SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 36
Baixar para ler offline
Encontro das                                    16 – 20.02.2009
Equipes                                         ATA DO ENCONTRO
Missionárias
Redentoristas                                   EM APARECIDA
ATA DO ENCONTRO DAS EQUIPES MISSIONÁRIAS REDENTORISTAS
PRINCIPAIS CARACTERISTICAS DA MISSÃO REDENTORISTA (anotações) ......... 4
CARACTERISTICAS DA MISSÃO REDENTORISTA HOJE (anotações) ................... 5
APRESENTAÇÃO DAS EQUIPES MISSIONÁRIAS.................................................. 10
MISSÃO POPULAR REDENTORISTAS A PARTIR DO DA....................................... 17
IV CONGRESSO DOS MISSIONÁRIOS REDENTORISTA EM COSTA RICA .............20
CARACTERÍSTICAS DA MISSÃO POPULAR REDENTORISTA ...............................22
CARACTERÍSTICAS DA MPR HOJE .................................................................. 24
ENCONTRO DAS EQUIPES MISSIONÁRIAS REDENTORISTAS DO BRASIL
                Aparecida/SP. 16 a 20 de fevereiro de 2009

       Entre 1986 a 1987, foi realizado o último encontro das equipes missionárias
redentoristas. Depois aconteceram encontros inter-congregacionais e não apenas redentoristas.
Mas esses também, não encontrando um bom resultado prático, também sem muitas
explicações. Neste ano de 2009, impulsionados pelo Documento de Aparecida, sob o
patrocínio da URB, foi convocado este encontro, apenas com o nome de encontro
missionário.
       A coordenação e montagem do curso ficaram a encargo dos Pés. Ivair Luis da Silva,
(SP), Pe. Pedro e Pe. Gelson. Para acontecer entre os dias 16 a 20 de fevereiro de 2009, no
CERESP (Centro de Espiritualidade Redentorista) – Aparecida-SP.
                  No encontro estavam presentes os seguintes missionários:
Bahia: Pe. Sérgio, Pe. Pedro, Pe. Vilmar, e o Leigo Antonio Marcos
Ceará/Fortaleza: Pe. Oleriano, Pe. Mateus
Parará/Campo Grande: Pe. Donizete, Pe. Wilson, Pe. Ademar, Pe. Roque, Ir. Adilson, Ir.
Hélio Nunes, Pe. Gelson, Pe. Pedro
Rio de Janeiro: Ir. Afonso, Ir. Raoni, Diác. Maikel
Pernambuco: Pe. Luiz Viera, Leigo Ari
Rio Grande do Sul: Pe. Radamés, Pe. Raimundo, Pe. Cláudio Luiz, Pe. Benedito
Pará: Pe. Zanine
São Paulo: Pe. Libardi, Pe. Ulysses, Pe. Moacyr, Pe. Toninho, Pe. Werner, Pe. Galvão, Pe.
Coutinho, Pe. Ivair, Ir. João Carlos, Ir. Cláudio, Pe. Ronaldo, Pe. Célio, Pe. Renato, Pe.
Sebastião dos Reis, Pe. Mauro Matiazzi, Ir. Mário, Pe. Victor Hugo, Leigo Paulinho, leigo
José de Arimatéia.
Irmãs: Aparecida Marques, Lourdes, Marlene e Elza.


     DIAS DO ENCONTRO MISSIONÁRIO NO SEMINÁRIO SANTO AFONSO

Dia 16 -2ª feira - Abertura – Missa – 17:00
Dia 17 – 3ª feira
Dia 18 – 4ª feira
Dia 19 – 5ª feira
Dia 20 – 6ª feira
Encerramento – Missa – 09:00 – Santuário


                          HORÁRIO PARA TODOS OS DIAS

07:00 - Café da manhã
07:30 – Eucaristia
08:30 – Trabalho
10:00 – Cafezinho
10:30 – Trabalho
11:30 – Recreio
12:00 – Almoço
14:30 – Trabalho
16:00 – Recreio
16:30 – Trabalho


                                                                                           2
17:30 – Livre
19:00 – Jantar
        Livre

        O Encontro iniciou-se no dia 16 de fevereiro de 2009, com a Celebração Eucarística às
17:00h na Capela do Seminário Santo Afonso, presidida pelo padre Mauro Matiazzi da
Província de São Paulo. Após a missa, nos reunimos na Sala de Palestras para apresentações,
distribuição do material e encaminhamentos do Encontro. Depois houve a janta e a noite foi
livre para confraternização. Vieram representantes de todas as unidades do Brasil, exceto
Goiás e Manaus.
               Sendo assim, deu-se a abertura do encontro com a celebração da Eucaristia,
presidida pelo Pe. Mauro Matiazzi, vice-provincial da Província de São Paulo; na ausência do
Provincial Pe. Luiz Rodrigues em assembléia no recife.
        Pe. Mauro destacou a graça de estarmos juntos, provocando entre nós mais união.
Nossos instrumentos de evangelização só serão válidos se nos fizer encontrar o irmão. Como
irmãos queremos caminhar juntos. A Palavra de Deus hoje (Caim e Abel) mostra a falta de
sintonia em caminhar junto. A relação entre irmãos é quebrada pelo pecado. A pergunta que
se nos oferece é a relação de respeito à vida do irmão, acolhida.
        Somos várias equipes missionárias de várias unidades redentoristas e para que
possamos crescer temos que nos unir. Não há melhores e menores entre nós, por isso não
podemos respirar clima de divergência. Somos uma congregação missionária e os desafios
são normais e devem ser enfrentados como Jesus que de tudo se aproximava. O nosso
referencial é o projeto de Jesus que deve ser o nosso projeto. No Evangelho pedem um sinal.
O mundo lança sinais que iludem. Nós temos sinais, cada irmão é um sinal através do qual
Deus se revela. Nesses dias acolhamos a ação do Espírito, aproveitando a oportunidade em
nos encontrarmos.
        Agradeço, sua generosidade amiga na minha história que é interrompida por uma
missão em que muda minha história. Um processo que vai crescendo e da missão cresce por
ação de Deus, ação amorosa de Deus. E que Maria do Perpétuo Socorro nos ilumine sempre.
Amém!
        Após a missa, todos os missionários foram encaminhados para a sala de palestra, onde
Coutinho fez acolhida a todos, foi distribuído o material do encontro pra cada um dos
participantes e em seguida apresentou as orientações para a semana de encontro. Destacou-se
a importância da presença de todos e as reflexão que acontecerá nos grupos. Em seguida Pe.
Ivair pediu para que os participantes se apresentassem dizendo o nome, a cidade de onde
vinha. A pessoa recebia o crachá e chamava a pessoa seguinte.
        Depois foi falado sobre o material que é usado pela equipe missionária de São Paulo,
este ficará exposto à mesa, e que a Editora Santuário também deixará em exposição o material
usado na missão. A editora oferece até 30% de desconto para que quiser comprar. Depois foi
distribuído um kit com livros e propaganda da Editora Santuário. Logo após deu-se por
encerrado os trabalhos deste dia e os missionários foram encaminhados para o refeitório para
o jantar. A noite ficou livre.

Terça-feira – 17 d fevereiro de 2009
       As atividades deste dia iniciaram-se com a Eucaristia presidida pelo Pe. Roque Gabriel
da província de Campo Grande-PR e concelebrada pelo diác. Maikel da província do Rio de
Janeiro-RJ e pelo Ir. Hélio Nunes da província de Campo Grande-PR. Depois nos reunimos
na Sala de Palestras, houve algumas orientações e em seguida foi apresentado o Livro
“Missões Redentoristas”, pois nós temos muito materiais, entretanto em apostilas, muito
pouco publicado.


                                                                                           3
Pe. Coutinho pediu que os missionários que chegaram por último, se apresentassem e
depois o Pe. Sebastião dos Reis falou sobre o livro “Missão Redentorista” e do Missal
Redentorista usados pelos missionários da província de São Paulo. Ele e o Pe. Libardi são uns
dos organizadores desses materiais. Eles salientaram que a idéia em escrever esse livro foi a
de registrar o conteúdo usado nas nossas missões e evitar que pessoas publiquem nossos
trabalhos como se fossem feitos por eles.
        Em seguida foi passada a palavra ao Pe. Ulysses que é o assessor deste encontro. Ele
começou falado da necessidade de se criar uma comissão para ajudar a resolver os problemas
encontrados na evangelização urbana e rural.
         O Kérigma Afonsiano: prova do amor misericordioso de Deus pelo ser humano. A
finalidade da Missão é a conversão e a santificação pessoal. A missão deve ser catequizadora,
uma pastoral extraordinária. A vida sacramental é importante, mas a vida devota deve ser um
meio de perseverança e santificação. Os missionários devem ser humildes e obedientes, dever
ter um espírito de mortificação. Devem orientar as missões sempre em comunidade.
        Quanto as características da MPR, percebemos que ao longo da caminhada perdemos
um pouco de nossas origens. Observando a nossa realidade hoje, notamos que é preciso
algumas mudanças de atitudes, bem como de linguagens: não “pregar missão”, mas “Povo em
Missão”; a MPR tem início, mas não deve ter um fim, pois o Povo de Deus está em constante
Missão; a MPR deve ser parte de um Projeto de Evangelização; deve reconhecer o lugar de
direito do leigo redentorista, para uma igreja de comunhão e participação, onde todos devem
ser presença ativa; promover a reapropriação definitiva da Bíblia, como Palavra de Viva; as
pequenas comunidades como células-vivas da Igreja, com grupos ou setores missionários;
recuperar o sentido ético-moral, a sacralidade da vida humana, e a dignidade inalienável de
cada pessoa; o sentido de solidariedade comunitária em favor da vida; e por fim, uma
espiritualidade missionária redentorista.
        Houve algumas contribuições, em seguida um intervalo, depois fomos para os grupos
de trabalho e reflexões, onde trabalhamos algumas questões apresentadas no cronograma. Ao
meio dia houve o almoço, retornamos para a Sala de Palestras às 14:30 para partilha dos
grupos, onde cada grupo colocou aquilo que refletiram.

I – PRINCIPAIS CARACTERISTICAS DA MISSÃO REDENTORISTA
       A primeira do Pe. Ulysses foi sobre as principais características da missão popular
redentorista, as chamadas características fundantes de Santo Afonso e seus companheiros,
baseado na tese de Afonso Vicenzo Amarantes. A missão é uma pastoral dinâmica e
desafiadora. Nos apresentou as características fundantes: os destinatários, os abandonados não
somente geograficamente, mas pastoral e socialmente.

1) A primeira foi a escolha dos destinatários: que foram os abandonados da vida eclesial e
social: o povo do campo. Santo Afonso quer seus missionários dêem preferência à missão
rural. Era lá que estavam os abandonados e ele vai atrás dessa gente, não foi a questão
geográfica, mas porque eram eles os realmente necessitados. Para Afonso a missão tinha que
ser gratuita, por ser para um povo pobre. Afonso quer que os missionários sejam próximo do
povo.

2) A perseverança. Essa preocupação era porque muitos deixavam de ser missionário por
pouca coisa. Foi por isso que ele colocou a perseverança como o primeiro voto na missão.
Afonso insiste também na renovação da missão, ou seja, que de tempo em tempo, os
missionários voltassem aos lugares que receberam a missão para reanimar o povo. Talvez
fossem por isso, que as casas religiosas eram fora das cidades. Era uma forma de tornar-se
mais acessível a o povo do campo.


                                                                                            4
3) O cristocentrismo. Afonso coloca o mistério da paixão de Cristo como centro do seu
kérigma – presépio, cruz e sacramento. É Deus provando todo o seu amor pelo ser humano. A
figura de Maria, Afonso coloca dentro do mistério da copiosa redenção. É uma figura que faz
parte, não mais nem menos. Com isso Afonso não inclui Maria no seu kérigma, sem
desmerecer o Cristo.

4) Conversão e Santificação pessoal. Para Santo Afonso isso era a finalidade da missão: que a
pregação levasse não só levasse à conversão pessoal mais a santificação. Para isso, os
missionários eram os primeiros a desejarem a santidade. Santo Afonso viveu uma época de
forte influência jansenista.

5) Pregação explicita sempre. Afonso não gostava de sermões rebuscados, mas que fosse uma
pregação simples, popular e familiar. Podia até ser longo, como eram seus sermões.

6) Missa catequizadora.

7) Vida devota de Afonso. Era um meio de perseverança e de santificação. Afonso exercitado
com o povo durante a missa, momentos de profundas orações e meditações.

8) Missionário humilde. Sem essa característica é certo que ninguém se aproxima do povo.
Todo missionário para ele precisa ser obediente ao superior e ter espírito de mortificação.

9) Missão pregada sempre em comunidade. Aonde vai um missionário falar do evangelho, vai
junto à comunidade toda. É um espírito de caridade. Mas isso se perdeu muito. Quando
Clemente levou para além dos Alpes a Congregação, muitas vocações nova que surgiram, não
sabiam nada do ideal de Afonso e ficaram presos em mosteiros comuns. Afonso fala de
Cristo. Ele é cristocêntrico. Uma proposta de missão hoje, seria uma evangelização a partir da
periferia para o centro.

II – CARACTERISTICAS DA MISSÃO REDENTORISTA HOJE,
JÁ E AINDA NÃO
        A proposta de Afonso é muito válida para nós. Mas perdemos um pouco desse
kérigma, embora pudesse recuperar depois. O cristocentrismo de Afonso está bem atualizado.
O problema é eclesiológico. Mas isso já foi na época de Afonso. O Vat II vai resgatar uma
eclesiologia ministerial e pastoral. Continua até os dias de hoje, boa em parte, ruim em outra.
Sementes foram plantadas.
        Quais outras características poderiam acrescentar? É ainda desafiadora para nós, mas
algumas coisas já conquistamos.

a) Unidos em Cristo para crescer em comunidade. Se fizermos valer isso, vamos estar de
acordo com o Vat. II.

b) Enfoques novos e objetivos da missão. Ser discípulo de Jesus para o povo. O discípulo é
aquele que segue Jesus efetivamente e afetivamente. Vida em abundância.

c) Mudança de atitude. Os missionários não vão pregar missão, mas colocar o povo em
missão. Motivar o povo a ser de Jesus. O levantamento da primeira fase da missão é para
saber com quem vamos contar para esse projeto de evangelização.



                                                                                             5
d) A missão redentorista é parte de um projeto de evangelização. Dever haver um projeto para
que o trabalho não se acabe depois que os missionários forem embora.

e) O lugar de direito do leigo missionário. Pelo batismo, todo leigo é missionário. Ele faz
parte, não é acessório nosso. Seria muito bom que não houvesse diferença entre leigo e padre.

f) Propriação definitiva da bíblia, como palavra viva. Os objetos litúrgicos são apropriados,
mas a bíblia não. As imagens são facilmente aceitas e usadas nas comunidades, mas a bíblia
dificilmente é dada o valor que ela tem. Devemos enraizar mais a bíblia nas nossas
comunidades. Há muita palavra vida dentro dela.

g) Pequena comunidade, pequena célula viva da Igreja. O critério geográfico não consegue
manter a comunidade. É preciso formar outros critérios. Temos que reforçar os grupos que
dão vida a Igreja de Jesus. É esse o lugar da fraternidade, do amor e da vida.

h) O sentido-ético e moral. É um comportamento de valores cristãos e culturais. A sacralidade
da vida humana e a dignidade inviolável de cada pessoa. É respeitada a vida nos setores da
Igreja?

i) O sentido de solidariedade comunitária em favor da vida. Optar pelos necessitados. Eles
têm direito a moradia, ao trabalho remunerado, a escola, a saúde, e tudo o que faz a pessoa
viver bem. A cultura do supérfluo atinge também os pobres. Aqui os Evangelhos fazem-se
presentes na missão: lava-pés e a samaritana.

j) Uma espiritualidade missionária redentorista. Sede de espiritualidade, de pluralismo de
oferta. Qual é a nossa? É a Copiosa Redenção. É preciso ser anunciado urgentemente. O
redentorista tem o seu jeito, mas precisa ser mais explicito.

Reflexões em grupos:
      Destacar os pontos interessantes das apresentações;

Grupo 1: SANTO AFONSO
     a) Pontos interessantes: lema de nossa missão “Unidos em Cristo, com Maria, para
          viver e crescer em Comunidade”, porque inclui toda característica da missão
          redentorista. Perseverança: nossa fidelidade ao carisma fundante e que as missões
          não sejam “fogo de palha”, para isso, é preciso renovação da Missão.
          Envolvimento dos leigos em nossas missões como verdadeiros protagonistas.
          Conversão e santificação como meta a ser atingida. Destinatários: abandonados
          eclesial e socialmente. A pregação explícita deve ser simples, popular e familiar.
     b) Questionamentos: os nossos critérios de escolha não priorizam os mais
          abandonados pastoral e socialmente, pregamos para os pregados, e não vamos atrás
          dos afastados. A falta de perseverança nos setores missionários. Enfocar os
          elementos próprios da espiritualidade redentorista.
     c) Sugestões: partilhar a espiritualidade redentorista com o povo, rezando com o povo
          a nossa espiritualidade. Criar centros missionários nas áreas ainda não atingidas
          pela paróquia. Trabalhar na perseverança dos setores missionários, já no início da
          preparação.

Grupo 2: SÃO GERALDO



                                                                                           6
Algumas pessoas dizem que a Missão Redentorista é um “fogo de palha”, mas isso
não é verdade, porque todo um processo, sempre fica algo da missão: efetivo ou afetivo
(lideranças, vocações). Se colocar a missão dentro de um projeto paroquial, ele renderá
muitos frutos. É preciso deixar o Projeto bem claro, pois quando trocam os párocos, não
continuam o projeto.
        A missão tem conteúdo, formas antigas, que funcionam muito bem hoje, corremos o
risco de modernizar demais e perder o essencial. É preciso manter as devoções populares e a
vida devota dos missionários. É preciso perceber que há outros caminhos para Deus: dês-
sacramentalização da vida; meditações de textos, rosário, novenas, oficio divino da
comunidade, etc.
        Cristocentrismo, ontem e hoje. Temos que ser testemunho da Copiosa Redenção, é
preciso “perder tempo” com o povo, ouvir o clamor do povo. Se agirmos com Cristo, o povo
sentirá Cristo em nós. É preciso valorizar mais a Palavra de Deus.
        É preciso reforçar as pequenas comunidades, setores e grupos, pois as lideranças serão
os missionários locais, os protagonistas. Inovação da missão com a presença dos leigos, ou
em alguns casos, com a presença das irmãs, terem formação e também participarem das
missões.
        É preciso inovar e incentivar a pastoral social, a solidariedade; pastoral do idoso, dos
drogados, da saúde, do menor (Pastoral da criança); envolvendo-os para que a missão não seja
“fogo de palha”.
        “Heróis e Santos não precisam falar, mas apenas saber que existem” (Pe. Zanoni).

Grupo 3: SÃO CLEMENTE
- Destacam-se os mais abandonados, enfoque da evangelização – sobretudo , na missão.
- A atuação do leigo e a sua participação na evangelização. A memória histórica das
características a partir de Santo Afonso e a uma atualização a partir do Documento de
Aparecida.
- O zelo apostólico de Santo Afonso, proximidade com o povo no projeto de evangelização
missionária, a humildade do missionário junto ao povo, rural e urbano.
- A missão é a nova identidade redentorista, pontos fundantes da nossa vida. O D.A é a
continuidade do projeto de Santo Afonso. Ele unificou a T.L com a R.C. A Igreja do Vat. II
deixou de piramidal.
- O enfoque da missão: ser e fazer discípulos missionários, protagonista da missão.
Apresentar questionamentos à atuação das diversas equipes:
- a equipe de São Paulo, em nível de conteúdo catequético e tá um pouco devagar. Há a
necessidade de atualizar o nosso kérigma a partir do D.A.
- A equipe de Campo Grande está tomando conhecimento do D.A para acontecerem as
mudanças. Dificuldade do pluralismo cultural e religioso, como trabalhos com os diversos
grupos social e religioso. - - A equipe da Bahia, como trabalhar com a juventude. Questões de
convocação. Dificuldade do missionário: estar com o povo, continua o desafio para o mundo
leigo, realidade de violência nas grandes cidades. É mais fácil celebrar a missa e ir embora. A
nossa disponibilidade está mais burocrática do que pastoral. Questão de sacramentalização na
missão: como trabalhar esta questão na programação missionária. Questão do ecumenismo,
social, religioso, cultural dentro da programação missionária.
- Experiência da Bahia que trabalha com aldeia indígena . Questão de convocação, sobretudo
a juventude, crianças.

Grupo 4: SÃO JOÃO NEWMAN
a) O kérigma alfonsiano é a finalidade da missão:
- busca de lugares onde estão os pobres;


                                                                                              7
- Montagem das casas para a missão no tempo de Afonso;
b) Da nossa missão hoje:
- A diferença da realidade de hoje, onde o missionário se insere na comunidade, na
hospedagem. Uma presença especial. A dificuldade do missionário se adaptar quando vem à
missão. A missão prepara o missionário para os desafios da vida.
- Uma das características de hoje que fala da integração, um projeto de evangelização é quase
impraticável, porque há carência desses projetos a nível diocesano e paroquial. Há lugares em
que o pároco acredita na missão e quer redimensionamento da paróquia, esse trabalho é
levado adiante. Em outras paróquias, porém, a perseverança não é mantida.
- A preocupação é com a identidade de nossa missão que supere os problemas e consiga
emergir em diversas situações. Se olharmos muito para a perseverança, muitos abandonados
ficarão para trás e não vão ter oportunidade de experimentar algo novo em termos de fé. Essa
característica tem sua razão, mas não pode ser olhado como excludente. Parece que o fato de
colocarmos tudo na Igreja, debaixo do nome de missão,fizeram com que ela perdesse o ela de
se ter algo muito específico com identidade própria,como missão. Comentamos a vantagem
de nossa missão sobre outras formas.
- O conferencista observou o problema geográfico na formação dos setores. É uma afirmação
perigosa porque pode levar os grupos se formarem de forma elitista, como as capelas de
Shoenstatt ou casais de Nossa Senhora. A pastoral extraordinária é mais global que a pastoral
ordinária.
- missionário leigo: não há tanto problema da falta de consciência da missão do leigo, mas
não há. Problema de qualificação e a questão do custo face às leis do país.
- Outra questão é que chega um momento em que aparece a exigência dos sacramentos. Era
preciso a Igreja abrir a estrutura clerical. O problema sacramento da confissão aparece em
todos os métodos de missão. Há necessidade de contato com o sacerdote, porque os meios de
comunicação não interagem com as pessoas.

Grupo 5: BEATO GASPAR
     a) Pontos interessantes: os grupos estão conscientes de que o povo é o protagonista
         da missão, o DA nos reforça que o povo não é o “objeto” da ação evangelizadora,
         mas sim o “sujeito”. A inserção das pessoas é eficaz para que a missão aconteça.
         Devemos ter cuidado com a “clericalização” das equipes missionárias. Somos
         todos Missionários independentemente de padres e irmãos, isso valoriza a vocação
         religiosa.
     b) Questionamentos: quem são os pobres e abandonados? Pontuamos que existem
         vários tipos de pobreza, nos vários ambientes e classes da sociedade.
     c) Sugestões: sugerimos que os Conselho Paroquial, juntamente com o pároco,
         estejam conscientes das propostas das Santas Missões. Nem sempre o pároco está
         aberto a partilhar seus anseios com seu conselho, neste caso, quando a missão está
         encaminhada, a equipe missionária deve tomar a iniciativa já nos primeiros
         contatos.

Grupo 6: BEATO DONDERS
        Destacamos no grupo que é preciso um resgate, um reavivamento dos trabalhos
missionários: memória histórica. Fenômeno missão e fenômeno real: o povo quer, se não há
reclamam, se há eles não vem. A eucaristia entrou na devoção popular. A última coisa que
Jesus fez foi a missa, e esta não foi a primeira.
        Quanto à questão litúrgica: nas missões nós encontramos muitas realidades
desafiadoras, muitas vezes nos prendemos a detalhes e agimos com rigorismo nas pequenas
coisas: cantos, cruz processional, corporal, etc.


                                                                                           8
Alguns aspectos que entraram em nossas missões: liturgia e realidade. Elementos que
eram do passado: como fazer a transição, uma atualização. Usar a Bíblia nas leituras.
        Hoje percebemos que para as Missas existe mais liberdade, pode ser a qualquer hora.
Mas é preciso orientar o povo quanto ao momento de transição.
        No que se refere ao contexto de Afonso, nos parece que nossas paróquias estão mais
próximas do de São Clemente. Quem são os destinatários... Missões gratuitas, como eram... É
preciso aprofundar essas questões para tentar uma atualização. São clemente nos apresenta
caminhos que se diferenciam, mas ele foi se adaptando e mudando algumas tradições.
        Quanto à questão da perseverança dos leigos: como ampliar a participação dos leigos
nas missões, nos esbarramos em algumas barreiras como por exemplo a questão do
voluntariado e os vínculos empregatícios.
        Hoje, falam-se muitos dos leigos, porém, na realidade paroquial e não os MRL. É
preciso um maior envolvimento, uma maior eclesiologia conosco, pensar numa dimensão de
parcerias. É preciso envolver mais os MRL e os leigos das paróquias missionadas, dando
formação para a continuidade.
        Quanto a Palavra de Deus e as interpretações, percebemos algumas novidades na
exegese. Mas os grandes desafios é que a igreja institucional está incorporando as SMP,
diante disso, qual a nossa independência e autonomia... E o redentorista como boa notícia... O
pároco acompanha o fiel ao Bispo. No Documento de Aparecida, fala-se em Missão
Continental, é preciso entrar nos esquemas da CNBB.
        Quanto aos abandonados, os afastados que vivem à margem da sociedade mesmo
morando em centros, hoje percebemos certo jansenismo disfarçado, muitas vezes nesta
questão sacramental fica mais no eclesial, e o pároco não tem contato nas missões, daí surgem
os desafios com os recasados, desquitados, pais solteiros, casos de aborto, etc. É preciso um
maior grau de consciência de como chegar às informações necessárias para orientar este povo,
se não ficamos atendendo os “privilegiados” em detrimento dos pobres.
        “Cuidado para não mandar o Código de Direito Canônico para o céu e os pobres
para o inferno” (Pe. Galvão).

Grupo 8: BEATO SEELOS
     a) Pontos interessantes: as partilhas nos grupos foram muito boas e servem para o
         crescimento mutuo de ambas as Províncias. É preciso arrumar fundos missionários
         para as paróquias onde encontramos dificuldades. Não podemos ter medo de
         enfrentar as realidades. Encontramos desafios com o trabalho com a juventude:
         pensar em especialistas nas diferentes áreas, psicologia, etc. Algumas Províncias
         estão falhando com a presença e participação dos MRL, é preciso ter formação
         para os leigos, para que atuem também nas missões redentoristas. Criar aqui em
         Aparecida uma escola de formação para os MRL, o que ficaria a cargo da
         Província de São Paulo. Representar a realidade de cada comunidade.
     b) Questionamentos: Repensar o número de famílias no setor missionário, reforçarem
         a pré-missão. Muitas vezes faltam coordenadores para os setores missionários e
         um grupo menor encontraria dificuldades para encontrar um animador.
     c) Sugestões: Que a Província de São Paulo crie uma escola de formação para MRL.
         Fazer com que este Congresso Missionário aconteça ao menos de dois em dois
         anos, para refletir e partilhar os trabalhos realizados nas diversas equipes
         missionárias em realidades diferentes. Envolver mais os especialistas nas missões,
         ou seja, nas diversas áreas para o trabalho missionário. Nas equipes missionárias,
         pensar em alguns projetos para o trabalho com a juventude, a questão de jovens
         missionários, jovem evangelizando jovem.



                                                                                            9
Depois das apresentações dos grupos, abrimos para as partilhas e reflexões do
plenário. Fizemos um intervalo e em seguida foi sugerido que desde já, cada equipe
missionária partilhasse um pouco sobre seus trabalhos, realidades e desafios, apontando os
pontos fortes, fracos e inovados.


          APRESENTAÇÃO DAS EQUIPES MISSIONÁRIAS (por unidades)
                      Pontos fortes, fracos e inovados.

1 – Rio de Janeiro (Diác. Maikel)
     Não trouxemos material audiovisual. Tínhamos missão inserida e missão popular até
       2004, a Equipe residia em Aracruz e coordenava os trabalhos missionários. Neste ano
       de 2009 iremos para Cariacica/ES. Criou-se o Centro Missionário, unindo as equipes.
       Somos em 3 confrades na coordenação. A idéia é de construir uma casa para a missão
       inserida e missão popular. No momento estamos estudando e repensando a questão da
       Pastoral Urbana.
     Estudamos um fundo de manutenção das Missões, com isso resolveria alguns
       problemas.
     Quanto aos missionários leigos, temos um grupo grande que trabalham em nossas
       paróquias. O problema que houve foi o da formação para as Missões. Começamos a
       preparar o esquema de formação em três etapas, com experiência de missões, já tendo
       em vista a Espiritualidade leiga redentorista.
     Temos problemas da redução pessoal, mas continuamos trabalhando.

2 – Bahia (Pe. Vilmar)
     Temos a Equipe Missionária sob a coordenação do Pe. Vilmar, ao todo somos em 5
       confrades e temos o Centro Missionário sob a coordenação do Pe. Pedro.
     A missão tem 5 fases: a formação, as escolas missionárias, depois segue a oração nas
       casas e a fase de evangelização nas comunidades, em seguida a evangelização nas
       escolas. Mas é um grande desafio por causa da realidade baiana.
     A questão econômica: cada comunidade contribui com a Sede com 10%, desses, 5%
       vai para a equipe missionária e 5% para o centro missionário. Também, 50% da
       aposentadoria dos confrades poloneses é destinada à equipe e ao centro missionário.
       Usamos também a seguinte forma: pedimos a colaboração para as despesas de viagem,
       fazemos os envelopes para algumas coletas, isso evita trabalhar pela diária.
     Temos o livrinho “Crer e Viver” a um preço acessível, com Novena de Nsa Sra
       Perpétuo Socorro, músicas do Bom Jesus, etc. A novidade na equipe são as escolas
       missionárias de formação.
     Um dos pontos fortes é o envolvimento de toda a Vice-província e de Leigos na
       Missão, e as escolas de formação. Às vezes não assumimos muitas missões,
       aproveitamos para catequese e formação.
     Ponto fraco: esse sistema nosso não serve para as grandes cidades.
     Temos ainda as Semanas Missionárias, diferentes das Semanas Vocacionais. Aquelas
       pessoas que se destacam nas escolas missionárias, são convidadas para a formação no
       centro missionário. Existem muitos pedidos e os critérios são os mesmos. Não
       aceitamos para festas. Em paróquias grandes qualquer ajuda é bem aceita. A tentação é
       de fazer algo mais “light” para atender mais paróquias, no entanto, percebemos que
       este não é um trabalho profícuo.

Centro Missionário (Pe. Pedro Gruzdz)


                                                                                         10
   Temos os leigos das paróquias e os leigos redentoristas. O escudo do centro
       missionário mostra as cinco etapas da formação. Somos em 3 confrades neste trabalho.
      Objetivo: animar e unificar as iniciativas redentoristas dos missionários da Bahia,
       evangelizando os pobres em áreas mais abandonadas.
      Objetivos específicos: oferecer cursos para coordenadores e auxiliares de paróquias
       missionadas; oferecer cursos aos leigos de nossas paróquias; oferecer cursos para os
       coordenadores depois das missões; oferecer cursos para os leigos redentoristas da
       Vice-província; preparar oficinas de práticas missionárias para nossos seminaristas.
      Prática Missionária: ajudar nas pregações das missões; preparar e pregar semanas
       missionárias com os MRL; promover e pregar novenas, tríduos, etc.; elaborar material
       didático missionário.
      Cursos para MRL comprometidos: Curso São Clemente: Um curso para missionários
       leigos como forma de aprofundamento da espiritualidade redentorista. Curso
       Redentor: Um curso destinado a candidatos que desejam ser MRL, dura 1 ano e tem
       três etapas. Curso “Mathetes”: um curso a ser realizados nas paróquias ao longo de
       um ano, conforme a realidade paroquial. Visa a criação de um grupo de
       evangelizadores e a preparação de atividades missionárias. Esta é uma proposta para a
       Missão Continental.

Marcos (Missionário Redentorista Leigo), Apresenta os Núcleos:
    Temos 4 núcleos de Missionários Redentoristas Leigos na Vice-província: Salvador,
      Senhor do Bonfim, B. J. Lapa e Feira de Santana.
    Foi organizada a formação de leigos pelo Secretariado de Formação, surgindo o
      primeiro Grupo em 1993 e 1994. É um grupo organizado para viver e testemunhar o
      Carisma Redentorista e para trabalhar nas Santas Missões, bem como de toda a
      movimentação missionária.

3 – Fortaleza (Pe. Mateus e Pe. Oleriano)
     Fizemos missões até 2007, agora estamos procurando pessoas. Temos um grupo de 65
       missionários leigos e estamos analisando como esse grupo pode trabalhar nas missões.
       Observamos a questão da formação para eles. Os leigos estão conscientes que devem
       contribuir e não substituir, isso é uma questão de formação. Percebemos que ainda tem
       resistências de alguns confrades. Os leigos são voluntários e o que recebemos vai para
       a formação deles.
     Nosso grande desafio no momento é como fazer uma equipe de confrades atuando
       diretamente nas missões. Estamos analisando algumas áreas de atuação, paróquias
       missionárias e vamos ver como fazer para envolver os Leigos Redentoristas.
     Segue um texto projetado, apresentando as Missões em 3 etapas. Um método que
       funciona muito bem nas cidades do interior, este é também um grande desafio. Um
       outro elemento que queremos apresentar é a Pós-missão. Precisamos ver se alguém
       tem alguma proposta para a pós-missão.
     A Pré-missão é de suma importância, e pode durar até 9 meses. Fazemos 4 encontros
       com a formação de equipes de trabalho para a preparação das missões. Os encontros
       são de formação e com alguns trabalhos, como mapeamento da paróquia missionada,
       onde formamos grupos de 30 famílias.
     Há também a ajuda e solidariedade de outros confrades, para que cada setor tenha um
       missionário; onde não tem padre se faz a Celebração da Palavra.
     Percebemos que a missão com os redentoristas leigos é melhor do que as outras
       missões com outros leigos, como a do padre Mosconi.



                                                                                          11
Após esta apresentação encerramos as atividades do dia com uma oração motivada pelo
padre Ulysses às 17:25h.


Quarta-feira – 18 d fevereiro de 2009

       Iniciamos nosso dia com o café da manhã às 7:00h. com a Celebração Eucarística em
seguida às 7:30h. motivada pelos confrades da Província de Porto Alegre e Pará. Retornando
para a Sala de Palestras, mais uma vez seguiram-se algumas orientações e sugestões, e demos
continuidades às apresentações de cada Unidade.

4 – Recife (Pe. Luiz Vieira)
        As missões no Recife receberam um apoio da URB, há uns 20 anos atrás para
organizar as missões na vice-província. A equipe missionário tem 2 missionários e outros
padres da província e mais 45 membros missionários leigos de nossas paróquias e paróquias
missionadas. O conselho tem 4 membros dos quais dois são representantes dos leigos. Os
missionários leigos são voluntários, casados ou não, que querem viver o projeto missionário
da vice-província.
        A Missão acontece em três etapas: levantamento e setorização é a primeira etapa. A
segunda é o mês de evangelização nas famílias. A terceira etapa é a evangelização nas
comunidades. A quarta fase depende do pároco.
        O leigo José de Arimatéia apresenta os trabalhos dos missionários leigos da vice-
província do recife. Há alguns requisitos para ser leigo missionário redentorista que estão nos
estatutos. Há obrigação de participar de uma missão. Temos três encontros para retiro,
formação e avaliação/programação,além de reunião em suas sedes. Há núcleo em
Guaranhuns, arco-verde,Campina Grande, Recife, Natal (PE).
        Temos estágios para os MLR, mas depende da maturidade. Depois da etapa de
formação se faz o compromisso e também tem que assinar a “lei do voluntariado”, ficando
por conta da missão os gastos de viagem. Sem os missionários leigos não haveria condições
na Vice-província de fazer as missões. A primeira experiência foi em Caruaru, que abriu as
portas para o trabalho leigo. Em dezembro apresentamos a programação de cada missionário
leigo escolhe a data em que vai participar. A padroeira da missão é N. Sra do Perpétuo
Socorro, implantando a novena.

5 – Campo Grande (Pe. Donizete e Pe. Roque)
        Desde o ano passado trabalhamos com uma equipe em Ponta Grossa e Aquidauana,
por razões de viagens e necessidades de assumir o Mato Gros. Dependendo do local a equipe
local assume a duas primeiras etapas. Investimos muito em material de missão. Apresentamos
ao pároco um livreto e um vídeo falando das fases da missão, e que facilita as visitas que
fazemos. Primeira fase: visita às comunidades, em uma manhã explicamos a lideranças as
fases e o levantamento que os leigos fazem. E permanecem os dois dias na paróquia para
ajudar. Segunda fase: visita às comunidades é o dia de formação para as equipes missionários
composta de 10 à 15 famílias. Há muito proveito nesse trabalho.
        Questões econômicas: Muita transparência para o pároco e conselho paroquial.
Sempre trabalhamos com salário atual (salário do ano)
        Leigos: É um desafios grande, falta acompanhamento a esses leigos. Já teremos
alguma coisa. Eles sempre trabalham conosco.
        Jovens: Trabalhamos com jovens com show missionário e nas paróquias missas com o
serviço de animação missionária. É de muito proveito o show.


                                                                                            12
Esquema: Trabalhamos com fases. A terceira fase é a pregação explicita. A quarta fase
é acompanhada por um missionário através de cursos, palestras periódicas.
        Objetos de subsistência: camisetas, livretos, bonés, terços. Já pregamos missão
gratuita. Através de vendas criamos o fundo para ajudar paróquia que não podem custar.
        Dossiê: é um relatório, tipo livro. Uma cópia para o pároco,para bispo e para o
arquivo.Tudo vai relatado no livro.
        Formação do povo: Desafios que são alguns trabalhos como trabalho na universidade.
Experiência em Newark: A partir do ano de 2000 assumimos uam missão na diocese de New
Jérsei, onde estão 4 padres em duas paróquias para trabalhar com os brasileiros. No ano
passado fomos em setembro e voltamos em novembro. Um trabalho de pastoral urbana muito
custoso. Procuramos os brasileiros emigrantes que são os abandonados. É um trabalho de
visita onde convocamos alguma liderança das paróquias e explicamos o nosso trabalho.
Encontramos um Grupo bom que nos ajudou a encontrar os brasileiros. O trabalho consistia
na visita as famílias e momentos de celebração. Trabalhos feito a noite. Apresentaram um
folder que ajudam no trabalho. Dentro e um ano voltaremos a esse trabalho.

6 – São Paulo (Pe. Toninho Dezidério)
        Somos em 3 equipes: Tietê, São João e Araraquara, com 16 membros. Um
missionários de cada equipe forma o conselho missionário. Temos uma formação especial
para os missionários, principalmente aqueles que chegam no grupo. A missão começa com
dois olheiros, responsável pelo primeiro contato com a paróquia a ser missionada. Temos
reuniões mensal realizada em rodízio nas três casas. Temos no final do ano a chamada
novembrada, onde é reservado tempos para estudos, retiro, e confraternização. Também existe
um encontro com os padres das missões do ano seguinte para uma convive e conhecimento do
pároco e paróquia.
        A equipe missionária é composta por 7 irmãs missionárias de várias congregações para
ajudar no trabalho. Durantes a novembrada, temos também a romaria dos coordenadores e
auxiliares de missão. Já se fazem 14 anos que existe essa romaria. Temos também um
planejamento com as irmãs missionárias.
        Os recursos econômicos são dois salários mínimos vigentes para cada missionários e
vendas de material didático. Usamos de aparelhos eletrônicos, áudio visual, multimídia,
transporte, três veículos oferecido pela província.
        A reunião missionária é mensal e acontece em forma de rodízio nas casas. Na missão,
a metodologia é o anúncio kerigmático, explicito do Evangelho, em tempo curto e
determinado. É formada em 4 fases, missão da visitação, a missão da família, missão na
comunidade. A primeira fase é feito o levantamento com a ajuda da irmã missionária, que
divide em setores. Primeiro divide a paróquia em comunidades e esta em setores. A segunda
fase, as famílias visitam uma a uma, depois a terceira fase, nas capelas, ou barracões são feitas
as celebrações. A irmã missionária fica presente o tempo na missão. A quarta fase é pregada a
perseverança, fica por conta do pároco com nosso auxílio se ele solicitar. Chamamos isso de
pós-missão.
        Desafios: sociedade em mutação, urbanização, globalizaçao, falta de credibilidade nos
métodos, redução de missionários na equipe. Esfriamento ao método pastoral. Necessidades
de estudos específicos.
        Perspectivas: Precisamos de gente comprometida com a missão, método pessoal,
cursos, especialização.




                                                                                              13
7 – Porto Alegre (Pe. Zanini e Pe. Bené)
        São duas regiões que formam a equipe missionária do sul: Rio Grande do Sul, Santa
Catarina e uma extensão no Pará. Nossa missão tem três etapas:
        Primeira etapa: contato com o pároco e a realidade econômica. Proposta de missão:
conhecimento da realidade. A formação das lideranças é feita em três momentos. Nesse
período é organizado as comunidades, grupos de famílias para 20 encontros, escolha do
coordenador geral e das comunidades. Contato com as forças vivas da comunidade.
        Segunda etapa: Execução da missa. Explicitação da palavra em vista da conversão.
Vamos ao encontro das famílias, jovens, casais, crianças, visita aos doentes, profissionais
liberais. Na caminhada da manhã não fazemos celebrações, mas catequese.
        Terceira etapa: Acontece com a pós-missão, combinado com o pároco. Encerramos
essa etapa com retiro para as comunidades missionadas. Assim vamos realizando nossa
missão na Província de Porto Alegre. O problema é não poder continuar a missão por
mudança do pároco etc. Não temos mais leigos. Temos dois encontros nas paradas
missionárias para rever, atualizar. Temos ainda a rádio volante missionária, quando permitido.
Ela anuncia a missão e música. É atendida por um padre e leigos locais.

BELÉM DO PARÁ
        Pe. Zanini. Temos missionários leigos, são 25 membros. Eles fazem a montagem da
missão. Fazem a missãozinha, pregações e alguns são presenças. As missões só podem ser
feitas em agosto e setembro por causa do clima e a festa do Círio.
        Há dificuldade em organizar os grupos de família. Ele se prendem ao Círio. Eles tem
outra categoria na cabeça, porque não tem padre, nem missa. O povo não se entusiasmam
pelas celebrações. Existe muitas seitas. Há uma desumanização grande, há violência e
secularização. Não há entusiasmos religioso. Apresentamos proposta e eles escolhem. Não há
mais cristandade, o mundo mudou. Precisamos de Igreja que humanize, fazemos um trabalho
com as escolas com os lideres e eles levam a mensagem para os outros. Temos que enfocar a
questão libertadora, insistimos nas pastorais sociais já no início da missão, senão fazemos
muito pouco. A situação geográfica é uma dificuldade porque são extensões enormes. Há
também distância entre ricos e pobres. Situações gritantes de injustiça social. A missão não
tem meio de subsistência. Som precário. Vivem em situação de miséria. Os leigos que
trabalham, largam tudo pelo trabalho. As missões ajudam alguns no estudo, viagem.

        Após as apresentações das equipes missionárias de cada unidade, fomos para o almoço
ao meio dia. Após o almoço, às 14:30h retornamos direto para os grupos de partilha e
reflexão. Analisamos as apresentações das equipes: pontos comuns, diferenças, pontos
interessantes, questionamentos e sugestões. Em seguida houve um intervalo e retornamos para
o plenário, para partilha das reflexões dos grupos:

1) O QUE HÁ DE COMUM
    a. Ação alfonsiana – Fidelidade ao carisma
    b. Evangelização extraordinária com os pobres
    c. Trabalho com leigos
    d. Visando a perseverança
    e. Comunhão sob o mesmo lema
    f. Há consonância entre método material etc, com as devidas variações
    g. Todos unidos apresentam o desafio da pastoral urbana
    h. Manifestam preocupação com a formação de liderança
    i. Esforço em manter vida a chama da missão intinerante
    j. Resgatar a identidade de missões redentorista


                                                                                           14
k.   Irmãs de solidariedade entre as unidades da congregação
   l.   Existência do Fundo Missionário
   m.   Anúncio explicito em todas a s unidades
   n.   Eixo comuns das missões – etapas etc

2) DIFERENÇA
    a. Variação de número de missionários
    b. Alguns trabalham com leigos missionários redentoristas
    c. Outros trabalham com irmãs
    d. O lugar missionário leigo em cada unidade
    e. Destaca as escola de formação da Bahia
    f. As irmãs que prepararam as missões
    g. Objetos de subsistência
    h. Todos com o mesmo pano de fundo com suas peculiaridades.
    i. Alguns não preparam bem suas apresentações
    j. O nordeste trabalha melhor com MR
    k. O fundo missionário da província de São Paulo
    l. A formação de leigos no Nordeste
    m. Ousadia me chegar a universidade e emigrantes
    n. Entrega dos envelopes para a famílias

3) PONTOS INTERESSANTES
    a. As escolas missionárias
    b. Trabalho na universidade e fora do país
    c. Trabalho com leigos especializados: médicos
    d. O uso de símbolos
    e. Sustentar pastorais sociais
    f. O uso de nova mídia
    g. Formação de liderança na escola missionária
    h. Palestra para classes liberais
    i. Reconhecemos realidades diferentes para cada unidade
    j. Há elementos comuns em todos os trabalhos de todas as unidades
    k. Onde a primeira fase não funciona o resto também não funciona
    l. Criação de pequenos grupos para trabalho missionário
    m. Nenhuma equipe falou se paróquias missionárias
    n. Há disproporção de confrades da província e o número de missionários disponíveis
    o. Não há entre nós método melhor ou pior; há diferenças circunstanciais no trabalho
    p. O Show missionário é interessante
    q. A simplicidade em estar com o povo
    r. Percebe-se a paixão pelo trabalho missionário
    s. O acompanhamento efetivo na quarta fase
    t. A equipe da Bahia está realizando visita nas escolas levando um conteúdo que
       contemple a formação integral dos jovens. É um projeto pessoal de vida.
    u. A equipe de Campo Grande está realizando uma missão para jovens nas universidades.
       Faz parte deste trabalho, doutores, psicólogos, nesta ação missionária. Foi uma
       experiência muito rica.
    v. Na Bahia trabalho com a juventude com a música, experiência que está renda feita, a
       própria música já trás um conteúdo catequético. Para qualquer ação missionária
       diferente é para expecialista.



                                                                                       15
4) QUESTIONAMENTOS
    a. A missão deve ir alem dos trabalhos atuais se adaptando a nova situação
    b. Como atingir jovens e crianças
    c. Meios para a evangelizar prédios e condomínios
    d. Conteúdos das pregações em termos atuais
    e. Como lidar com os recasados
    f. Trabalhos nas escolas
    g. Em algumas unidades falta formação para leigos missionários
    h. Repensar números de famílias no setor missionário
    i. Notamos a ausência de Manaus e Goiás
    j. Notamos a ausência de falar da promoção vocacional
    k. Muitos não querem a missão por causa do desconforto
    l. Não se fala de nosso trabalho
    m. Missionários na CNBB
    n. Falta formação e experiência satisfatória pra lidar com crianças e jovens
    o. Como conseguir uma paróquia missionária?
    p. Como encarar missões no Suriname?
    q. Como estamos em nossas parcerias?
    r. Questiona o tempo da duração da missão ( o tempo é suficiente ou é demais?)
    s. Há unidade que não tem celebrações a tarde. Há lugares em que ela é rica
    t. Não há leigos no Sul porque lá há muitos padres e uma cultura clericalista
    u. A província de São Paulo está perdendo muito do que fazia: gincana, crianças, etc.
    v. Não apareceu nada que mostre a preocupação com o ecumenismo

5) SUGESTÕES
    a. Criar consciência missionária a nível de província
    b. Uma missão interprovincial
    c. Aproveitar a internet para divulgar a missão (Tv Aparecida)
    d. Gente especializada para falar em a juventude e outros
    e. Criar centro de formação de MLR a cuidado da Província de São Paulo
    f. Encontro missionário aconteça de dois em dois anos para partilhar em cada a ano
    g. Intercambio entre irmãs e MLR
    h. Favorecer os intercâmbio entre as unidades para a missão e mais flexibilidade
    i. Prepararar bem a pré missão.
    j. Ter na formação um missionário
    k. Envolver o pároco e o Conselho paroquial
    l. Participação efetiva de todos os confrades na missão
    m. Os neo-sacerdotes atuem na missão desde o início
    n. Envolver mais os leigos na missão
    o. Envolver padres e leigos de outras unidades para as missões
    p. Um congresso sobre missão urbana, trabalho nos prédios, condomínios etc.
    q. Curso no Ceresp para os leigos da missão
    r. Tempo determinado para missão interprovincial
    s. Nos redentoristas nos envolvemos na Comidi, Comires etc
    t. A URB devia promover reuniões também dos paróquias

        OBS: Houve um plenário sobre o item: “questionamentos” onde-se divagou muito
sem se ater aos pontos do questionamento e sem se afunilar em pontos práticos.
Em seguida, Pe. Ivair deu por encerrado os trabalhos deste dia. Alguns missionários se
prontificaram para jogar futebol, outros preferiram ir pro banho.


                                                                                            16
Após as apresentações das partilhas de cada grupo, encerramos as atividades do dia, e
às 17:30h houve um jogo de futebol. Às 19:00h a janta, e por volta das 20:30h fizemos uma
Noite Cultural, pedimos que cada Equipe apresentasse dinâmicas, símbolos, cânticos e dicas.
Mas alguns ficaram apenas na apresentação de fatos pitorescos das Santas Missões pelo Brasil
a fora, o que foi muito bom e divertido.


Quinta-feira – 19 d fevereiro de 2009
       Iniciamos o dia como de costume, com o café da manhã às 7:00h. em seguida a
Celebração Eucarística às 7:30h. motivada pelos confrades da Bahia e Recife. Retornamos
para a Sala de Palestras, onde o padre Ulysses nos apresentou a

MISSÃO POPULAR            REDENTORISTAS         A    PARTIR     DO     DOCUMENTO         DE
APARECIDA.

Padre Ulysses começou projetando no audiovisual as Conclusões Finais:
    Ponto de partida: uma realidade que nos interpela, pois contradiz o Reino da Vida.
    Ponto de chegada: a vida em plenitude para a pessoa inteira e para nossos povos.
    Exigência: uma igreja em estado permanente de missão.
    Implicações: uma conversão pastoral e a renovação eclesial.
    Itinerário: uma caminhada em 4 etapas à luz da opção preferencial pelos pobres: a)
       exigência pastoral de fé; b) vivência comunitária; c) formação bíblico-teológica; d)
       compromisso missionário de toda comunidade.
    Palavras e temas chaves no DA: Vida (aparece 840 vezes); Discípulo (390 vezes);
       Missionário (340 vezes); Povo (aparece mais de 300 vezes).
    Eixos do DA: cristocêntrico; missiocêntrico; biocêntrico.
    Palavra unificadora: VIDA.

Pontos para as Santas Missões Redentoristas: Primeira Parte do Documento de Aparecida:
           1. O método missionário ver-julgar-agir, que compreende as três partes do
               Documento respectivamente.
           2. Vivemos perto do povo, mas será que a realidade deste povo é a mesma
               apresentada pelo DA? Existe a micro-realidade e a macro-realidade.
           3. A missão deve buscar um equilíbrio entre a resposta cristã à micro e macro
               realidade. Alguns painéis ajudam a enxergar essa realidade.
           4. É preciso ter consciência clara da macro-realidade: globalização, subjetivismo,
               individualismo, consumismo, etc.
           5. Contudo, devemos continuar atentos à micro-realidade, o povo em nosso dia a
               dia. Sentir com o povo e como o povo, é parte de nosso carisma.
           6. É preciso dialogar mais e melhor para aprofundar nossa visão de realidade.
           7. A realidade social e eclesial, como no tempo de Afonso, necessita de uma
               evangelização extraordinária.
           8. devemos resistir às tentações de voltar a uma eclesiologia e espiritualidade
               contrárias ao Vaticano II.

   Pontos para as Santas Missões Redentoristas: Segunda Parte do Documento de Aparecida:
O Evangelho da Vida – Lugares de encontro com Jesus: PIEDADE POPULAR.
   1. É fundamental analisar a expressão “Discípulos-missionários” como uma nova
      convocação evangélica que pede novo compromisso no seguimento.


                                                                                          17
2. A Palavra de Deus deve ocupar uma centralidade forte
   3. A relação dos missionários deve ser fortalecida. Reforçar nas Missões o Ministério da
       Visitação.
   4. Nas missões não fundamos CEBs, mas lançamos sementes.
   5. Esforço de conversão que a missão do leigo está inserida no seu cotidiano.
   6. Privilegiar as etapas do encontro com o Senhor e da conversão.
   7. Oferecer uma formação na espiritualidade da ação missionária.
   8. Acompanhar o processo de iniciação cristã começado nas missões.
   9. A pós-missão deve levar em conta uma catequese permanente. Não basta só Novena
       de Natal, CF, etc.
   10. A finalidade de formar discípulos-missionários deve penetrar em nossos seminários.
   11. A segunda parte do DA nos convoca a privilegiar iniciativas de formação dos
       discípulos-missionários.
   12. Testemunhar a alegria de ser discípulo-missionário, a alegria de ser redentorista.

   Pontos para as Santas Missões Redentoristas: Terceira Parte do Documento de Aparecida:
Variadas dimensões da VIDA EM CRISTO: rostos sofredores que doem em nós hoje.
Pastoral Urbana, etc. Pontos para nossa Missão Popular Redentorista.
       1. A vida de Jesus e segundo Jesus está na Copiosa Redenção.
       2. A cultura da vida que se opõe a cultura da morte.
       3. A sacralidade da vida humana, a dignidade de cada pessoa.
       4. É preciso promover as pequenas comunidades.
       5. A Pastoral Urbana é uma expressão que inclui um pluralismo de situações
           complexas.
       6. O centro de nossa mensagem é a VIDA, este é um grande desafio, como o
           ecumenismo, a cultura indígena, afro-brasileira.
       7. É preciso voltar a propor com insistência a Opção Preferencial pelos Pobres.
           Descobrir novos rostos de pobres, etc.
       8. A dimensão da comunidade deve ser vinculada ao compromisso da vida. Podemos
           falar em “Globalização da Solidariedade”.
       9. A família como Evangelho. A comunidade deve ser um lugar de acolhida familiar.
       10. Assumir o compromisso de fomentar a Infância Missionária.
       11. Estratégias de Evangelizar os jovens. Uma pós-missão especial para juventude.
       12. Conversão evangélica-cultural do machismo clerical.
       13. Ética na ciência e na tecnologia: VIDA.
       14. Aproveitar o valor da mídia para o trabalho missionário.
       15. Comunicações sociais e das Publicações.
       16. A idéia de uma Missão Continental, que mexe diretamente conosco.

Já somos missionários, agora estamos convidados a ser discípulos-missionários: seguir Jesus
mais de perto e aprofundar nossa experiência com Ele.

       Apenas para concluir e reforçar, queremos lembrar que Pe. Ulysses fala sobre o D.A
em ligação com a missão. Discípulos e Missionários de Jesus Cristo. Ponto de partida, uma
realidade que nos interpela pois contradiz o reino de vida. O DA quer que cheguemos a uma
vida em plenitude para a pessoa inteira e para nossos povos. Isso exige uma igreja em estado
permanente de missão. Desinstalar-se de sue comodismo. Isso vai implicar em uma conversão
pastoral e a renovação eclesial. O caminho é uma vivencia com Jesus. Uma caminhada em
quatro etapas a luz da opção preferencial pelos pobres. Essas etapas necessitam de experiência
de fé, seguimento de Jesus, vivência comunitária, a comunhão na igreja, lugares de


                                                                                           18
comunhão. Formação bíblico-teológica, discipulado, lugares de formação, compromisso
missionário da comunidade, missionariedade, lugares da missão. Os lugares para esse
encontro é a bíblia, e os santos. Para a comunhão que sejam as comunidades, a missão.
Lugares de encontro e de missão.
        Palavras chaves do D.A. Vida, discípulo, missionário e povo. Essas palavras são as
que mais parece no texto. Os eixos do Documento: ele é cristocêntrico, biocêntrico, e Palavra
unificadora: Vida. A figura de Maria também é marcante.
Vida dos nossos povos hoje
Olhar do discípulo sobre a realidade.
Pra a nossa missão, olhar sério o método ver, julga e agir. Temos que se ater mais no julgar.
Considerações do pregador: será não deparamos mais com a micro-realidade? O povo não
vive com consciência da macro-realidade. Estamos em contato com a micro-realidade. Onde
está a minha realidade? O porque das tantas doenças e não tem muita consciência da realidade
de onde mora. Na missão temos que tomar consciência do que vou falar, para não falar sem
sentido. Temos que tomar cuidado para sermos manipulado.
        Estar atento a nossa micro-realidade. Sentir com ele as suas dificuldades. Nas culturas
urbanas resiste à colonização cultural. Ser capaz de discernir a macro-realidade junto do povo.
O D.A. coloca a Igreja como lugar de comunhão. Os evangelhos atuais. A dignidade, a vida, a
família, a atividade humana, os bens e a ecologia é boa nova, é dom de Deus, não somos só os
destinatário da evangelização. A piedade popular como lugares de encontro com Jesus. É a
primeira vez que aparece nos documentos da igreja. Ser discípulo missionário é mais que ser
bons católicos. O D.A. tentar novamente levar a jogar a juntos, a favor do mesmo time. A
palavra de Deus terá que ocupar um lugar central da missão. Levar a sério o ministério da
visitação na missão e divisão das famílias.
        Na missão não fundamos CEBs, mas jogamos sementes para elas nasçam livremente e
compromissada com o evangelho. Não é específico do leigo, ficar paramentado nos
ministérios específicos da liturgia. Sem espiritualidade, nossos ministérios serão competitivos
e não libertador. Talvez seja necessário um maior acompanhamento na iniciação cristã, para
ajudar o povo. Na pós-missão teremos que ter um subsídio catequético que seja permanente.
Formar discípulos missionários também nos seminários. Essa segunda parte, nos convoca a
priviligiar as iniciativas do discipulado.
        A VIDA DE JESUS CRISTO PARA NOSSOS POVOS. Capitulo III: a alegria de ser
discípulos missionários para anunciar o Evangelho de Jesus Cristo. Rostos sofredores,
pastoral urbana, Deus vive na cidade. Pontos para nossa MPR
- a palavra VIDA dentro da Copiosa Redenção, “que todos tenha vida”
- Cultura da vida, que se opõe a cultura da morte. Conversão
- sacralidade da vida humana e a dignidade de cada ser humano
- Pensar numa cidadania latino-americana e universal
- formar pequenas comunidades
- a missão não é uma conversão individual
- pastoral urbana, pluralismo de situações, não dá para abranger a todos.
- O centro da nossa mensagem é a VIDA. E isso deve ser possível para nos missionários
- a opção preferencial pelos pobres. Houve um retrocesso na Igreja clerical, mas preocupação
com incenso do que com os pobres
- O compromisso com a vida deve levar a comunidade uma preocupação com a caridade e
solidariedade
- a família como um Evangelho, é uma revelação divina
- temos uma carência de referências pastorais. Precisamos se preocupar com a infância
missionária
- a juventude. Não evangeliza jovens sem jovem. Unidade


                                                                                            19
- Investir com os jovens, gastar dinheiro e pessoas
- o machismo está presente no clero. É a longo prazo a superação
- a mulher como agente geradora de vida na missão
- A vida na ciência e na tecnologia junto com a teologia moral
- a mídia: internet, não podemos fechar olhos para isso
- as comunicações sociais – rede de comunicação intercontinental
- missão continental – outros países ajudando os outros
- Somos missionários, agora precisamos ser discípulos missionários

       Fizemos um breve intervalo, em seguida foi nos apresentado a Mensagem Final, isto é,
as Sugestões do VI Congresso dos Missionários Redentoristas da sub-região norte da América
Latina e do Caribe.

                IV CONGRESSO DOS MISSIONÁRIOS REDENTORISTA
        Pe. Pedro e Pe. Sebastião dos Reis, fizeram apresentação do resultado do “IV
Congresso Missionário Redentorista”. O texto que nós recebemos será publicado como anexo
a esta ata. Essa reunião atingiu a sub-região norte da América Latina e do Caribe.
    Em seguida as palavras de Pe. Sebastião dos Reis: partilha dos trabalhos feitos na Costa
Rica, o Congresso. Costa Rica, pobres, mais de 100 milhões de habitantes. A região do fogo,
muitos vulcões. Acontece muitos tremores de terra no país. É um paise ainda controlado pelos
EUA. Houve propostas para o Brasil, criar comissão missionária... aproveitar a semana santa
para a missão. Pe. Pedro fala sobre o IV congresso na Costa Rica em 2007.
    Estamos na missão por causa de Jesus, não porque alguém nos mandou. Temos que
aprimorar a nossa linguagem para poder dialogar com nosso povo.

        Após esta apresentação, abriu-se para contribuições, questionamentos e reflexões.
Sugestão: neste encontro temos que criar uma Comissão das Equipes Missionárias
Redentoristas do Brasil.
        Fomos para o almoço ao meio dia, em seguida voltamos às 14:30h para a Sala de
Palestras, onde foi projetado para análises e comparações, um resumo de tudo aquilo que
refletimos nos grupos até agora. O plenário apontou algumas prioridades, como o trabalho
com Jovens, as paróquias Missionárias, e os Missionários Redentoristas Leigos.
         O plenário decidiu também que este encontro com as Equipes Missionárias do Brasil
deve acontecer de dois em dois anos, o próximo será na segunda semana de fevereiro de 2011,
na Casa São José em Belo Horizonte. Com o Tema: “Missão Urbana”, que engloba
Juventude, Universidades, Pastorais, etc.
        Foi concedido 5 minutos para cada unidade se reunir e indicar um confrade para
formar a COMISSÃO. Retornando, cada unidade indicou o seu representante, ficando assim:
        Pe. Wilson Marques (Campo Grande)
        Pe. Luiz Liskoski (Porto Alegre)
        Ir. Raoní (Rio de Janeiro)
        Pe. Pedro Gruzdz (Bahia)
        Pe. Matheu (Fortaleza)
        Pe. Luiz Vieira (Recife)
        Pe. Ivair Luiz (São Paulo)

        Esta Comissão ficará responsável por preparar o próximo Encontro, e também de
entrar em contato com a URB para encaminhar a Missão Nacional para o primeiro semestre
de 2011.



                                                                                         20
Houve um intervalo, em seguida retornamos para a Avaliação deste Encontro.
QUE BOM:
   Que este Encontro aconteceu
   A retomada deste Encontro
   Contribuições dos grupos e das unidades
   A partilha e o relacionamento
   A acolhida da casa
   O assessoramento do padre Ulysses
   A Missa na parte da manhã
   A participação de confrades no Congresso Redentorista na Costa Rica

QUE PENA:
   A ausência de Goiás e Manaus
   A ausência de mais MRL.
   A ausência de mais Irmãs Missionárias
   Faltou a comunicação/retorno de Goiás
   O improviso nas partilhas
   Coincidência da data com a Assembléia de Recife.

QUE TAL:
   Uma maior participação dos MRL
   Participação do CONE SUL (convidar confrades da América do Sul)
   Um Encontro como este para os Párocos
   A participação dos Provinciais
   Fazer oficinas para a Juventude
   Convidar líderes de juventude, crianças, etc.
   Colocar nome grande no crachá, com uma letra maior.




    “Se renunciarmos à pregação das Santas Missões, será a morte da Congregação, porque
teríamos que abandonar tudo aquilo que é a razão mesma de nossa existência. Acabaríamos
não sendo nem carne, nem peixe” (Santo Afonso em 1774).




                                                                                    21
SEGUEM OS ANEXOS
ANEXO I
Texto do Pe. Ulysses

         CARACTERÍSTICAS DA MISSÃO POPULAR REDENTORISTA

I. CARACTERÍSTICAS FUNDANTES DA MPR

Tendo como base o livro: EVOLUZIONE E DEFINIZIONE DEL METODO
MISSIONARIO REDENTORISTA (1732-1764), do confrade napolitano ALFONSO
VINCENZO AMARANTE (Materdomini 2003), vamos colher 10 características
fundantes da nossa MPR.

   1. DESTINATÁRIOS: eis a característica básica do projeto de Afonso para a
      sua comunidade missionária: o amor pelos mais abandonados. tratava-se
      de uma opção pastoral preferencial pelos ABANDONADOS, NO SENTIDO
      DE AFASTADOS OU DISTANTES, tanto da vida eclesial como da vida
      social. Era o povo do campo e dos bairros rurais, fora das cidades, nas
      dioceses mais necessitadas (AM. 196-197). Sempre se devia dar
      prioridade às missões rurais sobre aquelas urbanas. (AA. p. 177). Talvez,
      não se tratasse tanto de localização geográfica, quanto pelo fato de que
      havia nas cidades um clero excessivo e acomodado. O importante é a
      característica do destinatário em abandono pastoral.
    Devido a esses destinatários, as Missões eram gratuitas: somente
      hospedagem. Nada de alimentação, custo de viagens, etc. A Missão faz
      parte do orçamento que deve ser previsto pela comunidade ou por outras
      casas ou pela Congregação. (AM 199-200).
    O missionário devia sempre estar próximo do povo, em relação direta com
      ele e disponível para acolher e atender sempre. As CONFISSÕES
      PESSOAIS tinham uma importância capital na MPR e não se devia
      terminar a Missão antes de atender a última pessoa.
   2. PERSEVERANÇA: Possivelmente, Afonso foi um daqueles padres que
      criticavam as missões populares como fogo de palha. Por isso, “non voleva
      Alfonso, che fossero state, le sue Missioni, come si suol dire, un fuoco di
      paglia, che promette molto e niente opera: voglio dire, che non fossero un
      fervore istantaneo e passaggiero; ma voleva che ne‟ Popoli radicata si
      fosse la divozione e stabilmente assodata” (Tannoia, II, p.308).
    Sua primeira preocupação é com a perseverança dos missionários. Por
      isso, o voto de perseverança na Missão é o primeiro juramento
      redentorista, devido às experiências negativas com Mandarini, Tosquez e
      os primeiros seguidores.
    Insiste na renovação da Missão: ”Questa Congregazione ha...di più per
      regola principale il dover ritornare da tempo in tempo ai paesi dove si son
      fatte le missioni, a predicare e ad amministrare i santi Sacramenti, e con
      ciò rinnovare e conservare il frutto, fatto colle missioni” (AA, p. 233). “Nei
      paesi che an ricevute le missioni della Congregazione, si tornerà fra lo
      spazio al più di quattro o cinque mesi a farvi qualche altro esercizio
      pubblico di prediche, ma più breve e con minor numero di soggetti affine
      di stabilire il profitto della missione già fatta” (Regola del 1749, em AA. p.
      233)



                                                                                 22
 Afonso preocupa-se com a assistência pastoral do povo missionado ao
   determinar a localização das casas redentoristas: centrada fora das
   cidades, mas acessível aos destinatários. A proximidade passa a ser
   também uma característica importante.
3. CRISTOCENTRISMO DO “COPIOSA APUD EUM REDEMPTIO”:
   Presépio+Cruz+Sacramento sintetizam o kérigma afonsiano, como prova
   do amor misericordioso de Deus pelo ser humano: “De tal modo Deus
   amou o mundo....” Afonso tinha a certeza de que todo ser humano, a
   partir do mais humilde, é amado por Deus de forma fiel e misericordiosa.
   É sobre essa revelação, manifestada em Jesus, que se articula o eixo
   cristológico da sua mensagem missionária, como boa nova de Redenção
   copiosa oferecida a todos indistintamente: “Voleva che i suoi, predicando,
   non predicassero se stessi, ma Cristo Crocifisso” (Tannoia II, p. 324, em
   AA. p. 177). MARIA não é um tema a parte, mas é o testemunho do que
   pode o amor redentor de Deus e a intercessora materna para que a
   mesma graça se derrame sobre todos os seus filhos.
4. FINALIDADE: CONVERSÃO E SANTIFICAÇÃO PESSOAL: Afonso não
   visa apenas uma conversão sacramental, mas pretende dar uma nova
   orientação à vida das pessoas, centrando-a em Jesus Redentor. Não há a
   dimensão comunitária de forma explícita. As COMUNHÕES GERAIS
   representavam uma meta importante de união com o Senhor e eram
   preparadas com carinho. Num tempo eivado de jansenismo, significavam
   uma experiência espiritual profunda para cada pessoa.
5. PREGAÇÃO EXPLÍCITA SEMPRE: mas também, sempre substanciosa,
   isto é, bem estudada, centrada no ponto proposto, de tal modo que possa
   ser entendida até por quem chega atrasado.(AA. p. 258). O grande
   sermão podia durar até 1h30. Todas as pregações começavam e
   terminavam com uma oração, geralmente, o ato de contrição. Afonso
   sabia recorrer à linguagem teatral, aos cantos populares, etc. muito
   melhor do que nós usamos o „power point‟ e outros recursos, com a
   finalidade de prender a atenção e de convencer os ouvintes. Ele já
   compreendia que pregação não é só retórica, embora ela fosse
   fundamental. Contudo, a pregação devia ser tão simples, popular e
   familiar, de tal modo que o mais despreparado dos ouvintes pudesse
   compreender: “adattar si deve il predicatore al popolo basso che al cetto
   delle persone più culte, perchè il popolo e non la gente culta fa Il maggior
   numero nelle Missioni” (Tannoia, apud AA. p. 178). Nem comédia, nem
   retórica alta. Afonso treinava pessoalmente os confrades jovens como
   modular a voz, fazer as pausas, etc. a partir de textos que cada um devia
   preparar por escrito e até decorar.
6. MISSÃO CATEQUISADORA: Afonso preferia mais doutrina e menos
   espetáculos oratóricos e de terror. As chamadas „instruções‟ eram
   privilegiadas e exigiam missionários bem preparados, seguros do ponto de
   vista doutrinal. Contudo, confere muita importância aos sentimentos,
   que devem ser provocados para causar desde pavor até ternura e paz.
   Visa sacudir o torpor espiritual do povo. Faz questão que os sentimentos
   estejam sempre presentes nas orações e nos cantos, que permeiam todas
   as pregações e instruções. Afonso sabia que sem a abertura do emocional
   não se atinge o racional para levar à persuasão e à conversão na fé.
7. DESCENTRALIZAÇÃO DA MISSÃO: diferente dos outros métodos, como
   Paulo Segneri, de Missão central apenas na igreja principal, Afonso queria
   levar a todos a Palavra de Deus. Na mesma cidade, fazia acontecer os


                                                                            23
exercícios da Missão em outras igrejas. (AA. p. 169). Não é o povo que vai
     à igreja, quanto o missionário que vai ao povo, até para morar perto dele.
     Por isso, a Missão era uma proposta de pastoral extraordinária, que exigia
     ir além da rotina ordinária de cada paróquia ou diocese. E
     necessariamente devia envolver os bispos, párocos e a liderança política
     de cada local missionado. Era importante convocar a todos e o missionário
     dirigia-se também diretamente às autoridades civis e religiosas, para que
     tomassem parte nas Missões.
  8. A “VIDA DEVOTA” COMO PERSEVERANÇA E SANTIFICAÇÃO: ainda
     que seja apenas em nível pessoal, sem a dimensão comunitária, o povo é
     exercitado a práticas piedosas, para sustentar sua conversão: são feitos
     exercícios....: terço, coroa das dores de N. Senhora, bênçãos de objetos
     piedosos, instrução sobre a oração mental, sobre preparação e ação de
     graças na Comunhão, sobre a visita ao Santíssimo, e sobre as regras para
     viver como bom cristão; meditação sobre a paixão de Cristo e as dores de
     Maria, finalizando com a bênção com o crucifixo. (AA. P. 230).
  9. CARACTERÍSTICAS DOS MISSIONÁRIOS: a primeira virtude exigida
     era a HUMILDADE: “mancata l‟Umiltà nel Missionario, manca tutto....
     Umiltà voleva ancora, che praticata si fosse anche con i villani e più
     meschini, e per strada salutato avessero ognuno e per tutti dimostrato del
     rispetto”(Tannoia, p.318, cit. AA. p. 175). Em seguida, era fundamental a
     OBEDIÊNCIA ao superior da Missão, de tal modo que se alguém criasse
     dificuldade, devia ser mandado para casa (AA. p. 271). O ESPÍRITO DE
     MORTIFICAÇÃO era também importante, para não fazer exigências
     quanto a viagens ( a pé ou a cavalo), alimentação moderada, disposição
     para trabalhar, etc. Com o mesmo espírito, era preciso relacionar-se bem
     com os párocos, porque qualquer confronto estragaria o trabalho
     missionário.
  10.MISSÃO PREGADA SEMPRE EM COMUNIDADE: “non andranno mai
     soli, ma almeno a due... e vadano sempre uniti con quella carità, „qua
     major esse non potest‟...” (Lettere III, 1,543, apud AA. p. 245). Como
     normalmente toda a comunidade, com seu superior, saía para as Missões,
     a vida comunitária era organizada lá onde estavam pregando, desde a
     Oração da manhã, meditação, etc., quase no mesmo ritmo que se
     praticava no convento. O período propício das Missões, que faziam
     deslocar a comunidade redentorista, costumava ser durante o outono e
     inverno, isto é, de outubro a maio. Antes de partir, cada um fazia 10 dias
     de retiro. Afonso já sabia que o calor não ajudava muito o trabalho das
     Missões...

II. CARACTERÍSTICAS DA MPR HOJE

      O que poderíamos acrescentar às características da Missão de Afonso?
  Será que conseguimos preencher aquelas características fundantes ou
  teríamos que recuperar melhor algumas, antes de acrescentar outras?
      Certamente recuperamos, após o Vaticano II, o conteúdo kerigmático da
  proposta afonsiana, que ficara um tanto ofuscada desde a metade do século
  XVIII até a metade do século XX. Eu não teria muito a acrescentar à
  Cristologia e à Mariologia de Afonso, a não ser pequenos retoques. A síntese
  da Copiosa Redenção continua atual. Contudo, temos que estar bem
  conscientes da grande mudança quanto à visão da Igreja ou da Eclesiologia,
  ainda em fermentação, que o Vaticano II nos legou. Afonso viveu no contexto


                                                                            24
da eclesiologia eclesiástica, ou seja, a Igreja piramidal e clerical, sociedade
   perfeita e reino temporal. O Vaticano II nos resgata para uma Eclesiologia do
   Povo de Deus, sacramento de união com Deus e entre os homens, toda ela
   ministerial, com efeitos transformadores na Liturgia, na Pastoral, na presença
   no mundo, etc. É uma proposta ainda utópica, mas cujas sementes foram
   plantadas e estão germinando. Entre avanços e recuos, parece ser este o
   caminho indicado pelo Espírito Santo.
      Diante disso e de todos os documentos da Igreja, principalmente aqueles
   gerados na América Latina, que características já acrescentamos à MPR e que
   características deveríamos ainda acrescentar?

1. UNIDOS EM CRISTO, COM MARIA, PARA VIVER E CRESCER EM
   COMUNIDADE
   Esse lema, se de fato impregnar tudo o que pregamos, celebramos e fazemos
na MPR, nossas atitudes, nossas estratégias e nossas propostas, certamente
assume pra valer a dimensão eclesiológica do Vaticano II. A dimensão de
Comunidade viva, participante, evangelizadora, ministerial, missionária, é um
sonho em realização e nós somos agentes privilegiados. Não se trata mais de
“domesticar” católicos e pecadores, segundo as regras da instituição eclesiástica,
mas de provocar uma experiência espiritual profunda, que faça a pessoa
levantar-se e vir para o meio da Comunidade, com a disposição de viver em
união com Jesus e de caminhar junto com os outros.

2. UMA NOVA PROPOSTA: TORNAR-SE DISCÍPULO E MISSIONÁRIO DA
    VIDA DE JESUS PARA O POVO
        Acreditamos que a conversão cristã é essencialmente uma conversão para
Alguém, não para idéias ou ações. O acolhimento de Jesus na fé, no amor e na
esperança é o coração da revelação cristã, é a sua Boa Nova. Não haverá
Evangelização sem uma profunda experiência cristocêntrica de cada cristão, tal
como propunha Afonso.
        Tornar-se DISCÍPULO é levar a uma experiência de Jesus de união
interpessoal, afetiva e efetiva, com Jesus, que produza perdão, reconciliação,
paz, alegria, a tal ponto que provoca um seguimento pessoal e comunitário do
Senhor. Tornar-se MISSIONÁRIO é identificar-se e apropriar-se da missão de
Jesus, que veio para que todos tenham vida. Vida é o termo que traduz graça,
paz, amor, união, mas também, alimento, saúde, segurança, justiça, ecologia.
Eis o conteúdo libertador do kérigma, que nos é reproposto pelo Documento de
Aparecida, em toda a sua força transformadora de compromisso comunitário e
social.

3. MUDANÇA DE ENFOQUE: NÃO MAIS “PREGAR MISSÃO” AO POVO
    COMO COLOCAR O “POVO EM MISSÃO”
    É necessário recuperar, suscitar, formar e lançar na missão as forças vivas de
cada localidade. Ás vezes, é preciso começar pelo pároco. Os pequenos grupos
ou setores devem ter consciência de que estão realizando a missão. Não são
forças auxiliares, mas sim, os verdadeiros protagonistas de um povo que deverá
permanecer em missão e até irradiá-la para outras comunidades.
    É mudança importante para a nossa própria consciência missionária. Se a
MPR tem um início, já não deve ter mais fim. De alguma forma, deveríamos
manter o povo em missão. Por isso, é fundamental que o momento celebrativo
da MPR esteja integrado num projeto de Evangelização mais amplo. Nosso papel



                                                                               25
é o de servir, incentivar, ensinar e assessorar um povo em missão, de acordo
com as carências de cada situação.

4. A MPR DEVE SER PARTE DE UM PROJETO DE EVANGELIZAÇÃO
   A MPR já foi um evento quase autônomo, que chegava e acontecia, como
uma grande desobriga, em que o resultado era medido pelo número de
confissões, de comunhões e pelas grandes concentrações. Se dependermos ainda
deste termômetro, iremos pregar apenas aos “pregados”, e teremos dificuldades
de enfrentar desafios e urgências missionárias, em que tais resultados não serão
tão satisfatórios.
   O projeto de Evangelização pode ser nosso, pode ser paroquial, diocesano ou
nacional. O fato é que deve transcender o acontecimento da MPR e integrá-lo em
um programa maior. É um processo de nova Evangelização que deve ser posto
em marcha e estimulado. Essa maleabilidade para entrosar o nosso projeto
dentro de projetos mais amplos, a nível de Igreja local, do Brasil e da América
Latina, nos deve deixar bem abertos à caminhada da Igreja, mesmo aquela que
parece apenas teórica. Aí está o grande desafio da chamada MISSÃO
CONTINENTAL. Devemos esperar para ajudar ou devemos ajudar a criar?

5. O LUGAR DE DIREITO DO LEIGO MISSIONÁRIO
    Os leigos missionários, que redescobrem sua missionariedade batismal,
gradativamente devem encontrar o seu espaço de direito na MPR, tanto quanto
os sacerdotes, irmãos e seminaristas. Aliás, nossos seminaristas deveriam ter
como primeira etapa de seu projeto de formação chegar a uma consagração
missionários, que deveria ser mantida, quer façam ou não sua consagração
religiosa em nossa Congregação.
    Há um desafio a ser enfrentado: a capacitação de vivência espiritual e de
conhecimento catequético e missionário por parte destes Leigos, para que não
sejam improsivados como missionários.
    Também na MPR será importante que o Leigo possa exercer sua
corresponsabilidade: pela participação nos organismos de preparação, execução
e revisão do trbalho missionário; pela formação inicial e contínua de forma
sistemática, tanto para o crescimento pessoal como cristão, como para a
atividade missionária; pelos ministérios, com espaço próprio de atuação, que não
seja apenas de ajudante clerical. É importante que possa exercer plenamente as
atividades missionárias nas diversas etapas da Missão, excetuando apenas o que
é próprio do ministério sacerdotal.
    Em toda esta integração do Leigo, há uma dimensão profética de conquista de
espaço tanto nas comunidades missionadas, nas paróquias como dentro de
nossas próprias comunidades. Talvez seja um processo pedagógico lento, mas
não se deve desistir, se o nosso kérigma é por uma Igreja de comunhão e de
participação, e não mais de clero e fiéis.
    Entre os frutos atuais da MPR deve estar necessariamente a convocação, a
participação e a confirmação dos Leigos locais como responsáveis pelo “povo em
missão”. Nossos coordenadores de grupos ou de setores devem ser presença
ativa, isto é, sempre acionada, em todas as etapas da ação missionária. E para
que possamos estar sempre em contato com as localidades missionadas, para
manter o “povo em missão”, seria aconselhável pensar em vincular alguns leigos
do local ao nosso projeto de MPR, ao menos para que sirvam de contato ou
sejam comunicadores ativos de nossas propostas.

6. A REAPROPRIAÇÃO DEFINITIVA DA BÍBLIA, COMO PALAVRA VIVA:


                                                                             26
A Bíblia ainda não faz parte do tesouro cultural do católico. Está sempre
intimidado diante de qualquer crente. E é pela falta de hábito com a Bíblia que
muitos católicos passam a crentes.
       É importante que abracem a Bíblia afetiva e efetivamente, como
patrimônio próprio. E a entendam como história e projeto de salvação, cujo
ponto central e decisivo são os Evangelhos.
       É incoerente realçar o valor sacramental da Bíblia e em seguida, celebrá-la
ás vezes de forma tão banal. Tratá-la com carinho, e respeito significa
testemunhar que nós cremos que ela nos fereece de fato a Palavra de Deus. É
também um sinal sacramental da presença real do Senhor Ressuscitado no meio
da sua comunidade e isso deve ser visibilizado ritualmente.

7. A PEQUENA COMUNIDADE, CÉLULA VIVA DA IGREJA: GRUPO OU
    SETOR MISSIONÁRIO
    Eis uma experiência que precisa transformar num eixo estável e dinâmico da
MPR. Deveria impregnar todas as etapas da ação missionária e surgir de forma
explícita como meta e protagonista da MPR. E devia ser tratada com muita
atenção na pós-Missão, como elemento de perseverança e de dinamismo
missionário.
    Uma comunidade de fé e vida, que oferece um espaço para o relacionamento
fraterno entre as de pessoas, e que se apresenta como uma experiência de
convivência alternativa à vida social do mundo: lugar de convivência e não de
competição, de partilha e não de ganância, de serviço e não de dominação, de
amor, respeito e ternura e não de erotismo.
    O testemunho de uma comunhão eclesial, menos sacralizada e mais
relacional, demonstra a viabilidade e a validade da proposta evangélica para
todos. A experiência da filiação divina e o conseqüente empenho na construção
de uma fraternidade feita de união, de solidariedade, de missão comunitária
demonstram que o Transcendente existe, atua na vida humana e a transforma. É
um Transcendente que está no meio de nós, porque encarnou-se e tocou nossas
vidas. Eis uma comunidade que se torna, em si mesma, evangelizadora, porque
contrasta com os outros estilos de vida social.

8. O SENTIDO ÉTICO-MORAL
   Há dois valores que precisam penetrar na cultura do cristão, como pontos de
partida para qualquer discurso ético-moral:
     - a sacralidade da vida humana, desde a concepção até a morte, como
         Dom de Deus, de que ninguém tem direito de dispor.
     - a dignidade inalienável de cada pessoa, simplesmente por ser gente.
   A partir desses dois valores, pode-se entrar na moral familiar, na ética social
e política. O sentido positivo da moral se manifesta em todas as iniciativas
sociais e eclesiais, em que a vida e a pessoa são defendidas e promovidas:
Pastoral da criança, Pastoral da Terra, Pastoral do pescador, ONGs
ambientalistas, etc.
   Este sentido ético-moral deve se alargar para a consciência e a denúncia dos
grandes pecados questão da dívida externa, da escravização atual de
trabalhadores, inclusive crianças, da violência urbana, da prostituição, dos
grandes esquemas financeiros: mercados mundiais, tráfico de drogas e de
armas, guerras religiosas, etc.
   Em tudo isso, a ética-moral cristã sublinha sempre a atitude reconstrutiva de
reconciliação e de misericórdia, que nunca se cansa de oferecer uma nova
chance a quem quer que seja.


                                                                               27
9. O SENTIDO DE SOLIDARIEDADE COMUNITÁRIA
    A opção preferencial pelos pobres é o gesto primeiro e imprescindível de
solidariedade cristã, seja para socorrer, seja para lutar pela sua libertação social
e espiritual. Aqui é importante ter bem claro o que compreende o direito às
necessidades vitais de cada pessoa: o direito à moradia, ao trabalho
remunerado, à escola, a saúde, à terra de subsistência. O supérfluo rouba o
necessário de muitos para transformá-lo em supérfluo de poucos. Por isso, a
riqueza é construída a custa da pobreza.
    Os Evangelhos do Lava-pés e do Bom Samaritano necessitam de quem os
atualize com clareza dentro de nossa sociedade, que compete pelo poder,
discrimina e é indiferente aos sofrimentos e à violência. A solidariedade abre
espaço par o voluntariado organizado, que poderá ser a grande força de
transformação social pacífica de nossa sociedade.
    A solidariedade se explicita no serviço e na participação pela transformação
da sociedade pelo bem dos pobres. Ela compreende, portanto, o compromisso
político, a conquista da cidadania.

10. UMA ESPIRITUALIDADE MISSIONÁRIA
    Mais do que nunca os homens e mulheres estão sedentos de Espiritualidade,
buscando-a até em fontes poluídas ou envenenadas. Nossa Copiosa Redenção
precisa ser anunciada com zelo missionário, através da nossa experiência de
vida. “Sentimo-nos levados a compartilhar nossa fé e nossa esperança com
todos”. (Mensagem final do Cap. Geral 97, n. 12). Não precisamos fugir para
outras espiritualidades, mas também já não basta, principalmente em nossos
dias, fazer pastoral missionária: pregar, celebrar, etc. Temos que partilhar com
todos, começando dentro de nossas casas, a nossa Espiritualidade, para que
todos saibam qual é “a razão de nossa esperança.”(1Pd 3,15). É a urgência de
iniciarmos um anúncio explícito da nossa Espiritualidade, não tanto através de
conferências ou pregações, mas sim, através da transparência ou exposição de
nossa vida pessoal e comunitária. As palavras servirão muito pouco para
simbolizar a ação redentora do Espírito em nós. É preciso que nos apresentemos
realmente como ungidos pelo Espírito, com aquela unção que nos conforma
com Cristo e nos faz ter os seus sentimentos.


                        Oração do Missionário Redentorista

    Pai santo, fazei-nos fortes na fé, alegres na esperança, fervorosos na caridade,
                 inflamados no zelo, humildes e sempre dados à oração.
  Dai-nos forças para que sejamos homens apostólicos e genuínos discípulos de Santo
                      Afonso, seguindo contentes a Cristo Salvador.
Queremos participar do seu mistério e anunciá-lo com evangélica simplicidade de vida e
 de linguagem, pela abnegação de nós mesmos, pela disponibilidade constante para as
          coisas mais difíceis, a fim de levar aos homens a “Copiosa Redenção”.
É o que vos pedimos pela intercessão de Maria Santíssima e de Santo Afonso, por meio
                   de Jesus Cristo Nosso Santíssimo Redentor. Amém.



                                                                                    28
CREDO DO MISSIONÁRIO REDENTORISTA

                   Creio que Deus de tal modo me amou
        que me deu seu Filho único como meu Redentor (Jo 3,16)
 Creio que Jesus me amou e se entregou totalmente por mim (Gl 2,20),
                  a tal ponto que se aniqüilou a si mesmo
                 tornando-se semelhante a mim em tudo,
                       exceto no pecado (Fl 2,5-11).
               Por meu amor, fez-se criança num Presépio.
               Por meu amor, ofereceu-se à morte na Cruz.
       Por meu amor, reduziu-se a um pedaço de pão na Eucaristia.
             Por tudo isso, creio que a Redenção é abundante
                para mim e para todas as pessoas (Sl 130)
         Creio que somente amando Jesus Cristo acima de tudo
                 e amando cada pessoa como Jesus amou
serei uma “Memória viva” de sua presença encarnada no mundo (1Cor 13)
            Creio que Ele me ungiu para continuar sua missão,
           anunciando uma Boa Notícia aos pobres (Lc 4,18-19).
                  Creio que Maria é a Mãe da Esperança,
 que me ajudará a dar uma resposta de amor a tão imenso amor. Amém.




                                                                        29
ANEXO II
                                    ENCONTRO MISSIONÁRIO
                                       16 – 20 DE FEVEREIRO 2009

                                       Seminário santo afonso




       Objetivo: Buscar uma maior união entre as equipes de
       Missões Populares Redentoristas.



       I Bloco: Identidade própria da Missão Popular Redentorista.

       Plenário:

       1. Explicitação sobre o tema

       2. Partilha das experiências de cada equipe missionária

       (Conteúdos da mensagem, Metodologia, Celebrações, Equipes, etc.:
       pontos fortes e pontos fracos, elementos da tradição e de inovação)

       3. Detalhar as diferenças e pontos comuns entre as equipes.

       Grupos:

1. Destacar os pontos interessantes das apresentações

2. Apresentar questionamentos à atuação das diversas equipes

3. Oferecer as primeiras sugestões




                                                                             30
II Bloco: A Missão Popular Redentorista a partir do Documento
  de Aparecida

  Plenário:

  1. Memória do Congresso de Costa Rica

  2. Explicitação de alguns pontos do DA

  Grupos:

  1. O que devemos assumir do DA em nossa MPR e como fazê-
  lo: (Conteúdos da mensagem, Metodologia, Celebrações, Equipes)

  2. Busca de elementos fundamentais para uma Solidariedade
  Redentorista na MPR

       3. Nossa participação na Missão Continental.



  Conclusão:

  PROPOSTAS FINAIS DO ENCONTRO

  AVALIAÇÃO FINAL



  Estratégias

1. A partilha de experiências será feita pela equipe de cada
   unidade participante.

2. Um assessor ajudará a aprofundar a reflexão para as
   conclusões finais

3. Os momentos de oração comunitária devem partir das
   inspirações: Santíssimo Redentor, Santo Afonso e Nossa
   Senhora.



                                                                   31
Abertura: Dia 16 (Segunda-feira) 17:00hs com a Eucaristia.

Término: Dia 20 (sexta-feira) Eucaristia às 9:00hs no
Santuário Nacional.



Assessor: Pe. José Ulysses da Silva, CSsR.

Equipe organizadora: Pe. Ivair, Pe. Coutinho, Pe. Renato (SP);
Pe. Pedro (BA); Pe. Gelson (PR).




               “Junto D’Ele a Redenção é abundante”




ANEXO III
                MENSAGEM FINAL
 DO VI CONGRESO DOS MISSIONÁRIOS REDENTORISTAS
             DA SUB-REGIÃO NORTE DA AMÉRICA LATINA
                          E DO CARIBE


    “A época atual e os desafios da Santa Missão Popular Redentorista”

Nos dias de 21 a 27 de outubro de 2007, no Centro Pastoral da Diocese de Alajuela (Costa-
Rica), aconteceu o encontro de mais ou menos 50 (cinqüenta) redentoristas, os religiosos e
leigos, a fim de realizar o VI Congresso de Missionários Redentoristas Itinerantes da região
norte da América Latina e do Caribe. Estes dias foram um sinal positivo da crescente
colaboração entre nossas unidades que formam a Sub-Região. O encontro foi também
enriquecido com contribuições e experiências, pelas unidades do Brasil e do CESPLAM.
Chegamos dos lugares diferentes, mas com um único objetivo: “descobrir os desafios da
missão itinerante e para responder às exigências do Evangelho no mundo de hoje; a partir do
nosso carisma redentorista, em região norte da América Latina e do Caribe”.


                                                                                         32
Para ajudar-nos na reflexão contamos com a presença enriquecedora do Mons. Vittorio
Girardi, M.C.C.J., bispo de Tilarán (Costa-Rica) e redentoristas Pes.: Pedro Lopez Calvo e
José Ulisses da Silva das Províncias de Madrid e de São Paulo, respectivamente. A cada um
deles agradecemos pela sua presença, disponibilidade e empenho nas palestras. Criamos um
clima muito fraterno e festivo que nos permitiu experimentar a presença do Espírito Santo e a
alegria da fraternidade. Sentimo-nos de fato discípulos e missionários, e, ao mesmo tempo,
membros da família tão querida por Jesus Cristo que é a Congregação do Santíssimo
Redentor.

Ao terminar esse encontro não podemos de deixar registradas algumas considerações que
queremos apresentar. Primeiro demos graças a Deus que beneficiou a sua Igreja com a Pessoa
de Santo Afonso e a Família fundada por ele; Agradecemos pelo presente que é o carisma do
anúncio explícito da Palavra, especialmente aos mais abandonados. E assim, assumimos
alegremente o convite e desafio que nos propõe a V Conferência Latino-Americana de
Aparecida de: “confirmar, renovar e revitalizar a novidade do Evangelho arraigada na nossa
história, a partir de um encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo, que nos desperta de
sermos discípulos missionários” (n.11). Realmente, vale a pena percorrer os caminhos do
nosso mundo como missionários itinerantes no estilo de Jesus e dos Apóstolos, e com
gratuidade anunciar e fazer presente o Reino.

Gostaríamos de compartilhar a convicção de que a Santa Missão Popular, o estilo preferido
por Santo Afonso, é o método de evangelização válido especialmente para o nosso
tempo, pois: rejuvenesce o rosto da Igreja; coloca as paróquias na perspectiva
missionária e evangelizadora; oferece as estruturas renovadas permanentes de
evangelização que para muitas pessoas tornam-se um meio eficaz para renovação da fé e do
apostolado; gera vida nas pessoas e nas comunidades cristãs. Com esta convicção
desejamos de contribuir na edificação de uma Igreja Comunhão, e ao mesmo tempo toda
Missionária. Com esperança renovamos nosso desejo e disponibilidade para servir as
comunidades paroquiais com algo que é válido, eficaz e necessário para revitalização
missionária das comunidades cristãs que são as Santas Missões Populares Redentoristas,
favorecendo assim o surgimento de Comunidades Eclesiais de Vida.
A Santa Missão Popular tem que estar ao serviço da pastoral ordinária das comunidades
paroquiais. Elas, porém, nos convidam a dinamizar os seus membros e suas estruturas. Isto
requer um humilde, cuidadoso e generoso acompanhamento por parte dos missionários,
sacerdotes, agentes de pastoral, e todas as pessoas as quais se dirige missão popular. Este
acompanhamento a partir da fé oferece às comunidades um processo missionário
proporcionando o encontro com Jesus, diálogo, escuta, o desejo de caminhar juntos, a
capacidade de refletir, iluminar, discernir e compartilhar das dificuldades, alegrias e
esperanças. Seguindo a tradição da Congregação acreditamos que nossa missão deve ser
querigmática. Deve centralizar-se no anúncio alegre de Jesus Cristo Morto e
Ressuscitado; deve ser enraizada na Palavra de Deus, que motiva a conversão a partir do
encontro de cada cristão com Deus de bondade e da misericórdia; deve ajudar a revitalizar
as comunidades cristãs que pedem a nossa colaboração criando pequenas comunidades
eclesiais de vida; deve facilitar os processos de conversão e ajudar aos leigos a descobrir a
sua vocação na Igreja e no mundo; deve enfim estar preocupada com mais pobres e se pôr
ao serviço da pessoa humana e da autêntica libertação cristã. A nossa ação missionária deve
chegar a todo homem e a todos os homens e mulheres.




                                                                                          33
RedaçãO Final Do Encontro
RedaçãO Final Do Encontro
RedaçãO Final Do Encontro

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Boletim I
Boletim IBoletim I
Boletim Ikelgg
 
Boletim 295 - 05/08/12
Boletim 295 - 05/08/12Boletim 295 - 05/08/12
Boletim 295 - 05/08/12stanaami
 
Treinamento geral03
Treinamento geral03Treinamento geral03
Treinamento geral03junior mello
 
Boletim 252 - 24/08/11
Boletim 252 - 24/08/11Boletim 252 - 24/08/11
Boletim 252 - 24/08/11stanaami
 
Contact setembro 2010
Contact setembro 2010Contact setembro 2010
Contact setembro 2010Leutherio
 
001 apostila catecismo alvaro negromonte 1
001 apostila catecismo alvaro negromonte 1001 apostila catecismo alvaro negromonte 1
001 apostila catecismo alvaro negromonte 1MariGiopato
 
Revista do Anciao-2010-Q4.pdf
Revista do Anciao-2010-Q4.pdfRevista do Anciao-2010-Q4.pdf
Revista do Anciao-2010-Q4.pdfCarlos Rodrigues
 
Livrete quaresma_ e pascoa 2015_Arquidiocese de Florianópolis
Livrete quaresma_ e pascoa 2015_Arquidiocese de FlorianópolisLivrete quaresma_ e pascoa 2015_Arquidiocese de Florianópolis
Livrete quaresma_ e pascoa 2015_Arquidiocese de FlorianópolisBernadetecebs .
 
SANTAS MISSÕES POPULARES para a missão permanente
SANTAS MISSÕES POPULARES para a missão permanenteSANTAS MISSÕES POPULARES para a missão permanente
SANTAS MISSÕES POPULARES para a missão permanentePaulo David
 
Boletim 273 19/02/12
Boletim 273 19/02/12Boletim 273 19/02/12
Boletim 273 19/02/12stanaami
 
Boletim 280 - 08/04/12
Boletim 280 - 08/04/12Boletim 280 - 08/04/12
Boletim 280 - 08/04/12stanaami
 
Trabalho Dos Grupos Dia Do Catequista 2010
Trabalho Dos Grupos   Dia Do Catequista 2010Trabalho Dos Grupos   Dia Do Catequista 2010
Trabalho Dos Grupos Dia Do Catequista 2010tanigrilo
 
Boletim 294 - 29/07/12
Boletim 294 - 29/07/12Boletim 294 - 29/07/12
Boletim 294 - 29/07/12stanaami
 
Boletim 264 - 13/11/11
Boletim 264 - 13/11/11Boletim 264 - 13/11/11
Boletim 264 - 13/11/11stanaami
 
MANUAL Mais de 200 maneiras práticas de se envolver com Missões
MANUAL Mais de 200 maneiras práticas de se envolver com Missões  MANUAL Mais de 200 maneiras práticas de se envolver com Missões
MANUAL Mais de 200 maneiras práticas de se envolver com Missões Sammis Reachers
 

Mais procurados (20)

Boletim I
Boletim IBoletim I
Boletim I
 
Boletim 295 - 05/08/12
Boletim 295 - 05/08/12Boletim 295 - 05/08/12
Boletim 295 - 05/08/12
 
Treinamento geral03
Treinamento geral03Treinamento geral03
Treinamento geral03
 
Boletim 252 - 24/08/11
Boletim 252 - 24/08/11Boletim 252 - 24/08/11
Boletim 252 - 24/08/11
 
Contact setembro 2010
Contact setembro 2010Contact setembro 2010
Contact setembro 2010
 
001 apostila catecismo alvaro negromonte 1
001 apostila catecismo alvaro negromonte 1001 apostila catecismo alvaro negromonte 1
001 apostila catecismo alvaro negromonte 1
 
Revista do Anciao-2010-Q4.pdf
Revista do Anciao-2010-Q4.pdfRevista do Anciao-2010-Q4.pdf
Revista do Anciao-2010-Q4.pdf
 
Livrete quaresma_ e pascoa 2015_Arquidiocese de Florianópolis
Livrete quaresma_ e pascoa 2015_Arquidiocese de FlorianópolisLivrete quaresma_ e pascoa 2015_Arquidiocese de Florianópolis
Livrete quaresma_ e pascoa 2015_Arquidiocese de Florianópolis
 
SANTAS MISSÕES POPULARES para a missão permanente
SANTAS MISSÕES POPULARES para a missão permanenteSANTAS MISSÕES POPULARES para a missão permanente
SANTAS MISSÕES POPULARES para a missão permanente
 
Jornal sg jan. 2013
Jornal sg jan. 2013Jornal sg jan. 2013
Jornal sg jan. 2013
 
Boletim 273 19/02/12
Boletim 273 19/02/12Boletim 273 19/02/12
Boletim 273 19/02/12
 
RELAT
RELATRELAT
RELAT
 
Boletim 280 - 08/04/12
Boletim 280 - 08/04/12Boletim 280 - 08/04/12
Boletim 280 - 08/04/12
 
Trabalho Dos Grupos Dia Do Catequista 2010
Trabalho Dos Grupos   Dia Do Catequista 2010Trabalho Dos Grupos   Dia Do Catequista 2010
Trabalho Dos Grupos Dia Do Catequista 2010
 
Boletim 294 - 29/07/12
Boletim 294 - 29/07/12Boletim 294 - 29/07/12
Boletim 294 - 29/07/12
 
Boletim 264 - 13/11/11
Boletim 264 - 13/11/11Boletim 264 - 13/11/11
Boletim 264 - 13/11/11
 
XII ASSEMBLEIA REGIONAL DA PJMP CEARÁ
XII ASSEMBLEIA REGIONAL DA PJMP CEARÁXII ASSEMBLEIA REGIONAL DA PJMP CEARÁ
XII ASSEMBLEIA REGIONAL DA PJMP CEARÁ
 
Boletim Mensageiro 08 08 2010
Boletim Mensageiro 08 08 2010Boletim Mensageiro 08 08 2010
Boletim Mensageiro 08 08 2010
 
MANUAL Mais de 200 maneiras práticas de se envolver com Missões
MANUAL Mais de 200 maneiras práticas de se envolver com Missões  MANUAL Mais de 200 maneiras práticas de se envolver com Missões
MANUAL Mais de 200 maneiras práticas de se envolver com Missões
 
Pastoral da acolhida
Pastoral da acolhidaPastoral da acolhida
Pastoral da acolhida
 

Semelhante a RedaçãO Final Do Encontro

Livreto Pascoa de Cristo Justiça Divina
Livreto Pascoa de Cristo Justiça DivinaLivreto Pascoa de Cristo Justiça Divina
Livreto Pascoa de Cristo Justiça DivinaBernadetecebs .
 
Santas Missões Populares
Santas Missões Populares Santas Missões Populares
Santas Missões Populares Bernadetecebs .
 
Ata comissão missionaria
Ata comissão missionariaAta comissão missionaria
Ata comissão missionariamcredentorista
 
Revista Encontro 01 - Dezembro de 2011
Revista Encontro 01 - Dezembro de 2011Revista Encontro 01 - Dezembro de 2011
Revista Encontro 01 - Dezembro de 2011Rodrigo Catini Flaibam
 
Folha Diocesana - Julho 2015
Folha Diocesana - Julho 2015Folha Diocesana - Julho 2015
Folha Diocesana - Julho 2015ParoquiaStaCruz
 
Contact outubro 2011
Contact outubro 2011Contact outubro 2011
Contact outubro 2011Leutherio
 
Boletim bimba 26 01 2014 hinário metodista brasileiro
Boletim bimba 26 01 2014   hinário metodista brasileiroBoletim bimba 26 01 2014   hinário metodista brasileiro
Boletim bimba 26 01 2014 hinário metodista brasileiroRegina Lissone
 
Novena-Missionaria-2022-web.pdf
Novena-Missionaria-2022-web.pdfNovena-Missionaria-2022-web.pdf
Novena-Missionaria-2022-web.pdfGilsonSoares37
 
Folha da mensagem ano xii nº80 - semana da comunidade
Folha da mensagem ano xii nº80 - semana da comunidadeFolha da mensagem ano xii nº80 - semana da comunidade
Folha da mensagem ano xii nº80 - semana da comunidadeParóquia Pardilhó
 
Sagrada Notícias Online - 11° Edição 23/03 a 06/03 (A4)
Sagrada Notícias Online - 11° Edição 23/03 a 06/03 (A4)Sagrada Notícias Online - 11° Edição 23/03 a 06/03 (A4)
Sagrada Notícias Online - 11° Edição 23/03 a 06/03 (A4)Liliane Jornalista
 
Celebrações para o Mês Vocacional
Celebrações para o Mês VocacionalCelebrações para o Mês Vocacional
Celebrações para o Mês VocacionalCris Simoni
 
Material mês vocacional2012
Material mês vocacional2012Material mês vocacional2012
Material mês vocacional2012wapema
 
Celebração do mês vocacional 2012
Celebração do mês vocacional 2012Celebração do mês vocacional 2012
Celebração do mês vocacional 2012Bernadetecebs .
 

Semelhante a RedaçãO Final Do Encontro (20)

Livreto Pascoa de Cristo Justiça Divina
Livreto Pascoa de Cristo Justiça DivinaLivreto Pascoa de Cristo Justiça Divina
Livreto Pascoa de Cristo Justiça Divina
 
Santas Missões Populares
Santas Missões Populares Santas Missões Populares
Santas Missões Populares
 
Ata comissão missionaria
Ata comissão missionariaAta comissão missionaria
Ata comissão missionaria
 
Revista Encontro 01 - Dezembro de 2011
Revista Encontro 01 - Dezembro de 2011Revista Encontro 01 - Dezembro de 2011
Revista Encontro 01 - Dezembro de 2011
 
Folha Diocesana - Julho 2015
Folha Diocesana - Julho 2015Folha Diocesana - Julho 2015
Folha Diocesana - Julho 2015
 
42ª assembléia diocesana
42ª assembléia diocesana42ª assembléia diocesana
42ª assembléia diocesana
 
Folha Diocesana - Junho
Folha Diocesana - JunhoFolha Diocesana - Junho
Folha Diocesana - Junho
 
Contact outubro 2011
Contact outubro 2011Contact outubro 2011
Contact outubro 2011
 
Mensageiro 2013 12-08
Mensageiro 2013 12-08Mensageiro 2013 12-08
Mensageiro 2013 12-08
 
Boletim bimba 26 01 2014 hinário metodista brasileiro
Boletim bimba 26 01 2014   hinário metodista brasileiroBoletim bimba 26 01 2014   hinário metodista brasileiro
Boletim bimba 26 01 2014 hinário metodista brasileiro
 
Novena-Missionaria-2022-web.pdf
Novena-Missionaria-2022-web.pdfNovena-Missionaria-2022-web.pdf
Novena-Missionaria-2022-web.pdf
 
404
404404
404
 
Jornal SEMADET News
Jornal SEMADET NewsJornal SEMADET News
Jornal SEMADET News
 
Folha da mensagem ano xii nº80 - semana da comunidade
Folha da mensagem ano xii nº80 - semana da comunidadeFolha da mensagem ano xii nº80 - semana da comunidade
Folha da mensagem ano xii nº80 - semana da comunidade
 
Sagrada Notícias Online - 11° Edição 23/03 a 06/03 (A4)
Sagrada Notícias Online - 11° Edição 23/03 a 06/03 (A4)Sagrada Notícias Online - 11° Edição 23/03 a 06/03 (A4)
Sagrada Notícias Online - 11° Edição 23/03 a 06/03 (A4)
 
Celebração Mês Vocacional 2012
Celebração Mês Vocacional 2012Celebração Mês Vocacional 2012
Celebração Mês Vocacional 2012
 
Celebrações para o Mês Vocacional
Celebrações para o Mês VocacionalCelebrações para o Mês Vocacional
Celebrações para o Mês Vocacional
 
Material mês vocacional2012
Material mês vocacional2012Material mês vocacional2012
Material mês vocacional2012
 
Boletim 57
Boletim 57Boletim 57
Boletim 57
 
Celebração do mês vocacional 2012
Celebração do mês vocacional 2012Celebração do mês vocacional 2012
Celebração do mês vocacional 2012
 

RedaçãO Final Do Encontro

  • 1. Encontro das 16 – 20.02.2009 Equipes ATA DO ENCONTRO Missionárias Redentoristas EM APARECIDA ATA DO ENCONTRO DAS EQUIPES MISSIONÁRIAS REDENTORISTAS PRINCIPAIS CARACTERISTICAS DA MISSÃO REDENTORISTA (anotações) ......... 4 CARACTERISTICAS DA MISSÃO REDENTORISTA HOJE (anotações) ................... 5 APRESENTAÇÃO DAS EQUIPES MISSIONÁRIAS.................................................. 10 MISSÃO POPULAR REDENTORISTAS A PARTIR DO DA....................................... 17 IV CONGRESSO DOS MISSIONÁRIOS REDENTORISTA EM COSTA RICA .............20 CARACTERÍSTICAS DA MISSÃO POPULAR REDENTORISTA ...............................22 CARACTERÍSTICAS DA MPR HOJE .................................................................. 24
  • 2. ENCONTRO DAS EQUIPES MISSIONÁRIAS REDENTORISTAS DO BRASIL Aparecida/SP. 16 a 20 de fevereiro de 2009 Entre 1986 a 1987, foi realizado o último encontro das equipes missionárias redentoristas. Depois aconteceram encontros inter-congregacionais e não apenas redentoristas. Mas esses também, não encontrando um bom resultado prático, também sem muitas explicações. Neste ano de 2009, impulsionados pelo Documento de Aparecida, sob o patrocínio da URB, foi convocado este encontro, apenas com o nome de encontro missionário. A coordenação e montagem do curso ficaram a encargo dos Pés. Ivair Luis da Silva, (SP), Pe. Pedro e Pe. Gelson. Para acontecer entre os dias 16 a 20 de fevereiro de 2009, no CERESP (Centro de Espiritualidade Redentorista) – Aparecida-SP. No encontro estavam presentes os seguintes missionários: Bahia: Pe. Sérgio, Pe. Pedro, Pe. Vilmar, e o Leigo Antonio Marcos Ceará/Fortaleza: Pe. Oleriano, Pe. Mateus Parará/Campo Grande: Pe. Donizete, Pe. Wilson, Pe. Ademar, Pe. Roque, Ir. Adilson, Ir. Hélio Nunes, Pe. Gelson, Pe. Pedro Rio de Janeiro: Ir. Afonso, Ir. Raoni, Diác. Maikel Pernambuco: Pe. Luiz Viera, Leigo Ari Rio Grande do Sul: Pe. Radamés, Pe. Raimundo, Pe. Cláudio Luiz, Pe. Benedito Pará: Pe. Zanine São Paulo: Pe. Libardi, Pe. Ulysses, Pe. Moacyr, Pe. Toninho, Pe. Werner, Pe. Galvão, Pe. Coutinho, Pe. Ivair, Ir. João Carlos, Ir. Cláudio, Pe. Ronaldo, Pe. Célio, Pe. Renato, Pe. Sebastião dos Reis, Pe. Mauro Matiazzi, Ir. Mário, Pe. Victor Hugo, Leigo Paulinho, leigo José de Arimatéia. Irmãs: Aparecida Marques, Lourdes, Marlene e Elza. DIAS DO ENCONTRO MISSIONÁRIO NO SEMINÁRIO SANTO AFONSO Dia 16 -2ª feira - Abertura – Missa – 17:00 Dia 17 – 3ª feira Dia 18 – 4ª feira Dia 19 – 5ª feira Dia 20 – 6ª feira Encerramento – Missa – 09:00 – Santuário HORÁRIO PARA TODOS OS DIAS 07:00 - Café da manhã 07:30 – Eucaristia 08:30 – Trabalho 10:00 – Cafezinho 10:30 – Trabalho 11:30 – Recreio 12:00 – Almoço 14:30 – Trabalho 16:00 – Recreio 16:30 – Trabalho 2
  • 3. 17:30 – Livre 19:00 – Jantar Livre O Encontro iniciou-se no dia 16 de fevereiro de 2009, com a Celebração Eucarística às 17:00h na Capela do Seminário Santo Afonso, presidida pelo padre Mauro Matiazzi da Província de São Paulo. Após a missa, nos reunimos na Sala de Palestras para apresentações, distribuição do material e encaminhamentos do Encontro. Depois houve a janta e a noite foi livre para confraternização. Vieram representantes de todas as unidades do Brasil, exceto Goiás e Manaus. Sendo assim, deu-se a abertura do encontro com a celebração da Eucaristia, presidida pelo Pe. Mauro Matiazzi, vice-provincial da Província de São Paulo; na ausência do Provincial Pe. Luiz Rodrigues em assembléia no recife. Pe. Mauro destacou a graça de estarmos juntos, provocando entre nós mais união. Nossos instrumentos de evangelização só serão válidos se nos fizer encontrar o irmão. Como irmãos queremos caminhar juntos. A Palavra de Deus hoje (Caim e Abel) mostra a falta de sintonia em caminhar junto. A relação entre irmãos é quebrada pelo pecado. A pergunta que se nos oferece é a relação de respeito à vida do irmão, acolhida. Somos várias equipes missionárias de várias unidades redentoristas e para que possamos crescer temos que nos unir. Não há melhores e menores entre nós, por isso não podemos respirar clima de divergência. Somos uma congregação missionária e os desafios são normais e devem ser enfrentados como Jesus que de tudo se aproximava. O nosso referencial é o projeto de Jesus que deve ser o nosso projeto. No Evangelho pedem um sinal. O mundo lança sinais que iludem. Nós temos sinais, cada irmão é um sinal através do qual Deus se revela. Nesses dias acolhamos a ação do Espírito, aproveitando a oportunidade em nos encontrarmos. Agradeço, sua generosidade amiga na minha história que é interrompida por uma missão em que muda minha história. Um processo que vai crescendo e da missão cresce por ação de Deus, ação amorosa de Deus. E que Maria do Perpétuo Socorro nos ilumine sempre. Amém! Após a missa, todos os missionários foram encaminhados para a sala de palestra, onde Coutinho fez acolhida a todos, foi distribuído o material do encontro pra cada um dos participantes e em seguida apresentou as orientações para a semana de encontro. Destacou-se a importância da presença de todos e as reflexão que acontecerá nos grupos. Em seguida Pe. Ivair pediu para que os participantes se apresentassem dizendo o nome, a cidade de onde vinha. A pessoa recebia o crachá e chamava a pessoa seguinte. Depois foi falado sobre o material que é usado pela equipe missionária de São Paulo, este ficará exposto à mesa, e que a Editora Santuário também deixará em exposição o material usado na missão. A editora oferece até 30% de desconto para que quiser comprar. Depois foi distribuído um kit com livros e propaganda da Editora Santuário. Logo após deu-se por encerrado os trabalhos deste dia e os missionários foram encaminhados para o refeitório para o jantar. A noite ficou livre. Terça-feira – 17 d fevereiro de 2009 As atividades deste dia iniciaram-se com a Eucaristia presidida pelo Pe. Roque Gabriel da província de Campo Grande-PR e concelebrada pelo diác. Maikel da província do Rio de Janeiro-RJ e pelo Ir. Hélio Nunes da província de Campo Grande-PR. Depois nos reunimos na Sala de Palestras, houve algumas orientações e em seguida foi apresentado o Livro “Missões Redentoristas”, pois nós temos muito materiais, entretanto em apostilas, muito pouco publicado. 3
  • 4. Pe. Coutinho pediu que os missionários que chegaram por último, se apresentassem e depois o Pe. Sebastião dos Reis falou sobre o livro “Missão Redentorista” e do Missal Redentorista usados pelos missionários da província de São Paulo. Ele e o Pe. Libardi são uns dos organizadores desses materiais. Eles salientaram que a idéia em escrever esse livro foi a de registrar o conteúdo usado nas nossas missões e evitar que pessoas publiquem nossos trabalhos como se fossem feitos por eles. Em seguida foi passada a palavra ao Pe. Ulysses que é o assessor deste encontro. Ele começou falado da necessidade de se criar uma comissão para ajudar a resolver os problemas encontrados na evangelização urbana e rural. O Kérigma Afonsiano: prova do amor misericordioso de Deus pelo ser humano. A finalidade da Missão é a conversão e a santificação pessoal. A missão deve ser catequizadora, uma pastoral extraordinária. A vida sacramental é importante, mas a vida devota deve ser um meio de perseverança e santificação. Os missionários devem ser humildes e obedientes, dever ter um espírito de mortificação. Devem orientar as missões sempre em comunidade. Quanto as características da MPR, percebemos que ao longo da caminhada perdemos um pouco de nossas origens. Observando a nossa realidade hoje, notamos que é preciso algumas mudanças de atitudes, bem como de linguagens: não “pregar missão”, mas “Povo em Missão”; a MPR tem início, mas não deve ter um fim, pois o Povo de Deus está em constante Missão; a MPR deve ser parte de um Projeto de Evangelização; deve reconhecer o lugar de direito do leigo redentorista, para uma igreja de comunhão e participação, onde todos devem ser presença ativa; promover a reapropriação definitiva da Bíblia, como Palavra de Viva; as pequenas comunidades como células-vivas da Igreja, com grupos ou setores missionários; recuperar o sentido ético-moral, a sacralidade da vida humana, e a dignidade inalienável de cada pessoa; o sentido de solidariedade comunitária em favor da vida; e por fim, uma espiritualidade missionária redentorista. Houve algumas contribuições, em seguida um intervalo, depois fomos para os grupos de trabalho e reflexões, onde trabalhamos algumas questões apresentadas no cronograma. Ao meio dia houve o almoço, retornamos para a Sala de Palestras às 14:30 para partilha dos grupos, onde cada grupo colocou aquilo que refletiram. I – PRINCIPAIS CARACTERISTICAS DA MISSÃO REDENTORISTA A primeira do Pe. Ulysses foi sobre as principais características da missão popular redentorista, as chamadas características fundantes de Santo Afonso e seus companheiros, baseado na tese de Afonso Vicenzo Amarantes. A missão é uma pastoral dinâmica e desafiadora. Nos apresentou as características fundantes: os destinatários, os abandonados não somente geograficamente, mas pastoral e socialmente. 1) A primeira foi a escolha dos destinatários: que foram os abandonados da vida eclesial e social: o povo do campo. Santo Afonso quer seus missionários dêem preferência à missão rural. Era lá que estavam os abandonados e ele vai atrás dessa gente, não foi a questão geográfica, mas porque eram eles os realmente necessitados. Para Afonso a missão tinha que ser gratuita, por ser para um povo pobre. Afonso quer que os missionários sejam próximo do povo. 2) A perseverança. Essa preocupação era porque muitos deixavam de ser missionário por pouca coisa. Foi por isso que ele colocou a perseverança como o primeiro voto na missão. Afonso insiste também na renovação da missão, ou seja, que de tempo em tempo, os missionários voltassem aos lugares que receberam a missão para reanimar o povo. Talvez fossem por isso, que as casas religiosas eram fora das cidades. Era uma forma de tornar-se mais acessível a o povo do campo. 4
  • 5. 3) O cristocentrismo. Afonso coloca o mistério da paixão de Cristo como centro do seu kérigma – presépio, cruz e sacramento. É Deus provando todo o seu amor pelo ser humano. A figura de Maria, Afonso coloca dentro do mistério da copiosa redenção. É uma figura que faz parte, não mais nem menos. Com isso Afonso não inclui Maria no seu kérigma, sem desmerecer o Cristo. 4) Conversão e Santificação pessoal. Para Santo Afonso isso era a finalidade da missão: que a pregação levasse não só levasse à conversão pessoal mais a santificação. Para isso, os missionários eram os primeiros a desejarem a santidade. Santo Afonso viveu uma época de forte influência jansenista. 5) Pregação explicita sempre. Afonso não gostava de sermões rebuscados, mas que fosse uma pregação simples, popular e familiar. Podia até ser longo, como eram seus sermões. 6) Missa catequizadora. 7) Vida devota de Afonso. Era um meio de perseverança e de santificação. Afonso exercitado com o povo durante a missa, momentos de profundas orações e meditações. 8) Missionário humilde. Sem essa característica é certo que ninguém se aproxima do povo. Todo missionário para ele precisa ser obediente ao superior e ter espírito de mortificação. 9) Missão pregada sempre em comunidade. Aonde vai um missionário falar do evangelho, vai junto à comunidade toda. É um espírito de caridade. Mas isso se perdeu muito. Quando Clemente levou para além dos Alpes a Congregação, muitas vocações nova que surgiram, não sabiam nada do ideal de Afonso e ficaram presos em mosteiros comuns. Afonso fala de Cristo. Ele é cristocêntrico. Uma proposta de missão hoje, seria uma evangelização a partir da periferia para o centro. II – CARACTERISTICAS DA MISSÃO REDENTORISTA HOJE, JÁ E AINDA NÃO A proposta de Afonso é muito válida para nós. Mas perdemos um pouco desse kérigma, embora pudesse recuperar depois. O cristocentrismo de Afonso está bem atualizado. O problema é eclesiológico. Mas isso já foi na época de Afonso. O Vat II vai resgatar uma eclesiologia ministerial e pastoral. Continua até os dias de hoje, boa em parte, ruim em outra. Sementes foram plantadas. Quais outras características poderiam acrescentar? É ainda desafiadora para nós, mas algumas coisas já conquistamos. a) Unidos em Cristo para crescer em comunidade. Se fizermos valer isso, vamos estar de acordo com o Vat. II. b) Enfoques novos e objetivos da missão. Ser discípulo de Jesus para o povo. O discípulo é aquele que segue Jesus efetivamente e afetivamente. Vida em abundância. c) Mudança de atitude. Os missionários não vão pregar missão, mas colocar o povo em missão. Motivar o povo a ser de Jesus. O levantamento da primeira fase da missão é para saber com quem vamos contar para esse projeto de evangelização. 5
  • 6. d) A missão redentorista é parte de um projeto de evangelização. Dever haver um projeto para que o trabalho não se acabe depois que os missionários forem embora. e) O lugar de direito do leigo missionário. Pelo batismo, todo leigo é missionário. Ele faz parte, não é acessório nosso. Seria muito bom que não houvesse diferença entre leigo e padre. f) Propriação definitiva da bíblia, como palavra viva. Os objetos litúrgicos são apropriados, mas a bíblia não. As imagens são facilmente aceitas e usadas nas comunidades, mas a bíblia dificilmente é dada o valor que ela tem. Devemos enraizar mais a bíblia nas nossas comunidades. Há muita palavra vida dentro dela. g) Pequena comunidade, pequena célula viva da Igreja. O critério geográfico não consegue manter a comunidade. É preciso formar outros critérios. Temos que reforçar os grupos que dão vida a Igreja de Jesus. É esse o lugar da fraternidade, do amor e da vida. h) O sentido-ético e moral. É um comportamento de valores cristãos e culturais. A sacralidade da vida humana e a dignidade inviolável de cada pessoa. É respeitada a vida nos setores da Igreja? i) O sentido de solidariedade comunitária em favor da vida. Optar pelos necessitados. Eles têm direito a moradia, ao trabalho remunerado, a escola, a saúde, e tudo o que faz a pessoa viver bem. A cultura do supérfluo atinge também os pobres. Aqui os Evangelhos fazem-se presentes na missão: lava-pés e a samaritana. j) Uma espiritualidade missionária redentorista. Sede de espiritualidade, de pluralismo de oferta. Qual é a nossa? É a Copiosa Redenção. É preciso ser anunciado urgentemente. O redentorista tem o seu jeito, mas precisa ser mais explicito. Reflexões em grupos: Destacar os pontos interessantes das apresentações; Grupo 1: SANTO AFONSO a) Pontos interessantes: lema de nossa missão “Unidos em Cristo, com Maria, para viver e crescer em Comunidade”, porque inclui toda característica da missão redentorista. Perseverança: nossa fidelidade ao carisma fundante e que as missões não sejam “fogo de palha”, para isso, é preciso renovação da Missão. Envolvimento dos leigos em nossas missões como verdadeiros protagonistas. Conversão e santificação como meta a ser atingida. Destinatários: abandonados eclesial e socialmente. A pregação explícita deve ser simples, popular e familiar. b) Questionamentos: os nossos critérios de escolha não priorizam os mais abandonados pastoral e socialmente, pregamos para os pregados, e não vamos atrás dos afastados. A falta de perseverança nos setores missionários. Enfocar os elementos próprios da espiritualidade redentorista. c) Sugestões: partilhar a espiritualidade redentorista com o povo, rezando com o povo a nossa espiritualidade. Criar centros missionários nas áreas ainda não atingidas pela paróquia. Trabalhar na perseverança dos setores missionários, já no início da preparação. Grupo 2: SÃO GERALDO 6
  • 7. Algumas pessoas dizem que a Missão Redentorista é um “fogo de palha”, mas isso não é verdade, porque todo um processo, sempre fica algo da missão: efetivo ou afetivo (lideranças, vocações). Se colocar a missão dentro de um projeto paroquial, ele renderá muitos frutos. É preciso deixar o Projeto bem claro, pois quando trocam os párocos, não continuam o projeto. A missão tem conteúdo, formas antigas, que funcionam muito bem hoje, corremos o risco de modernizar demais e perder o essencial. É preciso manter as devoções populares e a vida devota dos missionários. É preciso perceber que há outros caminhos para Deus: dês- sacramentalização da vida; meditações de textos, rosário, novenas, oficio divino da comunidade, etc. Cristocentrismo, ontem e hoje. Temos que ser testemunho da Copiosa Redenção, é preciso “perder tempo” com o povo, ouvir o clamor do povo. Se agirmos com Cristo, o povo sentirá Cristo em nós. É preciso valorizar mais a Palavra de Deus. É preciso reforçar as pequenas comunidades, setores e grupos, pois as lideranças serão os missionários locais, os protagonistas. Inovação da missão com a presença dos leigos, ou em alguns casos, com a presença das irmãs, terem formação e também participarem das missões. É preciso inovar e incentivar a pastoral social, a solidariedade; pastoral do idoso, dos drogados, da saúde, do menor (Pastoral da criança); envolvendo-os para que a missão não seja “fogo de palha”. “Heróis e Santos não precisam falar, mas apenas saber que existem” (Pe. Zanoni). Grupo 3: SÃO CLEMENTE - Destacam-se os mais abandonados, enfoque da evangelização – sobretudo , na missão. - A atuação do leigo e a sua participação na evangelização. A memória histórica das características a partir de Santo Afonso e a uma atualização a partir do Documento de Aparecida. - O zelo apostólico de Santo Afonso, proximidade com o povo no projeto de evangelização missionária, a humildade do missionário junto ao povo, rural e urbano. - A missão é a nova identidade redentorista, pontos fundantes da nossa vida. O D.A é a continuidade do projeto de Santo Afonso. Ele unificou a T.L com a R.C. A Igreja do Vat. II deixou de piramidal. - O enfoque da missão: ser e fazer discípulos missionários, protagonista da missão. Apresentar questionamentos à atuação das diversas equipes: - a equipe de São Paulo, em nível de conteúdo catequético e tá um pouco devagar. Há a necessidade de atualizar o nosso kérigma a partir do D.A. - A equipe de Campo Grande está tomando conhecimento do D.A para acontecerem as mudanças. Dificuldade do pluralismo cultural e religioso, como trabalhos com os diversos grupos social e religioso. - - A equipe da Bahia, como trabalhar com a juventude. Questões de convocação. Dificuldade do missionário: estar com o povo, continua o desafio para o mundo leigo, realidade de violência nas grandes cidades. É mais fácil celebrar a missa e ir embora. A nossa disponibilidade está mais burocrática do que pastoral. Questão de sacramentalização na missão: como trabalhar esta questão na programação missionária. Questão do ecumenismo, social, religioso, cultural dentro da programação missionária. - Experiência da Bahia que trabalha com aldeia indígena . Questão de convocação, sobretudo a juventude, crianças. Grupo 4: SÃO JOÃO NEWMAN a) O kérigma alfonsiano é a finalidade da missão: - busca de lugares onde estão os pobres; 7
  • 8. - Montagem das casas para a missão no tempo de Afonso; b) Da nossa missão hoje: - A diferença da realidade de hoje, onde o missionário se insere na comunidade, na hospedagem. Uma presença especial. A dificuldade do missionário se adaptar quando vem à missão. A missão prepara o missionário para os desafios da vida. - Uma das características de hoje que fala da integração, um projeto de evangelização é quase impraticável, porque há carência desses projetos a nível diocesano e paroquial. Há lugares em que o pároco acredita na missão e quer redimensionamento da paróquia, esse trabalho é levado adiante. Em outras paróquias, porém, a perseverança não é mantida. - A preocupação é com a identidade de nossa missão que supere os problemas e consiga emergir em diversas situações. Se olharmos muito para a perseverança, muitos abandonados ficarão para trás e não vão ter oportunidade de experimentar algo novo em termos de fé. Essa característica tem sua razão, mas não pode ser olhado como excludente. Parece que o fato de colocarmos tudo na Igreja, debaixo do nome de missão,fizeram com que ela perdesse o ela de se ter algo muito específico com identidade própria,como missão. Comentamos a vantagem de nossa missão sobre outras formas. - O conferencista observou o problema geográfico na formação dos setores. É uma afirmação perigosa porque pode levar os grupos se formarem de forma elitista, como as capelas de Shoenstatt ou casais de Nossa Senhora. A pastoral extraordinária é mais global que a pastoral ordinária. - missionário leigo: não há tanto problema da falta de consciência da missão do leigo, mas não há. Problema de qualificação e a questão do custo face às leis do país. - Outra questão é que chega um momento em que aparece a exigência dos sacramentos. Era preciso a Igreja abrir a estrutura clerical. O problema sacramento da confissão aparece em todos os métodos de missão. Há necessidade de contato com o sacerdote, porque os meios de comunicação não interagem com as pessoas. Grupo 5: BEATO GASPAR a) Pontos interessantes: os grupos estão conscientes de que o povo é o protagonista da missão, o DA nos reforça que o povo não é o “objeto” da ação evangelizadora, mas sim o “sujeito”. A inserção das pessoas é eficaz para que a missão aconteça. Devemos ter cuidado com a “clericalização” das equipes missionárias. Somos todos Missionários independentemente de padres e irmãos, isso valoriza a vocação religiosa. b) Questionamentos: quem são os pobres e abandonados? Pontuamos que existem vários tipos de pobreza, nos vários ambientes e classes da sociedade. c) Sugestões: sugerimos que os Conselho Paroquial, juntamente com o pároco, estejam conscientes das propostas das Santas Missões. Nem sempre o pároco está aberto a partilhar seus anseios com seu conselho, neste caso, quando a missão está encaminhada, a equipe missionária deve tomar a iniciativa já nos primeiros contatos. Grupo 6: BEATO DONDERS Destacamos no grupo que é preciso um resgate, um reavivamento dos trabalhos missionários: memória histórica. Fenômeno missão e fenômeno real: o povo quer, se não há reclamam, se há eles não vem. A eucaristia entrou na devoção popular. A última coisa que Jesus fez foi a missa, e esta não foi a primeira. Quanto à questão litúrgica: nas missões nós encontramos muitas realidades desafiadoras, muitas vezes nos prendemos a detalhes e agimos com rigorismo nas pequenas coisas: cantos, cruz processional, corporal, etc. 8
  • 9. Alguns aspectos que entraram em nossas missões: liturgia e realidade. Elementos que eram do passado: como fazer a transição, uma atualização. Usar a Bíblia nas leituras. Hoje percebemos que para as Missas existe mais liberdade, pode ser a qualquer hora. Mas é preciso orientar o povo quanto ao momento de transição. No que se refere ao contexto de Afonso, nos parece que nossas paróquias estão mais próximas do de São Clemente. Quem são os destinatários... Missões gratuitas, como eram... É preciso aprofundar essas questões para tentar uma atualização. São clemente nos apresenta caminhos que se diferenciam, mas ele foi se adaptando e mudando algumas tradições. Quanto à questão da perseverança dos leigos: como ampliar a participação dos leigos nas missões, nos esbarramos em algumas barreiras como por exemplo a questão do voluntariado e os vínculos empregatícios. Hoje, falam-se muitos dos leigos, porém, na realidade paroquial e não os MRL. É preciso um maior envolvimento, uma maior eclesiologia conosco, pensar numa dimensão de parcerias. É preciso envolver mais os MRL e os leigos das paróquias missionadas, dando formação para a continuidade. Quanto a Palavra de Deus e as interpretações, percebemos algumas novidades na exegese. Mas os grandes desafios é que a igreja institucional está incorporando as SMP, diante disso, qual a nossa independência e autonomia... E o redentorista como boa notícia... O pároco acompanha o fiel ao Bispo. No Documento de Aparecida, fala-se em Missão Continental, é preciso entrar nos esquemas da CNBB. Quanto aos abandonados, os afastados que vivem à margem da sociedade mesmo morando em centros, hoje percebemos certo jansenismo disfarçado, muitas vezes nesta questão sacramental fica mais no eclesial, e o pároco não tem contato nas missões, daí surgem os desafios com os recasados, desquitados, pais solteiros, casos de aborto, etc. É preciso um maior grau de consciência de como chegar às informações necessárias para orientar este povo, se não ficamos atendendo os “privilegiados” em detrimento dos pobres. “Cuidado para não mandar o Código de Direito Canônico para o céu e os pobres para o inferno” (Pe. Galvão). Grupo 8: BEATO SEELOS a) Pontos interessantes: as partilhas nos grupos foram muito boas e servem para o crescimento mutuo de ambas as Províncias. É preciso arrumar fundos missionários para as paróquias onde encontramos dificuldades. Não podemos ter medo de enfrentar as realidades. Encontramos desafios com o trabalho com a juventude: pensar em especialistas nas diferentes áreas, psicologia, etc. Algumas Províncias estão falhando com a presença e participação dos MRL, é preciso ter formação para os leigos, para que atuem também nas missões redentoristas. Criar aqui em Aparecida uma escola de formação para os MRL, o que ficaria a cargo da Província de São Paulo. Representar a realidade de cada comunidade. b) Questionamentos: Repensar o número de famílias no setor missionário, reforçarem a pré-missão. Muitas vezes faltam coordenadores para os setores missionários e um grupo menor encontraria dificuldades para encontrar um animador. c) Sugestões: Que a Província de São Paulo crie uma escola de formação para MRL. Fazer com que este Congresso Missionário aconteça ao menos de dois em dois anos, para refletir e partilhar os trabalhos realizados nas diversas equipes missionárias em realidades diferentes. Envolver mais os especialistas nas missões, ou seja, nas diversas áreas para o trabalho missionário. Nas equipes missionárias, pensar em alguns projetos para o trabalho com a juventude, a questão de jovens missionários, jovem evangelizando jovem. 9
  • 10. Depois das apresentações dos grupos, abrimos para as partilhas e reflexões do plenário. Fizemos um intervalo e em seguida foi sugerido que desde já, cada equipe missionária partilhasse um pouco sobre seus trabalhos, realidades e desafios, apontando os pontos fortes, fracos e inovados. APRESENTAÇÃO DAS EQUIPES MISSIONÁRIAS (por unidades) Pontos fortes, fracos e inovados. 1 – Rio de Janeiro (Diác. Maikel)  Não trouxemos material audiovisual. Tínhamos missão inserida e missão popular até 2004, a Equipe residia em Aracruz e coordenava os trabalhos missionários. Neste ano de 2009 iremos para Cariacica/ES. Criou-se o Centro Missionário, unindo as equipes. Somos em 3 confrades na coordenação. A idéia é de construir uma casa para a missão inserida e missão popular. No momento estamos estudando e repensando a questão da Pastoral Urbana.  Estudamos um fundo de manutenção das Missões, com isso resolveria alguns problemas.  Quanto aos missionários leigos, temos um grupo grande que trabalham em nossas paróquias. O problema que houve foi o da formação para as Missões. Começamos a preparar o esquema de formação em três etapas, com experiência de missões, já tendo em vista a Espiritualidade leiga redentorista.  Temos problemas da redução pessoal, mas continuamos trabalhando. 2 – Bahia (Pe. Vilmar)  Temos a Equipe Missionária sob a coordenação do Pe. Vilmar, ao todo somos em 5 confrades e temos o Centro Missionário sob a coordenação do Pe. Pedro.  A missão tem 5 fases: a formação, as escolas missionárias, depois segue a oração nas casas e a fase de evangelização nas comunidades, em seguida a evangelização nas escolas. Mas é um grande desafio por causa da realidade baiana.  A questão econômica: cada comunidade contribui com a Sede com 10%, desses, 5% vai para a equipe missionária e 5% para o centro missionário. Também, 50% da aposentadoria dos confrades poloneses é destinada à equipe e ao centro missionário. Usamos também a seguinte forma: pedimos a colaboração para as despesas de viagem, fazemos os envelopes para algumas coletas, isso evita trabalhar pela diária.  Temos o livrinho “Crer e Viver” a um preço acessível, com Novena de Nsa Sra Perpétuo Socorro, músicas do Bom Jesus, etc. A novidade na equipe são as escolas missionárias de formação.  Um dos pontos fortes é o envolvimento de toda a Vice-província e de Leigos na Missão, e as escolas de formação. Às vezes não assumimos muitas missões, aproveitamos para catequese e formação.  Ponto fraco: esse sistema nosso não serve para as grandes cidades.  Temos ainda as Semanas Missionárias, diferentes das Semanas Vocacionais. Aquelas pessoas que se destacam nas escolas missionárias, são convidadas para a formação no centro missionário. Existem muitos pedidos e os critérios são os mesmos. Não aceitamos para festas. Em paróquias grandes qualquer ajuda é bem aceita. A tentação é de fazer algo mais “light” para atender mais paróquias, no entanto, percebemos que este não é um trabalho profícuo. Centro Missionário (Pe. Pedro Gruzdz) 10
  • 11. Temos os leigos das paróquias e os leigos redentoristas. O escudo do centro missionário mostra as cinco etapas da formação. Somos em 3 confrades neste trabalho.  Objetivo: animar e unificar as iniciativas redentoristas dos missionários da Bahia, evangelizando os pobres em áreas mais abandonadas.  Objetivos específicos: oferecer cursos para coordenadores e auxiliares de paróquias missionadas; oferecer cursos aos leigos de nossas paróquias; oferecer cursos para os coordenadores depois das missões; oferecer cursos para os leigos redentoristas da Vice-província; preparar oficinas de práticas missionárias para nossos seminaristas.  Prática Missionária: ajudar nas pregações das missões; preparar e pregar semanas missionárias com os MRL; promover e pregar novenas, tríduos, etc.; elaborar material didático missionário.  Cursos para MRL comprometidos: Curso São Clemente: Um curso para missionários leigos como forma de aprofundamento da espiritualidade redentorista. Curso Redentor: Um curso destinado a candidatos que desejam ser MRL, dura 1 ano e tem três etapas. Curso “Mathetes”: um curso a ser realizados nas paróquias ao longo de um ano, conforme a realidade paroquial. Visa a criação de um grupo de evangelizadores e a preparação de atividades missionárias. Esta é uma proposta para a Missão Continental. Marcos (Missionário Redentorista Leigo), Apresenta os Núcleos:  Temos 4 núcleos de Missionários Redentoristas Leigos na Vice-província: Salvador, Senhor do Bonfim, B. J. Lapa e Feira de Santana.  Foi organizada a formação de leigos pelo Secretariado de Formação, surgindo o primeiro Grupo em 1993 e 1994. É um grupo organizado para viver e testemunhar o Carisma Redentorista e para trabalhar nas Santas Missões, bem como de toda a movimentação missionária. 3 – Fortaleza (Pe. Mateus e Pe. Oleriano)  Fizemos missões até 2007, agora estamos procurando pessoas. Temos um grupo de 65 missionários leigos e estamos analisando como esse grupo pode trabalhar nas missões. Observamos a questão da formação para eles. Os leigos estão conscientes que devem contribuir e não substituir, isso é uma questão de formação. Percebemos que ainda tem resistências de alguns confrades. Os leigos são voluntários e o que recebemos vai para a formação deles.  Nosso grande desafio no momento é como fazer uma equipe de confrades atuando diretamente nas missões. Estamos analisando algumas áreas de atuação, paróquias missionárias e vamos ver como fazer para envolver os Leigos Redentoristas.  Segue um texto projetado, apresentando as Missões em 3 etapas. Um método que funciona muito bem nas cidades do interior, este é também um grande desafio. Um outro elemento que queremos apresentar é a Pós-missão. Precisamos ver se alguém tem alguma proposta para a pós-missão.  A Pré-missão é de suma importância, e pode durar até 9 meses. Fazemos 4 encontros com a formação de equipes de trabalho para a preparação das missões. Os encontros são de formação e com alguns trabalhos, como mapeamento da paróquia missionada, onde formamos grupos de 30 famílias.  Há também a ajuda e solidariedade de outros confrades, para que cada setor tenha um missionário; onde não tem padre se faz a Celebração da Palavra.  Percebemos que a missão com os redentoristas leigos é melhor do que as outras missões com outros leigos, como a do padre Mosconi. 11
  • 12. Após esta apresentação encerramos as atividades do dia com uma oração motivada pelo padre Ulysses às 17:25h. Quarta-feira – 18 d fevereiro de 2009 Iniciamos nosso dia com o café da manhã às 7:00h. com a Celebração Eucarística em seguida às 7:30h. motivada pelos confrades da Província de Porto Alegre e Pará. Retornando para a Sala de Palestras, mais uma vez seguiram-se algumas orientações e sugestões, e demos continuidades às apresentações de cada Unidade. 4 – Recife (Pe. Luiz Vieira) As missões no Recife receberam um apoio da URB, há uns 20 anos atrás para organizar as missões na vice-província. A equipe missionário tem 2 missionários e outros padres da província e mais 45 membros missionários leigos de nossas paróquias e paróquias missionadas. O conselho tem 4 membros dos quais dois são representantes dos leigos. Os missionários leigos são voluntários, casados ou não, que querem viver o projeto missionário da vice-província. A Missão acontece em três etapas: levantamento e setorização é a primeira etapa. A segunda é o mês de evangelização nas famílias. A terceira etapa é a evangelização nas comunidades. A quarta fase depende do pároco. O leigo José de Arimatéia apresenta os trabalhos dos missionários leigos da vice- província do recife. Há alguns requisitos para ser leigo missionário redentorista que estão nos estatutos. Há obrigação de participar de uma missão. Temos três encontros para retiro, formação e avaliação/programação,além de reunião em suas sedes. Há núcleo em Guaranhuns, arco-verde,Campina Grande, Recife, Natal (PE). Temos estágios para os MLR, mas depende da maturidade. Depois da etapa de formação se faz o compromisso e também tem que assinar a “lei do voluntariado”, ficando por conta da missão os gastos de viagem. Sem os missionários leigos não haveria condições na Vice-província de fazer as missões. A primeira experiência foi em Caruaru, que abriu as portas para o trabalho leigo. Em dezembro apresentamos a programação de cada missionário leigo escolhe a data em que vai participar. A padroeira da missão é N. Sra do Perpétuo Socorro, implantando a novena. 5 – Campo Grande (Pe. Donizete e Pe. Roque) Desde o ano passado trabalhamos com uma equipe em Ponta Grossa e Aquidauana, por razões de viagens e necessidades de assumir o Mato Gros. Dependendo do local a equipe local assume a duas primeiras etapas. Investimos muito em material de missão. Apresentamos ao pároco um livreto e um vídeo falando das fases da missão, e que facilita as visitas que fazemos. Primeira fase: visita às comunidades, em uma manhã explicamos a lideranças as fases e o levantamento que os leigos fazem. E permanecem os dois dias na paróquia para ajudar. Segunda fase: visita às comunidades é o dia de formação para as equipes missionários composta de 10 à 15 famílias. Há muito proveito nesse trabalho. Questões econômicas: Muita transparência para o pároco e conselho paroquial. Sempre trabalhamos com salário atual (salário do ano) Leigos: É um desafios grande, falta acompanhamento a esses leigos. Já teremos alguma coisa. Eles sempre trabalham conosco. Jovens: Trabalhamos com jovens com show missionário e nas paróquias missas com o serviço de animação missionária. É de muito proveito o show. 12
  • 13. Esquema: Trabalhamos com fases. A terceira fase é a pregação explicita. A quarta fase é acompanhada por um missionário através de cursos, palestras periódicas. Objetos de subsistência: camisetas, livretos, bonés, terços. Já pregamos missão gratuita. Através de vendas criamos o fundo para ajudar paróquia que não podem custar. Dossiê: é um relatório, tipo livro. Uma cópia para o pároco,para bispo e para o arquivo.Tudo vai relatado no livro. Formação do povo: Desafios que são alguns trabalhos como trabalho na universidade. Experiência em Newark: A partir do ano de 2000 assumimos uam missão na diocese de New Jérsei, onde estão 4 padres em duas paróquias para trabalhar com os brasileiros. No ano passado fomos em setembro e voltamos em novembro. Um trabalho de pastoral urbana muito custoso. Procuramos os brasileiros emigrantes que são os abandonados. É um trabalho de visita onde convocamos alguma liderança das paróquias e explicamos o nosso trabalho. Encontramos um Grupo bom que nos ajudou a encontrar os brasileiros. O trabalho consistia na visita as famílias e momentos de celebração. Trabalhos feito a noite. Apresentaram um folder que ajudam no trabalho. Dentro e um ano voltaremos a esse trabalho. 6 – São Paulo (Pe. Toninho Dezidério) Somos em 3 equipes: Tietê, São João e Araraquara, com 16 membros. Um missionários de cada equipe forma o conselho missionário. Temos uma formação especial para os missionários, principalmente aqueles que chegam no grupo. A missão começa com dois olheiros, responsável pelo primeiro contato com a paróquia a ser missionada. Temos reuniões mensal realizada em rodízio nas três casas. Temos no final do ano a chamada novembrada, onde é reservado tempos para estudos, retiro, e confraternização. Também existe um encontro com os padres das missões do ano seguinte para uma convive e conhecimento do pároco e paróquia. A equipe missionária é composta por 7 irmãs missionárias de várias congregações para ajudar no trabalho. Durantes a novembrada, temos também a romaria dos coordenadores e auxiliares de missão. Já se fazem 14 anos que existe essa romaria. Temos também um planejamento com as irmãs missionárias. Os recursos econômicos são dois salários mínimos vigentes para cada missionários e vendas de material didático. Usamos de aparelhos eletrônicos, áudio visual, multimídia, transporte, três veículos oferecido pela província. A reunião missionária é mensal e acontece em forma de rodízio nas casas. Na missão, a metodologia é o anúncio kerigmático, explicito do Evangelho, em tempo curto e determinado. É formada em 4 fases, missão da visitação, a missão da família, missão na comunidade. A primeira fase é feito o levantamento com a ajuda da irmã missionária, que divide em setores. Primeiro divide a paróquia em comunidades e esta em setores. A segunda fase, as famílias visitam uma a uma, depois a terceira fase, nas capelas, ou barracões são feitas as celebrações. A irmã missionária fica presente o tempo na missão. A quarta fase é pregada a perseverança, fica por conta do pároco com nosso auxílio se ele solicitar. Chamamos isso de pós-missão. Desafios: sociedade em mutação, urbanização, globalizaçao, falta de credibilidade nos métodos, redução de missionários na equipe. Esfriamento ao método pastoral. Necessidades de estudos específicos. Perspectivas: Precisamos de gente comprometida com a missão, método pessoal, cursos, especialização. 13
  • 14. 7 – Porto Alegre (Pe. Zanini e Pe. Bené) São duas regiões que formam a equipe missionária do sul: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e uma extensão no Pará. Nossa missão tem três etapas: Primeira etapa: contato com o pároco e a realidade econômica. Proposta de missão: conhecimento da realidade. A formação das lideranças é feita em três momentos. Nesse período é organizado as comunidades, grupos de famílias para 20 encontros, escolha do coordenador geral e das comunidades. Contato com as forças vivas da comunidade. Segunda etapa: Execução da missa. Explicitação da palavra em vista da conversão. Vamos ao encontro das famílias, jovens, casais, crianças, visita aos doentes, profissionais liberais. Na caminhada da manhã não fazemos celebrações, mas catequese. Terceira etapa: Acontece com a pós-missão, combinado com o pároco. Encerramos essa etapa com retiro para as comunidades missionadas. Assim vamos realizando nossa missão na Província de Porto Alegre. O problema é não poder continuar a missão por mudança do pároco etc. Não temos mais leigos. Temos dois encontros nas paradas missionárias para rever, atualizar. Temos ainda a rádio volante missionária, quando permitido. Ela anuncia a missão e música. É atendida por um padre e leigos locais. BELÉM DO PARÁ Pe. Zanini. Temos missionários leigos, são 25 membros. Eles fazem a montagem da missão. Fazem a missãozinha, pregações e alguns são presenças. As missões só podem ser feitas em agosto e setembro por causa do clima e a festa do Círio. Há dificuldade em organizar os grupos de família. Ele se prendem ao Círio. Eles tem outra categoria na cabeça, porque não tem padre, nem missa. O povo não se entusiasmam pelas celebrações. Existe muitas seitas. Há uma desumanização grande, há violência e secularização. Não há entusiasmos religioso. Apresentamos proposta e eles escolhem. Não há mais cristandade, o mundo mudou. Precisamos de Igreja que humanize, fazemos um trabalho com as escolas com os lideres e eles levam a mensagem para os outros. Temos que enfocar a questão libertadora, insistimos nas pastorais sociais já no início da missão, senão fazemos muito pouco. A situação geográfica é uma dificuldade porque são extensões enormes. Há também distância entre ricos e pobres. Situações gritantes de injustiça social. A missão não tem meio de subsistência. Som precário. Vivem em situação de miséria. Os leigos que trabalham, largam tudo pelo trabalho. As missões ajudam alguns no estudo, viagem. Após as apresentações das equipes missionárias de cada unidade, fomos para o almoço ao meio dia. Após o almoço, às 14:30h retornamos direto para os grupos de partilha e reflexão. Analisamos as apresentações das equipes: pontos comuns, diferenças, pontos interessantes, questionamentos e sugestões. Em seguida houve um intervalo e retornamos para o plenário, para partilha das reflexões dos grupos: 1) O QUE HÁ DE COMUM a. Ação alfonsiana – Fidelidade ao carisma b. Evangelização extraordinária com os pobres c. Trabalho com leigos d. Visando a perseverança e. Comunhão sob o mesmo lema f. Há consonância entre método material etc, com as devidas variações g. Todos unidos apresentam o desafio da pastoral urbana h. Manifestam preocupação com a formação de liderança i. Esforço em manter vida a chama da missão intinerante j. Resgatar a identidade de missões redentorista 14
  • 15. k. Irmãs de solidariedade entre as unidades da congregação l. Existência do Fundo Missionário m. Anúncio explicito em todas a s unidades n. Eixo comuns das missões – etapas etc 2) DIFERENÇA a. Variação de número de missionários b. Alguns trabalham com leigos missionários redentoristas c. Outros trabalham com irmãs d. O lugar missionário leigo em cada unidade e. Destaca as escola de formação da Bahia f. As irmãs que prepararam as missões g. Objetos de subsistência h. Todos com o mesmo pano de fundo com suas peculiaridades. i. Alguns não preparam bem suas apresentações j. O nordeste trabalha melhor com MR k. O fundo missionário da província de São Paulo l. A formação de leigos no Nordeste m. Ousadia me chegar a universidade e emigrantes n. Entrega dos envelopes para a famílias 3) PONTOS INTERESSANTES a. As escolas missionárias b. Trabalho na universidade e fora do país c. Trabalho com leigos especializados: médicos d. O uso de símbolos e. Sustentar pastorais sociais f. O uso de nova mídia g. Formação de liderança na escola missionária h. Palestra para classes liberais i. Reconhecemos realidades diferentes para cada unidade j. Há elementos comuns em todos os trabalhos de todas as unidades k. Onde a primeira fase não funciona o resto também não funciona l. Criação de pequenos grupos para trabalho missionário m. Nenhuma equipe falou se paróquias missionárias n. Há disproporção de confrades da província e o número de missionários disponíveis o. Não há entre nós método melhor ou pior; há diferenças circunstanciais no trabalho p. O Show missionário é interessante q. A simplicidade em estar com o povo r. Percebe-se a paixão pelo trabalho missionário s. O acompanhamento efetivo na quarta fase t. A equipe da Bahia está realizando visita nas escolas levando um conteúdo que contemple a formação integral dos jovens. É um projeto pessoal de vida. u. A equipe de Campo Grande está realizando uma missão para jovens nas universidades. Faz parte deste trabalho, doutores, psicólogos, nesta ação missionária. Foi uma experiência muito rica. v. Na Bahia trabalho com a juventude com a música, experiência que está renda feita, a própria música já trás um conteúdo catequético. Para qualquer ação missionária diferente é para expecialista. 15
  • 16. 4) QUESTIONAMENTOS a. A missão deve ir alem dos trabalhos atuais se adaptando a nova situação b. Como atingir jovens e crianças c. Meios para a evangelizar prédios e condomínios d. Conteúdos das pregações em termos atuais e. Como lidar com os recasados f. Trabalhos nas escolas g. Em algumas unidades falta formação para leigos missionários h. Repensar números de famílias no setor missionário i. Notamos a ausência de Manaus e Goiás j. Notamos a ausência de falar da promoção vocacional k. Muitos não querem a missão por causa do desconforto l. Não se fala de nosso trabalho m. Missionários na CNBB n. Falta formação e experiência satisfatória pra lidar com crianças e jovens o. Como conseguir uma paróquia missionária? p. Como encarar missões no Suriname? q. Como estamos em nossas parcerias? r. Questiona o tempo da duração da missão ( o tempo é suficiente ou é demais?) s. Há unidade que não tem celebrações a tarde. Há lugares em que ela é rica t. Não há leigos no Sul porque lá há muitos padres e uma cultura clericalista u. A província de São Paulo está perdendo muito do que fazia: gincana, crianças, etc. v. Não apareceu nada que mostre a preocupação com o ecumenismo 5) SUGESTÕES a. Criar consciência missionária a nível de província b. Uma missão interprovincial c. Aproveitar a internet para divulgar a missão (Tv Aparecida) d. Gente especializada para falar em a juventude e outros e. Criar centro de formação de MLR a cuidado da Província de São Paulo f. Encontro missionário aconteça de dois em dois anos para partilhar em cada a ano g. Intercambio entre irmãs e MLR h. Favorecer os intercâmbio entre as unidades para a missão e mais flexibilidade i. Prepararar bem a pré missão. j. Ter na formação um missionário k. Envolver o pároco e o Conselho paroquial l. Participação efetiva de todos os confrades na missão m. Os neo-sacerdotes atuem na missão desde o início n. Envolver mais os leigos na missão o. Envolver padres e leigos de outras unidades para as missões p. Um congresso sobre missão urbana, trabalho nos prédios, condomínios etc. q. Curso no Ceresp para os leigos da missão r. Tempo determinado para missão interprovincial s. Nos redentoristas nos envolvemos na Comidi, Comires etc t. A URB devia promover reuniões também dos paróquias OBS: Houve um plenário sobre o item: “questionamentos” onde-se divagou muito sem se ater aos pontos do questionamento e sem se afunilar em pontos práticos. Em seguida, Pe. Ivair deu por encerrado os trabalhos deste dia. Alguns missionários se prontificaram para jogar futebol, outros preferiram ir pro banho. 16
  • 17. Após as apresentações das partilhas de cada grupo, encerramos as atividades do dia, e às 17:30h houve um jogo de futebol. Às 19:00h a janta, e por volta das 20:30h fizemos uma Noite Cultural, pedimos que cada Equipe apresentasse dinâmicas, símbolos, cânticos e dicas. Mas alguns ficaram apenas na apresentação de fatos pitorescos das Santas Missões pelo Brasil a fora, o que foi muito bom e divertido. Quinta-feira – 19 d fevereiro de 2009 Iniciamos o dia como de costume, com o café da manhã às 7:00h. em seguida a Celebração Eucarística às 7:30h. motivada pelos confrades da Bahia e Recife. Retornamos para a Sala de Palestras, onde o padre Ulysses nos apresentou a MISSÃO POPULAR REDENTORISTAS A PARTIR DO DOCUMENTO DE APARECIDA. Padre Ulysses começou projetando no audiovisual as Conclusões Finais:  Ponto de partida: uma realidade que nos interpela, pois contradiz o Reino da Vida.  Ponto de chegada: a vida em plenitude para a pessoa inteira e para nossos povos.  Exigência: uma igreja em estado permanente de missão.  Implicações: uma conversão pastoral e a renovação eclesial.  Itinerário: uma caminhada em 4 etapas à luz da opção preferencial pelos pobres: a) exigência pastoral de fé; b) vivência comunitária; c) formação bíblico-teológica; d) compromisso missionário de toda comunidade.  Palavras e temas chaves no DA: Vida (aparece 840 vezes); Discípulo (390 vezes); Missionário (340 vezes); Povo (aparece mais de 300 vezes).  Eixos do DA: cristocêntrico; missiocêntrico; biocêntrico.  Palavra unificadora: VIDA. Pontos para as Santas Missões Redentoristas: Primeira Parte do Documento de Aparecida: 1. O método missionário ver-julgar-agir, que compreende as três partes do Documento respectivamente. 2. Vivemos perto do povo, mas será que a realidade deste povo é a mesma apresentada pelo DA? Existe a micro-realidade e a macro-realidade. 3. A missão deve buscar um equilíbrio entre a resposta cristã à micro e macro realidade. Alguns painéis ajudam a enxergar essa realidade. 4. É preciso ter consciência clara da macro-realidade: globalização, subjetivismo, individualismo, consumismo, etc. 5. Contudo, devemos continuar atentos à micro-realidade, o povo em nosso dia a dia. Sentir com o povo e como o povo, é parte de nosso carisma. 6. É preciso dialogar mais e melhor para aprofundar nossa visão de realidade. 7. A realidade social e eclesial, como no tempo de Afonso, necessita de uma evangelização extraordinária. 8. devemos resistir às tentações de voltar a uma eclesiologia e espiritualidade contrárias ao Vaticano II. Pontos para as Santas Missões Redentoristas: Segunda Parte do Documento de Aparecida: O Evangelho da Vida – Lugares de encontro com Jesus: PIEDADE POPULAR. 1. É fundamental analisar a expressão “Discípulos-missionários” como uma nova convocação evangélica que pede novo compromisso no seguimento. 17
  • 18. 2. A Palavra de Deus deve ocupar uma centralidade forte 3. A relação dos missionários deve ser fortalecida. Reforçar nas Missões o Ministério da Visitação. 4. Nas missões não fundamos CEBs, mas lançamos sementes. 5. Esforço de conversão que a missão do leigo está inserida no seu cotidiano. 6. Privilegiar as etapas do encontro com o Senhor e da conversão. 7. Oferecer uma formação na espiritualidade da ação missionária. 8. Acompanhar o processo de iniciação cristã começado nas missões. 9. A pós-missão deve levar em conta uma catequese permanente. Não basta só Novena de Natal, CF, etc. 10. A finalidade de formar discípulos-missionários deve penetrar em nossos seminários. 11. A segunda parte do DA nos convoca a privilegiar iniciativas de formação dos discípulos-missionários. 12. Testemunhar a alegria de ser discípulo-missionário, a alegria de ser redentorista. Pontos para as Santas Missões Redentoristas: Terceira Parte do Documento de Aparecida: Variadas dimensões da VIDA EM CRISTO: rostos sofredores que doem em nós hoje. Pastoral Urbana, etc. Pontos para nossa Missão Popular Redentorista. 1. A vida de Jesus e segundo Jesus está na Copiosa Redenção. 2. A cultura da vida que se opõe a cultura da morte. 3. A sacralidade da vida humana, a dignidade de cada pessoa. 4. É preciso promover as pequenas comunidades. 5. A Pastoral Urbana é uma expressão que inclui um pluralismo de situações complexas. 6. O centro de nossa mensagem é a VIDA, este é um grande desafio, como o ecumenismo, a cultura indígena, afro-brasileira. 7. É preciso voltar a propor com insistência a Opção Preferencial pelos Pobres. Descobrir novos rostos de pobres, etc. 8. A dimensão da comunidade deve ser vinculada ao compromisso da vida. Podemos falar em “Globalização da Solidariedade”. 9. A família como Evangelho. A comunidade deve ser um lugar de acolhida familiar. 10. Assumir o compromisso de fomentar a Infância Missionária. 11. Estratégias de Evangelizar os jovens. Uma pós-missão especial para juventude. 12. Conversão evangélica-cultural do machismo clerical. 13. Ética na ciência e na tecnologia: VIDA. 14. Aproveitar o valor da mídia para o trabalho missionário. 15. Comunicações sociais e das Publicações. 16. A idéia de uma Missão Continental, que mexe diretamente conosco. Já somos missionários, agora estamos convidados a ser discípulos-missionários: seguir Jesus mais de perto e aprofundar nossa experiência com Ele. Apenas para concluir e reforçar, queremos lembrar que Pe. Ulysses fala sobre o D.A em ligação com a missão. Discípulos e Missionários de Jesus Cristo. Ponto de partida, uma realidade que nos interpela pois contradiz o reino de vida. O DA quer que cheguemos a uma vida em plenitude para a pessoa inteira e para nossos povos. Isso exige uma igreja em estado permanente de missão. Desinstalar-se de sue comodismo. Isso vai implicar em uma conversão pastoral e a renovação eclesial. O caminho é uma vivencia com Jesus. Uma caminhada em quatro etapas a luz da opção preferencial pelos pobres. Essas etapas necessitam de experiência de fé, seguimento de Jesus, vivência comunitária, a comunhão na igreja, lugares de 18
  • 19. comunhão. Formação bíblico-teológica, discipulado, lugares de formação, compromisso missionário da comunidade, missionariedade, lugares da missão. Os lugares para esse encontro é a bíblia, e os santos. Para a comunhão que sejam as comunidades, a missão. Lugares de encontro e de missão. Palavras chaves do D.A. Vida, discípulo, missionário e povo. Essas palavras são as que mais parece no texto. Os eixos do Documento: ele é cristocêntrico, biocêntrico, e Palavra unificadora: Vida. A figura de Maria também é marcante. Vida dos nossos povos hoje Olhar do discípulo sobre a realidade. Pra a nossa missão, olhar sério o método ver, julga e agir. Temos que se ater mais no julgar. Considerações do pregador: será não deparamos mais com a micro-realidade? O povo não vive com consciência da macro-realidade. Estamos em contato com a micro-realidade. Onde está a minha realidade? O porque das tantas doenças e não tem muita consciência da realidade de onde mora. Na missão temos que tomar consciência do que vou falar, para não falar sem sentido. Temos que tomar cuidado para sermos manipulado. Estar atento a nossa micro-realidade. Sentir com ele as suas dificuldades. Nas culturas urbanas resiste à colonização cultural. Ser capaz de discernir a macro-realidade junto do povo. O D.A. coloca a Igreja como lugar de comunhão. Os evangelhos atuais. A dignidade, a vida, a família, a atividade humana, os bens e a ecologia é boa nova, é dom de Deus, não somos só os destinatário da evangelização. A piedade popular como lugares de encontro com Jesus. É a primeira vez que aparece nos documentos da igreja. Ser discípulo missionário é mais que ser bons católicos. O D.A. tentar novamente levar a jogar a juntos, a favor do mesmo time. A palavra de Deus terá que ocupar um lugar central da missão. Levar a sério o ministério da visitação na missão e divisão das famílias. Na missão não fundamos CEBs, mas jogamos sementes para elas nasçam livremente e compromissada com o evangelho. Não é específico do leigo, ficar paramentado nos ministérios específicos da liturgia. Sem espiritualidade, nossos ministérios serão competitivos e não libertador. Talvez seja necessário um maior acompanhamento na iniciação cristã, para ajudar o povo. Na pós-missão teremos que ter um subsídio catequético que seja permanente. Formar discípulos missionários também nos seminários. Essa segunda parte, nos convoca a priviligiar as iniciativas do discipulado. A VIDA DE JESUS CRISTO PARA NOSSOS POVOS. Capitulo III: a alegria de ser discípulos missionários para anunciar o Evangelho de Jesus Cristo. Rostos sofredores, pastoral urbana, Deus vive na cidade. Pontos para nossa MPR - a palavra VIDA dentro da Copiosa Redenção, “que todos tenha vida” - Cultura da vida, que se opõe a cultura da morte. Conversão - sacralidade da vida humana e a dignidade de cada ser humano - Pensar numa cidadania latino-americana e universal - formar pequenas comunidades - a missão não é uma conversão individual - pastoral urbana, pluralismo de situações, não dá para abranger a todos. - O centro da nossa mensagem é a VIDA. E isso deve ser possível para nos missionários - a opção preferencial pelos pobres. Houve um retrocesso na Igreja clerical, mas preocupação com incenso do que com os pobres - O compromisso com a vida deve levar a comunidade uma preocupação com a caridade e solidariedade - a família como um Evangelho, é uma revelação divina - temos uma carência de referências pastorais. Precisamos se preocupar com a infância missionária - a juventude. Não evangeliza jovens sem jovem. Unidade 19
  • 20. - Investir com os jovens, gastar dinheiro e pessoas - o machismo está presente no clero. É a longo prazo a superação - a mulher como agente geradora de vida na missão - A vida na ciência e na tecnologia junto com a teologia moral - a mídia: internet, não podemos fechar olhos para isso - as comunicações sociais – rede de comunicação intercontinental - missão continental – outros países ajudando os outros - Somos missionários, agora precisamos ser discípulos missionários Fizemos um breve intervalo, em seguida foi nos apresentado a Mensagem Final, isto é, as Sugestões do VI Congresso dos Missionários Redentoristas da sub-região norte da América Latina e do Caribe. IV CONGRESSO DOS MISSIONÁRIOS REDENTORISTA Pe. Pedro e Pe. Sebastião dos Reis, fizeram apresentação do resultado do “IV Congresso Missionário Redentorista”. O texto que nós recebemos será publicado como anexo a esta ata. Essa reunião atingiu a sub-região norte da América Latina e do Caribe. Em seguida as palavras de Pe. Sebastião dos Reis: partilha dos trabalhos feitos na Costa Rica, o Congresso. Costa Rica, pobres, mais de 100 milhões de habitantes. A região do fogo, muitos vulcões. Acontece muitos tremores de terra no país. É um paise ainda controlado pelos EUA. Houve propostas para o Brasil, criar comissão missionária... aproveitar a semana santa para a missão. Pe. Pedro fala sobre o IV congresso na Costa Rica em 2007. Estamos na missão por causa de Jesus, não porque alguém nos mandou. Temos que aprimorar a nossa linguagem para poder dialogar com nosso povo. Após esta apresentação, abriu-se para contribuições, questionamentos e reflexões. Sugestão: neste encontro temos que criar uma Comissão das Equipes Missionárias Redentoristas do Brasil. Fomos para o almoço ao meio dia, em seguida voltamos às 14:30h para a Sala de Palestras, onde foi projetado para análises e comparações, um resumo de tudo aquilo que refletimos nos grupos até agora. O plenário apontou algumas prioridades, como o trabalho com Jovens, as paróquias Missionárias, e os Missionários Redentoristas Leigos. O plenário decidiu também que este encontro com as Equipes Missionárias do Brasil deve acontecer de dois em dois anos, o próximo será na segunda semana de fevereiro de 2011, na Casa São José em Belo Horizonte. Com o Tema: “Missão Urbana”, que engloba Juventude, Universidades, Pastorais, etc. Foi concedido 5 minutos para cada unidade se reunir e indicar um confrade para formar a COMISSÃO. Retornando, cada unidade indicou o seu representante, ficando assim: Pe. Wilson Marques (Campo Grande) Pe. Luiz Liskoski (Porto Alegre) Ir. Raoní (Rio de Janeiro) Pe. Pedro Gruzdz (Bahia) Pe. Matheu (Fortaleza) Pe. Luiz Vieira (Recife) Pe. Ivair Luiz (São Paulo) Esta Comissão ficará responsável por preparar o próximo Encontro, e também de entrar em contato com a URB para encaminhar a Missão Nacional para o primeiro semestre de 2011. 20
  • 21. Houve um intervalo, em seguida retornamos para a Avaliação deste Encontro. QUE BOM:  Que este Encontro aconteceu  A retomada deste Encontro  Contribuições dos grupos e das unidades  A partilha e o relacionamento  A acolhida da casa  O assessoramento do padre Ulysses  A Missa na parte da manhã  A participação de confrades no Congresso Redentorista na Costa Rica QUE PENA:  A ausência de Goiás e Manaus  A ausência de mais MRL.  A ausência de mais Irmãs Missionárias  Faltou a comunicação/retorno de Goiás  O improviso nas partilhas  Coincidência da data com a Assembléia de Recife. QUE TAL:  Uma maior participação dos MRL  Participação do CONE SUL (convidar confrades da América do Sul)  Um Encontro como este para os Párocos  A participação dos Provinciais  Fazer oficinas para a Juventude  Convidar líderes de juventude, crianças, etc.  Colocar nome grande no crachá, com uma letra maior. “Se renunciarmos à pregação das Santas Missões, será a morte da Congregação, porque teríamos que abandonar tudo aquilo que é a razão mesma de nossa existência. Acabaríamos não sendo nem carne, nem peixe” (Santo Afonso em 1774). 21
  • 22. SEGUEM OS ANEXOS ANEXO I Texto do Pe. Ulysses CARACTERÍSTICAS DA MISSÃO POPULAR REDENTORISTA I. CARACTERÍSTICAS FUNDANTES DA MPR Tendo como base o livro: EVOLUZIONE E DEFINIZIONE DEL METODO MISSIONARIO REDENTORISTA (1732-1764), do confrade napolitano ALFONSO VINCENZO AMARANTE (Materdomini 2003), vamos colher 10 características fundantes da nossa MPR. 1. DESTINATÁRIOS: eis a característica básica do projeto de Afonso para a sua comunidade missionária: o amor pelos mais abandonados. tratava-se de uma opção pastoral preferencial pelos ABANDONADOS, NO SENTIDO DE AFASTADOS OU DISTANTES, tanto da vida eclesial como da vida social. Era o povo do campo e dos bairros rurais, fora das cidades, nas dioceses mais necessitadas (AM. 196-197). Sempre se devia dar prioridade às missões rurais sobre aquelas urbanas. (AA. p. 177). Talvez, não se tratasse tanto de localização geográfica, quanto pelo fato de que havia nas cidades um clero excessivo e acomodado. O importante é a característica do destinatário em abandono pastoral.  Devido a esses destinatários, as Missões eram gratuitas: somente hospedagem. Nada de alimentação, custo de viagens, etc. A Missão faz parte do orçamento que deve ser previsto pela comunidade ou por outras casas ou pela Congregação. (AM 199-200).  O missionário devia sempre estar próximo do povo, em relação direta com ele e disponível para acolher e atender sempre. As CONFISSÕES PESSOAIS tinham uma importância capital na MPR e não se devia terminar a Missão antes de atender a última pessoa. 2. PERSEVERANÇA: Possivelmente, Afonso foi um daqueles padres que criticavam as missões populares como fogo de palha. Por isso, “non voleva Alfonso, che fossero state, le sue Missioni, come si suol dire, un fuoco di paglia, che promette molto e niente opera: voglio dire, che non fossero un fervore istantaneo e passaggiero; ma voleva che ne‟ Popoli radicata si fosse la divozione e stabilmente assodata” (Tannoia, II, p.308).  Sua primeira preocupação é com a perseverança dos missionários. Por isso, o voto de perseverança na Missão é o primeiro juramento redentorista, devido às experiências negativas com Mandarini, Tosquez e os primeiros seguidores.  Insiste na renovação da Missão: ”Questa Congregazione ha...di più per regola principale il dover ritornare da tempo in tempo ai paesi dove si son fatte le missioni, a predicare e ad amministrare i santi Sacramenti, e con ciò rinnovare e conservare il frutto, fatto colle missioni” (AA, p. 233). “Nei paesi che an ricevute le missioni della Congregazione, si tornerà fra lo spazio al più di quattro o cinque mesi a farvi qualche altro esercizio pubblico di prediche, ma più breve e con minor numero di soggetti affine di stabilire il profitto della missione già fatta” (Regola del 1749, em AA. p. 233) 22
  • 23.  Afonso preocupa-se com a assistência pastoral do povo missionado ao determinar a localização das casas redentoristas: centrada fora das cidades, mas acessível aos destinatários. A proximidade passa a ser também uma característica importante. 3. CRISTOCENTRISMO DO “COPIOSA APUD EUM REDEMPTIO”: Presépio+Cruz+Sacramento sintetizam o kérigma afonsiano, como prova do amor misericordioso de Deus pelo ser humano: “De tal modo Deus amou o mundo....” Afonso tinha a certeza de que todo ser humano, a partir do mais humilde, é amado por Deus de forma fiel e misericordiosa. É sobre essa revelação, manifestada em Jesus, que se articula o eixo cristológico da sua mensagem missionária, como boa nova de Redenção copiosa oferecida a todos indistintamente: “Voleva che i suoi, predicando, non predicassero se stessi, ma Cristo Crocifisso” (Tannoia II, p. 324, em AA. p. 177). MARIA não é um tema a parte, mas é o testemunho do que pode o amor redentor de Deus e a intercessora materna para que a mesma graça se derrame sobre todos os seus filhos. 4. FINALIDADE: CONVERSÃO E SANTIFICAÇÃO PESSOAL: Afonso não visa apenas uma conversão sacramental, mas pretende dar uma nova orientação à vida das pessoas, centrando-a em Jesus Redentor. Não há a dimensão comunitária de forma explícita. As COMUNHÕES GERAIS representavam uma meta importante de união com o Senhor e eram preparadas com carinho. Num tempo eivado de jansenismo, significavam uma experiência espiritual profunda para cada pessoa. 5. PREGAÇÃO EXPLÍCITA SEMPRE: mas também, sempre substanciosa, isto é, bem estudada, centrada no ponto proposto, de tal modo que possa ser entendida até por quem chega atrasado.(AA. p. 258). O grande sermão podia durar até 1h30. Todas as pregações começavam e terminavam com uma oração, geralmente, o ato de contrição. Afonso sabia recorrer à linguagem teatral, aos cantos populares, etc. muito melhor do que nós usamos o „power point‟ e outros recursos, com a finalidade de prender a atenção e de convencer os ouvintes. Ele já compreendia que pregação não é só retórica, embora ela fosse fundamental. Contudo, a pregação devia ser tão simples, popular e familiar, de tal modo que o mais despreparado dos ouvintes pudesse compreender: “adattar si deve il predicatore al popolo basso che al cetto delle persone più culte, perchè il popolo e non la gente culta fa Il maggior numero nelle Missioni” (Tannoia, apud AA. p. 178). Nem comédia, nem retórica alta. Afonso treinava pessoalmente os confrades jovens como modular a voz, fazer as pausas, etc. a partir de textos que cada um devia preparar por escrito e até decorar. 6. MISSÃO CATEQUISADORA: Afonso preferia mais doutrina e menos espetáculos oratóricos e de terror. As chamadas „instruções‟ eram privilegiadas e exigiam missionários bem preparados, seguros do ponto de vista doutrinal. Contudo, confere muita importância aos sentimentos, que devem ser provocados para causar desde pavor até ternura e paz. Visa sacudir o torpor espiritual do povo. Faz questão que os sentimentos estejam sempre presentes nas orações e nos cantos, que permeiam todas as pregações e instruções. Afonso sabia que sem a abertura do emocional não se atinge o racional para levar à persuasão e à conversão na fé. 7. DESCENTRALIZAÇÃO DA MISSÃO: diferente dos outros métodos, como Paulo Segneri, de Missão central apenas na igreja principal, Afonso queria levar a todos a Palavra de Deus. Na mesma cidade, fazia acontecer os 23
  • 24. exercícios da Missão em outras igrejas. (AA. p. 169). Não é o povo que vai à igreja, quanto o missionário que vai ao povo, até para morar perto dele. Por isso, a Missão era uma proposta de pastoral extraordinária, que exigia ir além da rotina ordinária de cada paróquia ou diocese. E necessariamente devia envolver os bispos, párocos e a liderança política de cada local missionado. Era importante convocar a todos e o missionário dirigia-se também diretamente às autoridades civis e religiosas, para que tomassem parte nas Missões. 8. A “VIDA DEVOTA” COMO PERSEVERANÇA E SANTIFICAÇÃO: ainda que seja apenas em nível pessoal, sem a dimensão comunitária, o povo é exercitado a práticas piedosas, para sustentar sua conversão: são feitos exercícios....: terço, coroa das dores de N. Senhora, bênçãos de objetos piedosos, instrução sobre a oração mental, sobre preparação e ação de graças na Comunhão, sobre a visita ao Santíssimo, e sobre as regras para viver como bom cristão; meditação sobre a paixão de Cristo e as dores de Maria, finalizando com a bênção com o crucifixo. (AA. P. 230). 9. CARACTERÍSTICAS DOS MISSIONÁRIOS: a primeira virtude exigida era a HUMILDADE: “mancata l‟Umiltà nel Missionario, manca tutto.... Umiltà voleva ancora, che praticata si fosse anche con i villani e più meschini, e per strada salutato avessero ognuno e per tutti dimostrato del rispetto”(Tannoia, p.318, cit. AA. p. 175). Em seguida, era fundamental a OBEDIÊNCIA ao superior da Missão, de tal modo que se alguém criasse dificuldade, devia ser mandado para casa (AA. p. 271). O ESPÍRITO DE MORTIFICAÇÃO era também importante, para não fazer exigências quanto a viagens ( a pé ou a cavalo), alimentação moderada, disposição para trabalhar, etc. Com o mesmo espírito, era preciso relacionar-se bem com os párocos, porque qualquer confronto estragaria o trabalho missionário. 10.MISSÃO PREGADA SEMPRE EM COMUNIDADE: “non andranno mai soli, ma almeno a due... e vadano sempre uniti con quella carità, „qua major esse non potest‟...” (Lettere III, 1,543, apud AA. p. 245). Como normalmente toda a comunidade, com seu superior, saía para as Missões, a vida comunitária era organizada lá onde estavam pregando, desde a Oração da manhã, meditação, etc., quase no mesmo ritmo que se praticava no convento. O período propício das Missões, que faziam deslocar a comunidade redentorista, costumava ser durante o outono e inverno, isto é, de outubro a maio. Antes de partir, cada um fazia 10 dias de retiro. Afonso já sabia que o calor não ajudava muito o trabalho das Missões... II. CARACTERÍSTICAS DA MPR HOJE O que poderíamos acrescentar às características da Missão de Afonso? Será que conseguimos preencher aquelas características fundantes ou teríamos que recuperar melhor algumas, antes de acrescentar outras? Certamente recuperamos, após o Vaticano II, o conteúdo kerigmático da proposta afonsiana, que ficara um tanto ofuscada desde a metade do século XVIII até a metade do século XX. Eu não teria muito a acrescentar à Cristologia e à Mariologia de Afonso, a não ser pequenos retoques. A síntese da Copiosa Redenção continua atual. Contudo, temos que estar bem conscientes da grande mudança quanto à visão da Igreja ou da Eclesiologia, ainda em fermentação, que o Vaticano II nos legou. Afonso viveu no contexto 24
  • 25. da eclesiologia eclesiástica, ou seja, a Igreja piramidal e clerical, sociedade perfeita e reino temporal. O Vaticano II nos resgata para uma Eclesiologia do Povo de Deus, sacramento de união com Deus e entre os homens, toda ela ministerial, com efeitos transformadores na Liturgia, na Pastoral, na presença no mundo, etc. É uma proposta ainda utópica, mas cujas sementes foram plantadas e estão germinando. Entre avanços e recuos, parece ser este o caminho indicado pelo Espírito Santo. Diante disso e de todos os documentos da Igreja, principalmente aqueles gerados na América Latina, que características já acrescentamos à MPR e que características deveríamos ainda acrescentar? 1. UNIDOS EM CRISTO, COM MARIA, PARA VIVER E CRESCER EM COMUNIDADE Esse lema, se de fato impregnar tudo o que pregamos, celebramos e fazemos na MPR, nossas atitudes, nossas estratégias e nossas propostas, certamente assume pra valer a dimensão eclesiológica do Vaticano II. A dimensão de Comunidade viva, participante, evangelizadora, ministerial, missionária, é um sonho em realização e nós somos agentes privilegiados. Não se trata mais de “domesticar” católicos e pecadores, segundo as regras da instituição eclesiástica, mas de provocar uma experiência espiritual profunda, que faça a pessoa levantar-se e vir para o meio da Comunidade, com a disposição de viver em união com Jesus e de caminhar junto com os outros. 2. UMA NOVA PROPOSTA: TORNAR-SE DISCÍPULO E MISSIONÁRIO DA VIDA DE JESUS PARA O POVO Acreditamos que a conversão cristã é essencialmente uma conversão para Alguém, não para idéias ou ações. O acolhimento de Jesus na fé, no amor e na esperança é o coração da revelação cristã, é a sua Boa Nova. Não haverá Evangelização sem uma profunda experiência cristocêntrica de cada cristão, tal como propunha Afonso. Tornar-se DISCÍPULO é levar a uma experiência de Jesus de união interpessoal, afetiva e efetiva, com Jesus, que produza perdão, reconciliação, paz, alegria, a tal ponto que provoca um seguimento pessoal e comunitário do Senhor. Tornar-se MISSIONÁRIO é identificar-se e apropriar-se da missão de Jesus, que veio para que todos tenham vida. Vida é o termo que traduz graça, paz, amor, união, mas também, alimento, saúde, segurança, justiça, ecologia. Eis o conteúdo libertador do kérigma, que nos é reproposto pelo Documento de Aparecida, em toda a sua força transformadora de compromisso comunitário e social. 3. MUDANÇA DE ENFOQUE: NÃO MAIS “PREGAR MISSÃO” AO POVO COMO COLOCAR O “POVO EM MISSÃO” É necessário recuperar, suscitar, formar e lançar na missão as forças vivas de cada localidade. Ás vezes, é preciso começar pelo pároco. Os pequenos grupos ou setores devem ter consciência de que estão realizando a missão. Não são forças auxiliares, mas sim, os verdadeiros protagonistas de um povo que deverá permanecer em missão e até irradiá-la para outras comunidades. É mudança importante para a nossa própria consciência missionária. Se a MPR tem um início, já não deve ter mais fim. De alguma forma, deveríamos manter o povo em missão. Por isso, é fundamental que o momento celebrativo da MPR esteja integrado num projeto de Evangelização mais amplo. Nosso papel 25
  • 26. é o de servir, incentivar, ensinar e assessorar um povo em missão, de acordo com as carências de cada situação. 4. A MPR DEVE SER PARTE DE UM PROJETO DE EVANGELIZAÇÃO A MPR já foi um evento quase autônomo, que chegava e acontecia, como uma grande desobriga, em que o resultado era medido pelo número de confissões, de comunhões e pelas grandes concentrações. Se dependermos ainda deste termômetro, iremos pregar apenas aos “pregados”, e teremos dificuldades de enfrentar desafios e urgências missionárias, em que tais resultados não serão tão satisfatórios. O projeto de Evangelização pode ser nosso, pode ser paroquial, diocesano ou nacional. O fato é que deve transcender o acontecimento da MPR e integrá-lo em um programa maior. É um processo de nova Evangelização que deve ser posto em marcha e estimulado. Essa maleabilidade para entrosar o nosso projeto dentro de projetos mais amplos, a nível de Igreja local, do Brasil e da América Latina, nos deve deixar bem abertos à caminhada da Igreja, mesmo aquela que parece apenas teórica. Aí está o grande desafio da chamada MISSÃO CONTINENTAL. Devemos esperar para ajudar ou devemos ajudar a criar? 5. O LUGAR DE DIREITO DO LEIGO MISSIONÁRIO Os leigos missionários, que redescobrem sua missionariedade batismal, gradativamente devem encontrar o seu espaço de direito na MPR, tanto quanto os sacerdotes, irmãos e seminaristas. Aliás, nossos seminaristas deveriam ter como primeira etapa de seu projeto de formação chegar a uma consagração missionários, que deveria ser mantida, quer façam ou não sua consagração religiosa em nossa Congregação. Há um desafio a ser enfrentado: a capacitação de vivência espiritual e de conhecimento catequético e missionário por parte destes Leigos, para que não sejam improsivados como missionários. Também na MPR será importante que o Leigo possa exercer sua corresponsabilidade: pela participação nos organismos de preparação, execução e revisão do trbalho missionário; pela formação inicial e contínua de forma sistemática, tanto para o crescimento pessoal como cristão, como para a atividade missionária; pelos ministérios, com espaço próprio de atuação, que não seja apenas de ajudante clerical. É importante que possa exercer plenamente as atividades missionárias nas diversas etapas da Missão, excetuando apenas o que é próprio do ministério sacerdotal. Em toda esta integração do Leigo, há uma dimensão profética de conquista de espaço tanto nas comunidades missionadas, nas paróquias como dentro de nossas próprias comunidades. Talvez seja um processo pedagógico lento, mas não se deve desistir, se o nosso kérigma é por uma Igreja de comunhão e de participação, e não mais de clero e fiéis. Entre os frutos atuais da MPR deve estar necessariamente a convocação, a participação e a confirmação dos Leigos locais como responsáveis pelo “povo em missão”. Nossos coordenadores de grupos ou de setores devem ser presença ativa, isto é, sempre acionada, em todas as etapas da ação missionária. E para que possamos estar sempre em contato com as localidades missionadas, para manter o “povo em missão”, seria aconselhável pensar em vincular alguns leigos do local ao nosso projeto de MPR, ao menos para que sirvam de contato ou sejam comunicadores ativos de nossas propostas. 6. A REAPROPRIAÇÃO DEFINITIVA DA BÍBLIA, COMO PALAVRA VIVA: 26
  • 27. A Bíblia ainda não faz parte do tesouro cultural do católico. Está sempre intimidado diante de qualquer crente. E é pela falta de hábito com a Bíblia que muitos católicos passam a crentes. É importante que abracem a Bíblia afetiva e efetivamente, como patrimônio próprio. E a entendam como história e projeto de salvação, cujo ponto central e decisivo são os Evangelhos. É incoerente realçar o valor sacramental da Bíblia e em seguida, celebrá-la ás vezes de forma tão banal. Tratá-la com carinho, e respeito significa testemunhar que nós cremos que ela nos fereece de fato a Palavra de Deus. É também um sinal sacramental da presença real do Senhor Ressuscitado no meio da sua comunidade e isso deve ser visibilizado ritualmente. 7. A PEQUENA COMUNIDADE, CÉLULA VIVA DA IGREJA: GRUPO OU SETOR MISSIONÁRIO Eis uma experiência que precisa transformar num eixo estável e dinâmico da MPR. Deveria impregnar todas as etapas da ação missionária e surgir de forma explícita como meta e protagonista da MPR. E devia ser tratada com muita atenção na pós-Missão, como elemento de perseverança e de dinamismo missionário. Uma comunidade de fé e vida, que oferece um espaço para o relacionamento fraterno entre as de pessoas, e que se apresenta como uma experiência de convivência alternativa à vida social do mundo: lugar de convivência e não de competição, de partilha e não de ganância, de serviço e não de dominação, de amor, respeito e ternura e não de erotismo. O testemunho de uma comunhão eclesial, menos sacralizada e mais relacional, demonstra a viabilidade e a validade da proposta evangélica para todos. A experiência da filiação divina e o conseqüente empenho na construção de uma fraternidade feita de união, de solidariedade, de missão comunitária demonstram que o Transcendente existe, atua na vida humana e a transforma. É um Transcendente que está no meio de nós, porque encarnou-se e tocou nossas vidas. Eis uma comunidade que se torna, em si mesma, evangelizadora, porque contrasta com os outros estilos de vida social. 8. O SENTIDO ÉTICO-MORAL Há dois valores que precisam penetrar na cultura do cristão, como pontos de partida para qualquer discurso ético-moral: - a sacralidade da vida humana, desde a concepção até a morte, como Dom de Deus, de que ninguém tem direito de dispor. - a dignidade inalienável de cada pessoa, simplesmente por ser gente. A partir desses dois valores, pode-se entrar na moral familiar, na ética social e política. O sentido positivo da moral se manifesta em todas as iniciativas sociais e eclesiais, em que a vida e a pessoa são defendidas e promovidas: Pastoral da criança, Pastoral da Terra, Pastoral do pescador, ONGs ambientalistas, etc. Este sentido ético-moral deve se alargar para a consciência e a denúncia dos grandes pecados questão da dívida externa, da escravização atual de trabalhadores, inclusive crianças, da violência urbana, da prostituição, dos grandes esquemas financeiros: mercados mundiais, tráfico de drogas e de armas, guerras religiosas, etc. Em tudo isso, a ética-moral cristã sublinha sempre a atitude reconstrutiva de reconciliação e de misericórdia, que nunca se cansa de oferecer uma nova chance a quem quer que seja. 27
  • 28. 9. O SENTIDO DE SOLIDARIEDADE COMUNITÁRIA A opção preferencial pelos pobres é o gesto primeiro e imprescindível de solidariedade cristã, seja para socorrer, seja para lutar pela sua libertação social e espiritual. Aqui é importante ter bem claro o que compreende o direito às necessidades vitais de cada pessoa: o direito à moradia, ao trabalho remunerado, à escola, a saúde, à terra de subsistência. O supérfluo rouba o necessário de muitos para transformá-lo em supérfluo de poucos. Por isso, a riqueza é construída a custa da pobreza. Os Evangelhos do Lava-pés e do Bom Samaritano necessitam de quem os atualize com clareza dentro de nossa sociedade, que compete pelo poder, discrimina e é indiferente aos sofrimentos e à violência. A solidariedade abre espaço par o voluntariado organizado, que poderá ser a grande força de transformação social pacífica de nossa sociedade. A solidariedade se explicita no serviço e na participação pela transformação da sociedade pelo bem dos pobres. Ela compreende, portanto, o compromisso político, a conquista da cidadania. 10. UMA ESPIRITUALIDADE MISSIONÁRIA Mais do que nunca os homens e mulheres estão sedentos de Espiritualidade, buscando-a até em fontes poluídas ou envenenadas. Nossa Copiosa Redenção precisa ser anunciada com zelo missionário, através da nossa experiência de vida. “Sentimo-nos levados a compartilhar nossa fé e nossa esperança com todos”. (Mensagem final do Cap. Geral 97, n. 12). Não precisamos fugir para outras espiritualidades, mas também já não basta, principalmente em nossos dias, fazer pastoral missionária: pregar, celebrar, etc. Temos que partilhar com todos, começando dentro de nossas casas, a nossa Espiritualidade, para que todos saibam qual é “a razão de nossa esperança.”(1Pd 3,15). É a urgência de iniciarmos um anúncio explícito da nossa Espiritualidade, não tanto através de conferências ou pregações, mas sim, através da transparência ou exposição de nossa vida pessoal e comunitária. As palavras servirão muito pouco para simbolizar a ação redentora do Espírito em nós. É preciso que nos apresentemos realmente como ungidos pelo Espírito, com aquela unção que nos conforma com Cristo e nos faz ter os seus sentimentos. Oração do Missionário Redentorista Pai santo, fazei-nos fortes na fé, alegres na esperança, fervorosos na caridade, inflamados no zelo, humildes e sempre dados à oração. Dai-nos forças para que sejamos homens apostólicos e genuínos discípulos de Santo Afonso, seguindo contentes a Cristo Salvador. Queremos participar do seu mistério e anunciá-lo com evangélica simplicidade de vida e de linguagem, pela abnegação de nós mesmos, pela disponibilidade constante para as coisas mais difíceis, a fim de levar aos homens a “Copiosa Redenção”. É o que vos pedimos pela intercessão de Maria Santíssima e de Santo Afonso, por meio de Jesus Cristo Nosso Santíssimo Redentor. Amém. 28
  • 29. CREDO DO MISSIONÁRIO REDENTORISTA Creio que Deus de tal modo me amou que me deu seu Filho único como meu Redentor (Jo 3,16) Creio que Jesus me amou e se entregou totalmente por mim (Gl 2,20), a tal ponto que se aniqüilou a si mesmo tornando-se semelhante a mim em tudo, exceto no pecado (Fl 2,5-11). Por meu amor, fez-se criança num Presépio. Por meu amor, ofereceu-se à morte na Cruz. Por meu amor, reduziu-se a um pedaço de pão na Eucaristia. Por tudo isso, creio que a Redenção é abundante para mim e para todas as pessoas (Sl 130) Creio que somente amando Jesus Cristo acima de tudo e amando cada pessoa como Jesus amou serei uma “Memória viva” de sua presença encarnada no mundo (1Cor 13) Creio que Ele me ungiu para continuar sua missão, anunciando uma Boa Notícia aos pobres (Lc 4,18-19). Creio que Maria é a Mãe da Esperança, que me ajudará a dar uma resposta de amor a tão imenso amor. Amém. 29
  • 30. ANEXO II ENCONTRO MISSIONÁRIO 16 – 20 DE FEVEREIRO 2009 Seminário santo afonso Objetivo: Buscar uma maior união entre as equipes de Missões Populares Redentoristas. I Bloco: Identidade própria da Missão Popular Redentorista. Plenário: 1. Explicitação sobre o tema 2. Partilha das experiências de cada equipe missionária (Conteúdos da mensagem, Metodologia, Celebrações, Equipes, etc.: pontos fortes e pontos fracos, elementos da tradição e de inovação) 3. Detalhar as diferenças e pontos comuns entre as equipes. Grupos: 1. Destacar os pontos interessantes das apresentações 2. Apresentar questionamentos à atuação das diversas equipes 3. Oferecer as primeiras sugestões 30
  • 31. II Bloco: A Missão Popular Redentorista a partir do Documento de Aparecida Plenário: 1. Memória do Congresso de Costa Rica 2. Explicitação de alguns pontos do DA Grupos: 1. O que devemos assumir do DA em nossa MPR e como fazê- lo: (Conteúdos da mensagem, Metodologia, Celebrações, Equipes) 2. Busca de elementos fundamentais para uma Solidariedade Redentorista na MPR 3. Nossa participação na Missão Continental. Conclusão: PROPOSTAS FINAIS DO ENCONTRO AVALIAÇÃO FINAL Estratégias 1. A partilha de experiências será feita pela equipe de cada unidade participante. 2. Um assessor ajudará a aprofundar a reflexão para as conclusões finais 3. Os momentos de oração comunitária devem partir das inspirações: Santíssimo Redentor, Santo Afonso e Nossa Senhora. 31
  • 32. Abertura: Dia 16 (Segunda-feira) 17:00hs com a Eucaristia. Término: Dia 20 (sexta-feira) Eucaristia às 9:00hs no Santuário Nacional. Assessor: Pe. José Ulysses da Silva, CSsR. Equipe organizadora: Pe. Ivair, Pe. Coutinho, Pe. Renato (SP); Pe. Pedro (BA); Pe. Gelson (PR). “Junto D’Ele a Redenção é abundante” ANEXO III MENSAGEM FINAL DO VI CONGRESO DOS MISSIONÁRIOS REDENTORISTAS DA SUB-REGIÃO NORTE DA AMÉRICA LATINA E DO CARIBE “A época atual e os desafios da Santa Missão Popular Redentorista” Nos dias de 21 a 27 de outubro de 2007, no Centro Pastoral da Diocese de Alajuela (Costa- Rica), aconteceu o encontro de mais ou menos 50 (cinqüenta) redentoristas, os religiosos e leigos, a fim de realizar o VI Congresso de Missionários Redentoristas Itinerantes da região norte da América Latina e do Caribe. Estes dias foram um sinal positivo da crescente colaboração entre nossas unidades que formam a Sub-Região. O encontro foi também enriquecido com contribuições e experiências, pelas unidades do Brasil e do CESPLAM. Chegamos dos lugares diferentes, mas com um único objetivo: “descobrir os desafios da missão itinerante e para responder às exigências do Evangelho no mundo de hoje; a partir do nosso carisma redentorista, em região norte da América Latina e do Caribe”. 32
  • 33. Para ajudar-nos na reflexão contamos com a presença enriquecedora do Mons. Vittorio Girardi, M.C.C.J., bispo de Tilarán (Costa-Rica) e redentoristas Pes.: Pedro Lopez Calvo e José Ulisses da Silva das Províncias de Madrid e de São Paulo, respectivamente. A cada um deles agradecemos pela sua presença, disponibilidade e empenho nas palestras. Criamos um clima muito fraterno e festivo que nos permitiu experimentar a presença do Espírito Santo e a alegria da fraternidade. Sentimo-nos de fato discípulos e missionários, e, ao mesmo tempo, membros da família tão querida por Jesus Cristo que é a Congregação do Santíssimo Redentor. Ao terminar esse encontro não podemos de deixar registradas algumas considerações que queremos apresentar. Primeiro demos graças a Deus que beneficiou a sua Igreja com a Pessoa de Santo Afonso e a Família fundada por ele; Agradecemos pelo presente que é o carisma do anúncio explícito da Palavra, especialmente aos mais abandonados. E assim, assumimos alegremente o convite e desafio que nos propõe a V Conferência Latino-Americana de Aparecida de: “confirmar, renovar e revitalizar a novidade do Evangelho arraigada na nossa história, a partir de um encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo, que nos desperta de sermos discípulos missionários” (n.11). Realmente, vale a pena percorrer os caminhos do nosso mundo como missionários itinerantes no estilo de Jesus e dos Apóstolos, e com gratuidade anunciar e fazer presente o Reino. Gostaríamos de compartilhar a convicção de que a Santa Missão Popular, o estilo preferido por Santo Afonso, é o método de evangelização válido especialmente para o nosso tempo, pois: rejuvenesce o rosto da Igreja; coloca as paróquias na perspectiva missionária e evangelizadora; oferece as estruturas renovadas permanentes de evangelização que para muitas pessoas tornam-se um meio eficaz para renovação da fé e do apostolado; gera vida nas pessoas e nas comunidades cristãs. Com esta convicção desejamos de contribuir na edificação de uma Igreja Comunhão, e ao mesmo tempo toda Missionária. Com esperança renovamos nosso desejo e disponibilidade para servir as comunidades paroquiais com algo que é válido, eficaz e necessário para revitalização missionária das comunidades cristãs que são as Santas Missões Populares Redentoristas, favorecendo assim o surgimento de Comunidades Eclesiais de Vida. A Santa Missão Popular tem que estar ao serviço da pastoral ordinária das comunidades paroquiais. Elas, porém, nos convidam a dinamizar os seus membros e suas estruturas. Isto requer um humilde, cuidadoso e generoso acompanhamento por parte dos missionários, sacerdotes, agentes de pastoral, e todas as pessoas as quais se dirige missão popular. Este acompanhamento a partir da fé oferece às comunidades um processo missionário proporcionando o encontro com Jesus, diálogo, escuta, o desejo de caminhar juntos, a capacidade de refletir, iluminar, discernir e compartilhar das dificuldades, alegrias e esperanças. Seguindo a tradição da Congregação acreditamos que nossa missão deve ser querigmática. Deve centralizar-se no anúncio alegre de Jesus Cristo Morto e Ressuscitado; deve ser enraizada na Palavra de Deus, que motiva a conversão a partir do encontro de cada cristão com Deus de bondade e da misericórdia; deve ajudar a revitalizar as comunidades cristãs que pedem a nossa colaboração criando pequenas comunidades eclesiais de vida; deve facilitar os processos de conversão e ajudar aos leigos a descobrir a sua vocação na Igreja e no mundo; deve enfim estar preocupada com mais pobres e se pôr ao serviço da pessoa humana e da autêntica libertação cristã. A nossa ação missionária deve chegar a todo homem e a todos os homens e mulheres. 33