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Resumos de história
Crise e queda da monarquia constitucional
Nos finais do sec XIX Portugal viu-se fortemente abalado pela crise económico-financeira que
atingiuaeuropaem1890, que se traduziunafalênciade bancose de empresas,noaumentoda
divida publica e na desvalorização da moeda. Portugal continuava a importar mais do que
exportava, e recorria a um aumento de impostos e ao pedido de empréstimos para cumprir o
pagamentodasdividas.Odescontentamentopolíticoe social eracrescente e visível nasgreves
e manifestações.A burguesia,afetadapelafalênciade bancose pequenase grandesempresas,
também tinha motivos de desagrado. O ultimato inglês (1890) causou muita contestação no
país. O facto de Portugal Ter cedido às exigências britânicas, foi encarado como um ato de
traição do Rei e seus conselheiros, aspeto aproveitado pelo Partido Republicano. Fundadono
princípio da década de 1870, em 1878 já tinham conseguido eleger deputados para o
Parlamento, implementando-se definitivamente na sociedade portuguesa. Em 31/01/1891 no
Porto os defensoresdorepublicanismo(regime político emque chefe da nação é o Presidente
da República, eleitospeloscidadãos)tentaramderrubaramonarquiaimplementara república.
A ditadurade JoãoFranco,1907, com apoiodoRei DOMCarlosForamfatoresque contribuíram
para o agravamentodo descréditoda monarquiaconstitucional.1/02/1908 Deusdo Regicídio,
o Rei Dom Carlose o Príncipe herdeiroDLuís Filipe foramassassinadosemLisboa,DManuel II,
assumiu o trono, mas não conseguiu evitar a queda da monarquia.
O 5 de outubro de 1910
Nodia5/10/1910, triunfouumarevoltaorganizadaporMachadodosSantos.Decididaapôrfim
a monarquia, que contou com o apoio dos militaresde baixa patente e civis armados.O apoio
da República é constituído pela pequena e média, burguesia, sectores topas dele que
simpatizavamcomoideáriode música.Osapoiantesdamonarquiaque nãosaíame suadefesa.
A Repúblicafoi proclamadanavaradada Câmara Municipal de LisboaporJosé Relvasnamanhã
de 5 de outubro de 1910
1ª República (1910-1914)
ApósarevoluçãorepublicanafoiformadoumgovernoprovisóriopresididoporTeófilode Braga,
dirigematé à aprovação da constituiçãoportuguesa, que elaborouasprimeirasleise preparou
as eleições para a Assembleia constituinte. A constituição de 1911 defendia a separação de
poderes, a existência de duas camaras e sistema democrático parlamentar
Poder legislativo (faz as leis) – Congresso ou Parlamento eleito por sufrágio universal (no
entanto,sóos maioresde 21 anos e chefesde famíliahámaisde um anopodiamvotar) elege o
Presidente da República e tinha poder para destituir.
PoderExecutivo(executaasleis) –Presidente daRepública,escolhe ogoverno(ministros)eleito
pelo Congresso por 4 anos
Poder judicial (julga quem não cumpre as leis) – Tribunais
As principais realizações da 1ª república foram:
 Leisde Separação da Igrejae doEstado - Explosãodasordens religiosasNacionalização
dos bens da Igreja, Proibição do ensino Religioso
 Medidas Sociais – Igualdade dos direitos da Mulher, Lei do divórcio, Direito à greve,
 Educação – Criação de jardins-escola, Aumento do número de escolas primárias,
Reformanoensinotécnico, Criaçãodasuniversidadesde Lisboae Portoe reorganização
da universidade de Coimbra, Aposta na formação de professores
Dificuldades da ação governativa
 Oposição da Igreja Católica
 Instabilidade política,que nãopermitiaosucessodasmedidasdossucessivosgovernos
 Rivalidades dentro do Partido Republicano que originou a formação de vários Partidos
(durante 16 anos, a república teve 45 governos e 8 presidentes, resultando na
degradação do regime parlamentar)
 Entrada na 1ª Guerra Mundial que piorou a situação económica do país.
 Sendoassim,a agriculturacontinuavaatrasada, tal como a indústriae as condiçõesde
vida da população pioravam.
Declínio e fim da 1ª República
A participação de Portugal na Primeira Guerra Mundial não conseguiu reunir o consenso da
população portuguesa e produziu consequênciasque tornaram ainda mais frágil a situação do
país. Do ponto de vista político, a guerra contribuiu para um maior desgaste dos partidos no
poderque se sucediamsemconseguirdesenvolverosseusobjetivos. A situaçãoeconómicaou
financeiranãoeramelhor:Aoselevadoscustosdaguerrajuntavamse a carestiade vidae afalta
de géneros alimentícios, aumentando o descontentamento social provocado pelo elevado
número de mortes e de feridos em campanha. Perante um clima de instabilidade política e
social,sucederam-seastentativasde derrubeaoregimerepublicano.Em1917 algunsgruposda
sociedade portuguesa apoiaram a implantação de um regime autoritário liberado por Sidónio
Pais.Em dezembrode 1918, a ditaduraterminavacom um assimassassinatode SidónioPaise
os mesesque lhe seguiramforambastante conturbados,chegandomesmoa ser proclamadaa
monarquia no Norte do país.
A reação autoritária e a ditadura militar
Em 1919 e 1926 a instabilidade política, agitação social e as dificuldades económicas criavam
condições para o crescimento dos adeptos das soluções autoritárias. Os exemplos dados por
Espanha e Itália, onde se implementaram na década de 1920 regimes autoritários convenciam
umacada vezmaiorfatiadapopulação.A 28/05/1926 oGeneral GomesdaCostaacompanhado
das suas tropas,saiu de Braga numa marcha militaremdireçãoa Lisboa. Uma vez derrubadoo
governo, suspenderam, as liberdades individuais puseram fim à República parlamentar e
instauraramassimaditaduramilitar (regimepolíticoquese baseianainterrupçãodasliberdades
individuais apresentando um caráter totalitário e em que os primeiros cargos de chefia são
desempenhados por militares de elevada patente).
A grande depressão dos anos de 1930
Ao longo da década de 1920, os EUA conheceram um período de prosperidade económica. A
produção agrícola e industrial atingiu níveis nunca vistos e a maioria da população assistiu à
melhoria do seu nível de vida Visível no aumento do consumo devidoao crédito facilitado e à
expansãodapublicidade.A Bolsade NovaIorqueregistavaumgrande otimismo,comomilhares
de pessoas a comprar e vender ações a preços muito, muitas vezes acima do valor real –
especulações. Contudo,aprosperidade erafrágil e ilusória,poisaprodução eramuitosuperior
à capacidade de compra dos consumidores. NOS finais da década, Indústrias e agricultores
começaram a sentir primeiros sinais de crise, tendo de reduzir o preço dos produtos para
conseguir escoar os stocks era a crise da superprodução. A situação dos agricultores era ainda
maiscomplicada,desde 1925que os bons anosagrícolasse sucediame aproduçãoagrícola não
era vendida a preços que cobrissem o investimento levando muitos agricultores à falência.
Assustados com a baixa de lucros, os investidores decidiram vender as ações para reduzir os
prejuízos. No dia 24/10/1929 em Wall Street colocaram à venda milhões de ações que não
tiveramcompradorEbaixandovertiginosamenteospreços:eraocrashdabolsade novaIorque.
As consequências económicas do crash da bolsa em N.Y
A crise financeira deu lugar à depuração económica, que reduziu os lucros das empresas,
conduzindo as à falência. Estas crises sucediam se com intervalos de cerca de uma década e
explicavamse pelogrande investimentonaindústriaemmomentosde expansão.Considerada
transmissora, a crise e a prolongar-se por muitos anos, com o valor das ações em descida
permanente até 1932. Muitos bancos foram à falência, levando consigo quem dependia dos
seus créditos. Assim, melhores agricultores industriais e acionistas ficaram arruinados.
A mundialização da crise
Iniciada nos EUA A crise de 1929 rapidamente se alastrou às economias deles dependentes.
 Os países que forneciam matérias-primas e que viram, reduzidas as exportações,
(México, Brasil, Índia e Austrália). Também os países industrializados não conseguiam
venderasua produçãoindustrial,porconsequência,deixavamde precisarde matérias-
primas.
 Ospaísesque dependemdoscréditosamericanosparase construir parase construírem
após a destruição provocada pela Primeira Guerra Mundial, Alemanha e Áustria,
também empresas europeias abriram falência.
A retirar os capitais dos bancos e empresas e reduzir drasticamente O volume de importações
os EUA levaram o mundo a uma profunda crise.
Consequências sociais da grande Depressão
As consequências sociais da grande depressão, afetaram todos, cerca de 40Milhoes de
desempregadoem todo o mundo, lançados na mais dura miséria, sem direito a subsídio ou
indemnização. A miséria atingiu as cidades e o campo onde milhares de agricultores foram
conduzidos à ruína e outros tantos destruíam toneladas de alimentos na expectativa de fazer
subirospreços.Milharesde pequenose médiosindustriais,perderamosseusbense fundosde
rendimentose nãotiveramalternativaque nãofosse tornarem-seassalariados. A mendicidade,
a prostituição, a criminalidade e o suicídio foram as únicas opções para Mulheres de pessoas
que enfrentaram a Grande Depressão. O descontentamento social traduziu se, em
manifestaçõese protestosregistadosem toda a parte, iria ter graves consequências políticas.
O(s) facismo(s) nos anos de 1920 a 1930
Após a Primeira Guerra Mundial, surgiu um novo mapa político da Europa: com queda dos
impérios russos, alemão, Austro-Húngaro e otomano surgiram novos Estados (Finlândia,
Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia,a Checoslováquia, Jugoslávia e Hungria) onde se instalaram
regimes republicanos e Democracias parlamentares. Contudo, na década de 1930, o mapa
político repartia-se entre democracias liberais (França e Inglaterra, Irlanda, Suíça, Noruega,
Suécia, Finlândia, Países Baixos, Bélgica, Luxemburgo e Checoslováquia) e os regimes
extremistasdeesquerda(URSS)e de direita(Alemanha,Itália,Estónia,Lituânia,Letónia,Polónia,
Roménia,Hungria.Áustria,Jugoslávia,Bulgária,Albânia, Grécia, Turquia, Espanha e Portugal).
A crise das democracias liberais
Asdificuldadeseconómicase alteraçõessociaisprovocadaspeloapósaguerra,aliadosàVitória
da revoluçãoBolchevique naRússia,conduziramaoavanço da ideologiade Camposopostos:A
extrema-direitae ospartidoscomunistas.Assoluçõesautoritáriasde direitaencontravamasua
base de apoionagrande burguesiaproprietária efinanceiras,nasclassesmédiase nospequenos
burgueses, enquanto a radicalização Soviética era sustentada pelas forças operárias e pelo
campesinato. DesgastantespelaconsequênciadaGrande Depressãoe pelainstabilidadepolítica
e social que reinavanoseuseio,osregimesdemoliberais foramsendodesacreditadose quando
contestados por não conseguiremapresentarsoluçõespara os momentosde crise económica,
social.
Ascensão do fascismo e do nazismo
Atravessando uma crise económica e social,a Itália foi terrenofértil para a implementação da
primeira ditadura fascista. Servindo-se de ações violentas e de Fortes propagandas Benito
Mussolini e as suas milícias armadas (os camisas negras) ganharam apoiantes. Em 1922,
Mussolini organizou uma marcha sobre Roma, levando ao Rei de Itália, Victor Manuel III, a
encarregar Mussolini de formar governo. Em 1924 o Partido Nacional Fascista ganhou as
eleições. A Alemanha humilhada pelo Tratado de Versalhes, viu crescer o Partido Nacional-
Socialistadostrabalhadoresalemães (partidonazi) dirigidoporAdolf Hitlerdesde 1921.Em1932
era já o partidomaispoderosodoreichstag(parlamento alemão).Em1933, Hitlerfoi nomeado
Chanceler (Primeiro-Ministro) e em 1934, após a morte do Presidente da República, passou a
governar em ditadura.
Os princípios ideológicos do fascismo e do nazismo
 Totalitarismoprincípioquepreconizaasubmissãode todososindivíduosaosinteresses
doEstadoe doseuchefe e queseconsideraqueoEstadodeve controlartodasasesferas
da sociedade e a vida das pessoas, não tolerando qualquer tipo de oposição.
 Estado forte, dirigido por um chefe autoritário, ao qual todos os indivíduos se
submetiam e deviam obediência incondicional.
 Corporativismo,princípiodefendeassociaçãodepatrõeseempregadosemcorporações
controladas pelo Estado, com o intuito de minimizar a luta de classes e enfraquecer o
movimento operário.
 Cultoda personalidade,veneraçãodascaracterísticaspessoaisde um indivíduomuitas
vezesexageradas,que procuramassociarnormalmenteumChefede EstadoaumDeus.
 Defesa da nação como valor mais importante, realçando o seu passado histórico,
nacionalismo.
 Exaltação do imperialismo de modo a criar um Império, se necessário, com recurso a
guerra,com a intençãode alargar o espaço territorial e defenderosdireitosdospovos
superiores.
Enquadramento de massas e repressão da oposição
 Juventude fascista criada por Mussolini e na Alemanha, a Juventude hitleriana criada
por Hitler, às quais todos os homens deveriam pertencer e serviam para controlar a
educação dos jovens.
 As secções Assalto (SA) e secções de segurança (SS) intimidavam, apreciam os
opositores ao regime nazi.
 As grandes paradas militares e desfiles de militantes serviam para mostrar ao Chefe a
obediência sem limites.
 As policias políticas, como a OVRA (organização de vigilância e repressão do
antifascismo)e aGESTAPO,naAlemanhacontrolavae reprimiaaatividade daoposição.
 A censura controlava a comunicação social e a forte propaganda que difundiam a
ideologia fascista, apoiada nos símbolos do regime.
 Associaçõestemposlivresque ocupavamaspessoasNOSmomentosde lazere sempre
subordinadas à ideologia fascista.
Políticas económicas e sociais
A consolidação dos regimes fascistas explica-se pelos resultados obtidos com as respetivas
políticase económicase socias.A implementaçãodonacionalismoeconómico,baseando-seno
conceitode autarcia,ouseja,o princípio de autossuficiênciade umpaísemtermoseconómicos,
era visível naproteçãoda agricultura e da indústriae nos investimentosestataisnaconstrução
de grandes obraspublicas,fezaumentaraproduçãoe reduzir odesemprego.Tambémofimdos
sindicatos e a proibição do direito à greve promoveram a paz social, ainda que fictícia porque
construída à custa da supressão dos direitos sociais.
A doutrina nazi
O nazismo foi o expoente máximo do fascismo e do totalitarismo, baseado num Estado forte
que controlava todos os aspetos da vida dos indivíduos até os momentos íntimos da família.
Führer líder incontestado a quem devem obediência. O nazismo distinguia-se do fascismo
italiano pelo carater racista, particularmente em relação aos judeus, e por ter colocado em
prática o extermínio em massa, vítimas de um autêntico genocídio.

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Crise e queda da monarquia constitucional até à doutrina Nazi

  • 1. Resumos de história Crise e queda da monarquia constitucional Nos finais do sec XIX Portugal viu-se fortemente abalado pela crise económico-financeira que atingiuaeuropaem1890, que se traduziunafalênciade bancose de empresas,noaumentoda divida publica e na desvalorização da moeda. Portugal continuava a importar mais do que exportava, e recorria a um aumento de impostos e ao pedido de empréstimos para cumprir o pagamentodasdividas.Odescontentamentopolíticoe social eracrescente e visível nasgreves e manifestações.A burguesia,afetadapelafalênciade bancose pequenase grandesempresas, também tinha motivos de desagrado. O ultimato inglês (1890) causou muita contestação no país. O facto de Portugal Ter cedido às exigências britânicas, foi encarado como um ato de traição do Rei e seus conselheiros, aspeto aproveitado pelo Partido Republicano. Fundadono princípio da década de 1870, em 1878 já tinham conseguido eleger deputados para o Parlamento, implementando-se definitivamente na sociedade portuguesa. Em 31/01/1891 no Porto os defensoresdorepublicanismo(regime político emque chefe da nação é o Presidente da República, eleitospeloscidadãos)tentaramderrubaramonarquiaimplementara república. A ditadurade JoãoFranco,1907, com apoiodoRei DOMCarlosForamfatoresque contribuíram para o agravamentodo descréditoda monarquiaconstitucional.1/02/1908 Deusdo Regicídio, o Rei Dom Carlose o Príncipe herdeiroDLuís Filipe foramassassinadosemLisboa,DManuel II, assumiu o trono, mas não conseguiu evitar a queda da monarquia. O 5 de outubro de 1910 Nodia5/10/1910, triunfouumarevoltaorganizadaporMachadodosSantos.Decididaapôrfim a monarquia, que contou com o apoio dos militaresde baixa patente e civis armados.O apoio da República é constituído pela pequena e média, burguesia, sectores topas dele que simpatizavamcomoideáriode música.Osapoiantesdamonarquiaque nãosaíame suadefesa. A Repúblicafoi proclamadanavaradada Câmara Municipal de LisboaporJosé Relvasnamanhã de 5 de outubro de 1910 1ª República (1910-1914) ApósarevoluçãorepublicanafoiformadoumgovernoprovisóriopresididoporTeófilode Braga, dirigematé à aprovação da constituiçãoportuguesa, que elaborouasprimeirasleise preparou as eleições para a Assembleia constituinte. A constituição de 1911 defendia a separação de poderes, a existência de duas camaras e sistema democrático parlamentar Poder legislativo (faz as leis) – Congresso ou Parlamento eleito por sufrágio universal (no entanto,sóos maioresde 21 anos e chefesde famíliahámaisde um anopodiamvotar) elege o Presidente da República e tinha poder para destituir. PoderExecutivo(executaasleis) –Presidente daRepública,escolhe ogoverno(ministros)eleito pelo Congresso por 4 anos Poder judicial (julga quem não cumpre as leis) – Tribunais
  • 2. As principais realizações da 1ª república foram:  Leisde Separação da Igrejae doEstado - Explosãodasordens religiosasNacionalização dos bens da Igreja, Proibição do ensino Religioso  Medidas Sociais – Igualdade dos direitos da Mulher, Lei do divórcio, Direito à greve,  Educação – Criação de jardins-escola, Aumento do número de escolas primárias, Reformanoensinotécnico, Criaçãodasuniversidadesde Lisboae Portoe reorganização da universidade de Coimbra, Aposta na formação de professores Dificuldades da ação governativa  Oposição da Igreja Católica  Instabilidade política,que nãopermitiaosucessodasmedidasdossucessivosgovernos  Rivalidades dentro do Partido Republicano que originou a formação de vários Partidos (durante 16 anos, a república teve 45 governos e 8 presidentes, resultando na degradação do regime parlamentar)  Entrada na 1ª Guerra Mundial que piorou a situação económica do país.  Sendoassim,a agriculturacontinuavaatrasada, tal como a indústriae as condiçõesde vida da população pioravam. Declínio e fim da 1ª República A participação de Portugal na Primeira Guerra Mundial não conseguiu reunir o consenso da população portuguesa e produziu consequênciasque tornaram ainda mais frágil a situação do país. Do ponto de vista político, a guerra contribuiu para um maior desgaste dos partidos no poderque se sucediamsemconseguirdesenvolverosseusobjetivos. A situaçãoeconómicaou financeiranãoeramelhor:Aoselevadoscustosdaguerrajuntavamse a carestiade vidae afalta de géneros alimentícios, aumentando o descontentamento social provocado pelo elevado número de mortes e de feridos em campanha. Perante um clima de instabilidade política e social,sucederam-seastentativasde derrubeaoregimerepublicano.Em1917 algunsgruposda sociedade portuguesa apoiaram a implantação de um regime autoritário liberado por Sidónio Pais.Em dezembrode 1918, a ditaduraterminavacom um assimassassinatode SidónioPaise os mesesque lhe seguiramforambastante conturbados,chegandomesmoa ser proclamadaa monarquia no Norte do país. A reação autoritária e a ditadura militar Em 1919 e 1926 a instabilidade política, agitação social e as dificuldades económicas criavam condições para o crescimento dos adeptos das soluções autoritárias. Os exemplos dados por Espanha e Itália, onde se implementaram na década de 1920 regimes autoritários convenciam umacada vezmaiorfatiadapopulação.A 28/05/1926 oGeneral GomesdaCostaacompanhado das suas tropas,saiu de Braga numa marcha militaremdireçãoa Lisboa. Uma vez derrubadoo governo, suspenderam, as liberdades individuais puseram fim à República parlamentar e instauraramassimaditaduramilitar (regimepolíticoquese baseianainterrupçãodasliberdades individuais apresentando um caráter totalitário e em que os primeiros cargos de chefia são desempenhados por militares de elevada patente).
  • 3. A grande depressão dos anos de 1930 Ao longo da década de 1920, os EUA conheceram um período de prosperidade económica. A produção agrícola e industrial atingiu níveis nunca vistos e a maioria da população assistiu à melhoria do seu nível de vida Visível no aumento do consumo devidoao crédito facilitado e à expansãodapublicidade.A Bolsade NovaIorqueregistavaumgrande otimismo,comomilhares de pessoas a comprar e vender ações a preços muito, muitas vezes acima do valor real – especulações. Contudo,aprosperidade erafrágil e ilusória,poisaprodução eramuitosuperior à capacidade de compra dos consumidores. NOS finais da década, Indústrias e agricultores começaram a sentir primeiros sinais de crise, tendo de reduzir o preço dos produtos para conseguir escoar os stocks era a crise da superprodução. A situação dos agricultores era ainda maiscomplicada,desde 1925que os bons anosagrícolasse sucediame aproduçãoagrícola não era vendida a preços que cobrissem o investimento levando muitos agricultores à falência. Assustados com a baixa de lucros, os investidores decidiram vender as ações para reduzir os prejuízos. No dia 24/10/1929 em Wall Street colocaram à venda milhões de ações que não tiveramcompradorEbaixandovertiginosamenteospreços:eraocrashdabolsade novaIorque. As consequências económicas do crash da bolsa em N.Y A crise financeira deu lugar à depuração económica, que reduziu os lucros das empresas, conduzindo as à falência. Estas crises sucediam se com intervalos de cerca de uma década e explicavamse pelogrande investimentonaindústriaemmomentosde expansão.Considerada transmissora, a crise e a prolongar-se por muitos anos, com o valor das ações em descida permanente até 1932. Muitos bancos foram à falência, levando consigo quem dependia dos seus créditos. Assim, melhores agricultores industriais e acionistas ficaram arruinados. A mundialização da crise Iniciada nos EUA A crise de 1929 rapidamente se alastrou às economias deles dependentes.  Os países que forneciam matérias-primas e que viram, reduzidas as exportações, (México, Brasil, Índia e Austrália). Também os países industrializados não conseguiam venderasua produçãoindustrial,porconsequência,deixavamde precisarde matérias- primas.  Ospaísesque dependemdoscréditosamericanosparase construir parase construírem após a destruição provocada pela Primeira Guerra Mundial, Alemanha e Áustria, também empresas europeias abriram falência. A retirar os capitais dos bancos e empresas e reduzir drasticamente O volume de importações os EUA levaram o mundo a uma profunda crise. Consequências sociais da grande Depressão As consequências sociais da grande depressão, afetaram todos, cerca de 40Milhoes de desempregadoem todo o mundo, lançados na mais dura miséria, sem direito a subsídio ou indemnização. A miséria atingiu as cidades e o campo onde milhares de agricultores foram conduzidos à ruína e outros tantos destruíam toneladas de alimentos na expectativa de fazer subirospreços.Milharesde pequenose médiosindustriais,perderamosseusbense fundosde rendimentose nãotiveramalternativaque nãofosse tornarem-seassalariados. A mendicidade, a prostituição, a criminalidade e o suicídio foram as únicas opções para Mulheres de pessoas que enfrentaram a Grande Depressão. O descontentamento social traduziu se, em manifestaçõese protestosregistadosem toda a parte, iria ter graves consequências políticas.
  • 4. O(s) facismo(s) nos anos de 1920 a 1930 Após a Primeira Guerra Mundial, surgiu um novo mapa político da Europa: com queda dos impérios russos, alemão, Austro-Húngaro e otomano surgiram novos Estados (Finlândia, Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia,a Checoslováquia, Jugoslávia e Hungria) onde se instalaram regimes republicanos e Democracias parlamentares. Contudo, na década de 1930, o mapa político repartia-se entre democracias liberais (França e Inglaterra, Irlanda, Suíça, Noruega, Suécia, Finlândia, Países Baixos, Bélgica, Luxemburgo e Checoslováquia) e os regimes extremistasdeesquerda(URSS)e de direita(Alemanha,Itália,Estónia,Lituânia,Letónia,Polónia, Roménia,Hungria.Áustria,Jugoslávia,Bulgária,Albânia, Grécia, Turquia, Espanha e Portugal). A crise das democracias liberais Asdificuldadeseconómicase alteraçõessociaisprovocadaspeloapósaguerra,aliadosàVitória da revoluçãoBolchevique naRússia,conduziramaoavanço da ideologiade Camposopostos:A extrema-direitae ospartidoscomunistas.Assoluçõesautoritáriasde direitaencontravamasua base de apoionagrande burguesiaproprietária efinanceiras,nasclassesmédiase nospequenos burgueses, enquanto a radicalização Soviética era sustentada pelas forças operárias e pelo campesinato. DesgastantespelaconsequênciadaGrande Depressãoe pelainstabilidadepolítica e social que reinavanoseuseio,osregimesdemoliberais foramsendodesacreditadose quando contestados por não conseguiremapresentarsoluçõespara os momentosde crise económica, social. Ascensão do fascismo e do nazismo Atravessando uma crise económica e social,a Itália foi terrenofértil para a implementação da primeira ditadura fascista. Servindo-se de ações violentas e de Fortes propagandas Benito Mussolini e as suas milícias armadas (os camisas negras) ganharam apoiantes. Em 1922, Mussolini organizou uma marcha sobre Roma, levando ao Rei de Itália, Victor Manuel III, a encarregar Mussolini de formar governo. Em 1924 o Partido Nacional Fascista ganhou as eleições. A Alemanha humilhada pelo Tratado de Versalhes, viu crescer o Partido Nacional- Socialistadostrabalhadoresalemães (partidonazi) dirigidoporAdolf Hitlerdesde 1921.Em1932 era já o partidomaispoderosodoreichstag(parlamento alemão).Em1933, Hitlerfoi nomeado Chanceler (Primeiro-Ministro) e em 1934, após a morte do Presidente da República, passou a governar em ditadura. Os princípios ideológicos do fascismo e do nazismo  Totalitarismoprincípioquepreconizaasubmissãode todososindivíduosaosinteresses doEstadoe doseuchefe e queseconsideraqueoEstadodeve controlartodasasesferas da sociedade e a vida das pessoas, não tolerando qualquer tipo de oposição.  Estado forte, dirigido por um chefe autoritário, ao qual todos os indivíduos se submetiam e deviam obediência incondicional.  Corporativismo,princípiodefendeassociaçãodepatrõeseempregadosemcorporações controladas pelo Estado, com o intuito de minimizar a luta de classes e enfraquecer o movimento operário.  Cultoda personalidade,veneraçãodascaracterísticaspessoaisde um indivíduomuitas vezesexageradas,que procuramassociarnormalmenteumChefede EstadoaumDeus.  Defesa da nação como valor mais importante, realçando o seu passado histórico, nacionalismo.
  • 5.  Exaltação do imperialismo de modo a criar um Império, se necessário, com recurso a guerra,com a intençãode alargar o espaço territorial e defenderosdireitosdospovos superiores. Enquadramento de massas e repressão da oposição  Juventude fascista criada por Mussolini e na Alemanha, a Juventude hitleriana criada por Hitler, às quais todos os homens deveriam pertencer e serviam para controlar a educação dos jovens.  As secções Assalto (SA) e secções de segurança (SS) intimidavam, apreciam os opositores ao regime nazi.  As grandes paradas militares e desfiles de militantes serviam para mostrar ao Chefe a obediência sem limites.  As policias políticas, como a OVRA (organização de vigilância e repressão do antifascismo)e aGESTAPO,naAlemanhacontrolavae reprimiaaatividade daoposição.  A censura controlava a comunicação social e a forte propaganda que difundiam a ideologia fascista, apoiada nos símbolos do regime.  Associaçõestemposlivresque ocupavamaspessoasNOSmomentosde lazere sempre subordinadas à ideologia fascista. Políticas económicas e sociais A consolidação dos regimes fascistas explica-se pelos resultados obtidos com as respetivas políticase económicase socias.A implementaçãodonacionalismoeconómico,baseando-seno conceitode autarcia,ouseja,o princípio de autossuficiênciade umpaísemtermoseconómicos, era visível naproteçãoda agricultura e da indústriae nos investimentosestataisnaconstrução de grandes obraspublicas,fezaumentaraproduçãoe reduzir odesemprego.Tambémofimdos sindicatos e a proibição do direito à greve promoveram a paz social, ainda que fictícia porque construída à custa da supressão dos direitos sociais. A doutrina nazi O nazismo foi o expoente máximo do fascismo e do totalitarismo, baseado num Estado forte que controlava todos os aspetos da vida dos indivíduos até os momentos íntimos da família. Führer líder incontestado a quem devem obediência. O nazismo distinguia-se do fascismo italiano pelo carater racista, particularmente em relação aos judeus, e por ter colocado em prática o extermínio em massa, vítimas de um autêntico genocídio.