1. PCC 3231 - Tecnologia e Gestão da Produção de Obras Civis:
Princípios e Fundamentos
Aula 9
Segurança no trabalho: Conceitos
& Ferramentas
1
Prof. Dr. Flávio Leal Maranhão
Prof. Dr. Francisco Ferreira Cardoso
Prof. Dr. Hermes Fajersztajn
Prof. Dr. Luiz Reynaldo A. Cardoso
Outubro 2019
2. LEITURAS para esta aula
OBRIGATÓRIAS
▪ FURLETTI, D.; VASCONCELOS, Ieda M.P.; MENDES, Luís F
. M. Crescimento com
mais segurança no trabalho. Conjuntura da Construção, XI(4), dezembro 2013.
São Paulo: FGV IRBE - SindusCon-SP, pp. 19-20.
▪ Ministério do Trabalho. Condições e Meio ambiente do Trabalho na indústria
da Construção. NR-18. São Paulo, atualizada em 2013. Leitura capítulos 18.1,
18.3, 18.4, 18.9, 18.10, 18.12, 18.13, 18.14, 18.15, 18.18, 18.23, 18.27, 18.28,
18.29, 18.33 e 18.35.
▪ BENITE, Anderson Glauco. Sistemas de gestão da segurança e saúde no
trabalho para empresas construtoras. São Paulo: Escola Politécnica da USP.
Dissertação de mestrado. 2004. Capítulo 2.
COMPLEMENTARES
▪ VIEIRA, Marcelino F
. Medidas de Proteção Contra Quedas de Altura.
Relatório Técnico de Procedimento RTP-01. Brasília: Ministério do Trabalho e
Emprego. 2003. 33p.
▪ SECONCI-PR. PCMAT - Programa de Condições do Meio Ambiente de
Trabalho na Construção Civil. Programa de Gerenciamento e Prevenção de
Acidentes. 2001. 50p.
2
3. 3
Fonte de casos usados na aula
▪ BARKOKÉBAS JUNIOR, Béda. Gestão em Segurança e Saúde do Trabalho para
Indústria da Construção Civil – GSST. In.: Seminário de Acompanhamento e
Avaliação de Resultados Parciais dos Projetos aprovados na Chamada
Pública MCT/FINEP/Fundo Verde-Amarelo 01/2003. Rio de Janeiro, julho
2005.
4. Programação da aula
• Conceitos Básicos de SST (45 min)
• NR-18, NR-35 e PCMAT (15 min)
• Exercício 1 – NR-18 e áreas de vivência (30 min)
• Sistemas de Gestão da SST (20 min)
• Exercício 2 – PCMAT, RTP-01 e Trabalhos em
Altura (30 min)
4
5. Conceitos Básicos & Ferramentas de HST
Acidentes e Quase-acidentes
Atuação Reativa e Atuação Proativa
Atos Inseguros e Condições Inseguras
Perigo e Risco
SST – Segurança e Saúde no Trabalho
Custos da Segurança e Custos da Não-
segurança
Norma Regulamentadora - 18 – NR-18 (MTE)
Sistema de Gestão da SST 5
6. Introdução
ACIDENTES DO TRABALHO
SANTANA (2012)
6
Mundo (OIT): 60.000 mortes por ano na Construção Civil
(2009) ( 1/6 das mortes ou 14% do total)
Brasil (MPAS): 11.000 novos incapacitados
e inválidos por ano (9% do total)
390 mortes por ano no Brasil
14% das mortes são na Construção Civil
(CC 1o lugar em diversos países)
7. Introdução
ACIDENTES DO TRABALHO
Brasil (MPAS): 1 milhão de dias perdidos de trabalho
(9% do total)
390 mortes por ano no Brasil
14% das mortes são na Construção Civil
(CC 1o lugar em diversos países)
SANTANA (2012)
7
13. 14
Características do setor da Construção
que impactam a SST
✓ Terceirização/quarteirização da execução das obras;
✓ Baixa capacitação da mão da obra;
✓ Rotatividade da força de trabalho;
✓ Prazos curtos na construção;
✓ Preços de contrato baixos;
✓ Falta de informação em segurança e saúde;
✓ Escopo dos projetos construtivos não definidos
completamente;
✓ Falta de gestão de SST nos canteiros de obras, etc.
Fonte: Eng. Seg. Antonio Pereira (auditor fiscal do trabalho e coordenador da CPR-SP da NR18)
14. Acidentes e Quase-acidentes
Acidente:
“Evento indesejável que resulta em morte,
problemas de saúde, ferimentos, danos e
outros prejuízos.”
OHSAS 18001:1999 e BS 8800:1996
Idéias incorretas:
a) acidentes ocorrem por acaso;
b) as conseqüências ocorrem imediatamente após o evento; e
c) os acidentes necessariamente resultam em danos pessoais.
Vamos mostrar que esses
pressupostos são falsos!
15
15. Quase-acidente:
“Um evento não previsto que tinha potencial
de gerar acidentes.”
OHSAS 18001:1999 e BS 8800:1996
Conceito busca incluir todas as ocorrências que não
resultam em morte, problemas de saúde, ferimentos,
danos e outros prejuízos, como elementos que devem
ser eliminados ou reduzidos para não se tornarem
acidentes reais em uma situação futura.
16
Acidentes e Quase-acidentes
16. 29
1 Acidentes graves – mortes e lesões incapacitantes
Acidentes leves - lesões menores
Acidentes e Quase-acidentes
300 Quase-acidentes
Pirâmide de W. Henrich (1959)
19
1
175
Acidentes graves – mortes e lesões incapacitantes
Acidentes leves - lesões menores
Quase-acidentes
17
Pirâmide de Fletcher (1972)
10
1
300
600
Lesão Séria ou Incapacitante
Lesões Leves não Incapacitantes
Danos à propriedade
Quase-acidentes
Pirâmide de Frank Bird (1969)
Benite (2004)
17. Diagnóstico: áreas prioritárias
Risco de acidente por
choque elétrico devido
a partes vivas expostas.
1
8
Fonte: BarkokébasJunior,Béda.GestãoemSegurançaeSaúdedoTrabalhoparaIndústriadaConstruçãoCivil–GSST
.In.:
SemináriodeAcompanhamentoeAvaliaçãodeResultadosParciaisdosProjetosaprovadosnaChamadaPública
MCT/FINEP/Fundo Verde-Amarelo 01/2003. Riode Janeiro, julho 2005.
18. Risco de queda por diferença de nível e de projeção de ferramentas e
materiais devido a ausência de proteção de periferia de laje.
Diagnóstico: áreas prioritárias
1
8
Fonte: BarkokébasJunior,Béda.GestãoemSegurançaeSaúdedoTrabalhoparaIndústriadaConstruçãoCivil–GSST
.In.:
SemináriodeAcompanhamentoeAvaliaçãodeResultadosParciaisdosProjetosaprovadosnaChamadaPública
MCT/FINEP/Fundo Verde-Amarelo 01/2003. Riode Janeiro, julho 2005.
19. Risco de queda por diferença de nível devido a
abertura no piso.
Abertura do poço do
Diagnóstico: áreas prioritárias
elevador durante a fase
de estruturas
Abertura do poço do
elevador durante a fase
de acabamento
1
8
Fonte: BarkokébasJunior,Béda.GestãoemSegurançaeSaúdedoTrabalhoparaIndústriadaConstruçãoCivil–GSST
.In.:
SemináriodeAcompanhamentoeAvaliaçãodeResultadosParciaisdosProjetosaprovadosnaChamadaPública
MCT/FINEP/Fundo Verde-Amarelo 01/2003. Riode Janeiro, julho 2005.
20. Risco de queda por diferença
de nível devido à não
utilização do cinto de
segurança tipo pára-quedista.
Diagnóstico: áreas prioritárias
2
1
Fonte: BarkokébasJunior,Béda.GestãoemSegurançaeSaúdedoTrabalhoparaIndústriadaConstruçãoCivil–GSST
.In.:
SemináriodeAcompanhamentoeAvaliaçãodeResultadosParciaisdosProjetosaprovadosnaChamadaPública
MCT/FINEP/Fundo Verde-Amarelo 01/2003. RioDeJaneiro, julho 2005.
21. Diagnóstico: áreas prioritárias
Risco de queda por diferença de
nível devido à falta de utilização
do cinto de segurança tipo pára-
quedista.
2
1
Fonte: BarkokébasJunior,Béda.GestãoemSegurançaeSaúdedoTrabalhoparaIndústriadaConstruçãoCivil–GSST
.In.:
SemináriodeAcompanhamentoeAvaliaçãodeResultadosParciaisdosProjetosaprovadosnaChamadaPública
MCT/FINEP/Fundo Verde-Amarelo 01/2003. RioDeJaneiro, julho 2005.
22. Risco de queda devido a utilização
de meio inadequado para atingir
lugar mais alto e ao piso do
andaime com forração
incompleta.
Diagnóstico: áreas prioritárias
2
1
Fonte: BarkokébasJunior,Béda.GestãoemSegurançaeSaúdedoTrabalhoparaIndústriadaConstruçãoCivil–GSST
.In.:
SemináriodeAcompanhamentoeAvaliaçãodeResultadosParciaisdosProjetosaprovadosnaChamadaPública
MCT/FINEP/Fundo Verde-Amarelo 01/2003. RioDeJaneiro, julho 2005.
23. Acidentes e Quase-acidentes
Conclusão:
2
4
“É um engano uma organização fazer maiores
e exclusivos esforços no controle dos raros
eventos que resultam em danos pessoais
sérios e incapacitantes, sendo que há uma
imensa quantidade de eventos que
possibilita uma melhor base científica para
formular ações preventivas que eliminem ou
reduzam a ocorrência dos acidentes.”
Benite (2004)
24. Atuação Reativa e Atuação Proativa
ACIDENTE
ATUAÇÃO REATIVA
IDENTIFICAÇÃO
DE
PERIGOS
ATUAÇÃO PROATIVA
INVESTIGAÇÃO
ANÁLISE
A
VALIAÇÃO
DOS
RISCOS
MEDIDAS DE
CONTROLE
DE SST
INVESTIGAÇÃO
MUDANÇA
25
MEDIDAS DE
CONTROLE
DE SST
ACIDENTE
Fonte: adaptado de Brauer (1994)
Mudança de forma de atuação Reativa para Proativa
Benite (2004)
26. • Evento - prevenção e combate a incêndio
Atuação Proativa
27
Prática
Fonte: Construtora Tarjab
27. Evento - I SIPAT (Semana Interna de Prevenção de
Acidentes de Trabalho)
Atuação Proativa
Fonte: Construtora Tarja2b8
28. Acompanhamento das condições de trabalho
Adequação das instalações elétricas
2
9
Fonte: BarkokébasJunior,Béda.GestãoemSegurançaeSaúdedoTrabalhoparaIndústriadaConstruçãoCivil–GSST
.In.:
SemináriodeAcompanhamentoeAvaliaçãodeResultadosParciaisdosProjetosaprovadosnaChamadaPública
MCT/FINEP/Fundo Verde-Amarelo 01/2003. RioDeJaneiro, julho 2005.
29. Adequação das instalações elétricas: DR
Acompanhamento das condições de trabalho
2
9
Fonte: BarkokébasJunior,Béda.GestãoemSegurançaeSaúdedoTrabalhoparaIndústriadaConstruçãoCivil–GSST
.In.:
SemináriodeAcompanhamentoeAvaliaçãodeResultadosParciaisdosProjetosaprovadosnaChamadaPública
MCT/FINEP/Fundo Verde-Amarelo 01/2003. RioDeJaneiro, julho 2005.
30. Ajuste das proteções de periferia.
Acompanhamento das condições de trabalho
Revestimento
cerâmico
definitivo
2
9
Fonte: BarkokébasJunior,Béda.GestãoemSegurançaeSaúdedoTrabalhoparaIndústriadaConstruçãoCivil–GSST
.In.:
SemináriodeAcompanhamentoeAvaliaçãodeResultadosParciaisdosProjetosaprovadosnaChamadaPública
MCT/FINEP/Fundo Verde-Amarelo 01/2003. RioDeJaneiro, julho 2005.
31. Ajuste das proteções de periferia durante a montagem da
ferragem.
Acompanhamento das condições de trabalho
2
9
Fonte: BarkokébasJunior,Béda.GestãoemSegurançaeSaúdedoTrabalhoparaIndústriadaConstruçãoCivil–GSST
.In.:
SemináriodeAcompanhamentoeAvaliaçãodeResultadosParciaisdosProjetosaprovadosnaChamadaPública
MCT/FINEP/Fundo Verde-Amarelo 01/2003. RioDeJaneiro, julho 2005.
32. Concretagem
Pontas verticais de
vergalhões protegidas
EPI adequados à
atividade
Três
isolantes do
fio elétrico
do vibrador
Proteção de
periferia
2
9
Fonte: BarkokébasJunior,Béda.GestãoemSegurançaeSaúdedoTrabalhoparaIndústriadaConstruçãoCivil–GSST
.In.:
SemináriodeAcompanhamentoeAvaliaçãodeResultadosParciaisdosProjetosaprovadosnaChamadaPública
MCT/FINEP/Fundo Verde-Amarelo 01/2003. RioDeJaneiro, julho 2005.
33. Montagem de forma
Corda do cinto
de segurança
Acompanhamento das condições de trabalho
Fixação do cito
de segurança
2
9
Fonte: BarkokébasJunior,Béda.GestãoemSegurançaeSaúdedoTrabalhoparaIndústriadaConstruçãoCivil–GSST
.In.:
SemináriodeAcompanhamentoeAvaliaçãodeResultadosParciaisdosProjetosaprovadosnaChamadaPública
MCT/FINEP/Fundo Verde-Amarelo 01/2003. RioDeJaneiro, julho 2005.
34. Atos Inseguros e Condições Inseguras
“Adotando-se uma visão prevencionista, deve-se
considerar como causa do acidente ‘qualquer fator
que, se não for removido a tempo, conduzirá ao
acidente’.
A importância deste conceito reside no fato
incontestável de que os acidentes não são
inevitáveis e não surgem por acaso, mas sim são
causados e passíveis de prevenção, pelo
conhecimento e eliminação, a tempo, de suas
causas.”
Benite (2004) 35
35. Atos Inseguros e Condições Inseguras
“Atos inseguros são os fatores pessoais dependentes
das ações dos homens que são fontes causadoras
de acidentes.
Exemplos:
■ permanecer sobre cargas suspensas;
■ operar máquinas sem estar habilitado ou autorizado;
■ deixar de usar os equipamentos de proteção
individual;
■ remover proteções de máquinas;
■ entrar em áreas não permitidas; ...”
Benite (2004)
36
36. Atos Inseguros e Condições Inseguras
“Condições inseguras estão ligadas às condições do
ambiente de trabalho que são fontes causadoras
de acidentes.
Exemplos:
■ máquinas sem proteções adequadas,
■ iluminação e ventilação insuficientes,
■ ferramentas em mau estado de conservação,
■ piso escorregadio,
■ temperatura elevada, etc .”
Benite (2004)
37
37. Atos Inseguros e Condições Inseguras
Henrich (1959):
• 75.000 acidentes;
• 88% causados por atos inseguros;
• 10% por condições inseguras; e os demais
• 2% por causas imprevisíveis.
“Condições inseguras e os atos inseguros são igualmente
importantes na gênese dos acidentes, devendo-se dar, em
conseqüência, igual importância à remoção dos dois tipos
de causas de acidentes nas organizações.”
Benite (2004)
38
38. Risco de queda devido a utilização
de meio inadequado para atingir
lugar mais alto e ao piso do
andaime com forração
incompleta.
ATOS INSEGUROS
3
9
Fonte: BarkokébasJunior,Béda.GestãoemSegurançaeSaúdedoTrabalhoparaIndústriadaConstruçãoCivil–GSST
.In.:
SemináriodeAcompanhamentoeAvaliaçãodeResultadosParciaisdosProjetosaprovadosnaChamadaPública
MCT/FINEP/Fundo Verde-Amarelo 01/2003. RioDeJaneiro, julho 2005.
39. Perigo e Risco
Perigo:
“Fonte ou situação com potencial de
provocar lesões pessoais, problemas de
saúde, danos à propriedade, ao ambiente de
trabalho, ou uma combinação desses.”
OHSAS 18001:1999 e BS 8800:1996
Risco:
“Com bin a çã o d a proba bilid a d e e d a s
conseqüências de ocorrer um evento
perigoso.”
OHSAS 18001:1999 e BS 8800:1996
40
40. Perigo e Risco
ALTA
ESCALA DE PROBABILIDADE
ALTA (3) Esperado que ocorra
MÉDIA (2) Provável de ocorrer
BAIXA (1) Improvável de ocorrer
BAIXA
3 6 9
2 4 6
1 2 3
BAIXA ALTA
MÉDIA
PROBABILIDADE
GRAVIDADE
MÉDIA
ESCALA DE GRAVIDADE
ALTA (3) Morte e lesões incapacitantes
MÉDIA (2) Doenças ocupacionais e lesões menores
BAIXA (1) Danos materiais e prejuizo ao processo
ESCALA DE RISCO
Crítico
Moderado
Tolerável
41
Benite (2004)
Exemplo de escalas para avaliação
de riscos
41. Perigo e Risco
APR – ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS
Origem: Serviço - Alvenaria
Identificação dos Perigos
Avaliação do
Risco
P G RISCO
Perigos Situação Danos
Exposição à altura Nas periferias e vãos de lajes
Queda e morte dos
operários
3 3 9
Exposição a
produtos químicos
Na preparação da argamassa
pode haver o contato do
cimento com a pele
Dermatites 3 2 6
Exposição à
poeira
Durante a varrição no término
do serviço
Inalação de poeira e
problemas respiratórios
3 1 3
..... .... ... .. .. ..
P - PROBABILIDADE G – GRAVIDADE RISCO (P x G)
42
Benite (2004)
43. Segurança:
“O estado de estar livre de riscos inaceitáveis de
danos.”
Segurança e Saúde no Trabalho
OHSAS 18001:1999 e B S 8800:1996
4
4
Saúde:
“Estado de bem estar físico, mental e social, e não
meramente a ausência de doenças ou enfermidades.”
OMS
SST – Segurança e Saúde no Trabalho:
“O estado de estar livre de riscos inaceitáveis de danos
nos ambientes de trabalho, garantindo o bem estar
físico, mental e social dos trabalhadores.”
Benite (2004)
44. Custos indiretos relacionados a acidente podem ser
de 3 a 10 vezes maiores que o custo direto.
Custos da Segurança e Custos da Não-segurança
Exemplos:
Faltas ao trabalho por doenças do trabalho
representaram no Reino Unido um prejuízo anual
de 20 bilhões de Euros. (Confederation of British Industry
– CBI,1997)
Brasil: valores da ordem de 1,5 a 3 % do custo
total da obra (edifícios residenciais), como sendo o
custo da segurança (Araújo; Melo, 1999).
45
46. Custos da Segurança
47
Benite (2004)
Tempo dos trabalhadores utilizado durante as atividades de
treinamento
Custos dos treinamentos, conscientização e capacitação dos
trabalhadores
Custos com exames médicos de monitoramento de saúde
Manutenção de equipes de SST e respectivos encargos sociais
Aquisição de equipamento de proteção individual
Tempo para desenvolvimento de projetos e instalação de
proteções coletiva
Placas de identificação e orientativas de SST
Manutenção da infraestrutura nos canteiros (áreas de vivência,
refeitórios, alojamento, sanitários)
Custos com realização de medições de condições ambientais
(ruído, iluminação, vapores, etc.)
47. Custos da Não-segurança
✓ Custos do transporte e atendimento médico do acidentado
✓ Prejuízos em função dos danos materiais a ferramentas, máquinas, materiais e ao produto
✓ Pagamento de benefícios e indenizações ao acidentados e suas famílias
✓ Pagamento de multas e penalizações
✓Tratamento de pendências jurídicas, tais como processos criminais por lesões corporais,
indenizatórias e previdenciárias
✓ Tempo não trabalhado pelo acidentado durante o atendimento e no período em que fica afastado.
✓ Tempo despendido pelos supervisores, equipe de segurança e médica durante o atendimento
✓ Baixa moral dos trabalhadores, perda de motivação e conseqüente queda de produtividade
✓ Tempo de paralisação das atividades pelo poder público e conseqüente prejuízo à produção
✓ Tempo para a limpeza e recuperação da área e reinicio das atividades
✓ Tempo necessário para o replanejamento das atividades
✓Tempo dos supervisores para investigar os acidentes, preparar relatórios e prestar esclarecimentos
às partes interessadas: clientes, sindicatos, MTE , imprensa, etc.
✓Tempo de recrutamento e capacitação de um novo funcionário na função do acidentado, durante o
seu afastamento
✓ Perda da produtividade do trabalhador acidentado após seu retorno
✓ Aumento dos custos dos seguros pagos pelas organizações (voluntários e obrigatórios)
✓Aumento dos custos para a sociedade em função da maior necessidade de recursos financeiros
(tributações) para que o governo efetue o pagamento de benefícios previdenciários (auxílio doença,
pensões por invalidez, etc.), bem como para a manter toda a estrutura de fiscalização
✓ Custos econômicos relativos ao prejuízo da imagem da organização frente à sociedade e clientes
48
Benite (2004)
48. Norma Regulamentadora - 18 – NR 18 (MTE)
NR 18 - Condições e Meio Ambiente de
Trabalho na Indústria da Construção (2015)
administrativa, de planejamento e de
organização, que objetivam a
implementação de medidas de controle e
sistemas preventivos de segurança nos
processos, nas condições e no meio
ambiente de trabalho na Indústria da
Construção
49
49. Norma Regulamentadora - 18 – NR 18 (MTE)
Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção - PCMAT
• obrigatórios a elaboração e o cumprimento do PCMAT
nos estabelecimentos com 20 trabalhadores ou mais;
• Documentos que integram o PCMAT:
a)memorial sobre condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e
operações, levando-se em consideração riscos de acidentes e de doenças do
trabalho e suas respectivas medidas preventivas;
b)projeto de execução das proteções coletivas em conformidade com as
etapas de execução da obra;
c)especificação técnica das proteções coletivas e individuais a serem
utilizadas;
d) cronograma de implantação das medidas preventivas definidas no PCMAT;
e)layout inicial do canteiro de obras, contemplando, inclusive, previsão de
dimensionamento das áreas de vivência;
f)programa educativo contemplando a temática de prevenção de acidentes e
doenças do trabalho, com sua carga horária.
50
50. Norma Regulamentadora - 18 – NR 18 (MTE)
Capítulos (2015)
• 18.3. PCMAT
• 18.4. Áreas de vivência
• 18.5. Demolição
• 18.6. Escavações, fundações e desmonte de rochas
• 18.7. Carpintaria
• 18.8. Armações de aço
• 18.9. Estruturas de concreto
• 18.10. Estruturas metálicas
• 18.11. Operações de soldagem e corte a quente
• 18.12. Escadas, rampas e passarelas
• 18.13. Medidas de proteção contra quedas de altura
• 18.14. Movimentação e transporte de materiais e pessoas
51
• 18.15. Andaimes e plataformas de trabalho
51. Norma Regulamentadora - 18 – NR 18 (MTE)
Capítulos (2015)
• 18.16. Cabos de aço e cabos de fibra sintética
• 18.17. Alvenaria, revestimentos e acabamentos
• 18.18. Telhados e coberturas
• 18.19. Serviços em flutuantes
• 18.20. Locais confinados
• 18.21. Instalações elétricas
• 18.22. Máquinas, equipamentos e ferramentas diversas
• 18.23. Equipamento de Proteção Individual - EPI
52
• 18.24. Armazenagem e estocagem de materiais
• 18.25. Transporte de trabalhadores em veículos
automotores
• 18.26. Proteção contra incêndio
• 18.27. Sinalização de segurança
52. Norma Regulamentadora - 18 – NR 18 (MTE)
Capítulos (2015)
• 18.28. Treinamento
• 18.29. Ordem e limpeza
• 18.30. Tapumes e galerias
• 18.31. Acidente fatal
• 18.32. Dados estatísticos (revogado)
• 18.33. Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA
nas empresas da indústria da construção
• 18.34. Comitês permanentes sobre condições e meio
ambiente do trabalho na indústria da construção
• 18.35. Recomendações Técnicas de Procedimentos - RTP
• 18.36. Disposições gerais
• 18.37. Disposições finais
53
• 18.38. Disposições Transitórias . 18.39. Glossário
53. Relatório Técnico de Procedimento RTP-01 (MTE)
Medidas de Proteção Contra Quedas de Altura (2003)
54
55. 56
Exercício 1 (30 min)
Adote a previsão de 40 trabalhadores
no pico de produção da obra de
construção do galpão industrial.
Com base na NR-18, estabeleça todas
as características geométricas a serem
obedecidas no projeto das diferentes
áreas de vivência do canteiro de obras.
57. Sistema de Gestão da SST
58
Objetivo da SST:
“Promover e manter um elevado grau
de bem estar físico, mental e social dos
trabalhadores em todas suas
atividades, impedir qualquer danos
causado pelas condições de trabalho e
proteger contra os riscos da presença
de agentes prejudiciais à saúde.”
OIT
Benite (2004)
58. Sistema de Gestão da SST
Sistema de Gestão da SST:
“Conjunto de iniciativas da organização
formalizado através de políticas, programas,
procedimentos e processos integrados ao
negócio da organização para auxiliá-la a estar
em conformidade com as exigências legais e
demais partes interessadas e ao mesmo tempo
dar coerência à sua própria concepção
filosófica e cultural para conduzir suas
atividades com ética e responsabilidade
59
Benite (2004)
s ocial.” Barreiros (2002)
59. Histórico de Normas
Série UNE
81900
OHSAS
18002 e
AS 4801
Atualização
OHSAS
18001
NR-18
BR
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
Pré-Projeto
da BS 8750
BS 8800
OHSAS
18001
ILO-OSH
2013
2014
2015
2016
2017
ISO 45001
2018
BS 8750 (BS 8800) – Guia para sistemas de gestão da SSO;
UNE 81900 – Prevenção dos riscos do trabalho – Regras gerais para a implantação de um SG-PRT;
OHSAS 18001 – Serie de avaliação e SSO;
AS 4801 – Sistema de Gerenciamento de SSO;
ILO-OSH – Diretrizes sobre sistemas de gestão de SST (ILO = International Labor Organization – OIT);
ISO 45001 - Occupational health and safety management systems – Requirements with guidance for use
60
60. Programa de Gestão da SST
PROGRAMA DE GESTÃO DA SST No. 035
Objetivo: Eliminar atividades com risco 09 (alto) na empresa
Meta: Eliminar 02 atividades com risco 09 (alto) até Dez/2007
Indicador: Número de atividades com risco 09 (alto) no relatório anual de 2005 em relação ao de
2004
Ações e recursos necessários
Descrição Prazo Responsáveis
Estudar a substituição do processo de escavações de
tubulões a céu aberto por outro processo com menor risco.
Contratar uma assessoria técnica especializada em
fundações para auxiliar no estudo.
Até Julho/2007 Diretor Técnico
Passar a utilizar Fôrma Pronta ao invés de produzir fôrma
em obra para excluir a necessidade de bancada de serra.
Até Dez/2007
Gerente de
Compras e Diretor
Técnico
Levantar os perigos e avaliar os riscos existentes no
trabalho com Fôrma Pronta
Até Dez/2007
Técnico de SST e
equipes de Fôrmas
.... ... ...
61
Benite (2004)
61. Hierarquia da documentação de um SGSST
Programas de Gestão
da SST
Planos de Emergência Planos de SST
de Obras
Política de SST
Objetivos de SST
Manual do SGSST
Nível
Estratégico
Nível
Tático
Registros de SST
Procedimentos Operacionais
Instruções de Segurança
Formulários
Registros de SST
Procedimentos Operacionais
Instruções de Segurança
Formulários
Registros de SST
Procedimentos Operacionais
Instruções de Segurança
Formulários
Nível
62
Benite (2004)
Operacional
62. Exemplos de controles operacionais de empresa construtora
Processo Controle Operacional
Projetos e
Planejamento
Projetos dos SPC (bandeja, guarda-corpos, etc.)
Estabelecimento de locais para a afixação de cintos de segurança para os trabalhos
desenvolvidos nas periferias e laje
Especificação de processos construtivos que não utilizem produtos tóxicos ou explosivos
Estabelecimento de prazos de construção que não demandem ritmos de trabalho
excessivos
Aquisição
Estabelecimento de clausulas ou anexos contratuais específicos de SST que definam as
responsabilidades dos subempreiteiros e as instruções de segurança que devem cumprir
Estabelecimento de uma sistemática para selecionar subempreiteiros com base no seu
desempenho em SST anterior em outras empresas
Estabelecimento de um processo de avaliação e feed-back dos subempreiteiros em relação
a SST
Estabelecimento de procedimentos para a correta especificação de EPI e SPC
Obras
Instruções para o transporte, movimentação, manuseios, armazenamento e descarte de
materiais
Instruções para a execução de serviços (alvenaria, demolição, escavação, concretagem,
etc.)
Instruções para a correta utilização de EPI e implantação de SPC
Instruções para a manutenção de equipamentos (grua, guincho de torre, escavadeiras,
serra circular, etc.)
63
Benite (2004)
63. Formulário para o planejamento das ações
PA – Plano de Ação No. 003
Tipo de ocorrência:
(X) não-conformidade real ( ) não-conformidade potencial
( ) acidente ( ) quase-acidente
Ocorrência:
Foi detectado um visitante sem os devidos EPI - Equipamentos de Proteção Individual circulando no canteiro de obra XYZ.
Correção:
O visitante foi orientado a sair da obra com o devido acompanhamento do engenheiro de segurança.
Causas:
O proprietário do apartamento 85 foi visitar seu apartamento (em construção) e o vigia da obra permitiu sua entrada. A visita do
proprietário não era permitida na fase de construção segundo clausula contratual
Ações e recursos necessários
Descrição Prazo Responsáveis Situação
Orientar verbalmente os vigias da obras
sobre a proibição de entrada de imediato Eng. João Carlo Realizado
proprietários durante a fase de construção.
Criar formulário para o controle de entrada
de visitantes nas obras e sistemática de 15 dias Eng. Jobson Realizado
treinamento de novos vigias.
64
Benite
(2004)
Avaliação da Eficácia
Aações realizadas foram eficazes, pois durante 6 meses não houve a ocorrência de casos semelhantes em nenhuma das obras da
empresa
64. Redução das ocorrências em SST (quase-acidentes e acidentes)
Tibério Construções e Incorporações Ltda.
Certificada OHSAS em novembro de 2002
Total de Ocorrências de SST - 2003
21
11 Média 1o. Sem = 9,15
65
9
3
1
8
7
5
9
1
10
0
nov dez
Benite (2004)
jan fev mar abr mai jun jul ago set out
Média 2o. Sem = 5,00
65. Exercício 2 (30 min)
66
66
Identificar na NR-18 e no RTP-01 as
exigências relacionadas aos riscos de
queda de altura.
Verificar em seguida em que medida o
modelo de PCMAT fornecido pelo
Seconci-PR considera os mesmos.
66. Trabalho Prático – Entrega TP5
Segurança no trabalho
67
30 de outubro – Aula 11
(Peso 1)
A equipe deverá apresentar proposta para
o item do PCMAT da sua obra relativo à
segurança para trabalhos em altura
durante a execução da (1) estrutura de
concreto armado moldado no local e da
(2) vedação vertical em alvenaria
(armada).