SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 73
PLANO DE AULA:
HISTÓRIA
1º ANO (A, B, C e D)
Prof: Mariozan
OBJETIVOS E CAPACIDADES:
• Compreender a diversidade cultural dos povos do Acre, como
resultado de um processo histórico.
• Compreender a relação entre produção, trabalho e consumo
nas civilizações pré-colombianas.
CONTEÚDOS RETOMADOS:
• Leitura;
• Escrita;
• Interpretação;
• Reescrita;
• História do Acre;
• Chegada de Colombo à América.
CONTEÚDOS PRIORIZADOS:
• Conhecimento das características gerais de algumas das etnias
que habitam o território acreano.
• Implantação de seringas e intensificação dos conflitos entre
índios e não índios.
• Valorização da diversidade e riqueza cultural das etnias
indigenas que habita o Acre.
• Cronologia e características gerais das civilizações: (maia,
astecas e incas)
• As principais atividades econômicas das civilizações pré-
colombianas.
• Comparação entre atividades de produção, trabalho e
consumo nas civilizações pré-colombianas e em sociedades
atuais na América.
RECURSOS DIDÁTICOS:
DESCRITORES:
FORMAS DE AVALIAÇÃO:
TIPOLOGIA TEXTUAL:
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRAFICAS:
• http://gephiseseba.blogspot.com.br/2010/12/am%C3%A9rica
-pr%C3%A9-colombiana-maias-astecas.html
AULA: 1 e 2.
SONDAGEM:
• Você conhece algumas das etnias existentes no Acre?
• Quais?
• Onde ela se localiza?
• Você conhece a história dos povos indígenas do seu
município? Ou dos povos indígenas do Brasil?
• Você sabe como se deu o contato entre índios e europeus em
1500?
• Você sabe como viviam os indígenas antes da chegada dos
europeus?
Puyanawa
Nawa
Nukinin
Ashaninka
VIDEO:
• Povos Puyanawa
Aula 3 e 4.
• Índios no Acre
• Prof. Eduado Carneiro*
INTRODUÇÃO
As "veias abertas" do Acre foram muitas O total de leite de seringa defumado e do caucho retirado, na
região acreana, corresponde à mesma quantidade de sangue derramado dos corpos dos índios
assassinados durante os primeiros tempos dos seringais. (Prof° Dr. Carlos Alberto)
- O termo "índio" foi uma invenção do europeu. Caracteriza os povos que habitavam a América,
ocultando toda a diversidade cultural existentes entre eles.
- A hipótese mais aceita sobre a origem humana no continente americano é a de que houve uma
migração da Ásia na idade do gelo, entre os anos 40.000 e 12.000 a.C., pelo estreito de Bering.
- Os primeiros habitantes da Amazônia chegaram por volta de 1.500 a.C. (alguns pesquisadores
defendem a hipótese de que a presença indígena na Amazônia remonta os anos de 31.500 a.C.).
- Cerca de 6 milhões de índios habitavam à Amazônia antes da chegada dos Portugueses em 1616.
- No Acre, na segunda metade do século XIX, viviam cerca de 150 mil índios, distribuídos em 50
povos.
- Em 1989, o número de índios no Acre era em de 5 mil. Em 1996, o número passou para 8.511. No
ano de 2001, a FUNAI notificou a existência de 10.478 índios em todo Estado do Acre, distribuídos em
12 povos. Esse tímido aumento pode ser explicado pela atuação de organizações indigenistas.
- Os índios nunca abriram mão de suas terras sem colocarem em prática várias formas de
resistências, dentre as quais o confronto com o homem branco.
- Causas da diminuição demográfica indígena: a) assassinatos cometidos pelos coletores de "drogas
do sertão"; b) assassinatos cometidos pelos seringalistas brasileiros através das "correrias"; c)
doenças transmitidas pelos brancos; d) Assassinatos cometidos por caucheiros peruanos e soldados
bolivianos; e) Assassinatos cometidos por capangas de fazendeiros a partir dos anos 70.
- Os caucheiros eram nômades, por isso constituíram num dos principais inimigos dos indígenas, já
que eram impelidos a desbravação contínua de novos territórios.
- As correrias eram organizadas pelos seringalistas que reuniam até 50 homens armados para
atacarem as aldeias, matavam os líderes, escravizavam vários índios e cooptavam as índias para
servirem de mulheres no seringal.
• TRONCOS LINGÜÍSTICOS
- No Acre, os indígenas estão divididos em dois grandes troncos indígenas: a) Aruaque ou Aruak, que
dominavam a bacia do Rio Purus; b) Panos, que dominavam a região do rio Juruá.
- Os Panos eram divididos em Kaxinawás, Yawanawás, Poyanawás, Jaminawas, Nukinis, Araras, Katukinas,
Shaneanawa, Nawas, e Kaxararis.
- Os Aruaques eram divididos em Kulinas, Ashaninkas (Kampas) e Manchibery.
OBS: alguns estudiosos já dividem-no em três grupos: pano, aruak e arawá.
SOCIEDADE
- A maior parte dos indígenas habitava nas margens dos rios amazônicos (várzeas) - devido à facilidade para
encontrar seu alimento e à fertilidade das praias onde praticavam a agricultura.
- Habitavam em menor quantidade às terras firmes, onde tinham que derrubar a floresta e fazer suas queimadas
para o cultivo de roçados.
- Os índios não pensam a terra como mercadoria, mas o lugar onde se vive comunitariamente a cultura, as
crenças e as tradições.
- A organização social das tribos baseava-se em famílias extensas, que habitavam povoações isoladas sob a
liderança de um ancião.
- Índios arredios ou "brabos" são aqueles que não assimilaram a cultura do branco, ou que nem ao menos
tiveram convivência com o homem branco.
- Vinda dos índios para as cidades acreanas: a) Vender produtos florestais; b) Procurar órgãos de proteção ao
índio; c) Procurar tratamento de saúde; d) A mendicância (principalmente os jaminawas).
- As malocas são feitas de paxiúba;
- Alguns grupos desenvolveram com perfeição a cerâmica e o artesanato.
- A cura de várias doenças era obtida com remédios naturais;
- A educação é transmitida pelos mais velhos, responsáveis por todo o legado cultural da tribo.
- Os pajés, líderes espirituais das tribos, têm uma função especial na realização de festividades, na contação de
histórias e na preservação do legado cultural da tribo.
- As Terras Indígenas somam uma área aproximada de 14% da extensão territorial do Estado, perfazendo um
total de 2.167.146 hectares, sendo que das 580 terras indígenas do Brasil, 31 localizam-se no Acre.
- O Estado do Acre é a unidade da federação com maior diversidade biológica e étnica, 3,0% de toda a
população indígena vive em território acreano, correspondendo a 14 povos indígenas.
• ECONOMIA
- Os índios dedicavam-se à pesca, à caça e a guerra. As índias contribuíam
no trabalho agrícola e na fabricação de cerâmicas.
- Os povos indígenas da Amazônia eram todos agricultores. A terra pertencia
a todos.
- O trabalho de toda a tribo poderia ser concluído em 3 ou 4 horas.
- Toda a produção era para sustentar toda a aldeia.
- O arco e a flecha foram a principal arma utilizada pelos nativos da região.
- Durante o 1° Ciclo da Borracha, os índios participaram como "mateiros" e
guias em busca de novos locais de exploração da borracha.
- Com a primeira grande crise da empresa extrativa a partir de 1912, a mão-
de-obra indígena substitui, em grande parte, a de seringueiros nordestinos.
- Aos poucos, foram integrados à economia extrativa, tornando-se
dependentes dos bens aviados pelo barracão, embora nunca tenham deixado
à pesca e à caça.
- Nos séculos XVI e XVII, era costume o comércio do excedente de produção
entre as tribos indígenas. Para o indígena, a seringueira não era uma árvore
dotada de valor especial.
- Os índios foram os primeiros a manipular o látex da seringueira. Muitas
tribos davam-lhe um sentido cultural, transformando-na em objetos.
• ÓRGÃOS INDIGENISTAS
"A ação ineficiente e omissa da FUNAI na Amazônia Ocidental é compreensível no quadro da política
desenvolvimentista do Governo Federal que, ao invés de defender os direitos dos povos indígenas, estimulou a
penetração capitalista na Amazônia".
(Prof° Dr. Valdir Calixto)
- A FUNAI foi criada em 1967. No Acre ela foi instalada em 1976, com o objetivo de prestar assistência às
comunidades indígenas, vítimas das empresas agropecuárias.
- Durante muitos anos a FUNAI limitou-se a delimitar terras indígenas, ao invés de demarcá-las. Além de
oferecer uma precária assistência médica aos índios.
- A FUNAI também tinha como preocupação o desenvolvimento de projetos econômicos de base comunitária,
principalmente envolvendo atividades agrícolas.
- Atualmente a política da Funai é de que não sejam feitos contatos com os índios isolados, apenas os
localizando e delimitando a área na qual vivem para impedir a entrada de brancos.
- Outros órgãos foram criados para subsidiar a luta indígena - Comissão Pró-Índio (CPI/AC), Conselho de
Missão entre Índios (COMIN) e o Centro de Trabalho Indigenista (CTI).
- Em 1982, foi idealizada a criação da UNI - União das Nações Indígenas do Acre - que passou a cobrar da
FUNAI e de outros órgãos a demarcação urgente das terras indígenas.
- Em 2000, é criada a Organização dos Professores Indígenas do Acre (OPIAC) com o objetivo de promover a
educação escolar indígena de forma diferenciada.
- Nas eleições municipais de 1996, foram eleitos 5 vereadores dos 14 candidatos indígenas e 1 prefeito. Nas
eleições de 2002, foram eleitos 27 vereadores.
Conclusão
- Até 2004, cerca de 65% das terras indígenas ainda não foram demarcadas. A demarcação das terras é o
procedimento legal pelo qual a União determina oficialmente os limites de uma área indígena.
- Desde 1996, a Comissão Pró-Índio desenvolve também um projeto para formação de agentes agroflorestais
indígenas. Os índios aprendem a zelar mais pelos recursos naturais existentes em suas terras, servindo como
verdadeiros fiscais em seu território.
- Em 2000, a Comissão Pró-Índio catalogou a existência de 85 escolas e 137 professores indígenas.
- No governo Jorge Viana, foi criada a secretária dos Povos Indígenas do Acre, nomeando o primeiro indígena à
secretário de Estado - Francisco da Silva Pinhatã, (da etnia Ashaninka).
Exercícios I:
• Elabore uma produção textual falando
sobre os povos indígenas do Acre.
EXERCÍCIO II:
PinteomapadoAcreeapontenomesmoondeselocalizaequaissãoas
etniasindígenasexistentesnoAcre.
Exercício III:
• Pesquisar sobre uma etnia indígena em
particular com registro escrito sobre as
informações coletada e apresentação oral
ao professor e demais colegas.
Aula: 5 e 6.
• POVOS PRÉ-COLOMBIANOS: Incas, Astecas e Maias
VIDEO:
• https://www.youtube.com/watch?v=sFWZKhxt2hM
AMÉRICA PRÉ-COLOMBIANA
Antes da chegada dos europeus ao continente americano, milhões de
indivíduos já habitavam a América: para se ter uma ideia, estima-se que cerca
de 88 milhões de ameríndios já viviam no continente. Esses povos eram
organizados em tribos, povoados, mas também em sociedades complexas,
como no caso dos astecas, incas e maias, os quais possuíam significativa
organização social, política e econômica. Tais civilizações,
inclusive, apresentavam um desenvolvimento tecnológico bastante elevado para
sua época, especialmente nas áreas da astronomia, matemática e arquitetura.
Maias
Os maias habitavam uma região formada pelos atuais territórios da
Guatemala, Honduras e Península de Yucatán (sul do México). Em razão da utilização
de uma escrita hieroglífica, aspecto que dificultou o estudo dos historiadores, é a
civilização que se tem o menor número de informações.
De qualquer forma, sabe-se que tais povos também tinham uma sociedade
rígida e hierarquizada (algo comum em toda a América Pré-Colombiana), onde as
camadas mais baixas eram obrigadas a pagar altos impostos para o imperador,
considerado um ser divino (teocracia). Sua economia era baseada na agricultura,
principalmente no cultivo do milho, alimento que era considerado sagrado segundo
as tradições maias.
Incas
O império inca se localizava na região atual do Peru, Bolívia,
Chile e Equador. Tais povos tinham uma economia baseada na
agricultura e eram detentores de um razoável sistema de estradas. Sua
sociedade era hierarquizada, bastante rígida e, além disso, um fato
interessante: não havia propriedade privada, isto é, tudo pertencia ao
Estado e à figura divina do imperador.
Os incas tinham um conhecimento muito avançado de
arquitetura. Um exemplo disso é Machu Picchu, cidade construída a
mais de 2.400 metros de altitude e que até hoje mantém suas bases
preservadas, aspecto que demonstra a tamanha engenhosidade da
arquitetura inca. No contexto religioso, tais povos acreditavam no deus
Sol (Inti), contudo também consideravam alguns animais como
sagrados.
Astecas
Moctezuma II (1466-1520), governante (tlatoani) asteca.Os
astecas habitavam a atual região da Cidade do México entre os
séculos XIV e XVI. Organizados a partir de uma teocracia, sistema
político totalmente baseado na religião e na crença de que o
imperador seria uma espécie de encarnação dos deuses, tais povos
tinham uma divisão social altamente hierarquizada. Basicamente
formadas por camponeses, as camadas mais baixas eram
obrigadas a prestar serviços em grandes obras de interesse público
e ainda se viam obrigadas a pagar altos impostos ao imperador.
A economia dos astecas era baseada na agricultura, com
destaque para o cultivo de milho, pimenta, tomate e cacau.
Politeístas, eram fortemente influenciados pela religião. Um
exemplo disso era a realização de sacrifícios humanos com o fim
de agradar aos deuses e pedir por fertilidade, costume bastante
comum na cultura asteca.
Aula: 7 e 8
América pré-colombiana:
maias, astecas, incas e povos
indígenas do Brasil.
Depois de estudarmos sobre a diversidade cultural do
continente africano, os árabes e o islamismo nos séculos V ao
XVI, vamos conhecer neste texto alguns dos povos que viviam
na América no século XV, ou seja, antes da chegada de
Cristóvão Colombo, por isso o termo “pré-colombiano”.
Antes da chegada dos europeus, desenvolveram-se no
México, na América Central e na região dos Andes civilizações
complexas, que nos deixaram importantes registros de seus
conhecimentos astronômicos, matemáticos, agrícolas, além de
obras arquitetônicas e artísticas de grande refinamento e beleza.
No restante das Américas, como no território que hoje
corresponde ao Brasil, existiam comunidades indígenas
nômades ou seminômades, que viviam basicamente da caça, da
pesca e do cultivo de algumas espécies agrícolas, e tinham um
modo de vida muito integrado a natureza.
As diferentes ondas migratórias, espaçadas no tempo,
que caracterizaram a ocupação das Américas por povos vindos
provavelmente da Ásia e da Oceania, explicam, em parte, a
grande diversidade cultural aqui encontrada pelos europeus.
Entre os povos pré-colombianos havia centenas de línguas e
culturas bem diferenciadas como podemos ver no mapa abaixo:
Estima-se que, no final do século XV, viviam na América
cerca de 50 milhões de pessoas. Elas estavam distribuídas em
sociedades muito diversas entre si, do ponto de vista cultural,
política, econômica e social.
Durante muito tempo, pensou-se que as sociedades
americanas fossem predominantemente tribais, sem nenhuma
forma de centralização política. De fato, a forma tribal de
organização foi comum em muitas regiões, mas hoje se sabe
que outras grandes civilizações se desenvolveram no continente
americano muito antes da conquista europeia.
Essas civilizações apresentavam algumas características
comuns: agricultura como principal atividade econômica,
favorecida por técnicas de irrigação do solo; o domínio de
técnicas aprimoradas de artesanato; atividades comerciais;
práticas religiosas politeístas; forte tradição guerreira;
conhecimentos matemáticos e de astronomia.
MAIAS
A civilização maia, praticamente desaparecida na época da conquista espanhola,
desenvolveu-se na área que corresponde ao sul do atual México, à Guatemala, Belize e Honduras e
atingiu seu auge no fim do século IX. Arqueólogos especulam que guerras ou o esgotamento das
terras cultiváveis levaram a civilização a um rápido declínio a partir do ano 900. Apesar de não haver
números confiáveis acerca do tamanho do império, existem atualmente cerca de 4 milhões de
descendentes de maias, o que dá uma ideia da grandiosidade de sua população.
Os maias organizavam-se em cidades- Estados governadas por chefes cujo poder era
hereditário. O chefe de cada cidade exercia funções políticas e religiosas. A sociedade maia era
extremamente hierarquizada. Cada cidade tinha uma autoridade máxima assessorada por nobres e
sacerdotes. Na escala social seguiam-se os artesãos e trabalhadores livres, a maioria agricultores,
que deviam pagar tributos para o governo. O pagamento desses tributos tinha uma conotação sagrada
e constituía-se de parte da produção agrícola e prestação de trabalho, como reparo e construção de
estradas.
A agricultura constituía a base da economia. O principal produto era o milho, tão importante
que, segundo os mitos maias, os deuses o haviam utilizado como matéria-prima para criar o homem.
Os maias também cultivavam cacau, algodão, feijão, pimenta, sisal, abóbora, mamão e abacate.
Os maias eram estudiosos das estrelas e dos planetas e tinham muitos conhecimentos de
astronomia. Fizeram previsões de eclipses solares e lunares com grande precisão. Elaboraram
calendários e calcularam a duração do ano próxima da que temos atualmente. Na matemática,
conheciam o zero e criaram uma nova numeração, o que possibilitou o desenvolvimento de cálculos
astronômicos.
Tikal, localizada nas florestas de Guatemala, foi uma das cidades mias importantes da
antiga civilização maia. A área onde se ergueu a antiga cidade forma atualmente o Parque Nacional de
Tikal. Além dos templos e de um pequeno museu, contendo delicadas peças de cerâmica e esculturas
em jade, a área abriga bosques antigos contendo espécies vegetais raras e mamíferos da região. O
parque de Tikal foi declarado pela Unesco patrimônio da humanidade.
Os edifícios construídos em Tikal no período clássico tornaram-se modelo para a arquitetura
maia. A cidade passou a contar com grandes palácios e templos em forma de pirâmides, havia um
templo com 70 metros de altura, o maior edifício erguido na América Antiga.
ASTECAS
Também conhecidos como mexicas, os astecas eram originalmente povos nômades, guerreiros e
caçadores. Provavelmente originários do sul do atual território norte-americano, emigraram para a região do México e
lá se estabeleceram no século IV, fundando o núcleo inicial da futura cidade de Tenochtitlan (atual cidade do México).
Enquanto seus “vizinhos” maias entraram em decadência, os astecas começaram a crescer por volta do século XII.
Quando os espanhóis chegaram à região, no século XVI, os astecas dominavam um poderoso império no
vale central do México, formado por 38 províncias, sujeitas ao pagamento de impostos ao governo asteca.
A agricultura era à base da economia. Os astecas construíram terraços sobre a água dos lagos, no quais
cultivavam flores e hortaliças. Essas pequenas ilhas artificiais, feitas com a lama acumulada nas margens dos lagos,
recebiam o nome de chinampas.
Os astecas ampliaram seu território por meio da guerra: conquistaram cidades e povos vizinhos,
transformando-se em um vasto império que chegou a reunir 11 milhões de pessoas. Para eles, a guerra também tinha
uma dimensão religiosa. Acreditavam ser o povo escolhido pelo deus Sol, Huitzilopochtli, destinado a conquistar e
dominar outros povos. Segundo sua tradição, os guerreiros que morressem lutando atingiam o paraíso.
Assim como os maias, os astecas eram politeístas e tinham o costume de construir templos para os
distintos deuses: Tlaloc, deus da chuva e do trovão; Quetzalcoatl, deus do vento, da escrita, do calendário e das artes
e muitos outros. Às vezes eram templos grandiosos, na forma de pirâmides. Neles realizavam cultos religiosos e
sacrifícios humanos. Geralmente as vitimas oferecidas em sacrifícios eram prisioneiros de guerra ou escravos.
Com a compreensão do Codex Medonza, os historiadores puderam ter mais informações a respeito da
educação na sociedade asteca. A palavra codex refere-se ao conjunto de desenhos e escritos feitos pelos astecas e
por outros habitantes da região do México, entre 1541 e 1542. Neles os nativos descrevem eventos importantes da
sua história e cenas da vida cotidiana relacionadas à comida, bebida, diversão e educação. O mais conhecido foi o
Codex Medonza.
A educação das crianças parece ter sido uma das principais preocupações dessa sociedade. De acordo
com o Codex, a educação era essencialmente prática, mas também severa. Pais e tutores castigavam as crianças
que, na visão deles, não queriam estudar. Essas crianças podiam ser arranhadas com espinhos ou obrigadas a
respirar fumaça de uma fogueira onde queimavam pimentas vermelhas.
Os astecas tinham um calendário com cálculo preciso do ano solar (com 365 dias). Médicos astecas
podiam consolidar os ossos quebrados e fazer obturação em dentes. O planejamento urbano era impecável. Suas
obras públicas incluíam quilômetros de estradas e aquedutos. A capital Tenochitlán foi erguida em área pantanosa,
cuidadosamente drenada e aterrada para comportar cerca de 100 pirâmides e torres.
INCAS
Na America do Sul, os incas “filhos do Sol” habitavam a região andina onde expandiram seu império a
partir da cidade de Cuzco, no território que corresponde ao atual Peru. No século XV, expandiram suas fronteiras,
chegando a dominar grande parte das áreas que hoje compõem o Peru, Bolívia, o Equador e o norte da Argentina e
do Chile. Os incas chamavam seu grande império de “As Quatro Terras” ou “Os Quatro Cantos do mundo”,
Tawantinsuyu.
Os incas adotaram uma maneira peculiar de dominar outros povos: antes de estabelecer o domínio em
uma região, eles procuravam convencer a população das vantagens de se tornar membros do Império Inca. E os
guerreiros faziam questão de destacar a importância do culto ao Sol e da língua quíchua.
O imperador Inca se esforçava para manter o controle do império, nomeando uma espécie de
governador para administrar cada região e prestar contas. Os cobradores de impostos exerciam importante função
administrativa.
Eles se notabilizaram pelos conhecimentos contábeis, pela organização do trabalho, pela construção de
estradas e pela criação de um sistema de correios. Para facilitar a complicada contabilidade da produção agrícola,
que também era à base da economia, os incas utilizavam cordões com nós chamados quipus (Os incas não tinham
escrita, mas um complexo sistema de informações que consistiam em cordões coloridos nos quais se faziam vários
nós. A cor e a quantidade de nós registravam diferentes informações, como a produção de alimentos, o número de
habitantes do império e o valor dos tributos.). Além da função econômica, os quipus eram utilizados também para
registrar o censo populacional e outros números importantes para os administradores públicos.
As terras do Império Inca eram cortadas por uma rede de estradas talhadas nas encostas das
montanhas, percorridas por caravanas de lhamas e pelos mensageiros do imperador. As estradas eram
pavimentadas com pedras e tinham uma extensão de mais 23 mil quilômetros, unificando todas as partes do império.
A construção das estradas era assegurada pela mita, sistema de distribuição de tarefas pelo qual os camponeses
eram obrigados a prestar serviços ao Estado durante alguns dias do ano.
O principal vestígio da civilização inca é a cidade de pedra de Machu Picchu, no Peru que sobreviveu à
conquista espanhola. A cidade foi construída no topo de uma montanha no Vale do Rio Urubamba, a cerca de 2.400
metros de altitude. Abandonada por seus habitantes em época incerta, a cidade ficou coberta pela vegetação até ser
encontrada pela expedição do arqueólogo norte-americano Hiram Binghan, em 1911 e tornar-se um importante
patrimônio cultural da humanidade visitado por milhares de turistas todos os anos. Acredita-se que a cidade tenha
sido um local de cultos realizados pelas Virgens do Sol, pois a grande maioria dos restos mortais encontrados ali era
de mulheres e crianças.
POVOS INDÍGENAS DO BRASIL
De acordo com a classificação lingüística, os povos indígenas do Brasil se dividiam nos grupos
tupi (ou tupi-guarani), jê, caraíba e aruaque, além de grupos menores, como podemos ver no mapa
acima. Diversos grupos indígenas ainda vivem hoje de forma parecida à que se vivia na época do
“descobrimento" da América. Outros fazem esforços para preservar suas tradições e manter suas terras.
Os povos indígenas estão espalhados por todo território. A maioria vive em terras indígenas, ou
seja, terras de uso exclusivo dos índios, demarcadas e reconhecidas pelo governo federal. De acordo com
a Constituição de 1988, os índios têm o direito de viver nas terras que tradicionalmente ocuparam. Além
disso, garante-se aos índios a posse permanente e o uso exclusivo das riquezas do solo, dos rios, e dos
lagos neles existentes.
Muitas terras indígenas estão localizadas em áreas ricas em recursos naturais, como madeiras e
minérios, despertando o interesse dos não índios. As invasões às terras indígenas e a exploração de seus
recursos por não índios têm sido causa de inúmeros conflitos, muitas vezes resultando em mortes.
Antes da chegada dos portugueses, os povos indígenas do Brasil viviam em aldeias, consumiam
para sobrevivência, ou seja, não acumulavam excedentes, havia trocas comerciais sem utilizavam
de moedas, os bens eram coletivos e não havia diferenças sociais.
Os primeiros contatos dos europeus com os índios brasileiros foram feitos com os tupis, que
habitavam toda a costa atlântica. As aldeias tupis localizavam-se em áreas bem servidas de água, madeira
e caça. Cada aldeia tinha uma população que variava de 500 a 3 mil pessoas, distribuída em quatro a oito
habitações. Cada moradia tinha um líder, chamado principal. As relações entre as aldeias variavam de
tempos em tempos: os aliados de hoje podiam ser os inimigos de amanhã. Os povos não tupis eram
chamados de tapuias.
Os povos indígenas eram guerreiros. Frenquentemente, as batalhas eram provocadas por
rivalidades entre tribos, muitas vezes decorrentes de eventos ocorridos em gerações ancestrais. Antes e
depois das principais batalhas, celebravam-se cerimônias, nas quais os guerreiros tatuavam várias partes
do corpo. Nessas cerimônias, eles consumiam substâncias alucinógenas e invocavam os espíritos. O
objetivo das guerras era capturar prisioneiros para vingar os antepassados, e não exterminar os povos
inimigos ou ocupar territórios.
A “conquista” da América representou um dos maiores genocídios (assassinato em massa que
leva à extinção ou quase de um determinado grupo étnico) registrados na história da humanidade.
Milhões de índios morreram e diversos grupos desapareceram, vitimas principalmente de massacres,
doenças trazidas pelos europeus e suicídios. Exploraremos este assunto mais adiante
Exercício IV:
• Roteiro de Atividades:
1- Leia este texto com atenção, grife as palavras
desconhecidas e faça o vocabulário no caderno.
2- Monte no caderno um quadro comparativo sobre os
povos estudados neste texto. Observe o modelo:
3- Explique como era a organização do poder entre:
· Os maias;
· Os astecas;
· Os incas;
· Os tupis-guaranis;
NOME DO
POVO
ATIVIDADES
ECONOMICAS
PRINCIPAIS
REALIZAÇÕES
RELIGIOSIDADE
Exercício V:
• Pesquisar em livros, internet, ou outros
suportes sobre uma das três grandes
civilizações pré-colombianas: maias,
astecas e incas e registro escrito dos
resultados obtidos com posterior
apresentação aos demais colegas.
3º ANO (A, B, C e D)
Prof: Mariozan
OBEJTIVOS E CAPACIDADES:
• Refletir sobre o processo de industrialização e urbanização no
Brasil no Século XX.
• Conhecer, compreender e criticar os contextos de exploração
e extermínio de povos e culturas indígenas do Acre.
• Compreender o processo de globalização da economia em
uma perspectiva histórica (pesquisa extraclasse).
CONTEÚDOS RETOMADOS:
• Leitura;
• Escrita;
• Interpretação;
• Reescrita;
• História do Brasil;
• História do Acre.
CONTEÚDOS PRIORIZADOS:
• Compreensão dos conceitos de industrialização e urbanização;
• Identificação e compreensão de acontecimentos marcantes na
história da industrialização na história do Brasil, como a
siderúrgica Nacional, a criação da Zona Franca de Manaus.
• Identificação de contexto específicos de urbanização do século
XX, com ênfase no processo migratório e de urbanização do
Acre a partir da década de 70.
• Reconhecimento dos aspectos positivos e negativos da política
desenvolvimentista no Brasil.
• Identificação de contextos de conflito entre indígenas como
resultados da exploração de recursos naturais no Acre.
• Identificação de contextos e associação entre diferentes povos
que habitam a floresta: ( indígenas, seringueiros)
• Construção de explicações sobre a situação das sociedades
indígenas no Acre no contexto de expansão do capitalismo
mundial: assimilação e resistência em relação aos padrões
culturais de etnias dominantes.
• Identificação de atitudes contrária à situação de violência
tanto física, como simbólica contra etnias indígenas.
• Reconhecimento de aspectos positivos e negativos da
globalização (produção textual).
RECURSOS DIDATICOS:
• Mapas;
• Dicionarios;
• Livros didaticos;
• Textos xerocados;
• Mídias digitais;
• Teleaulas;
• Aulas expositivas.
DESCRITORES:
• D1
• D4
• D21
FORMAS DE AVALIAÇÃO:
TIPOLOGIA TEXTUAL:
• Textos informativos.
REFERENCIAS
BIBLIOGRAFICAS:
• http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/a-
industrializacao-brasileira.htm
• http://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/urbanizacao
-do-brasil-consequencias-e-caracteristicas-das-cidades.htm
• http://exercicios.mundoeducacao.bol.uol.com.br/exercicios-
geografia/exercicios-sobre-urbanizacao.htm
• http://educacao.globo.com/provas/enem-
2013/questoes/39.html
Aula 1 e 2.
Pesquisa Extraclasse.
Produção de texto sobre o reconhecimento de
aspectos negativos e positivos da
globalização.
Data de entrega: 25 de novembro.
SONDAGEM:
Exercício.
• Descrição dos elementos das imagens da
sondagem.
VIDEO
• https://www.youtube.com/watch?v=b4VcHamcr3I
Industrialização brasileira
O Brasil é considerado um país emergente ou em desenvolvimento.
Apesar disso, está quase um século atrasado industrialmente e
tecnologicamente em relação às nações que ingressaram no processo de
industrialização no momento em que a Primeira Revolução Industrial entrou
em vigor, como Inglaterra, Alemanha, França, Estados Unidos, Japão e
outros.
As indústrias no Brasil se desenvolveram a partir de mudanças
estruturais de caráter econômico, social e político, que ocorreram
principalmente nos últimos trinta anos do século XIX.
O conjunto de mudanças aconteceu especialmente nas relações de
trabalho, com a expansão do emprego remunerado que resultou em
aumento do consumo de mercadorias, a abolição do trabalho escravo e o
ingresso de estrangeiros no Brasil como italianos, alemães, japoneses,
dentre muitas outras nacionalidades, que vieram para compor a mão de
obra, além de contribuir no povoamento do país, como ocorreu na região
Sul. Um dos maiores acontecimentos no campo político foi a proclamação
da República. Diante desses acontecimentos históricos, o processo
industrial brasileiro passou por quatro etapas.
• Primeira etapa: essa ocorreu entre 1500 e 1808, quando o país ainda era
colônia. Dessa forma, a metrópole não aceitava a implantação de indústrias (salvo
em casos especiais, como os engenhos) e a produção tinha regime artesanal.
• Segunda etapa: corresponde a uma fase que se desenvolveu entre 1808 a 1930,
que ficou marcada pela chegada da família real portuguesa em 1808. Nesse
período foi concedida a permissão para a implantação de indústria no país a partir
de vários requisitos, dentre muitos, a criação, em 1828, de um tributo com taxas de
15% para mercadorias importadas e, em 1844, a taxa tributária foi para 60%,
denominada de tarifa Alves Branco. Outro fator determinante nesse sentido foi o
declínio do café, momento em que muitos fazendeiros deixaram as atividades do
campo e, com seus recursos, entraram no setor industrial, que prometia grandes
perspectivas de prosperidade. As primeiras empresas limitavam-se à produção de
alimentos, de tecidos, além de velas e sabão. Em suma, tratava-se de produtos
sem grandes tecnologias empregadas
• • Terceira etapa: período que ocorreu entre 1930 e 1955, momento em que a
indústria recebeu muitos investimentos dos ex-cafeicultores e também em
logística. Assim, houve a construção de vias de circulação de mercadorias,
matérias-primas e pessoas, proveniente das evoluções nos meios de transporte
que facilitaram a distribuição de produtos para várias regiões do país (muitas
ferrovias que anteriormente transportavam café, nessa etapa passaram a servir
os interesses industriais). Foi instalada no país a Companhia Siderúrgica
Nacional, construída entre os anos de 1942 e 1947, empresa de extrema
importância no sistema produtivo industrial, uma vez que abastecia as indústrias
com matéria-prima, principalmente metais. No ano de 1953, foi instituída uma das
mais promissoras empresas estatais: a PETROBRAS.
• Quarta etapa: teve início em 1955, e segue até os dias de hoje. Essa fase foi
promovida inicialmente pelo presidente Juscelino Kubitschek, que promoveu a
abertura da economia e das fronteiras produtivas, permitindo a entrada de
recursos em forma de empréstimos e também em investimentos com a instalação
de empresas multinacionais. Com o ingresso dos militares no governo do país,
no ano de 1964, as medidas produtivas tiveram novos rumos, como a
intensificação da entrada de empresas e capitais de origem estrangeira
comprometendo o crescimento autônomo do país, que resultou no incremento da
dependência econômica, industrial e tecnológica em relação aos países de
economias consolidadas. No fim do século XX houve um razoável crescimento
econômico no país, promovendo uma melhoria na qualidade de vida da
população brasileira, além de maior acesso ao consumo. Houve também a
estabilidade da moeda, além de outros fatores que foram determinantes para o
progresso gradativo do país.
Aula 3 e 4.
Urbanização do Brasil: Consequências e
características das cidades:
Urbanização é o aumento proporcional da população urbana
em relação à população rural. Segundo esse conceito, só ocorre
urbanização quando o crescimento da população urbana é superior
ao crescimento da população rural.
Somente na segunda metade do século 20, o Brasil tornou-se
um país urbano, ou seja, mais de 50% de sua população passou a
residir nas cidades. A partir da década de 1950, o processo de
urbanização no Brasil tornou-se cada vez mais acelerado. Isso se
deve, sobretudo, a intensificação do processo de industrialização
brasileiro ocorrido a partir de 1956, sendo esta a principal
conseqüência entre uma série de outras, da "política
desenvolvimentista" do governo Juscelino Kubitschek.
É importante salientar que os processos de industrialização e
de urbanização brasileiros estão intimamente ligados, pois as
unidades fabris eram instaladas em locais onde houvesse infra-
estrutura, oferta de mão-de-obra e mercado consumidor. No momento
que os investimentos no setor agrícola, especialmente no setor
cafeeiro, deixavam de ser rentáveis, além das dificuldades de
importação ocasionadas pela Primeira Guerra Mundial e
pela Segunda, passou-se a empregar mais investimentos no setor
industrial.
Êxodo rural
As indústrias, sobretudo a têxtil e a alimentícia, difundiam-se, principalmente nos
Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Esse desenvolvimento industrial acelerado necessitava
de grande quantidade de mão-de-obra para trabalhar nas unidades fabris, na construção civil, no
comércio ou nos serviços, o que atraiu milhares de migrantes do campo para as cidades (êxodo
rural).
O processo de urbanização brasileiro apoiou-se essencialmente no êxodo rural. A
migração rural-urbana tem múltiplas causas, sendo as principais a perda de trabalho no setor
agropecuário - em consequência da modernização técnica do trabalho rural, com a substituição
do homem pela máquina e a estrutura fundiária concentradora, resultando numa carência de
terras para a maioria dos trabalhadores rurais.
Assim, destituídos dos meios de sobrevivência na zona rural, os migrantes dirigem-se
às cidades em busca de empregos, salários e, acima de tudo, melhores condições de vida.
População urbana
Atualmente, a participação da população urbana no total da população brasileira atinge
níveis próximos aos dos países de antiga urbanização da Europa e da América do Norte. Em
1940, os moradores das cidades somavam 12,9 milhões de habitantes, cerca de 30% do total da
população do país, esse percentual cresceu aceleradamente: em 1970, mais da metade dos
brasileiros já viviam nas cidades (55,9%). De acordo com o Censo de 2000, a população
brasileira é agora majoritariamente urbana (81,2%), sendo que de cada dez habitantes do Brasil,
oito moram em cidades.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), no ano de 2005 o Brasil tinha uma
taxa de urbanização de 84,2% e, de acordo com algumas projeções, até 2050, a porcentagem da
população brasileira que vive em centros urbanos deve pular para 93,6%. Em termos absolutos,
serão 237,751 milhões de pessoas morando nas cidades do país na metade deste século. Por
outro lado, a população rural terá caído de 29,462 milhões para 16,335 milhões entre 2005 e
2050.
O processo de urbanização no Brasil difere do europeu pela rapidez de seu
crescimento. Na Europa esse processo é mais antigo. Com exceção da Inglaterra,
único país que se tornou urbanizado na primeira metade do século 19, a maioria dos
países europeus se tornou urbanizada entre a segunda metade do século 19 e a
primeira metade do século 20. Além disso, nesses países a urbanização foi menos
intensa, menos volumosa e acompanhada pela oferta de empregos urbanos,
moradias, escolas, saneamento básico, etc.
Em nosso país, 70 anos foram suficientes para alterar os índices de
população rural e os de população urbana. Esse tempo é muito curto e um rápido
crescimento urbano não ocorre sem o surgimento de graves problemas.
Favelização e outros problemas da urbanização
A urbanização desordenada, que pega os municípios despreparados para
atender às necessidades básicas dos migrantes, causa uma série de problemas sociais
e ambientais. Dentre eles destacam-se o desemprego, a criminalidade, a favelização e
a poluição do ar e da água. Relatório do Programa Habitat, órgão ligado à ONU, revela
que 52,3 milhões de brasileiros - cerca de 28% da população - vivem nas 16.433
favelas cadastradas no país, contingente que chegará a 55 milhões de pessoas em
2020.
O Brasil sempre foi uma terra de contrastes e, nesse aspecto, também não
ocorrerá uma exceção: a urbanização do país não se distribui igualitariamente por
todo o território nacional, conforme podemos observar na tabela abaixo. Muito pelo
contrário, ela se concentra na região Sudeste, formada pelos Estados de São Paulo,
Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo.
Norte e Nordeste
O grau de urbanização da região é o mais baixo do país: 69,9%
em 2003. No entanto, é a região que mais se urbanizou nos últimos
anos. Entre 1991 e 2000, segundo o IBGE, o crescimento urbano foi de
28,54%. Além de ter-se inserido tardiamente na dinâmica econômica
nacional, a região tem sua peculiaridade geográfica - a floresta
Amazônica - que representa um obstáculo ao êxodo rural. Ainda assim,
Manaus (AM) e Belém (PA) são as principais regiões metropolitanas
com mais de 1 milhão de habitantes cada.
Com mais de 51 milhões de habitantes o é a região brasileira
com o maior número de municípios (1.793), mas somente 69,1% de
sua população é urbana. A estrutura agrária baseada na pequena
propriedade familiar, na faixa do Agreste, colaborou para segurar a
força de trabalho no campo e controlar o ritmo do êxodo rural. O baixo
rendimento e a baixa produtividade do setor agrícola restringiu a
repulsão dos habitantes rurais, ao passo que o insuficiente
desenvolvimento do mercado regional limitou a atração exercida pelas
cidades.
Região 1950 1970 2000
Sudestes 44,5 72,7 90,5
Centro-Oeste 24,4 48 86,7
Sul 29,5 44,3 80,9
Norte 31,5 45,1 69,9
Nordeste 26,4 41,8 69,1
Brasil 36,2 55,9 81,2
•Estatísticas Históricas do Brasil: séries econômicas, demográficas e sociais de 1950 a 1988 2.ed. Rio de Janeiro: IBGE, 1990, p 36-7; Anuário estatístico do Brasil 2001, Rio de Janeiro: IBGE,
Exercício I:
Questão 1: Entre as alternativas abaixo, assinale aquela que NÃO
apresenta um fator ligado à constituição e expansão do processo de urbanização:
a) êxodo rural
b) industrialização
c) metropolização
d) reforma agrária
e) mecanização do campo
Questão 2: O processo de urbanização ocorre a partir de fatores atrativos
e repulsivos. Preencha a segunda coluna com base na primeira, identificando quais
fenômenos enquadram-se nessas duas categorias mencionadas.
Coluna 01
(1) Fatores repulsivos
(2) Fatores atrativos
Coluna 02
( ) Concentração fundiária
( ) Industrialização
( ) Oferta de empregos urbanos
( ) Modernização do meio rural
Questão 3: Cidade com uma grande quantidade de habitantes,
concentrando em torno de si um amplo capital e representando uma centralidade
financeira. Possui uma referência e um nível de influência internacional, abrigando
sedes de grandes companhias multinacionais e de instituições financeiras
importantes, tais como as bolsas de valores.
O conceito acima faz referência:
a) às megacidades
b) às megalópoles
c) às cidades globais
d) às metrópoles internacionais
e) aos centros sociais financeiros
Questão 4: (UFAC): A intensa e acelerada urbanização brasileira resultou
em sérios problemas sociais urbanos, dentre os quais, podemos destacar:
a) Falta de infraestrutura, limitações das liberdades individuais e altas condições de
vida nos centros urbanos.
b) Aumento do número de favelas e cortiços, falta de infraestrutura e todas as
formas de violência.
c) Conflitos e violência urbana, luta pela posse da terra e acentuado êxodo rural.
d) Acentuado êxodo rural, mudanças no destino das correntes migratórias e
aumento no número de favelas e cortiços.
e) Luta pela posse da terra, falta de infraestrutura e altas condições de vida nos
centros urbanos.
Exercício II:
JK — Você agora tem automóvel brasileiro, para correr em estradas pavimentadas com asfalto brasileiro,
com gazolina brasileira. Quer mais quer?
JECA — Um prato de feijão brasileiro, seu doutô!
THÉO. In: LEMOS, R. (Org.). Uma história do Brasil através da caricatura (1840-2001). Rio de Janeiro: Bom
Texto; Letras & Expressões, 2001.
A charge ironiza a política desenvolvimentista do governo Juscelino Kubitschek, ao
A) evidenciar que o incremento da malha viária diminuiu as desigualdades regionais do país.
B) destacar que a modernização das indústrias dinamizou a produção de alimentos para o mercado interno.
C) enfatizar que o crescimento econômico implicou aumento das contradições socioespaciais.
D) ressaltar que o investimento no setor de bens duráveis incrementou os salários de trabalhadores.
E) mostrar que a ocupação de regiões interioranas abriu frente de trabalho para a população local.
Aula 5 e 6.
• http://senado.jusbrasil.com.br/noticias/112071388/exploraca
o-de-riquezas-em-terras-indigenas-em-destaque-na-cma
• http://www.amazonlink.org/amazonia/culturas_indigenas/po
vos/isolados.html
Aula 7 e 8.
• https://www.youtube.com/watch?v=6IAcEAV7hAM
Exercício IV.
• Socialização e produção referente ao filme: Vermelho Brasil -
Filme HD Completo - TV Globo - Rio 450 Anos

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Africanos no brasil: dominação e resistência
Africanos no brasil: dominação e resistênciaAfricanos no brasil: dominação e resistência
Africanos no brasil: dominação e resistênciaEdvaldo S. Júnior
 
Cultura Afro Brasileira
Cultura Afro   BrasileiraCultura Afro   Brasileira
Cultura Afro Brasileiramartinsramon
 
Escravidão no Brasil
Escravidão no BrasilEscravidão no Brasil
Escravidão no Brasilbastianbe
 
Atividades os povos africanos topico 4 historia fund
Atividades os povos africanos topico 4 historia fundAtividades os povos africanos topico 4 historia fund
Atividades os povos africanos topico 4 historia fundAtividades Diversas Cláudia
 
Escravidão / Resistência
Escravidão / ResistênciaEscravidão / Resistência
Escravidão / ResistênciaJoemille Leal
 
Atividades sobre povos e reinos africanos
Atividades sobre povos e reinos africanosAtividades sobre povos e reinos africanos
Atividades sobre povos e reinos africanosZé Knust
 
Escravidão africana no brasil
Escravidão africana no brasilEscravidão africana no brasil
Escravidão africana no brasilFatima Freitas
 
Geografia do Mato Grosso do Sul - População indígena. Blog do Prof. Marco Aur...
Geografia do Mato Grosso do Sul - População indígena. Blog do Prof. Marco Aur...Geografia do Mato Grosso do Sul - População indígena. Blog do Prof. Marco Aur...
Geografia do Mato Grosso do Sul - População indígena. Blog do Prof. Marco Aur...Marco Aurélio Gondim
 
Africanos no brasil dominação e resistência
Africanos no brasil dominação e resistênciaAfricanos no brasil dominação e resistência
Africanos no brasil dominação e resistênciaGraciley Borges
 
Inicio Da ColonizaçãO
Inicio Da ColonizaçãOInicio Da ColonizaçãO
Inicio Da ColonizaçãOguest991a823b
 
O negro na formação da sociedade brasileira
O negro na formação da sociedade brasileiraO negro na formação da sociedade brasileira
O negro na formação da sociedade brasileiraDandara Lima
 

Mais procurados (20)

Africanos no brasil: dominação e resistência
Africanos no brasil: dominação e resistênciaAfricanos no brasil: dominação e resistência
Africanos no brasil: dominação e resistência
 
Cultura Afro Brasileira
Cultura Afro   BrasileiraCultura Afro   Brasileira
Cultura Afro Brasileira
 
Escravidão no Brasil
Escravidão no BrasilEscravidão no Brasil
Escravidão no Brasil
 
Atividades os povos africanos topico 4 historia fund
Atividades os povos africanos topico 4 historia fundAtividades os povos africanos topico 4 historia fund
Atividades os povos africanos topico 4 historia fund
 
Prova historia 2 ano 2 bimestre11
Prova historia 2 ano 2 bimestre11Prova historia 2 ano 2 bimestre11
Prova historia 2 ano 2 bimestre11
 
Escravidão / Resistência
Escravidão / ResistênciaEscravidão / Resistência
Escravidão / Resistência
 
Escravidão africana no brasil
Escravidão africana no brasilEscravidão africana no brasil
Escravidão africana no brasil
 
Atividades sobre povos e reinos africanos
Atividades sobre povos e reinos africanosAtividades sobre povos e reinos africanos
Atividades sobre povos e reinos africanos
 
Escravidão africana no brasil
Escravidão africana no brasilEscravidão africana no brasil
Escravidão africana no brasil
 
Escravidão no brasil
Escravidão no brasilEscravidão no brasil
Escravidão no brasil
 
Geografia do Mato Grosso do Sul - População indígena. Blog do Prof. Marco Aur...
Geografia do Mato Grosso do Sul - População indígena. Blog do Prof. Marco Aur...Geografia do Mato Grosso do Sul - População indígena. Blog do Prof. Marco Aur...
Geografia do Mato Grosso do Sul - População indígena. Blog do Prof. Marco Aur...
 
Africanos no brasil dominação e resistência
Africanos no brasil dominação e resistênciaAfricanos no brasil dominação e resistência
Africanos no brasil dominação e resistência
 
Capítulo 3 - Povos indígenas no Brasil
Capítulo 3 - Povos indígenas no BrasilCapítulo 3 - Povos indígenas no Brasil
Capítulo 3 - Povos indígenas no Brasil
 
Livreto O escravo negro no Brasil Colonial: tráfico e cotidiano
Livreto O escravo negro no Brasil Colonial: tráfico e cotidianoLivreto O escravo negro no Brasil Colonial: tráfico e cotidiano
Livreto O escravo negro no Brasil Colonial: tráfico e cotidiano
 
Hist.3 aula02 (2014)
Hist.3 aula02 (2014)Hist.3 aula02 (2014)
Hist.3 aula02 (2014)
 
Indígenas na américa
Indígenas na américaIndígenas na américa
Indígenas na américa
 
Inicio Da ColonizaçãO
Inicio Da ColonizaçãOInicio Da ColonizaçãO
Inicio Da ColonizaçãO
 
Indígenas no Brasil
Indígenas no BrasilIndígenas no Brasil
Indígenas no Brasil
 
O negro na formação da sociedade brasileira
O negro na formação da sociedade brasileiraO negro na formação da sociedade brasileira
O negro na formação da sociedade brasileira
 
Quilombo dos Palmares
Quilombo dos PalmaresQuilombo dos Palmares
Quilombo dos Palmares
 

Semelhante a Plano de aula 1º ano [salvo automaticamente]

Povos indigenas brasil 2
Povos indigenas brasil 2Povos indigenas brasil 2
Povos indigenas brasil 2Profgalao
 
Aula maias astecas e incas
Aula maias astecas e incasAula maias astecas e incas
Aula maias astecas e incasRafaelStuart
 
Povos indigenas brasil
Povos indigenas brasilPovos indigenas brasil
Povos indigenas brasilProfgalao
 
DiferençAs Culturais Entre Os IndíGenas Americanos
DiferençAs Culturais Entre Os IndíGenas AmericanosDiferençAs Culturais Entre Os IndíGenas Americanos
DiferençAs Culturais Entre Os IndíGenas Americanosbloghist
 
Influências indígenas e africanas na cidade de Uberlãndia
Influências indígenas e africanas na cidade de UberlãndiaInfluências indígenas e africanas na cidade de Uberlãndia
Influências indígenas e africanas na cidade de UberlãndiaLarissa Silva
 
íNdios do brasil aula 1º ano
íNdios do brasil   aula 1º anoíNdios do brasil   aula 1º ano
íNdios do brasil aula 1º anoseixasmarianas
 
A substituição dos espaços geográficos indígenas pelos dos luso brasileiros
A substituição dos espaços geográficos indígenas pelos dos luso brasileirosA substituição dos espaços geográficos indígenas pelos dos luso brasileiros
A substituição dos espaços geográficos indígenas pelos dos luso brasileirosPatrícia Éderson Dias
 
Primeira aula 2 ano 2014
Primeira aula 2 ano 2014Primeira aula 2 ano 2014
Primeira aula 2 ano 2014ferreiraITOR
 
HISTÓRIA, POVOS INDÍGENAS E EDUCAÇÃO: (RE) CONHECENDO E DISCUTINDO A DIVERSID...
HISTÓRIA, POVOS INDÍGENAS E EDUCAÇÃO: (RE) CONHECENDO E DISCUTINDO A DIVERSID...HISTÓRIA, POVOS INDÍGENAS E EDUCAÇÃO: (RE) CONHECENDO E DISCUTINDO A DIVERSID...
HISTÓRIA, POVOS INDÍGENAS E EDUCAÇÃO: (RE) CONHECENDO E DISCUTINDO A DIVERSID...Fábio Fernandes
 
Primeira aula 2 ano cca 2014
Primeira aula 2 ano cca 2014Primeira aula 2 ano cca 2014
Primeira aula 2 ano cca 2014Vitor Ferreira
 
íNdio brasileiro isabella lannes e milena calixto.
íNdio brasileiro   isabella lannes e milena calixto. íNdio brasileiro   isabella lannes e milena calixto.
íNdio brasileiro isabella lannes e milena calixto. leopalasjh
 
íNdio brasileiro lucas t
íNdio brasileiro   lucas t íNdio brasileiro   lucas t
íNdio brasileiro lucas t leopalasjh
 
índio brasileiro ana carolina da silva e eva yara
índio brasileiro   ana carolina da silva e eva yaraíndio brasileiro   ana carolina da silva e eva yara
índio brasileiro ana carolina da silva e eva yaraleopalasjh
 

Semelhante a Plano de aula 1º ano [salvo automaticamente] (20)

Povos indigenas brasil 2
Povos indigenas brasil 2Povos indigenas brasil 2
Povos indigenas brasil 2
 
Aula maias astecas e incas
Aula maias astecas e incasAula maias astecas e incas
Aula maias astecas e incas
 
Nações indígenas no brasil
Nações indígenas no brasilNações indígenas no brasil
Nações indígenas no brasil
 
O impacto da conquista da américa
O impacto da conquista da américaO impacto da conquista da américa
O impacto da conquista da américa
 
sld_1 (1).pdf
sld_1 (1).pdfsld_1 (1).pdf
sld_1 (1).pdf
 
Povos indigenas brasil
Povos indigenas brasilPovos indigenas brasil
Povos indigenas brasil
 
DiferençAs Culturais Entre Os IndíGenas Americanos
DiferençAs Culturais Entre Os IndíGenas AmericanosDiferençAs Culturais Entre Os IndíGenas Americanos
DiferençAs Culturais Entre Os IndíGenas Americanos
 
Influências indígenas e africanas na cidade de Uberlãndia
Influências indígenas e africanas na cidade de UberlãndiaInfluências indígenas e africanas na cidade de Uberlãndia
Influências indígenas e africanas na cidade de Uberlãndia
 
íNdios do brasil aula 1º ano
íNdios do brasil   aula 1º anoíNdios do brasil   aula 1º ano
íNdios do brasil aula 1º ano
 
Oficina de Geociências
Oficina de GeociênciasOficina de Geociências
Oficina de Geociências
 
A substituição dos espaços geográficos indígenas pelos dos luso brasileiros
A substituição dos espaços geográficos indígenas pelos dos luso brasileirosA substituição dos espaços geográficos indígenas pelos dos luso brasileiros
A substituição dos espaços geográficos indígenas pelos dos luso brasileiros
 
Indios
IndiosIndios
Indios
 
Primeira aula 2 ano 2014
Primeira aula 2 ano 2014Primeira aula 2 ano 2014
Primeira aula 2 ano 2014
 
HISTÓRIA, POVOS INDÍGENAS E EDUCAÇÃO: (RE) CONHECENDO E DISCUTINDO A DIVERSID...
HISTÓRIA, POVOS INDÍGENAS E EDUCAÇÃO: (RE) CONHECENDO E DISCUTINDO A DIVERSID...HISTÓRIA, POVOS INDÍGENAS E EDUCAÇÃO: (RE) CONHECENDO E DISCUTINDO A DIVERSID...
HISTÓRIA, POVOS INDÍGENAS E EDUCAÇÃO: (RE) CONHECENDO E DISCUTINDO A DIVERSID...
 
Primeira aula 2 ano cca 2014
Primeira aula 2 ano cca 2014Primeira aula 2 ano cca 2014
Primeira aula 2 ano cca 2014
 
íNdio brasileiro isabella lannes e milena calixto.
íNdio brasileiro   isabella lannes e milena calixto. íNdio brasileiro   isabella lannes e milena calixto.
íNdio brasileiro isabella lannes e milena calixto.
 
América
AméricaAmérica
América
 
íNdio brasileiro lucas t
íNdio brasileiro   lucas t íNdio brasileiro   lucas t
íNdio brasileiro lucas t
 
índio brasileiro ana carolina da silva e eva yara
índio brasileiro   ana carolina da silva e eva yaraíndio brasileiro   ana carolina da silva e eva yara
índio brasileiro ana carolina da silva e eva yara
 
América diferentes culturas
América   diferentes culturasAmérica   diferentes culturas
América diferentes culturas
 

Plano de aula 1º ano [salvo automaticamente]

  • 1. PLANO DE AULA: HISTÓRIA 1º ANO (A, B, C e D) Prof: Mariozan
  • 2. OBJETIVOS E CAPACIDADES: • Compreender a diversidade cultural dos povos do Acre, como resultado de um processo histórico. • Compreender a relação entre produção, trabalho e consumo nas civilizações pré-colombianas.
  • 3. CONTEÚDOS RETOMADOS: • Leitura; • Escrita; • Interpretação; • Reescrita; • História do Acre; • Chegada de Colombo à América.
  • 4. CONTEÚDOS PRIORIZADOS: • Conhecimento das características gerais de algumas das etnias que habitam o território acreano. • Implantação de seringas e intensificação dos conflitos entre índios e não índios. • Valorização da diversidade e riqueza cultural das etnias indigenas que habita o Acre.
  • 5. • Cronologia e características gerais das civilizações: (maia, astecas e incas) • As principais atividades econômicas das civilizações pré- colombianas. • Comparação entre atividades de produção, trabalho e consumo nas civilizações pré-colombianas e em sociedades atuais na América.
  • 11. AULA: 1 e 2.
  • 13.
  • 14.
  • 15. • Você conhece algumas das etnias existentes no Acre? • Quais? • Onde ela se localiza? • Você conhece a história dos povos indígenas do seu município? Ou dos povos indígenas do Brasil? • Você sabe como se deu o contato entre índios e europeus em 1500? • Você sabe como viviam os indígenas antes da chegada dos europeus?
  • 18. Aula 3 e 4.
  • 19. • Índios no Acre • Prof. Eduado Carneiro* INTRODUÇÃO As "veias abertas" do Acre foram muitas O total de leite de seringa defumado e do caucho retirado, na região acreana, corresponde à mesma quantidade de sangue derramado dos corpos dos índios assassinados durante os primeiros tempos dos seringais. (Prof° Dr. Carlos Alberto) - O termo "índio" foi uma invenção do europeu. Caracteriza os povos que habitavam a América, ocultando toda a diversidade cultural existentes entre eles. - A hipótese mais aceita sobre a origem humana no continente americano é a de que houve uma migração da Ásia na idade do gelo, entre os anos 40.000 e 12.000 a.C., pelo estreito de Bering. - Os primeiros habitantes da Amazônia chegaram por volta de 1.500 a.C. (alguns pesquisadores defendem a hipótese de que a presença indígena na Amazônia remonta os anos de 31.500 a.C.). - Cerca de 6 milhões de índios habitavam à Amazônia antes da chegada dos Portugueses em 1616. - No Acre, na segunda metade do século XIX, viviam cerca de 150 mil índios, distribuídos em 50 povos. - Em 1989, o número de índios no Acre era em de 5 mil. Em 1996, o número passou para 8.511. No ano de 2001, a FUNAI notificou a existência de 10.478 índios em todo Estado do Acre, distribuídos em 12 povos. Esse tímido aumento pode ser explicado pela atuação de organizações indigenistas. - Os índios nunca abriram mão de suas terras sem colocarem em prática várias formas de resistências, dentre as quais o confronto com o homem branco. - Causas da diminuição demográfica indígena: a) assassinatos cometidos pelos coletores de "drogas do sertão"; b) assassinatos cometidos pelos seringalistas brasileiros através das "correrias"; c) doenças transmitidas pelos brancos; d) Assassinatos cometidos por caucheiros peruanos e soldados bolivianos; e) Assassinatos cometidos por capangas de fazendeiros a partir dos anos 70. - Os caucheiros eram nômades, por isso constituíram num dos principais inimigos dos indígenas, já que eram impelidos a desbravação contínua de novos territórios. - As correrias eram organizadas pelos seringalistas que reuniam até 50 homens armados para atacarem as aldeias, matavam os líderes, escravizavam vários índios e cooptavam as índias para servirem de mulheres no seringal.
  • 20. • TRONCOS LINGÜÍSTICOS - No Acre, os indígenas estão divididos em dois grandes troncos indígenas: a) Aruaque ou Aruak, que dominavam a bacia do Rio Purus; b) Panos, que dominavam a região do rio Juruá. - Os Panos eram divididos em Kaxinawás, Yawanawás, Poyanawás, Jaminawas, Nukinis, Araras, Katukinas, Shaneanawa, Nawas, e Kaxararis. - Os Aruaques eram divididos em Kulinas, Ashaninkas (Kampas) e Manchibery. OBS: alguns estudiosos já dividem-no em três grupos: pano, aruak e arawá. SOCIEDADE - A maior parte dos indígenas habitava nas margens dos rios amazônicos (várzeas) - devido à facilidade para encontrar seu alimento e à fertilidade das praias onde praticavam a agricultura. - Habitavam em menor quantidade às terras firmes, onde tinham que derrubar a floresta e fazer suas queimadas para o cultivo de roçados. - Os índios não pensam a terra como mercadoria, mas o lugar onde se vive comunitariamente a cultura, as crenças e as tradições. - A organização social das tribos baseava-se em famílias extensas, que habitavam povoações isoladas sob a liderança de um ancião. - Índios arredios ou "brabos" são aqueles que não assimilaram a cultura do branco, ou que nem ao menos tiveram convivência com o homem branco. - Vinda dos índios para as cidades acreanas: a) Vender produtos florestais; b) Procurar órgãos de proteção ao índio; c) Procurar tratamento de saúde; d) A mendicância (principalmente os jaminawas). - As malocas são feitas de paxiúba; - Alguns grupos desenvolveram com perfeição a cerâmica e o artesanato. - A cura de várias doenças era obtida com remédios naturais; - A educação é transmitida pelos mais velhos, responsáveis por todo o legado cultural da tribo. - Os pajés, líderes espirituais das tribos, têm uma função especial na realização de festividades, na contação de histórias e na preservação do legado cultural da tribo. - As Terras Indígenas somam uma área aproximada de 14% da extensão territorial do Estado, perfazendo um total de 2.167.146 hectares, sendo que das 580 terras indígenas do Brasil, 31 localizam-se no Acre. - O Estado do Acre é a unidade da federação com maior diversidade biológica e étnica, 3,0% de toda a população indígena vive em território acreano, correspondendo a 14 povos indígenas.
  • 21. • ECONOMIA - Os índios dedicavam-se à pesca, à caça e a guerra. As índias contribuíam no trabalho agrícola e na fabricação de cerâmicas. - Os povos indígenas da Amazônia eram todos agricultores. A terra pertencia a todos. - O trabalho de toda a tribo poderia ser concluído em 3 ou 4 horas. - Toda a produção era para sustentar toda a aldeia. - O arco e a flecha foram a principal arma utilizada pelos nativos da região. - Durante o 1° Ciclo da Borracha, os índios participaram como "mateiros" e guias em busca de novos locais de exploração da borracha. - Com a primeira grande crise da empresa extrativa a partir de 1912, a mão- de-obra indígena substitui, em grande parte, a de seringueiros nordestinos. - Aos poucos, foram integrados à economia extrativa, tornando-se dependentes dos bens aviados pelo barracão, embora nunca tenham deixado à pesca e à caça. - Nos séculos XVI e XVII, era costume o comércio do excedente de produção entre as tribos indígenas. Para o indígena, a seringueira não era uma árvore dotada de valor especial. - Os índios foram os primeiros a manipular o látex da seringueira. Muitas tribos davam-lhe um sentido cultural, transformando-na em objetos.
  • 22. • ÓRGÃOS INDIGENISTAS "A ação ineficiente e omissa da FUNAI na Amazônia Ocidental é compreensível no quadro da política desenvolvimentista do Governo Federal que, ao invés de defender os direitos dos povos indígenas, estimulou a penetração capitalista na Amazônia". (Prof° Dr. Valdir Calixto) - A FUNAI foi criada em 1967. No Acre ela foi instalada em 1976, com o objetivo de prestar assistência às comunidades indígenas, vítimas das empresas agropecuárias. - Durante muitos anos a FUNAI limitou-se a delimitar terras indígenas, ao invés de demarcá-las. Além de oferecer uma precária assistência médica aos índios. - A FUNAI também tinha como preocupação o desenvolvimento de projetos econômicos de base comunitária, principalmente envolvendo atividades agrícolas. - Atualmente a política da Funai é de que não sejam feitos contatos com os índios isolados, apenas os localizando e delimitando a área na qual vivem para impedir a entrada de brancos. - Outros órgãos foram criados para subsidiar a luta indígena - Comissão Pró-Índio (CPI/AC), Conselho de Missão entre Índios (COMIN) e o Centro de Trabalho Indigenista (CTI). - Em 1982, foi idealizada a criação da UNI - União das Nações Indígenas do Acre - que passou a cobrar da FUNAI e de outros órgãos a demarcação urgente das terras indígenas. - Em 2000, é criada a Organização dos Professores Indígenas do Acre (OPIAC) com o objetivo de promover a educação escolar indígena de forma diferenciada. - Nas eleições municipais de 1996, foram eleitos 5 vereadores dos 14 candidatos indígenas e 1 prefeito. Nas eleições de 2002, foram eleitos 27 vereadores. Conclusão - Até 2004, cerca de 65% das terras indígenas ainda não foram demarcadas. A demarcação das terras é o procedimento legal pelo qual a União determina oficialmente os limites de uma área indígena. - Desde 1996, a Comissão Pró-Índio desenvolve também um projeto para formação de agentes agroflorestais indígenas. Os índios aprendem a zelar mais pelos recursos naturais existentes em suas terras, servindo como verdadeiros fiscais em seu território. - Em 2000, a Comissão Pró-Índio catalogou a existência de 85 escolas e 137 professores indígenas. - No governo Jorge Viana, foi criada a secretária dos Povos Indígenas do Acre, nomeando o primeiro indígena à secretário de Estado - Francisco da Silva Pinhatã, (da etnia Ashaninka).
  • 23. Exercícios I: • Elabore uma produção textual falando sobre os povos indígenas do Acre.
  • 25. Exercício III: • Pesquisar sobre uma etnia indígena em particular com registro escrito sobre as informações coletada e apresentação oral ao professor e demais colegas.
  • 26. Aula: 5 e 6. • POVOS PRÉ-COLOMBIANOS: Incas, Astecas e Maias
  • 27.
  • 29. AMÉRICA PRÉ-COLOMBIANA Antes da chegada dos europeus ao continente americano, milhões de indivíduos já habitavam a América: para se ter uma ideia, estima-se que cerca de 88 milhões de ameríndios já viviam no continente. Esses povos eram organizados em tribos, povoados, mas também em sociedades complexas, como no caso dos astecas, incas e maias, os quais possuíam significativa organização social, política e econômica. Tais civilizações, inclusive, apresentavam um desenvolvimento tecnológico bastante elevado para sua época, especialmente nas áreas da astronomia, matemática e arquitetura. Maias Os maias habitavam uma região formada pelos atuais territórios da Guatemala, Honduras e Península de Yucatán (sul do México). Em razão da utilização de uma escrita hieroglífica, aspecto que dificultou o estudo dos historiadores, é a civilização que se tem o menor número de informações. De qualquer forma, sabe-se que tais povos também tinham uma sociedade rígida e hierarquizada (algo comum em toda a América Pré-Colombiana), onde as camadas mais baixas eram obrigadas a pagar altos impostos para o imperador, considerado um ser divino (teocracia). Sua economia era baseada na agricultura, principalmente no cultivo do milho, alimento que era considerado sagrado segundo as tradições maias.
  • 30. Incas O império inca se localizava na região atual do Peru, Bolívia, Chile e Equador. Tais povos tinham uma economia baseada na agricultura e eram detentores de um razoável sistema de estradas. Sua sociedade era hierarquizada, bastante rígida e, além disso, um fato interessante: não havia propriedade privada, isto é, tudo pertencia ao Estado e à figura divina do imperador. Os incas tinham um conhecimento muito avançado de arquitetura. Um exemplo disso é Machu Picchu, cidade construída a mais de 2.400 metros de altitude e que até hoje mantém suas bases preservadas, aspecto que demonstra a tamanha engenhosidade da arquitetura inca. No contexto religioso, tais povos acreditavam no deus Sol (Inti), contudo também consideravam alguns animais como sagrados.
  • 31. Astecas Moctezuma II (1466-1520), governante (tlatoani) asteca.Os astecas habitavam a atual região da Cidade do México entre os séculos XIV e XVI. Organizados a partir de uma teocracia, sistema político totalmente baseado na religião e na crença de que o imperador seria uma espécie de encarnação dos deuses, tais povos tinham uma divisão social altamente hierarquizada. Basicamente formadas por camponeses, as camadas mais baixas eram obrigadas a prestar serviços em grandes obras de interesse público e ainda se viam obrigadas a pagar altos impostos ao imperador. A economia dos astecas era baseada na agricultura, com destaque para o cultivo de milho, pimenta, tomate e cacau. Politeístas, eram fortemente influenciados pela religião. Um exemplo disso era a realização de sacrifícios humanos com o fim de agradar aos deuses e pedir por fertilidade, costume bastante comum na cultura asteca.
  • 33. América pré-colombiana: maias, astecas, incas e povos indígenas do Brasil.
  • 34. Depois de estudarmos sobre a diversidade cultural do continente africano, os árabes e o islamismo nos séculos V ao XVI, vamos conhecer neste texto alguns dos povos que viviam na América no século XV, ou seja, antes da chegada de Cristóvão Colombo, por isso o termo “pré-colombiano”. Antes da chegada dos europeus, desenvolveram-se no México, na América Central e na região dos Andes civilizações complexas, que nos deixaram importantes registros de seus conhecimentos astronômicos, matemáticos, agrícolas, além de obras arquitetônicas e artísticas de grande refinamento e beleza. No restante das Américas, como no território que hoje corresponde ao Brasil, existiam comunidades indígenas nômades ou seminômades, que viviam basicamente da caça, da pesca e do cultivo de algumas espécies agrícolas, e tinham um modo de vida muito integrado a natureza. As diferentes ondas migratórias, espaçadas no tempo, que caracterizaram a ocupação das Américas por povos vindos provavelmente da Ásia e da Oceania, explicam, em parte, a grande diversidade cultural aqui encontrada pelos europeus. Entre os povos pré-colombianos havia centenas de línguas e culturas bem diferenciadas como podemos ver no mapa abaixo:
  • 35. Estima-se que, no final do século XV, viviam na América cerca de 50 milhões de pessoas. Elas estavam distribuídas em sociedades muito diversas entre si, do ponto de vista cultural, política, econômica e social. Durante muito tempo, pensou-se que as sociedades americanas fossem predominantemente tribais, sem nenhuma forma de centralização política. De fato, a forma tribal de organização foi comum em muitas regiões, mas hoje se sabe que outras grandes civilizações se desenvolveram no continente americano muito antes da conquista europeia. Essas civilizações apresentavam algumas características comuns: agricultura como principal atividade econômica, favorecida por técnicas de irrigação do solo; o domínio de técnicas aprimoradas de artesanato; atividades comerciais; práticas religiosas politeístas; forte tradição guerreira; conhecimentos matemáticos e de astronomia.
  • 36. MAIAS A civilização maia, praticamente desaparecida na época da conquista espanhola, desenvolveu-se na área que corresponde ao sul do atual México, à Guatemala, Belize e Honduras e atingiu seu auge no fim do século IX. Arqueólogos especulam que guerras ou o esgotamento das terras cultiváveis levaram a civilização a um rápido declínio a partir do ano 900. Apesar de não haver números confiáveis acerca do tamanho do império, existem atualmente cerca de 4 milhões de descendentes de maias, o que dá uma ideia da grandiosidade de sua população. Os maias organizavam-se em cidades- Estados governadas por chefes cujo poder era hereditário. O chefe de cada cidade exercia funções políticas e religiosas. A sociedade maia era extremamente hierarquizada. Cada cidade tinha uma autoridade máxima assessorada por nobres e sacerdotes. Na escala social seguiam-se os artesãos e trabalhadores livres, a maioria agricultores, que deviam pagar tributos para o governo. O pagamento desses tributos tinha uma conotação sagrada e constituía-se de parte da produção agrícola e prestação de trabalho, como reparo e construção de estradas. A agricultura constituía a base da economia. O principal produto era o milho, tão importante que, segundo os mitos maias, os deuses o haviam utilizado como matéria-prima para criar o homem. Os maias também cultivavam cacau, algodão, feijão, pimenta, sisal, abóbora, mamão e abacate. Os maias eram estudiosos das estrelas e dos planetas e tinham muitos conhecimentos de astronomia. Fizeram previsões de eclipses solares e lunares com grande precisão. Elaboraram calendários e calcularam a duração do ano próxima da que temos atualmente. Na matemática, conheciam o zero e criaram uma nova numeração, o que possibilitou o desenvolvimento de cálculos astronômicos. Tikal, localizada nas florestas de Guatemala, foi uma das cidades mias importantes da antiga civilização maia. A área onde se ergueu a antiga cidade forma atualmente o Parque Nacional de Tikal. Além dos templos e de um pequeno museu, contendo delicadas peças de cerâmica e esculturas em jade, a área abriga bosques antigos contendo espécies vegetais raras e mamíferos da região. O parque de Tikal foi declarado pela Unesco patrimônio da humanidade. Os edifícios construídos em Tikal no período clássico tornaram-se modelo para a arquitetura maia. A cidade passou a contar com grandes palácios e templos em forma de pirâmides, havia um templo com 70 metros de altura, o maior edifício erguido na América Antiga.
  • 37. ASTECAS Também conhecidos como mexicas, os astecas eram originalmente povos nômades, guerreiros e caçadores. Provavelmente originários do sul do atual território norte-americano, emigraram para a região do México e lá se estabeleceram no século IV, fundando o núcleo inicial da futura cidade de Tenochtitlan (atual cidade do México). Enquanto seus “vizinhos” maias entraram em decadência, os astecas começaram a crescer por volta do século XII. Quando os espanhóis chegaram à região, no século XVI, os astecas dominavam um poderoso império no vale central do México, formado por 38 províncias, sujeitas ao pagamento de impostos ao governo asteca. A agricultura era à base da economia. Os astecas construíram terraços sobre a água dos lagos, no quais cultivavam flores e hortaliças. Essas pequenas ilhas artificiais, feitas com a lama acumulada nas margens dos lagos, recebiam o nome de chinampas. Os astecas ampliaram seu território por meio da guerra: conquistaram cidades e povos vizinhos, transformando-se em um vasto império que chegou a reunir 11 milhões de pessoas. Para eles, a guerra também tinha uma dimensão religiosa. Acreditavam ser o povo escolhido pelo deus Sol, Huitzilopochtli, destinado a conquistar e dominar outros povos. Segundo sua tradição, os guerreiros que morressem lutando atingiam o paraíso. Assim como os maias, os astecas eram politeístas e tinham o costume de construir templos para os distintos deuses: Tlaloc, deus da chuva e do trovão; Quetzalcoatl, deus do vento, da escrita, do calendário e das artes e muitos outros. Às vezes eram templos grandiosos, na forma de pirâmides. Neles realizavam cultos religiosos e sacrifícios humanos. Geralmente as vitimas oferecidas em sacrifícios eram prisioneiros de guerra ou escravos. Com a compreensão do Codex Medonza, os historiadores puderam ter mais informações a respeito da educação na sociedade asteca. A palavra codex refere-se ao conjunto de desenhos e escritos feitos pelos astecas e por outros habitantes da região do México, entre 1541 e 1542. Neles os nativos descrevem eventos importantes da sua história e cenas da vida cotidiana relacionadas à comida, bebida, diversão e educação. O mais conhecido foi o Codex Medonza. A educação das crianças parece ter sido uma das principais preocupações dessa sociedade. De acordo com o Codex, a educação era essencialmente prática, mas também severa. Pais e tutores castigavam as crianças que, na visão deles, não queriam estudar. Essas crianças podiam ser arranhadas com espinhos ou obrigadas a respirar fumaça de uma fogueira onde queimavam pimentas vermelhas. Os astecas tinham um calendário com cálculo preciso do ano solar (com 365 dias). Médicos astecas podiam consolidar os ossos quebrados e fazer obturação em dentes. O planejamento urbano era impecável. Suas obras públicas incluíam quilômetros de estradas e aquedutos. A capital Tenochitlán foi erguida em área pantanosa, cuidadosamente drenada e aterrada para comportar cerca de 100 pirâmides e torres.
  • 38. INCAS Na America do Sul, os incas “filhos do Sol” habitavam a região andina onde expandiram seu império a partir da cidade de Cuzco, no território que corresponde ao atual Peru. No século XV, expandiram suas fronteiras, chegando a dominar grande parte das áreas que hoje compõem o Peru, Bolívia, o Equador e o norte da Argentina e do Chile. Os incas chamavam seu grande império de “As Quatro Terras” ou “Os Quatro Cantos do mundo”, Tawantinsuyu. Os incas adotaram uma maneira peculiar de dominar outros povos: antes de estabelecer o domínio em uma região, eles procuravam convencer a população das vantagens de se tornar membros do Império Inca. E os guerreiros faziam questão de destacar a importância do culto ao Sol e da língua quíchua. O imperador Inca se esforçava para manter o controle do império, nomeando uma espécie de governador para administrar cada região e prestar contas. Os cobradores de impostos exerciam importante função administrativa. Eles se notabilizaram pelos conhecimentos contábeis, pela organização do trabalho, pela construção de estradas e pela criação de um sistema de correios. Para facilitar a complicada contabilidade da produção agrícola, que também era à base da economia, os incas utilizavam cordões com nós chamados quipus (Os incas não tinham escrita, mas um complexo sistema de informações que consistiam em cordões coloridos nos quais se faziam vários nós. A cor e a quantidade de nós registravam diferentes informações, como a produção de alimentos, o número de habitantes do império e o valor dos tributos.). Além da função econômica, os quipus eram utilizados também para registrar o censo populacional e outros números importantes para os administradores públicos. As terras do Império Inca eram cortadas por uma rede de estradas talhadas nas encostas das montanhas, percorridas por caravanas de lhamas e pelos mensageiros do imperador. As estradas eram pavimentadas com pedras e tinham uma extensão de mais 23 mil quilômetros, unificando todas as partes do império. A construção das estradas era assegurada pela mita, sistema de distribuição de tarefas pelo qual os camponeses eram obrigados a prestar serviços ao Estado durante alguns dias do ano. O principal vestígio da civilização inca é a cidade de pedra de Machu Picchu, no Peru que sobreviveu à conquista espanhola. A cidade foi construída no topo de uma montanha no Vale do Rio Urubamba, a cerca de 2.400 metros de altitude. Abandonada por seus habitantes em época incerta, a cidade ficou coberta pela vegetação até ser encontrada pela expedição do arqueólogo norte-americano Hiram Binghan, em 1911 e tornar-se um importante patrimônio cultural da humanidade visitado por milhares de turistas todos os anos. Acredita-se que a cidade tenha sido um local de cultos realizados pelas Virgens do Sol, pois a grande maioria dos restos mortais encontrados ali era de mulheres e crianças.
  • 39. POVOS INDÍGENAS DO BRASIL De acordo com a classificação lingüística, os povos indígenas do Brasil se dividiam nos grupos tupi (ou tupi-guarani), jê, caraíba e aruaque, além de grupos menores, como podemos ver no mapa acima. Diversos grupos indígenas ainda vivem hoje de forma parecida à que se vivia na época do “descobrimento" da América. Outros fazem esforços para preservar suas tradições e manter suas terras. Os povos indígenas estão espalhados por todo território. A maioria vive em terras indígenas, ou seja, terras de uso exclusivo dos índios, demarcadas e reconhecidas pelo governo federal. De acordo com a Constituição de 1988, os índios têm o direito de viver nas terras que tradicionalmente ocuparam. Além disso, garante-se aos índios a posse permanente e o uso exclusivo das riquezas do solo, dos rios, e dos lagos neles existentes. Muitas terras indígenas estão localizadas em áreas ricas em recursos naturais, como madeiras e minérios, despertando o interesse dos não índios. As invasões às terras indígenas e a exploração de seus recursos por não índios têm sido causa de inúmeros conflitos, muitas vezes resultando em mortes. Antes da chegada dos portugueses, os povos indígenas do Brasil viviam em aldeias, consumiam para sobrevivência, ou seja, não acumulavam excedentes, havia trocas comerciais sem utilizavam de moedas, os bens eram coletivos e não havia diferenças sociais. Os primeiros contatos dos europeus com os índios brasileiros foram feitos com os tupis, que habitavam toda a costa atlântica. As aldeias tupis localizavam-se em áreas bem servidas de água, madeira e caça. Cada aldeia tinha uma população que variava de 500 a 3 mil pessoas, distribuída em quatro a oito habitações. Cada moradia tinha um líder, chamado principal. As relações entre as aldeias variavam de tempos em tempos: os aliados de hoje podiam ser os inimigos de amanhã. Os povos não tupis eram chamados de tapuias. Os povos indígenas eram guerreiros. Frenquentemente, as batalhas eram provocadas por rivalidades entre tribos, muitas vezes decorrentes de eventos ocorridos em gerações ancestrais. Antes e depois das principais batalhas, celebravam-se cerimônias, nas quais os guerreiros tatuavam várias partes do corpo. Nessas cerimônias, eles consumiam substâncias alucinógenas e invocavam os espíritos. O objetivo das guerras era capturar prisioneiros para vingar os antepassados, e não exterminar os povos inimigos ou ocupar territórios. A “conquista” da América representou um dos maiores genocídios (assassinato em massa que leva à extinção ou quase de um determinado grupo étnico) registrados na história da humanidade. Milhões de índios morreram e diversos grupos desapareceram, vitimas principalmente de massacres, doenças trazidas pelos europeus e suicídios. Exploraremos este assunto mais adiante
  • 40. Exercício IV: • Roteiro de Atividades: 1- Leia este texto com atenção, grife as palavras desconhecidas e faça o vocabulário no caderno. 2- Monte no caderno um quadro comparativo sobre os povos estudados neste texto. Observe o modelo: 3- Explique como era a organização do poder entre: · Os maias; · Os astecas; · Os incas; · Os tupis-guaranis; NOME DO POVO ATIVIDADES ECONOMICAS PRINCIPAIS REALIZAÇÕES RELIGIOSIDADE
  • 41. Exercício V: • Pesquisar em livros, internet, ou outros suportes sobre uma das três grandes civilizações pré-colombianas: maias, astecas e incas e registro escrito dos resultados obtidos com posterior apresentação aos demais colegas.
  • 42. 3º ANO (A, B, C e D) Prof: Mariozan
  • 43. OBEJTIVOS E CAPACIDADES: • Refletir sobre o processo de industrialização e urbanização no Brasil no Século XX. • Conhecer, compreender e criticar os contextos de exploração e extermínio de povos e culturas indígenas do Acre. • Compreender o processo de globalização da economia em uma perspectiva histórica (pesquisa extraclasse).
  • 44. CONTEÚDOS RETOMADOS: • Leitura; • Escrita; • Interpretação; • Reescrita; • História do Brasil; • História do Acre.
  • 45. CONTEÚDOS PRIORIZADOS: • Compreensão dos conceitos de industrialização e urbanização; • Identificação e compreensão de acontecimentos marcantes na história da industrialização na história do Brasil, como a siderúrgica Nacional, a criação da Zona Franca de Manaus. • Identificação de contexto específicos de urbanização do século XX, com ênfase no processo migratório e de urbanização do Acre a partir da década de 70. • Reconhecimento dos aspectos positivos e negativos da política desenvolvimentista no Brasil. • Identificação de contextos de conflito entre indígenas como resultados da exploração de recursos naturais no Acre. • Identificação de contextos e associação entre diferentes povos que habitam a floresta: ( indígenas, seringueiros)
  • 46. • Construção de explicações sobre a situação das sociedades indígenas no Acre no contexto de expansão do capitalismo mundial: assimilação e resistência em relação aos padrões culturais de etnias dominantes. • Identificação de atitudes contrária à situação de violência tanto física, como simbólica contra etnias indígenas. • Reconhecimento de aspectos positivos e negativos da globalização (produção textual).
  • 47. RECURSOS DIDATICOS: • Mapas; • Dicionarios; • Livros didaticos; • Textos xerocados; • Mídias digitais; • Teleaulas; • Aulas expositivas.
  • 51. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS: • http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/a- industrializacao-brasileira.htm • http://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/urbanizacao -do-brasil-consequencias-e-caracteristicas-das-cidades.htm • http://exercicios.mundoeducacao.bol.uol.com.br/exercicios- geografia/exercicios-sobre-urbanizacao.htm • http://educacao.globo.com/provas/enem- 2013/questoes/39.html
  • 52. Aula 1 e 2.
  • 53. Pesquisa Extraclasse. Produção de texto sobre o reconhecimento de aspectos negativos e positivos da globalização. Data de entrega: 25 de novembro.
  • 55.
  • 56. Exercício. • Descrição dos elementos das imagens da sondagem.
  • 58. Industrialização brasileira O Brasil é considerado um país emergente ou em desenvolvimento. Apesar disso, está quase um século atrasado industrialmente e tecnologicamente em relação às nações que ingressaram no processo de industrialização no momento em que a Primeira Revolução Industrial entrou em vigor, como Inglaterra, Alemanha, França, Estados Unidos, Japão e outros. As indústrias no Brasil se desenvolveram a partir de mudanças estruturais de caráter econômico, social e político, que ocorreram principalmente nos últimos trinta anos do século XIX. O conjunto de mudanças aconteceu especialmente nas relações de trabalho, com a expansão do emprego remunerado que resultou em aumento do consumo de mercadorias, a abolição do trabalho escravo e o ingresso de estrangeiros no Brasil como italianos, alemães, japoneses, dentre muitas outras nacionalidades, que vieram para compor a mão de obra, além de contribuir no povoamento do país, como ocorreu na região Sul. Um dos maiores acontecimentos no campo político foi a proclamação da República. Diante desses acontecimentos históricos, o processo industrial brasileiro passou por quatro etapas.
  • 59. • Primeira etapa: essa ocorreu entre 1500 e 1808, quando o país ainda era colônia. Dessa forma, a metrópole não aceitava a implantação de indústrias (salvo em casos especiais, como os engenhos) e a produção tinha regime artesanal. • Segunda etapa: corresponde a uma fase que se desenvolveu entre 1808 a 1930, que ficou marcada pela chegada da família real portuguesa em 1808. Nesse período foi concedida a permissão para a implantação de indústria no país a partir de vários requisitos, dentre muitos, a criação, em 1828, de um tributo com taxas de 15% para mercadorias importadas e, em 1844, a taxa tributária foi para 60%, denominada de tarifa Alves Branco. Outro fator determinante nesse sentido foi o declínio do café, momento em que muitos fazendeiros deixaram as atividades do campo e, com seus recursos, entraram no setor industrial, que prometia grandes perspectivas de prosperidade. As primeiras empresas limitavam-se à produção de alimentos, de tecidos, além de velas e sabão. Em suma, tratava-se de produtos sem grandes tecnologias empregadas
  • 60. • • Terceira etapa: período que ocorreu entre 1930 e 1955, momento em que a indústria recebeu muitos investimentos dos ex-cafeicultores e também em logística. Assim, houve a construção de vias de circulação de mercadorias, matérias-primas e pessoas, proveniente das evoluções nos meios de transporte que facilitaram a distribuição de produtos para várias regiões do país (muitas ferrovias que anteriormente transportavam café, nessa etapa passaram a servir os interesses industriais). Foi instalada no país a Companhia Siderúrgica Nacional, construída entre os anos de 1942 e 1947, empresa de extrema importância no sistema produtivo industrial, uma vez que abastecia as indústrias com matéria-prima, principalmente metais. No ano de 1953, foi instituída uma das mais promissoras empresas estatais: a PETROBRAS. • Quarta etapa: teve início em 1955, e segue até os dias de hoje. Essa fase foi promovida inicialmente pelo presidente Juscelino Kubitschek, que promoveu a abertura da economia e das fronteiras produtivas, permitindo a entrada de recursos em forma de empréstimos e também em investimentos com a instalação de empresas multinacionais. Com o ingresso dos militares no governo do país, no ano de 1964, as medidas produtivas tiveram novos rumos, como a intensificação da entrada de empresas e capitais de origem estrangeira comprometendo o crescimento autônomo do país, que resultou no incremento da dependência econômica, industrial e tecnológica em relação aos países de economias consolidadas. No fim do século XX houve um razoável crescimento econômico no país, promovendo uma melhoria na qualidade de vida da população brasileira, além de maior acesso ao consumo. Houve também a estabilidade da moeda, além de outros fatores que foram determinantes para o progresso gradativo do país.
  • 61. Aula 3 e 4.
  • 62. Urbanização do Brasil: Consequências e características das cidades: Urbanização é o aumento proporcional da população urbana em relação à população rural. Segundo esse conceito, só ocorre urbanização quando o crescimento da população urbana é superior ao crescimento da população rural. Somente na segunda metade do século 20, o Brasil tornou-se um país urbano, ou seja, mais de 50% de sua população passou a residir nas cidades. A partir da década de 1950, o processo de urbanização no Brasil tornou-se cada vez mais acelerado. Isso se deve, sobretudo, a intensificação do processo de industrialização brasileiro ocorrido a partir de 1956, sendo esta a principal conseqüência entre uma série de outras, da "política desenvolvimentista" do governo Juscelino Kubitschek. É importante salientar que os processos de industrialização e de urbanização brasileiros estão intimamente ligados, pois as unidades fabris eram instaladas em locais onde houvesse infra- estrutura, oferta de mão-de-obra e mercado consumidor. No momento que os investimentos no setor agrícola, especialmente no setor cafeeiro, deixavam de ser rentáveis, além das dificuldades de importação ocasionadas pela Primeira Guerra Mundial e pela Segunda, passou-se a empregar mais investimentos no setor industrial.
  • 63. Êxodo rural As indústrias, sobretudo a têxtil e a alimentícia, difundiam-se, principalmente nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Esse desenvolvimento industrial acelerado necessitava de grande quantidade de mão-de-obra para trabalhar nas unidades fabris, na construção civil, no comércio ou nos serviços, o que atraiu milhares de migrantes do campo para as cidades (êxodo rural). O processo de urbanização brasileiro apoiou-se essencialmente no êxodo rural. A migração rural-urbana tem múltiplas causas, sendo as principais a perda de trabalho no setor agropecuário - em consequência da modernização técnica do trabalho rural, com a substituição do homem pela máquina e a estrutura fundiária concentradora, resultando numa carência de terras para a maioria dos trabalhadores rurais. Assim, destituídos dos meios de sobrevivência na zona rural, os migrantes dirigem-se às cidades em busca de empregos, salários e, acima de tudo, melhores condições de vida. População urbana Atualmente, a participação da população urbana no total da população brasileira atinge níveis próximos aos dos países de antiga urbanização da Europa e da América do Norte. Em 1940, os moradores das cidades somavam 12,9 milhões de habitantes, cerca de 30% do total da população do país, esse percentual cresceu aceleradamente: em 1970, mais da metade dos brasileiros já viviam nas cidades (55,9%). De acordo com o Censo de 2000, a população brasileira é agora majoritariamente urbana (81,2%), sendo que de cada dez habitantes do Brasil, oito moram em cidades. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), no ano de 2005 o Brasil tinha uma taxa de urbanização de 84,2% e, de acordo com algumas projeções, até 2050, a porcentagem da população brasileira que vive em centros urbanos deve pular para 93,6%. Em termos absolutos, serão 237,751 milhões de pessoas morando nas cidades do país na metade deste século. Por outro lado, a população rural terá caído de 29,462 milhões para 16,335 milhões entre 2005 e 2050.
  • 64. O processo de urbanização no Brasil difere do europeu pela rapidez de seu crescimento. Na Europa esse processo é mais antigo. Com exceção da Inglaterra, único país que se tornou urbanizado na primeira metade do século 19, a maioria dos países europeus se tornou urbanizada entre a segunda metade do século 19 e a primeira metade do século 20. Além disso, nesses países a urbanização foi menos intensa, menos volumosa e acompanhada pela oferta de empregos urbanos, moradias, escolas, saneamento básico, etc. Em nosso país, 70 anos foram suficientes para alterar os índices de população rural e os de população urbana. Esse tempo é muito curto e um rápido crescimento urbano não ocorre sem o surgimento de graves problemas. Favelização e outros problemas da urbanização A urbanização desordenada, que pega os municípios despreparados para atender às necessidades básicas dos migrantes, causa uma série de problemas sociais e ambientais. Dentre eles destacam-se o desemprego, a criminalidade, a favelização e a poluição do ar e da água. Relatório do Programa Habitat, órgão ligado à ONU, revela que 52,3 milhões de brasileiros - cerca de 28% da população - vivem nas 16.433 favelas cadastradas no país, contingente que chegará a 55 milhões de pessoas em 2020. O Brasil sempre foi uma terra de contrastes e, nesse aspecto, também não ocorrerá uma exceção: a urbanização do país não se distribui igualitariamente por todo o território nacional, conforme podemos observar na tabela abaixo. Muito pelo contrário, ela se concentra na região Sudeste, formada pelos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo.
  • 65. Norte e Nordeste O grau de urbanização da região é o mais baixo do país: 69,9% em 2003. No entanto, é a região que mais se urbanizou nos últimos anos. Entre 1991 e 2000, segundo o IBGE, o crescimento urbano foi de 28,54%. Além de ter-se inserido tardiamente na dinâmica econômica nacional, a região tem sua peculiaridade geográfica - a floresta Amazônica - que representa um obstáculo ao êxodo rural. Ainda assim, Manaus (AM) e Belém (PA) são as principais regiões metropolitanas com mais de 1 milhão de habitantes cada. Com mais de 51 milhões de habitantes o é a região brasileira com o maior número de municípios (1.793), mas somente 69,1% de sua população é urbana. A estrutura agrária baseada na pequena propriedade familiar, na faixa do Agreste, colaborou para segurar a força de trabalho no campo e controlar o ritmo do êxodo rural. O baixo rendimento e a baixa produtividade do setor agrícola restringiu a repulsão dos habitantes rurais, ao passo que o insuficiente desenvolvimento do mercado regional limitou a atração exercida pelas cidades.
  • 66. Região 1950 1970 2000 Sudestes 44,5 72,7 90,5 Centro-Oeste 24,4 48 86,7 Sul 29,5 44,3 80,9 Norte 31,5 45,1 69,9 Nordeste 26,4 41,8 69,1 Brasil 36,2 55,9 81,2 •Estatísticas Históricas do Brasil: séries econômicas, demográficas e sociais de 1950 a 1988 2.ed. Rio de Janeiro: IBGE, 1990, p 36-7; Anuário estatístico do Brasil 2001, Rio de Janeiro: IBGE,
  • 67. Exercício I: Questão 1: Entre as alternativas abaixo, assinale aquela que NÃO apresenta um fator ligado à constituição e expansão do processo de urbanização: a) êxodo rural b) industrialização c) metropolização d) reforma agrária e) mecanização do campo Questão 2: O processo de urbanização ocorre a partir de fatores atrativos e repulsivos. Preencha a segunda coluna com base na primeira, identificando quais fenômenos enquadram-se nessas duas categorias mencionadas. Coluna 01 (1) Fatores repulsivos (2) Fatores atrativos Coluna 02 ( ) Concentração fundiária ( ) Industrialização ( ) Oferta de empregos urbanos ( ) Modernização do meio rural
  • 68. Questão 3: Cidade com uma grande quantidade de habitantes, concentrando em torno de si um amplo capital e representando uma centralidade financeira. Possui uma referência e um nível de influência internacional, abrigando sedes de grandes companhias multinacionais e de instituições financeiras importantes, tais como as bolsas de valores. O conceito acima faz referência: a) às megacidades b) às megalópoles c) às cidades globais d) às metrópoles internacionais e) aos centros sociais financeiros Questão 4: (UFAC): A intensa e acelerada urbanização brasileira resultou em sérios problemas sociais urbanos, dentre os quais, podemos destacar: a) Falta de infraestrutura, limitações das liberdades individuais e altas condições de vida nos centros urbanos. b) Aumento do número de favelas e cortiços, falta de infraestrutura e todas as formas de violência. c) Conflitos e violência urbana, luta pela posse da terra e acentuado êxodo rural. d) Acentuado êxodo rural, mudanças no destino das correntes migratórias e aumento no número de favelas e cortiços. e) Luta pela posse da terra, falta de infraestrutura e altas condições de vida nos centros urbanos.
  • 69. Exercício II: JK — Você agora tem automóvel brasileiro, para correr em estradas pavimentadas com asfalto brasileiro, com gazolina brasileira. Quer mais quer? JECA — Um prato de feijão brasileiro, seu doutô! THÉO. In: LEMOS, R. (Org.). Uma história do Brasil através da caricatura (1840-2001). Rio de Janeiro: Bom Texto; Letras & Expressões, 2001. A charge ironiza a política desenvolvimentista do governo Juscelino Kubitschek, ao A) evidenciar que o incremento da malha viária diminuiu as desigualdades regionais do país. B) destacar que a modernização das indústrias dinamizou a produção de alimentos para o mercado interno. C) enfatizar que o crescimento econômico implicou aumento das contradições socioespaciais. D) ressaltar que o investimento no setor de bens duráveis incrementou os salários de trabalhadores. E) mostrar que a ocupação de regiões interioranas abriu frente de trabalho para a população local.
  • 70. Aula 5 e 6. • http://senado.jusbrasil.com.br/noticias/112071388/exploraca o-de-riquezas-em-terras-indigenas-em-destaque-na-cma
  • 72. Aula 7 e 8. • https://www.youtube.com/watch?v=6IAcEAV7hAM
  • 73. Exercício IV. • Socialização e produção referente ao filme: Vermelho Brasil - Filme HD Completo - TV Globo - Rio 450 Anos