a cultivar TMG - 133 com estágio de dessecação R6 teve melhor
desempenho com 60 cm de espaçamento (Tabela 12).
Tabela 12. Valores médios para o teste de Emergência a Campo para sementes de soja, mostrando o
comportamento de espaçamento dentro de cada nível de: Cultivar x Dessecação. Alta
Floresta (2014).
Cultivar Dessecação E 30cm E 60cm
M - 9144 R6 9,5 a 0,0 b
M - 9144 R8 0,0 a 0,0 a
TMG - 132 R6 4,5 a 0,0 b
TMG - 132 R8 0,0 a 0,0 a
TMG - 133 R6 14,0 b 55,5 a
TMG - 133 R8 45,5 a 20,50 b
M - 8766 R6 4,0 a 2,0 b
M - 8766 R8 14,0 a 6,0 b
DMS (TUKEY 5%) E(CXD) DMS= 1,29 CV: 35,94
Médias seguidas de mesma letra, na mesma linha, não diferem entre si ao nível de 5% pelo teste de
Tukey.
Fonte: Elaboração do próprio autor
32
Nakagawa et al. (1988) verificaram que as sementes com menor germinação,
foram obtidas no espaçamento de 0,60m Para as cultivares IAC - Foscarin 31, IAS-5
e Paraná. Segundo ele Este comportamento fisiológico das sementes originárias do
espaçamento de 0,60m poderia ser relacionado aos resultados do peso de 100
sementes, já que este deve ter propiciado condições às plantas de produzirem
sementes de maior peso e considerando-se que em soja as sementes maiores nem
sempre são as que apresentam melhor qualidade; todavia, avaliando-se cada
experimento e cada cultivar vê-se que essa relação não se mostra consistente,
levando a concluir que outros fatores relacionados ao maior número de plantas na
linha, deste espaçamento, tenham contribuído para esses resultados.
Resultados semelhantes ao comportamento da M - 8766 foram observados
por Nakagawa et al. (1988) para cultivar Paraná aonde o pior desempenho foi das
sementes foi observado no espaçamento de 40 cm.
4.5 Índice de Velocidade de Emergência - IVE
Os valores médios obtidos para o teste de IVE, mostrando o
comportamento de época de dessecação versus espaçamento, onde nota-se que
não ocorreu diferença significativa entre as cultivares na combinação R6E30. Para
as demais combinações a cultivar TMG - 133 foi superior as demais, indicando
novamente a melhor qualidade fisiológicas das sementes produzidas por esta
cultivar (Tabela 13).
Tabela 13. Valores médios para o teste de IVE para sementes de soja, mostrando o comportamento
de cultivar dentro da combinação época de dessecamento x espaçamento. Alta Floresta
(2014).
Dessecação Espaçamento M - 9144 TMG - 132 TMG - 133 M - 8766
R6 30 1,35 a 0,52 a 1,67 a 0,45 a
R6 60 0,00 c 0,00 c 7,53 a 0,17 b
R8 30 0,00 c 0,00 c 6,06 a 1,44 b
R8 60 0,00 c 0,00 c 2,40 a 0,77 b
Teste de Tukey 5% C(DxE)= DMS=0,48 CV: 21,33
Médias seguidas de mesma letra, na mesma linha, não diferem entre si ao nível de 5% pelo teste de
Tukey.
Fonte: Elaboração do próprio autor
Não se teve diferença estática entre os arranjos M - 9144 x 60, TMG - 132 x
30, TMG - 132 x 60, TMG - 133 x 60 e M - 8766 x 60 para as épocas de dessecação.
33
Houve diferença estatística na cultivar M - 9144 com espaçamento de 30 cm onde a
melhor época de dessecação foi no estágio R6 e paras cultivares TMG - 133 e M -
8766 com espaçamento de 30 cm, sendo para esses a melhore época de
dessecação o estágio R8.
Tabela 14. Valores médios para o teste de IVE para sementes de soja, mostrando o comportamento
de Dessecação dentro da combinação Cultivar x Espaçamento. Alta Floresta (2014).
Cultivar Espaçamento (cm) R6 R8
M - 9144 30 cm 1,35 a 0,00 b
M - 9144 60 cm 0,00 a 0,00 a
TMG - 132 30 cm 0,52 a 0,00 a
TMG - 132 60 cm 0,00 a 0,00 a
TMG - 133 30 cm 1,67 b 6,06 a
TMG - 133 60 cm 7,53 a 2,40 a
M - 8766 30 cm 0,45 b 1,44 a
M - 8766 60 cm 0,17 a 0,67 a
DMS (Tukey 5%) D(CxE)= DMS= 0,36 CV: 21,33
Médias seguidas de mesma letra, na mesma linha, não diferem entre si ao nível de 5% pelo teste de
Tukey.
Fonte: Elaboração do próprio autor
Houve diferença estatística entre os espaçamentos para cultivar M - 9144
estágio dessecação R6 e cultivar TMG - 133 estágio de dessecação R8, sendo que
para estas o melhor espaçamento é o de 30 cm entre planta. A cultivar TMG – 133
no estágio R6 foi a que melhor de desenvolveu no espaçamento de 60 cm, havendo
diferença estatística pelo teste de Tukey.
Tabela 15. Valores médios para o teste de I V E para sementes de soja, mostrando o comportamento
de espaçamento dentro de cada nível de: Cultivar x Dessecação. Alta Floresta (2014).
Cultivar Dessecação E 30cm E 60cm
M - 9144 R6 1,32 b 0,00 a
M - 9144 R8 0,00 a 0,00 a
TMG - 132 R6 0,52 a 0,00 b
TMG - 132 R8 0,00 a 0,00 a
TMG - 133 R6 1,67 b 7,53 a
TMG - 133 R8 6,06 a 2,40 b
M - 8766 R6 0,45 a 0,17 a
M - 8766 R8 1,44 a 0,67 b
DMS (TUKEY 5%) E(CXD)= DMS= 0,36 CV: 21,33
Médias seguidas de mesma letra, na mesma linha, para cada linha, não diferem entre si ao nível de
5% pelo teste de Tukey.
Fonte: Elaboração do próprio autor
Para as cultivares x dessecação M - 9144 x R8, TMG - 132 x R6, TMG - 132 x
R8, M - 8766 x R6 e M - 8766 x R8 não houve diferença estatística entre os
espaçamentos empregados.
34
5. CONCLUSÕES
Com base nos resultados obtidos e para as condições em que a pesquisa foi
desenvolvida, pode se concluir que:
- Houve diferença na qualidade fisiologica das sementes conforme o espaçamento
utilizado, sendo que o maio qualidade de sementes foi obtida no espaçamento de 60
cm com a cultivar TMG – 133.
- A dessecação afetou a qualidade fisiológica das sementes, obtendo-se a melhor
qualidade de sementes no estádio de dessecação R8.
- As cultivares M - 9144 e TMG - 132 demostraram os piores resultados, sendo
impróprias para a produção de sementes na região em ambos os estádios de
dessecação e espaçamentos.
35
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QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE SOJA SOB DIFERENTES ESPAÇAMENTOS E ÉPOCAS DE DESSECAÇÃO

  • 1. ROBSON HENRIQUE DA SILVA QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE SOJA SOB DIFERENTES ESPAÇAMENTOS E ÉPOCAS DE DESSECAÇÃO Alta Floresta - MT 2014
  • 2. ESTADO DE MATO GROSSO FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE ALTA FLORESTA Departamento de Agronomia ROBSON HENRIQUE DA SILVA QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE SOJA SOB DIFERENTES ESPAÇAMENTOS E ÉPOCAS DE DESSECAÇÃO Monografia apresentada ao Curso de Agronomia, Universidade do Estado de Mato Grosso, como requisito para obtenção do título de Engenheiro Agrônomo. Orientador: Marco Antônio Camillo de Carvalho Alta Floresta - MT 2014
  • 3.
  • 4. Dedico a minha mãe Maria Lucia da Silva, ao meu pai Jose Domingos Vargas, meus irmãos Juan e Tulio e a minha querida avó Lurdes.
  • 5. AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus por atuar sempre em minha vida, me proporcionando novos caminhos e quebrando barreiras em meio as dificuldades. Agradeço ao Prof. Dr. Marco Antônio Camillo de Carvalho, pela amizade, orientação, paciência e dedicação para o aperfeiçoamento e conclusão desse trabalho. Agradeço aos meus familiares em nome da minha querida prima Rosangela Ferreira pelo apoio e incentivo. Agradeço aos meus amigos, Carlos José Cardozo, Guilherme Carpi, Carlos Eduardo Bilieri, Cleverson Meurer Gomes, Patrick Tizo, Higor Loures, Tiago Paulo, Lucas Barella, Mariely Lopes, Claudia Soares, Eduardo Ferreira, Luan Traspadini, Arthur Panosso, Felipe Moro e Talison Felipe pelo apoio e auxílio tanto na vida acadêmica quanto pessoal e todos aqueles que influenciaram de alguma forma em minha formação. Agradeço a todos os profissionais da UNEMAT, em especial aos professores pela dedicação, carinho e conhecimento transmitido.
  • 6. QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE SOJA SOB DIFERENTES ESPAÇAMENTOS E ÉPOCAS DE DESSECAÇÃO RESUMO – A qualidade fisiológica é influenciada pelo ambiente em que as sementes se formaram e pelas condições de colheita, secagem, beneficiamento e armazenamento. O presente estudo foi realizado com o objetivo de avaliar a qualidade fisiológica de sementes produzidas por cultivares sob diferentes espaçamentos de cultivo e épocas de dessecação, no município de Alta Floresta - MT. Para determinação da qualidade fisiológica, as sementes foram submetidas aos testes de germinação, índice de velocidade de germinação, envelhecimento acelerado e emergência a campo. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado e os tratamentos foram constituídos pela combinação de quatro cultivares de soja (M - 9144, TMG - 132, TMG - 133 e M - 8766), dois espaçamentos entre linhas (0,30 e 0,60 m) e duas épocas (estádios) de dessecação das plantas no campo (R6 e R8), com quatro repetições cada. Houve diferença na qualidade fisiológica das sementes devido ao espaçamento utilizado, aonde a plantas cultivadas com espaçamento de 30 cm tiveram melhor qualidade de graos. Os dois estádios de dessecação influenciaram na qualidade fisiológica das cultivares de soja, sendo que a melhor época de dessecação obtida no R6. A cultivar TMG – 133 apresentou melhor qualidade de grãos nos dois espaçamentos e nas duas épocas de dessecação. As cultivares M- 9144 e TMG - 132 são inapropriadas para a produção de sementes na região devido sua baixa qualidade fisiologica de sementes. Palavras-chave: Glycine max, envelhecimento acelerado, velocidade de germinação.
  • 7. PHYSIOLOGICAL QUALITY OF SOYBEAN SEEDS AFFECTED BY CROPPING SPACES AND TIMES OF BURN-DOWN ABSTRACT –. Physiological quality is influenced by the environment in which the seeds were formed and the conditions for harvesting, drying, processing and storage. The present study was conducted to objective of evaluating the physiological quality of seeds produced by soybean cultivars under different spacing and desiccation times in the city of Alta Floresta - MT. To determine the physiological quality seeds were submitted to the germination, germination velocity index, accelerated aging and emergency field tests. The experimental design utilized was entirely randomized and treatments were constituted by combination that had a field of four soybean cultivars (M - 9144, TMG - 132, TMG - 133 and M - 8766), two row spacings (0, 30 and 0.60 m) and two times (stages) of desiccation of plants in the field (R6 and R8), with four replications. there was difference in seed quality due to the spacing used, where the plants grown at a spacing of 30 cm had better quality grains. The two stadia of desiccation influence the physiological quality of soybean cultivars, and the best time of desiccation obtained in R6 .The cultivar TMG - 133 showed better grain quality in both spacing and in two periods of desiccation. Cultivars M-9144 and TMG - 132 are inappropriate for seed production in the region due to its low physiological quality of seeds. Keywords: Glycine max, accelerated aging, speed germination.
  • 8. LISTA DE TABELAS Página 1 Valores médios para o teste de germinação de sementes de soja, mostrando o comportamento de cultivar dentro da combinação época de dessecamento x espaçamento. Alta Floresta (2014)..................................... 24 2 Valores médios para o teste de germinação para sementes de soja, mostrando o comportamento de Dessecação dentro da combinação Cultivar x Espaçamento. Alta Floresta (2014)............................................... 24 3 Valores médios para o teste de germinação para sementes de soja, mostrando o comportamento de espaçamento dentro de cada nível de: Cultivar x Dessecação. Alta Floresta (2014)................................................... 25 4 Valores médios para o teste de IVG para sementes de soja, mostrando o comportamento de cultivar dentro da combinação época de dessecamento x espaçamento. Alta Floresta (2014).............................................................. 26 5 Valores médios para o teste de IVG para sementes de soja, mostrando o comportamento de Dessecação dentro da combinação Cultivar x Espaçamento. Alta Floresta (2014)................................................................ 27 6 Valores médios para o teste de IVG para sementes de soja, mostrando o comportamento de espaçamento dentro de cada nível de: Cultivar x Dessecação. Alta Floresta (2014). ................................................................. 27 7 Valores médios para o teste de envelhecimento para sementes de soja, mostrando o comportamento de cultivar dentro da combinação época de dessecamento x espaçamento. Alta Floresta (2014)..................................... 28 8 Valores médios para o teste de envelhecimento para sementes de soja, mostrando o comportamento de Dessecação dentro da combinação Cultivar x Espaçamento. Alta Floresta (2014)............................................... 29 9 Valores médios para o teste de envelhecimento para sementes de soja, mostrando o comportamento de espaçamento dentro de cada nível de: Cultivar x Dessecação. Alta Floresta (2014)................................................... 29 10 Valores médios para o teste de Emergência a Campo para sementes de soja, mostrando o comportamento de cultivar dentro da combinação época de dessecamento x espaçamento. Alta Floresta (2014)................................ 30 11 Valores médios para o teste de Emergência a Campo para sementes de soja, mostrando o comportamento de Dessecação dentro da combinação Cultivar x Espaçamento. Alta Floresta (2014)............................................... 31 12 Valores médios para o teste de Emergência a Campo para sementes de
  • 9. soja, mostrando o comportamento de espaçamento dentro de cada nível de: Cultivar x Dessecação. Alta Floresta (2014)............................................. 31 13 Valores médios para o teste de IVE para sementes de soja, mostrando o comportamento de cultivar dentro da combinação época de dessecamento x espaçamento. Alta Floresta (2014).............................................................. 32 14 Valores médios para o teste de IVE para sementes de soja, mostrando o comportamento de Dessecação dentro da combinação Cultivar x Espaçamento. Alta Floresta (2014)................................................................ 33 15 Valores médios para o teste de I V E para sementes de soja, mostrando o comportamento de espaçamento dentro de cada nível de: Cultivar x Dessecação. Alta Floresta (2014)................................................................... 33
  • 10. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................10 2 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................13 2.1 A Cultura da Soja ................................................................................................13 2.2 Qualidade das Sementes ....................................................................................14 2.3 Vigor de Sementes..............................................................................................15 2.4 Testes de Germinação de Sementes ..................................................................16 2.5 Métodos para Testar o Vigor das Sementes .......................................................17 3 MATERIAL E MÉTODOS .....................................................................................20 3.1. Área de Estudo...................................................................................................20 3.2. Procedimentos Metodológicos ...........................................................................20 3.2.1 Delineamento Experimental e Tratamentos .....................................................20 3.2.2 Métodos............................................................................................................21 3.2.3 Análise Estatística ............................................................................................22 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO.............................................................................23 4.1 Germinação.........................................................................................................23 4.2 Índice de Velocidade de Germinação - IVG .....................................................26 4.3 Envelhecimentos Acelerado................................................................................28 4.4 Emergência de sementes a Campo .................................................................30 4.5 Índice de Velocidade de Emergência - IVE ......................................................32 5. CONCLUSÕES.....................................................................................................34 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................35
  • 11. 10 1 INTRODUÇÃO A cultura da soja foi introduzida no Brasil em 1882, na Bahia, tendo apresentado evolução mais expressiva a partir do final da década de 40, século XX, quando cerca de 18.000 toneladas foram produzidas no Rio Grande do Sul e representaram a primeira exportação de soja (MARCOS FILHO et al., 1982). Desde então, ocorreu o crescimento gradual da área cultivada, produtividade e, consequentemente, da produção nacional. Entretanto, a soja trata-se de uma cultura que, a exemplo de inúmeras outras utilizadas na alimentação humana e animal, apresenta diversos problemas quanto à obtenção de sementes de alta qualidade para uma boa produtividade (CHRISTENSEM e KAUFMAN, 1969; NEERGAARD, 1977; DHINGRA, 1985 e WETZEL, 1987). A garantia de melhor desempenho da soja depende, fundamentalmente, da qualidade das suas sementes utilizadas no plantio. De nada adianta adotar as melhores tecnologias sem contar com sementes vigorosas e isentas de doenças (YORINORI, 1988). O cultivo de soja está em constante expansão. Na safra 2013/14 a produtividade de grãos foi de 86.052,2 mil toneladas, representando um incremento de 5,6% em relação à safra 2012/13, em uma área plantada de 30.105,4 mil hectares, sendo que a maior área plantada (13.883,4 mil ha) ocorreu na Região Centro-Oeste.
  • 12. 11 As exportações brasileiras em maio de 2013 foram 4,27% menores, se comparadas ao mesmo período do ano de 2012. Entretanto, esta redução aparente não reflete as grandes exportações de grãos de soja ocorridas em 2014, que até maio somaram 24,91 milhões de toneladas (CONAB, 2013). A expectativa para o ano de 2014 é que as exportações nacionais cheguem a 45,3 milhões de toneladas. Conciderando a maximização genética e a utilização de sistemas mais eficientes e produtivos (CONAB, 2013). A soja é uma cultura que suporta uma ampla variação na densidade de semeadura, sem que haja reflexos na produção de forma significativa (; ROSOLIEM et al., 1983). Quando a semeadura da soja é feita tardiamente, uma das práticas empregadas é a de aumentar a população de plantas através da diminuição do espaçamento entre linhas e do aumento do número de plantas na linha, para compensar o menor desenvolvimento das plantas (HICKS et al., 1969). Contando a população de plantas, bem como os espaçamentos entre linhas, apresentam efeitos na produção e na qualidade fisiológica das sementes produzidas, como relatado em alguns trabalhos (Lam Sanchez e Veloso, 1974; Vernetti Jr. e Vernetti, 1983; Nakagawa et al., 1986b, 1987) e na qualidade da semente (NAKAGAWA et al., 1986b, 1987). Maeda et al., (1983) constataram pequenas diferenças na germinação e no vigor das sementes provenientes de plantas estabelecidas em diferentes espaçamentos entre linhas, enquanto, Nakagawa et al., (1982) encontraram efeito de interação entre densidade de plantas e adubação na germinação de sementes oriundas de culturas semeadas em dezembro. Nakagawa et al., (1986a) trabalhando com três cultivares de ciclos diferentes verificaram que a produção da cultivar precoce tendeu a ser maior quando aumentou-se a densidade de 10 para 30 plantas/m, em semeaduras realizadas de dezembro, sem que a qualidade fisiológica das sementes fossem alteradas. Por outro lado, a semeadura tardia afetou a qualidade fisiológica das sementes obtidas da densidade de 20 plantas/m, apesar dos autores terem verificado que houve maiores produtividades na densidade de 30 plantas por metro. O vigor das sementes é um dos principais atributos da qualidade fisiológica a ser considerado na implantação de uma lavoura. Para Tekrony e Egli (1991), o uso de sementes de alto vigor é justificado em todas as culturas, para assegurar adequada população de plantas sobre uma ampla variação de condições ambientais
  • 13. 12 de campo encontradas durante a emergência, e possibilitar aumento na produção quando a densidade de plantas é menor que a requerida. De acordo com Lacerda (2005), o uso de dessecantes é uma alternativa para superação desses problemas por promover-se a secagem e queda das folhas, além de fazer com que as sementes percam água rapidamente, possibilitando a realização da colheita em período mais próximo ao ponto de maturidade fisiológica. Dependendo do tipo e modo de ação do produto utilizado, e o período em que o dessecante é aplicado, a qualidade das sementes pode ser prejudicada, além da possibilidade de haver resíduo do produto em sua composição, inviabilizando-se, dessa maneira, sua utilização tanto para sementes como para grãos. Contudo, se a aplicação de dessecantes for feita de maneira adequada, poderá haver maior uniformidade de maturação da lavoura, antecipar a colheita em alguns dias e ainda obter sementes de maior qualidade fisiológica e sanitária. O presente estudo foi realizado com o objetivo de avaliar a qualidade fisiológica de sementes produzidas por cultivares de soja sob diferentes espaçamentos e épocas de dessecação no município de Alta Floresta – MT.
  • 14. 13 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 A Cultura da Soja A soja é uma espécie de grande interesse socioeconômico, em função dos teores elevados de proteína (40%) e óleo (20%), da produtividade dos grãos e da possibilidade de adaptação em ambiente diversos. É uma cultura anual de autopolinização, pertencente à família Fabaceae, gênero Glycine, subgênero Soja e espécie Glycine Max (L.) Merrill. Evidências históricas e geográficas indicam que a soja foi domesticada no século XI d.C., no Nordeste da China, e que seu provável lugar de origem seja o Vale do Rio Amarelo. Esta planta foi disseminada posteriormente para a Europa, América do Norte e América do Sul. No Brasil, foi introduzida na Bahia em 1882, e depois na região Sul do país, onde apresentou melhor adaptação. Atualmente, é a cultura a mais plantada no Brasil, com área cultivada estimada em mais de 20 milhões de hectares (IBGE, 2004). A soja apresenta características de alta plasticidade, ou seja, capacidade de se adaptar às condições ambientais e de manejo, por meio de modificações na morfologia da planta e nos componentes do rendimento. A forma com que tais modificações ocorrem pode estar relacionada com fatores como altitude, latitude,
  • 15. 14 textura do solo, fertilidade do solo, época de semeadura, população de plantas e espaçamento entre linhas, sendo importante o conhecimento das interações entre estes, para definição do conjunto de práticas que trarão respostas mais favoráveis à produtividade agrícola da lavoura (HEIFFIG, 2002). Na soja, a obtenção de uma lavoura com população adequada depende de diversos fatores, como o bom preparo do solo, a época de semeadura na época indicada e com disponibilidade hídrica, a utilização correta de herbicidas, a regulagem da semeadora (densidade e profundidade) e a utilização de sementes com qualidade fisiológica da semente empregada. Todavia frequentemente, ocorrem reduções na população de plantas em virtude do inadequado desempenho germinativo de sementes submetidas a condições adversas e que, muitas vezes, não são devidamente valorizadas pelos agricultores. A não percepção de reduções na população de plantas pelo agricultor ocorre em virtude de que essas variações pouco afetam a produtividade da soja, já que ela é capaz de se adaptar de maneira eficiente aos espaços disponíveis (capacidade de compensação) através de modificações em sua morfologia e nos seus componentes da produtividade (HICKS et al., 1969; ROSOLEN et al., 1983; NAKAGAWA et al., 1988 e DENARDI et al., 2003). 2.2 Qualidade das Sementes A qualidade da semente é definida como o conjunto de atributos genéticos, físicos, fisiológicos e sanitários que influenciam na capacidade do lote de originar uma lavoura uniforme, com plantas vigorosas. Além disso, a qualidade das sementes deve possuir pureza genética para expressar seu potencial da pureza física determinada pelo grau de contaminantes, da capacidade de gerar uma nova planta perfeita e vigorosa e apresentar boa sanidade, ou seja, livres de patógenos potenciais causadores de doenças (ABREU, 2005). A qualidade genética diz respeito a atributos intrínsecos da semente. Conforme relatado por Paula Júnior et al., (2008), a pureza genética se expressa no desenvolvimento da planta em seu potencial produtivo, ciclo, hábito de crescimento, arquitetura, resistência e tolerância a doenças e pragas, cor e brilho do tegumento da semente, entre outras características. Por essa razão, é muito importante que a
  • 16. 15 produção de semente seja manipulada de forma a manter esta pureza e identidade genética (ARAUJO et al., 1996). A qualidade fisiológica diz respeito a atributos que determinam a sua capacidade de germinar e emergir rapidamente para que a cultura se estabeleça e produza plantas vigorosas, mesmo quando as condições no campo não sejam as ideais. A qualidade fisiológica é influenciada pelo ambiente em que as sementes se formaram e pelas condições de colheita, secagem, beneficiamento e armazenamento (ABREU, 2005). Apesar da importância das características inerentes à semente para o sucesso da lavoura, aspectos como a oscilação de preços a que as sementes estão sujeitas, podem influenciar a decisão do produtor, em adquirir sementes de qualidade, porém, não se deve esquecer os benefícios proporcionados pela utilização de uma boa semente (ARAUJO et al, 1996). Assim, com o uso dos testes de vigor podem-se detectar diferenças na qualidade fisiológica de sementes, mesmo envolvendo diferentes cultivares. O emprego de sementes de alta qualidade conjugado com práticas culturais adequadas, auxilia na obtenção de altas produtividades; Para a produção de sementes, o ajuste da época de semeadura, de maneira que ocorra a maturação das sementes quando as condições de temperaturas sejam mais amenas, com baixos índices pluviais, resultam em sementes de melhor qualidade fisiológica (FRANÇA NETO e HENNING, 1992). O efeito da interação entre densidade de plantas e adubação na germinação das sementes provenientes de cultura instalada em dezembro foi verificado por Nakagawa et al. (1982). Maeda et al. (1983), verificaram pequenas diferenças na germinação e no vigor das sementes provenientes de plantas estabelecidas em diferentes espaçamentos entre linhas. 2.3 Vigor de Sementes O vigor das sementes é o reflexo de um conjunto de características que determinam o seu potencial fisiológico, ou seja, a capacidade de apresentar desempenho adequado quando expostas a diferentes condições de ambiente (MARCOS FILHO, 1999).
  • 17. 16 No período entre a maturidade fisiológica e a colheita as sementes ficam expostas as condições meteorológicas e sofrem deterioração por umidade agravando este processo em locais de clima quente e úmido, durante as fases de maturação. O agravamento dos danos ocorre devido a um longo período de exposição da semente no campo que está relacionado à variação e à desuniformidade da maturação, dentro da população de plantas (FANÇA NETO et al., 2005). A falta de uma estreita relação entre a germinação obtida em laboratório e a emergência em campo foi responsável pelo desenvolvimento do conceito vigor. Vigor é o resultado da conjunção de todos os atributos da semente, que permitem a obtenção rápida e uniforme do “stand” no campo. Tornando-se importante para se selecionar lotes que apresentam germinação semelhante, para fins de armazenamento (CARVALHO e NAKAGAWA, 2000). Sementes com baixo vigor podem provocar reduções na velocidade de emergência, na uniformidade, na emergência total, no tamanho inicial e no estabelecimento de estandes adequados (HÖFS, 2003; MACHADO, 2002; SCHUCH et al., 1999; SCHUCH e LIN, 1982a), fatores esses que podem influenciar a acumulação de matéria seca, e assim afetar o rendimento (KOLCHINSKI et al., 2005). Em geral, nos trabalhos onde são reportados efeitos significativos de vigor de sementes sobre o rendimento de sementes em culturas anuais, os efeitos normalmente estão associados com densidades populacionais em níveis subótimos (Schuch e Lin, 1982a), ou em semeaduras mais tardias do que o normal (KHAH et al., 1989). 2.4 Teste de Germinação de Sementes O teste de germinação é o método mais usado para se medir á qualidade fisiológica da semente, todavia este teste apenas indica a porcentagem de sementes de um determinado lote que atingiram o estádio final de deterioração e, portanto, estão mortas, podendo estarem também dormentes. Entretanto, os efeitos intermediários da deterioração afetam consideravelmente o desempenho da semente após seu plantio (ARAUJO et al., 1996).
  • 18. 17 O teste de germinação apresenta limitações quanto à diferenciação de lotes e demora na obtenção dos resultados, fato este que tem levado ao desenvolvimento de testes de vigor que sejam confiáveis e rápidos, agilizando as decisões. O vigor é a soma das propriedades que determinam o nível potencial de atividade e desempenho da semente ou de um lote de sementes durante a germinação e a emergência da plântula (PAULA JÚNIOR et al., 2008). O teste de germinação é realizado com o objetivo de obter informações sobre a qualidade das sementes para fins de semeadura em campo e fornecer dados que possam ser usados juntamente com outras informações (condições de solo, clima, região de plantio), para comparar diferentes lotes de sementes; é o procedimento oficial para avaliar a capacidade das sementes produzirem plântulas normais em condições ideais, mas nem sempre revela diferenças de desempenho entre lotes de sementes durante o armazenamento ou em campo (CARVALHO e NAKAGAWA, 2000). Desta maneira, é importante avaliar o vigor das sementes como complemento às informações fornecidas pelo teste de germinação. O resultado do teste de germinação é através de porcentagem de sementes normais, anormais, infeccionadas, duras ou dormentes e mortas. 2.5 Métodos para Testar o Vigor das Sementes A avaliação da qualidade de um lote de sementes requer que se utilizem metodologias padronizadas, de modo que os testes sejam reproduzíveis em qualquer laboratório, com o mesmo material genético. As Regras para Análise de Sementes (RAS) estabelecem e especificam padrões a serem utilizados, desde o tamanho da amostra até instruções para realização das análises de qualidade de sementes (FERREIRA e BORGHETTI, 2004). Todavia, como relatado por Carvalho e Nakagawa (2000), não há, ainda, nenhum método padronizado que possa ser recomendado para uma ou mais espécies. Um teste de vigor deve ser rápido, de fácil execução, devendo ser igualmente aplicável para se comparar lotes, indicando os de maior e os de menor vigor. Têm sido propostas várias classificações dos métodos para se testar o vigor, divididos em métodos diretos, que procuram simular as condições de campo e os indiretos que avaliam os atributos que indiretamente se relacionam com o vigor das
  • 19. 18 sementes. Este por sua vez se divide em testes fisiológicos, que avaliam aspectos da germinação e crescimento da plântula, e bioquímicos, que determinam uma reação química ou um processo, como atividade enzimática ou respiratória, que estejam relacionados com a capacidade germinativa das sementes (CARVALHO e FERREIRA, 2004). Cada teste tem sua eficiência para se determinar o vigor de sementes, entretanto nenhum é considerado padrão para todas ou uma espécie em especifico. Na primeira contagem do teste de germinação a avaliação é realizada em conjunto com o teste padrão de germinação, registrando a porcentagem de plântulas normais, na data prescrita pelas RAS (Brasil, 2009). Para soja a primeira contagem ocorre no quinto dia após a semeadura e para o feijão a contagem ocorre no quarto dia (SANTOS et al., 2005). As sementes das amostras que germinam mais rapidamente, isto é, que apresentam maior porcentagem de plântulas normais nessa contagem, são consideradas mais vigorosas (MARCOS FILHO et al., 1987). Indiretamente, procede-se uma avaliação da velocidade de germinação, desde que maior porcentagem de plântulas presentes na primeira contagem significa que as sementes desta amostra germinaram mais rapidamente que as demais (NAKAGAWA, 1994). Segundo Tekrony et al. (1987), citado por Nakagawa (1999), recomenda-se definir o tamanho da plântula normal a ser retirada. Índice de Velocidade de Germinação (IVG) é determinado em conjunto com o teste de germinação, avaliando-se diariamente a porcentagem de plântulas normais até 8 dias após a semeadura. O IVG foi determinado empregando-se a fórmula apresentada por Vieira e Carvalho (1994) onde: IVG = índice de velocidade de germinação; N1, N2, Nn = número de plântulas germinadas a 1, 2 e n dias após a montagem do teste; D1, D2, Dn = número de dias após a instalação do teste. O teste de envelhecimento acelerado possibilita a avaliação do estado fisiológico do material, após o período de armazenamento. Tem como base o fato de que a taxa de deterioração das sementes é aumentada consideravelmente através de sua exposição a níveis muito adversos de temperatura e umidade relativa consideradando os fatores ambientais preponderantes na intensidade e velocidade e deterioração. O teste de envelhecimento acelerado pode ser considerado como um dos mais sensíveis para a avaliação do vigor, dentre os disponíveis. Pois, em poucos dias, pode-se obter informações relativamente seguras, através do teste de
  • 20. 19 envelhecimento acelerado, sobre o potencial de armazenamento dos lotes e, dependendo do histórico do lote, do potencial de emergência das plântulas em campo (MARCOS FILHO, 1999). Emergência a campo possibilita a obtenção de valores precisos de vigor e germinação de sementes á campo, já que as mesmas se encontram em seu habitat natural. Para a soja, realiza-se leituras com 5 dias (vigor) e 8 dias (germinação de plântulas sadias, sem danos mecânicos ou outras anomalias na parte radicular ou aérea) (GERMINAX, 2005).
  • 21. 20 3 MATERIAL E MÉTODOS 3.1. Área de Estudo O experimento foi conduzido no Laboratório de Tecnologia de Sementes do Centro de Tecnologia da Amazônia Matogrossense (CETAM), pertence a Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Campus II, Alta Floresta – MT, latitude 9°51'38.73"S e longitude 56° 4'8.64"O. As sementes de soja testadas foram produzidas em área experimental da Universidade do Estado de Mato Grosso, Campus de Alta Floresta. 3.2. Procedimentos Metodológicos 3.2.1 Delineamento Experimental e Tratamentos Os tratamentos foram constituídos pela combinação de quatro cultivares de soja (M – 9144, TMG – 132, TMG – 133 e M – 8766), dois espaçamentos entre linhas (0,30 e 0,60 m) e duas épocas de dessecação das plantas no campo estádios R6 e R8, com quatro repetições cada. Os tratamentos foram dispostos no campo seguindo delineamento de blocos ao acaso no esque fatorial 4 x 2 x 2, com quatro repetições cada e em laboratório, para a análise da qualidade das sementes os
  • 22. 21 tratamentos foram dispostos no delineamento interiramente casualizado, no mesmo esquema fatorial do trabalho de campo, com quadro repetições cada. 3.2.2 Métodos As sementes foram colhidas e secas á sombra. A umidade das sementes foi determinada pelo teste indireto, por meio do equipamento de bancada modelo G600 da GEHAKA, com quatro repetições, onde foi realizada seleção do tipo de sementes na programação do aparelho e preenchido o recipiente de coleta do aparelho e posteriormente procedida a descarga pelo funil para determinação da umidade. As sementes apresentaram teores de umidade entre 8,20 e 10,63%. Após a determinação da umidade foram submetidas aos seguintes testes: Teste padrão de germinação – foram utilizadas 200 sementes de cada tratamento, com quatro repetições de 50 sementes, semeadas sobre duas folhas e cobertas com uma folha de papel germitest umedecidas com volume de água de 2,5 vezes a massa do papel e mantido a temperatura constante de 25°C, em BOD. As avaliações foram realizadas no quinto e no oitavo dia, contando-se o número de sementes germinadas, para a determinação da porcentagem de plântulas normais e anormais. Índice de velocidade de germinação (IVG) – obtido durante o teste padrão de germinação. Para qual foram contadas as sementes que apresentaram radícula igual ou superior a 2 mm. O IVG foi determinado empregando-se a fórmula apresentada por Vieira e Carvalho (1994) IVG = N1/D1 + N2/D2 + ... + Nn/Dn. Onde: IVG = índice de velocidade de germinação; N1, N2, Nn = número de plântulas germinadas a 1, 2 e n dias após a montagem do teste; D1, D2, Dn = número de dias após a instalação do teste. Teste de emergência a campo – foram semeadas a campo 50 sementes em parcela com 1,5 m de comprimento e 20 cm entre linhas, a 3 cm de profundidade, as parcelas foram irrigadas diariamente mantendo o conteúdo de agua á campo. A avaliação foi realizada no oitavo dia após a semeadura, contando-se o número de plântulas, sendo estas classificadas como normais (àquela que apresentou expansão completa das duas folhas primárias) e anormais.
  • 23. 22 Teste de envelhecimento acelerado – O teste foi realizado de acordo com o método descrito por Marcos Filho (1999b). Para o qual duas amostras de sementes de 45 g foram colocadas sobre telados adaptados ao gerbox com 40 mL de água em seu interior. Cada caixa foi fechada, com sua respectiva tampa e levada à câmara de germinação (BOD) regulada à temperatura de 42°C, por 48 horas. Após esse período, foi realizado o teste padrão de germinação, para avaliação do percentual de plantas normais e anormais. 3.2.3 Análise Estatística Os dados coletados foram submetidos à análise de variância com auxílio do software Sisvar (Ferreira, 2011) e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
  • 24. 23 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 4.1 Germinação A cultivar TMG - 133 apresentou os maiores índices de germinação em todos os espaçamentos e épocas de dessecação, não diferindo apenas da cultivar M - 8766 dessecada no estádio R8 com 60 cm de espaçamento entre linhas (Tabela 1). Destaca-se a combinação da dessecação no estádio R8 e 30 cm de espaçamento entre linhas, onde foi verificado o maior resultado do teste de germinação, o qual foi obtido com a cultivar TMG - 133. Este maior resultado verificado pela cultivar TMG - 133 pode estar ligado ao seu hábito de crescimento determinado e de porte baixo, onde se observava melhores condições de circulação de vento, auxiliando na preservação das sementes.
  • 25. 24 Tabela 1. Valores médios para o teste de germinação de sementes de soja, mostrando o comportamento de cultivar dentro da combinação época de dessecamento x espaçamento. Alta Floresta (2014). Dessecação Espaçamento M - 9144 TMG - 132 TMG - 133 M - 8766 R6 30 cm 46,0 b 0,0 d 71,0 a 15,5 c R6 60 cm 0,0 d 31,5 b 88,5 a 20,5 c R8 30 cm 0,0 c 0,0 c 93,0 a 35,0 b R8 60 cm 0,0 b 0,0 b 34,5 a 34,0 a Desdobramento C (DxE) DMS=1,17 CV(%): 14,26 Médias seguidas de mesma letra, em cada linha, não diferem entre si ao nível de 5% pelo teste de Tukey. Fonte: Elaboração do próprio autor As sementes das cultivares M - 9144 no espaçamento de 30 cm, TMG - 132 e TMG - 133 no espaçamento de 60 cm, dessecadas no estádio R6 apresentaram maior germinação em comparação a dessecação no estádio R8. Já para as cultivares TMG - 133 no espaçamento 30 cm e para cultivar M - 8766 em ambos os espaçamentos, a dessecação no estádio R8 produziu sementes com maior capacidade de germinação (Tabela 2). Este comportamento pode estar relacionado com as condições criadas para o desenvolvimento e maturação das sementes e também ao genótipo de cada cultivar. Por outro lado as cultivares M - 9144 no espaçamento de 60 cm e a cultivar TMG - 132 no espaçamento de 30 cm, em ambas épocas de dessecação, a TMG - 132 no espaçamento de 60 cm com a dessecação no estádio R8, apresentaram germinação nula indicando que estas cultivares não são adaptadas para a produção de sementes na região. Tabela 2. Valores médios para o teste de germinação para sementes de soja, mostrando o comportamento de Dessecação dentro da combinação Cultivar x Espaçamento. Alta Floresta (2014) Cultivar Espaçamento R6 R8 M - 9144 30 cm 46,0 a 0,0 b M - 9144 60 cm 0,0 a 0,0 a TMG - 132 30 cm 0,0 a 0,0 a TMG - 132 60 cm 31,5 a 0,0 b TMG - 133 30 cm 71,0 b 93,0 a TMG - 133 60 cm 88,5 a 34,5 b M - 8766 30 cm 15,5 b 35,0 a M - 8766 60 cm 20,5 b 34,0 a DMS (Tukey 5%) D (CxE) DMS= 0,88 CV: 14,26 Médias seguidas de mesma letra, em cada linha, não diferem entre si ao nível de 5% pelo teste de Tukey. Fonte: Elaboração do próprio autor
  • 26. 25 De acordo com os padrões de germinação para produção e comercialização de sementes de soja Embrapa (2005), que é de no mínimo 80%, somente a cultivar TMG - 133 atenderia os parâmetros de germinação mínimos estabelecidos, sendo estes apenas no estágio de dessecação R8 com 30 cm de espaçamento e no estágio R6 com 60 cm de espaçamento. O espaçamento entre linha de 30 cm proporcionou maior germinação das sementes em comparação ao de 60 cm para as cultivares M - 9144 e TMG - 133 nos estádios R6 e R8 (Tabela 3). Por outro lado o espaçamento de 60 cm foi superior ao de 30 cm nas combinações TMG – 132 x R6 e TMG - 133 x R6. Para cultivar M – 9144 foi verificada diferença estatística apenas na configuração R6 x 30 cm, sendo superior as demais. Tabela 3. Valores médios para o teste de germinação para sementes de soja, mostrando o comportamento de espaçamento dentro de cada nível de: Cultivar x Dessecação. Alta Floresta (2014) Cultivar Dessecação E 30 cm E 60 cm M - 9144 R6 46,0 a 0,0 b M - 9144 R8 0,0 a 0,0 a TMG - 132 R6 0,0 a 31,5 b TMG - 132 R8 0,0 a 0,0 a TMG - 133 R6 71,0 b 88,5 a TMG - 133 R8 93,0 a 34,5 b M - 8766 R6 15,5 a 20,5 a M - 8766 R8 35,0 a 34,0 a DMS (Tukey 5%) E(CxD) DMS= 0,88 CV: 14,26 Médias seguidas de mesma letra, em cada linha, não diferem entre si ao nível de 5% pelo teste de Tukey. Fonte: Elaboração do próprio autor . Os resultados obtidos na cultivares M - 9144, TMG - 132 e M - 8766 corroboram com os obtidos por (LACERDA et al., 2005). Estes autores verificarm que a percentagem de germinação e o envelhecimento acelerado nas sementes, em quatro épocas de dessecação, apresentaram capacidade de germinação a baixo de 80%, tido como ideal para uma boa população de plantas no campo (MARCOS FILHO, 1980). Em trabalhos realizados por Kappes et al. (2009), com o teste de germinação foi verificado que as testemunhas (sem aplicação de dessecantes) apresentaram os maiores percentuais quando comparadas com as plantas dessecadas nos estádios
  • 27. 26 R6, R7.1 e R7.2, mostrando que a dessecação nessas fases provoca prejuízos para a germinação das sementes, assim, como no presente trabalho onde a qualidade fisiológicas das sementes produzidas pelos cultivares tiveram influencia do estádio em que ocorreu a dessecação. Lollato et al. (1982) em experimento realizado com feijoeiro verificou que os diferentes espaçamentos testados não exerceram diferença no teste de germinação e vigor das sementes neles produzidos, assim, não concordando com os resultados obtidos apenas na cultivares TMG - 132 e TMG - 133. 4.2Índice de Velocidade de Germinação - IVG A cultivar TMG - 133 não apresentou o maior IVG, somente em relação a cultivar M – 8766, na combinação com o estádio de dessecação R8 com 60 cm de espaçamentos entre linhas (Tabela 4). Tabela 4. Valores médios para o teste de IVG para sementes de soja, mostrando o comportamento de cultivar dentro da combinação época de dessecamento x espaçamento. Alta Floresta (2014). Dessecação Espaçamento M - 9144 TMG - 132 TMG - 133 M - 8766 R6 30 cm 9,79 a 0,00 c 12,22 a 2,82 b R6 60 cm 0,00 c 5,27 b 20,75 a 3,40 b R8 30 cm 0,00 c 0,00 c 18,41 a 5,97 b R8 60 cm 0,00 b 0,00 b 6,37 a 5,87 a Teste de Tukey 5% C (DxE)= DMS=0,48 CV: 12,33 Médias seguidas de mesma letra, em cada linha, não diferem entre si ao nível de 5% pelo teste de Tukey. Fonte: Elaboração do próprio autor A cultivar M - 9144 com 30 cm de espaçamento e as cultivares TMG - 132, TMG - 133 e M - 8766 com espaçamento de 60 cm na época de dessecação R6 tiveram médias superiores de IVG, quando comparadas ás mesmas configurações na dessecação R8 (Tabela 5). Já as cultivares TMG - 133 e M - 8766 quando cultivadas no espaçamento de 30 cm demonstraram resultados controversos ao espaçamento de 60 cm, obtendo-se as melhores médias no estádio R8 de dessecação.
  • 28. 27 Tabela 5. Valores médios para o teste de IVG para sementes de soja, mostrando o comportamento de Dessecação dentro da combinação Cultivar x Espaçamento. Alta Floresta (2014). Cultivar Espaçamento R6 R8 M - 9144 30 cm 9,79 a 0,00 b M - 9144 60 cm 0,00 a 0,00 a TMG - 132 30 cm 0,00 a 0,00 a TMG - 132 60 cm 5,27 a 0,00 b TMG - 133 30 cm 12,22 b 18,41 a TMG - 133 60 cm 20,75 a 6,37 b M - 8766 30 cm 2,82 b 5,97 a M - 8766 60 cm 3,40 a 5,87 b DMS (Tukey 5%) D(CxE) DMS= 0,36 CV: 12,33 Médias seguidas de mesma letra, na mesma linha, não diferem entre si ao nível de 5% pelo teste de Tukey. Fonte: Elaboração do próprio autor As cultivares M - 9144 e TMG - 132 demonstraram resultados insatisfatórios quando a dessecação foi realizada no estádio R8 mostrando baixa qualidade fisiológica das sementes. Na Tabela 6 as cultivares M - 9144 e TMG – 133 no estádio de dessecação R6 e R8, respectivamente, foram superiores no espaçamento de 30 cm, diferindo estatisticamente das mesmas no espaçamento de 60 cm. As cultivares TMG - 132 e TMG – 133, ambas no estádio de dessecação R6, tiveram médias superiores no espaçamento de 60 cm e para a cultivar M – 8766 não foi verificada diferença significativa para os espaçamentos estudados em ambos os estádios de dessecação. Nakagawa et al. (1988), verificaram que para a cultivar IAC-Foscarin, as sementes originárias do maior espaçamento (60 cm) apresentaram menor germinação, apesar de não diferir estatisticamente da de 40 cm. Tabela 6. Valores médios para o teste de IVG para sementes de soja, mostrando o comportamento de espaçamento dentro de cada nível de: Cultivar x Dessecação. Alta Floresta (2014). Cultivar Dessecação E 30cm E 60cm M - 9144 R6 9,97 a 0,00 b M - 9144 R8 0,00 a 0,00 a TMG - 132 R6 0,00 b 5,27 a TMG - 132 R8 0,00 a 0,00 a TMG - 133 R6 12,22 b 20,75 a TMG - 133 R8 18,41 a 6,37 b M - 8766 R6 2,82 a 3,40 a M - 8766 R8 5,97 a 5,87 a DMS (TUKEY 5%) E(CxD) DMS= 0,36 CV: 12,33 Médias seguidas de mesma letra, na mesma linha, não diferem entre si ao nível de 5% pelo teste de Tukey. Fonte: Elaboração do próprio autor
  • 29. 28 4.3 Envelhecimentos Acelerado Os valores verificados para o teste de envelhecimento acelerado, avaliando o comportamento de cada cultivar dentro da combinação época de dessecação x espaçamento esta apresentada na Tabela 7. A cultivar TMG – 133 apresentou a maior germinação após o envelhecimento acelerado, diferindo estatisticamente da cultivar M - 8766 em todas as combinações de espaçamentos e épocas de dessecação, tendo sua melhor média no estágio R6 com 60 cm de espaçamento (Tabela 7). Tabela 7. Valores médios para o teste de envelhecimento para sementes de soja, mostrando o comportamento de cultivar dentro da combinação época de dessecamento x espaçamento. Alta Floresta (2014). Dessecação Espaçamento M - 9144 TMG - 132 TMG - 133 M - 8766 R6 30 cm 0,0 c 0,0 c 58,0 a 18,0 b R6 60 cm 0,0 c 0,0 c 84,5 a 22,5 b R8 30 cm 0,0 c 0,0 c 29,0 a 12,0 b R8 60 cm 0,0 c 0,0 c 28,5 a 4,5 b Teste de Tukey 5% C(DxE) DMS=0,67 CV: 13,66 Médias seguidas de mesma letra, em cada linha, não diferem entre si ao nível de 5% pelo teste de Tukey. Fonte: Elaboração do próprio autor Para as cultivares M - 9144 e TMG - 132 não ocorreu germinação em ambos os espaçamentos e épocas de dessecação. A dessecação no estádio R6 diferem estatisticamente das referentes a dessecação no estagio R8 em todos os espaçamento e cultivares, havendo exceção apenas nas cultivares M - 9144 e TMG – 132 nos espaçamentos de 30 cm e 60 cm (Tabela 8). A melhor media obtida no teste de envelhecimento foi com a cultivar TMG - 133 conduzida com espaçamento entre linhas de 60 cm e época de dessecação R6. Em trabalho realizado por Lacerda et al. (2005) verificou-se semelhança entre o desempenho das sementes no teste de envelhecimento acelerado e de germinação, ressalvando-se que, para as sementes obtidas na primeira época de aplicação (90% de vagens verdes), obtiveram-se valores inferiores aos da segunda época de aplicação (20% de vagens verdes), resultados controversos ao presente trabalho.
  • 30. 29 Tabela 8. Valores médios para o teste de envelhecimento para sementes de soja, mostrando o comportamento de Dessecação dentro da combinação Cultivar x Espaçamento. Alta Floresta (2014). Cultivar Espaçamento R6 R8 M - 9144 30 cm 0,0 a 0,0 a M - 9144 60 cm 0,0 a 0,0 a TMG - 132 30 cm 0,0 a 0,0 a TMG - 132 60 cm 0,0 a 0,0 a TMG - 133 30 cm 58,0 a 29,0 b TMG - 133 60 cm 84,5 a 28,5 b M - 8766 30 cm 18,0 a 12,0 b M - 8766 60 cm 22,5 a 4,0 b DMS (Tukey 5%) D (CxE) DMS= 0,50 CV: 13,66 Médias seguidas de mesma letra, na mesma linha, não diferem entre si ao nível de 5% pelo teste de Tukey. Fonte: Elaboração do próprio autor Houve diferença estatística em apenas duas configurações, sendo que ocorreu diferença significativa entre os espaçamentos somente na combinação TMG - 133 R6 onde no espaçamento de 60 cm foi verificada a maior média e na combinação M - 8766 x R8 onde a média no espaçamento de 30 cm foi superior a obtida no de 60 cm (Tabela 9). Tabela 9. Valores médios para o teste de envelhecimento para sementes de soja, mostrando o comportamento de espaçamento dentro de cada nível de: Cultivar x Dessecação. Alta Floresta (2014). Cultivar Dessecação E 30cm E 60cm M - 9144 R6 0,0 a 0,0 a M - 9144 R8 0,0 a 0,0 a TMG - 132 R6 0,0 a 0,0 a TMG - 132 R8 0,0 a 0,0 a TMG - 133 R6 58,0 b 84,5 a TMG - 133 R8 29,0 a 28,5 a M - 8766 R6 18,0 a 22,5 a M - 8766 R8 12,0 a 4,5 b DMS (TUKEY 5%) E(CXD) DMS= 0,50 CV: 13,66 Médias seguidas de mesma letra, na mesma linha, não diferem entre si ao nível de 5% pelo teste de Tukey. Fonte: Elaboração do próprio autor As cultivares M - 9144 e TMG - 132 apresentaram baixo potencial de vigor (Tabelas 7 e 8). Em trabalho realizado por Marcandalli (2011) na avaliação do vigor das sementes por meio do teste de envelhecimento acelerado, observou-se no desdobramento entre estádio de aplicação x época de amostragem, que as
  • 31. 30 sementes obtidas no estagio de dessecação R6, apresentaram menor vigor, principalmente, quando comparado com as sementes do tratamento R8. Kappes et al. (2009) observou que as sementes das testemunhas originaram os maiores percentuais de plântulas normais, diferindo das plantas dessecadas nos estádios R6.0, R7.1 e R7.2, sendo justificado pela imaturidade fisiológica das sementes por ocasião das aplicações, discordando do presente trabalho. Nakagawa et al. (1988) avaliando o efeito do espaçamento entre linhas na produção e qualidade de sementes de cultivares precoces de soja verificou que o espaçamento de 0,60m originou sementes que apresentaram pior desempenho no teste de envelhecimento acelerado, e no teste de emergência de plântulas no campo, demosntrando baixa qualidade fisiológica das mesmas. 4.4Emergência de sementes a Campo Observa-se que não houve diferença estática no estagio de dessecação R6 com 30 cm de espaçamento entre todas as cultivares, mas pode-se observar que a melhor media foi obtida com a cultivar TMG – 133 (Tabela 10). Tabela 10. Valores médios para o teste de Emergência a Campo para sementes de soja, mostrando o comportamento de cultivar dentro da combinação época de dessecamento x espaçamento. Alta Floresta (2014). Dessecação Espaçamento M - 9144 TMG - 132 TMG - 133 M - 8766 R6 30 9,50 b 4,50 c 14,0 a 4,0 a c R6 60 0,00 c 0,00 c 55,5 a 2,0 b R8 30 0,00 c 0,00 c 41,5 a 14,0 b R8 60 0,00 c 0,00 c 20,5 a 6,0 b Teste de Tukey 5% C(DxE) DMS=1,71 CV: 35,94 Médias seguidas de mesma letra, na mesma linha, não diferem entre si ao nível de 5% pelo teste de Tukey. Fonte: Elaboração do próprio autor É possível verificar que as cultivares M - 9144 e TMG - 132, não tiveram vigor de sementes nas configurações R6 x 60 cm, R8 x 30 cm e R8 x 60 cm aonde as médias foram iguais a zero, nota-se que para estas combinações houve diferença estatística entre as cultivares TMG - 133 e M - 8766, onde a cultivar TMG - 133 demonstrou melhor desempenho em todas as combinações. Não foi verificada diferença estatística entre os estágios de dessecação para as combinações M - 9144 x 60 cm, TMG - 132 x 60 cm e M - 8766 x 60 cm. O
  • 32. 31 estádio de dessecação em R6 superou o estádio R8 nas combinações M - 9144 x 30 cm, TMG - 132 x 30 cm e TMG - 133 x 60 cm e o contrário, foi verificado para as combinações TMG - 133 x 30 cm e M - 8766 x 30 cm (Tabela 11). Tabela11. Valores médios para o teste de Emergência a Campo para sementes de soja, mostrando o comportamento de Dessecação dentro da combinação Cultivar x Espaçamento. Alta Floresta (2014) Cultivar Espaçamento R6 R8 M - 9144 30 cm 9,5 a 0,0 b M - 9144 60 cm 0,0 a 0,0 a TMG - 132 30 cm 4,5 a 0,0 b TMG - 132 60 cm 0,0 a 0,0 a TMG - 133 30 cm 14,0 b 41,50 a TMG - 133 60 cm 55,5 a 20,50 b M - 8766 30 cm 4,0 b 14,0 a M - 8766 60 cm 2,0 b 6,0 a DMS (Tukey 5%) D(CxE) DMS= 1,29 CV: 35,94 Médias seguidas de mesma letra, na mesma linha, não diferem entre si ao nível de 5% pelo teste de Tukey. Fonte: Elaboração do próprio autor Para cultivar M - 9144 e TMG - 132 no estágio de dessecação R8 e para cultivar M - 8766 na dessecação R6 não houve diferença estatística para os espaçamentos empregados, sendo que as cultivares M - 9144 e TMG - 132 tiveram médias iguais à zero. Já as cultivares M - 9144 e TMG - 132 no estagio de dessecação R6 e para as cultivares TMG - 133 e M - 8766 no estágio R8 tiveram melhores médias quando cultivadas com 30 cm de espaçamento entre plantas. Somente a cultivar TMG - 133 com estágio de dessecação R6 teve melhor desempenho com 60 cm de espaçamento (Tabela 12). Tabela 12. Valores médios para o teste de Emergência a Campo para sementes de soja, mostrando o comportamento de espaçamento dentro de cada nível de: Cultivar x Dessecação. Alta Floresta (2014). Cultivar Dessecação E 30cm E 60cm M - 9144 R6 9,5 a 0,0 b M - 9144 R8 0,0 a 0,0 a TMG - 132 R6 4,5 a 0,0 b TMG - 132 R8 0,0 a 0,0 a TMG - 133 R6 14,0 b 55,5 a TMG - 133 R8 45,5 a 20,50 b M - 8766 R6 4,0 a 2,0 b M - 8766 R8 14,0 a 6,0 b DMS (TUKEY 5%) E(CXD) DMS= 1,29 CV: 35,94 Médias seguidas de mesma letra, na mesma linha, não diferem entre si ao nível de 5% pelo teste de Tukey. Fonte: Elaboração do próprio autor
  • 33. 32 Nakagawa et al. (1988) verificaram que as sementes com menor germinação, foram obtidas no espaçamento de 0,60m Para as cultivares IAC - Foscarin 31, IAS-5 e Paraná. Segundo ele Este comportamento fisiológico das sementes originárias do espaçamento de 0,60m poderia ser relacionado aos resultados do peso de 100 sementes, já que este deve ter propiciado condições às plantas de produzirem sementes de maior peso e considerando-se que em soja as sementes maiores nem sempre são as que apresentam melhor qualidade; todavia, avaliando-se cada experimento e cada cultivar vê-se que essa relação não se mostra consistente, levando a concluir que outros fatores relacionados ao maior número de plantas na linha, deste espaçamento, tenham contribuído para esses resultados. Resultados semelhantes ao comportamento da M - 8766 foram observados por Nakagawa et al. (1988) para cultivar Paraná aonde o pior desempenho foi das sementes foi observado no espaçamento de 40 cm. 4.5 Índice de Velocidade de Emergência - IVE Os valores médios obtidos para o teste de IVE, mostrando o comportamento de época de dessecação versus espaçamento, onde nota-se que não ocorreu diferença significativa entre as cultivares na combinação R6E30. Para as demais combinações a cultivar TMG - 133 foi superior as demais, indicando novamente a melhor qualidade fisiológicas das sementes produzidas por esta cultivar (Tabela 13). Tabela 13. Valores médios para o teste de IVE para sementes de soja, mostrando o comportamento de cultivar dentro da combinação época de dessecamento x espaçamento. Alta Floresta (2014). Dessecação Espaçamento M - 9144 TMG - 132 TMG - 133 M - 8766 R6 30 1,35 a 0,52 a 1,67 a 0,45 a R6 60 0,00 c 0,00 c 7,53 a 0,17 b R8 30 0,00 c 0,00 c 6,06 a 1,44 b R8 60 0,00 c 0,00 c 2,40 a 0,77 b Teste de Tukey 5% C(DxE)= DMS=0,48 CV: 21,33 Médias seguidas de mesma letra, na mesma linha, não diferem entre si ao nível de 5% pelo teste de Tukey. Fonte: Elaboração do próprio autor Não se teve diferença estática entre os arranjos M - 9144 x 60, TMG - 132 x 30, TMG - 132 x 60, TMG - 133 x 60 e M - 8766 x 60 para as épocas de dessecação.
  • 34. 33 Houve diferença estatística na cultivar M - 9144 com espaçamento de 30 cm onde a melhor época de dessecação foi no estágio R6 e paras cultivares TMG - 133 e M - 8766 com espaçamento de 30 cm, sendo para esses a melhore época de dessecação o estágio R8. Tabela 14. Valores médios para o teste de IVE para sementes de soja, mostrando o comportamento de Dessecação dentro da combinação Cultivar x Espaçamento. Alta Floresta (2014). Cultivar Espaçamento (cm) R6 R8 M - 9144 30 cm 1,35 a 0,00 b M - 9144 60 cm 0,00 a 0,00 a TMG - 132 30 cm 0,52 a 0,00 a TMG - 132 60 cm 0,00 a 0,00 a TMG - 133 30 cm 1,67 b 6,06 a TMG - 133 60 cm 7,53 a 2,40 a M - 8766 30 cm 0,45 b 1,44 a M - 8766 60 cm 0,17 a 0,67 a DMS (Tukey 5%) D(CxE)= DMS= 0,36 CV: 21,33 Médias seguidas de mesma letra, na mesma linha, não diferem entre si ao nível de 5% pelo teste de Tukey. Fonte: Elaboração do próprio autor Houve diferença estatística entre os espaçamentos para cultivar M - 9144 estágio dessecação R6 e cultivar TMG - 133 estágio de dessecação R8, sendo que para estas o melhor espaçamento é o de 30 cm entre planta. A cultivar TMG – 133 no estágio R6 foi a que melhor de desenvolveu no espaçamento de 60 cm, havendo diferença estatística pelo teste de Tukey. Tabela 15. Valores médios para o teste de I V E para sementes de soja, mostrando o comportamento de espaçamento dentro de cada nível de: Cultivar x Dessecação. Alta Floresta (2014). Cultivar Dessecação E 30cm E 60cm M - 9144 R6 1,32 b 0,00 a M - 9144 R8 0,00 a 0,00 a TMG - 132 R6 0,52 a 0,00 b TMG - 132 R8 0,00 a 0,00 a TMG - 133 R6 1,67 b 7,53 a TMG - 133 R8 6,06 a 2,40 b M - 8766 R6 0,45 a 0,17 a M - 8766 R8 1,44 a 0,67 b DMS (TUKEY 5%) E(CXD)= DMS= 0,36 CV: 21,33 Médias seguidas de mesma letra, na mesma linha, para cada linha, não diferem entre si ao nível de 5% pelo teste de Tukey. Fonte: Elaboração do próprio autor Para as cultivares x dessecação M - 9144 x R8, TMG - 132 x R6, TMG - 132 x R8, M - 8766 x R6 e M - 8766 x R8 não houve diferença estatística entre os espaçamentos empregados.
  • 35. 34 5. CONCLUSÕES Com base nos resultados obtidos e para as condições em que a pesquisa foi desenvolvida, pode se concluir que: - Houve diferença na qualidade fisiologica das sementes conforme o espaçamento utilizado, sendo que o maio qualidade de sementes foi obtida no espaçamento de 60 cm com a cultivar TMG – 133. - A dessecação afetou a qualidade fisiológica das sementes, obtendo-se a melhor qualidade de sementes no estádio de dessecação R8. - As cultivares M - 9144 e TMG - 132 demostraram os piores resultados, sendo impróprias para a produção de sementes na região em ambos os estádios de dessecação e espaçamentos.
  • 36. 35 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABREU, A. F. B. Produção de sementes. In: ABREU, A.F.B.; BIAVA, M. Cultivo do feijão da primeira e segunda safras na região sul de Minas Gerais. Santo Antônio do Goiás: Embrapa Arroz e Feijão, 2005. ARAÚJO, R.S.; RAVA, C.A.; STONE, L.F.; ZIMMERMANN, M.J.O. (Coords.). Cultura do feijoeiro comum no Brasil. Piracicaba: Potafós, 1996, 786 p. ÁVILA, M.R.; BRACCINI, A.L.; SCAPIM, C.A.; MARTORELLI, D.T.; ALBRECHT, L.P.Testes de laboratório em sementes de canola e a correlação com a emergência das plântulas em campo. Revista Brasileira de Sementes, Brasília, vol. 27, nº 1, 62-70, 2005. BALBINOT, E.; LOPES, M. H. Efeitos do condicionamento fisiológico e da secagem na germinação e no vigor de sementes de cenoura. . Revista Brasileira de Sementes, Brasília, vol. 28, nº 1, p.01-08, 2006. BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regras para análise de sementes. Brasília: Mapa/ACS, 2009. 399p. CARVALHO, N.M.; NAKAGAWA, J. Sementes: ciência, tecnologia e produção. Jaboticabal: FUNEP, 2000. 588p. CHRISTENSEN, C.M. e KAUFMANN, H.H. Grain Storage: the Role of Fungi in Quality Loss. Minneapolis: University of Minnesota, 1969. 153p. COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO. Acompanhamento da safra brasileira de grãos. – v. 1, n.1 (2013-) – Brasília: Conab, 2013- v. DENARDI, T.; RAMOS, T.C.; TARTARO, D.E.; NUNES, E. de M.; ASSMANN, I.C.; CICMANEC, E.A. Resposta da cultivar de soja ICA 3 sob cinco densidades de semeadura. In: REUNIÃO DE PESQUISA DE SOJA DA REGIÃO CENTRAL DO BRASIL, 25., 2003, Londrina. Resumos. Londrina: EMBRAPA-CNPSO, 2003. p.241. DHINGRA, O.D. Prejuízos causados por microorganismos durante o armazenamento de sementes. Revista Brasileira de Sementes, Brasília, v.7 n.1: p139-145, 1985. EMBRAPA SOJA. Tecnologias de produção de soja - Região Central do Brasil, 2005. Londrina: Embrapa Soja, Embrapa Cerrados, Embrapa Agropecuária Oeste, Fundação Meridional, 242p. 2005. (Embrapa Soja. Sistema de Produção, 6). FERREIRA, D.F. Sisvar: A computer statistical analysis system. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v.35, n.6, p.1039-1042, nov./dez. 2011. FERREIRA, A. G.; BORGHETTI, F. Germinação: do básico ao aplicado. Porto Alegre: Artmed, 2004. 323 p.
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