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Colégio Estadual Manuel Bomfim
Professora: Raissa Freitas
Atividade de Sociologia1 anos
Texto : Movimentos ambientalistas
O Ambientalismo é um movimento ecológico, político e social baseado na busca
por mecanismos sustentáveis de desenvolvimento que reduzam os problemas ambientais
causados por ações humanas. A economia verde e a sustentabilidade são os pilares
centrais defendidos pelos ambientalistas para proteger a biodiversidade existente em
nosso planeta e assegurar a sobrevivência de futuras gerações através de fontes de
energia renovável e limpa.
Desde então, as ações dos grupos de ambientalistas podem ser generalistas ou
focadas na proteção de uma espécie ou um habitat especifico. Existem organizações não
governamentais (ONGs) civis e grupos políticos que combatem a poluição do ar, dos
oceanos ou o continuo uso de combustíveis fosseis. Suas ações são globais e de ampla
escala, o que pode dificultar a coordenação de manifestações. Além disso, é necessário
grande trabalho de adaptação cultural e jurídica, uma vez que cada país possui uma
legislação especifica e uma visão social associadas aos assuntos ecológicos.
Na escala global de ações, podemos citar diversas organizações ambientalistas,
tais como o GreenPeace, o World Wildlife Fund e o Environmental Defense Fund.
Essas ONGs têm objetivos similares, trabalhando contra a poluição, caça e pesca
extensiva e desenvolvendo campanhas de proteção a biomas em ameaça e espécies
vulneráveis à extinção.
Em relação aos grupos menores, com ações mais regionais e locais, qualquer
associação de moradores que se una e discuta medidas de reciclagem e reflorestamento
urbano, por exemplo, está atuando com princípios ambientalistas. É importante citar que
medidas de educação ambiental, em escolas e com adultos, também englobam ações de
proteção ao meio ambiente, pois criam uma conexão afetiva da comunidade com o meio
ambiente, um dos grandes objetivos dos ecologistas.
Governos de diversos países do mundo tem se tornado mais acessíveis ao debate
ambiental, desenvolvendo políticas públicas que favorecem a conservação dos
ecossistemas. A criação de áreas de proteção e reservas naturais, bem como sua
proteção e monitoramento são essenciais na preservação da biodiversidade.
Adicionalmente, grandes encontros diplomáticos globais, como a Conferência de
Toronto, o Protocolo de Kyoto e o recente Acordo de Paris permitem o estabelecimento
de metas e objetivos ambientais em comum, assegurando que a maior parte dos países
caminhe rumo ao futuro desejado de um mundo menos poluidor e mais consciente.
O agravamento do aquecimento global tem trazido ainda mais atenção aos
movimentos ambientalistas. Como grande parte da população humana tem sofrido direta
ou indiretamente efeitos associados às mudanças climáticas, uma conscientização
coletiva parece estar surgindo, especialmente entre os grupos mais jovens, que exigem
medidas mais rígidas de conservação ambiental por parte das grandes empresas que
comercializam produtos e serviços e por parte dos governos.
Texto 2: Desigualdade social também afeta o meio ambiente
O Mapeamento Anual de Cobertura e Uso da Terra do Brasil realizado pela rede
colaborativa de especialistas em biomas MapBiomas aponta que nos últimos 36 anos a área
ocupada por favelas dobrou no Brasil. Cresceu 947,2 milhões de metros quadrados. Equivalente
a três vezes a capital baiana (Salvador), 11 lisboas (capital portuguesa) ou mais de 95 mil
campos de futebol. O relatório ainda aponta que o bioma mais afetado foi o amazônico, com
um crescimento de 18%, com destaque nas cidades de Belém e Manaus. Segundo especialistas,
a situação tende a se agravar no contexto de intensificação da desigualdade social.
Marcel Fantin, integrante da equipe de 22 técnicos de áreas urbanas do
MapBiomas, responsável pelo mapeamento, afirma: “o contexto agravado pela volta da
fome, da miséria, reflete no espaço”.Fantin lembra que a população trabalhadora que
vive com baixos salários ou na informalidade busca ocupar áreas que são rejeitadas pelo
mercado imobiliário formal, seja por questões de atratividade, de legislação ambiental e,
até mesmo, em regiões de risco. “Nessas áreas você entrelaça os problemas sociais e
ambientais e cria uma dinâmica pontilhada de negatividades”, ressalta.
Para o especialista, a reversão desse cenário é estrutural. “Ter uma economia e
um sistema econômico mais justo que permitam uma adequada distribuição de renda é a
primeira questão”, diz.Outro ponto é concentração fundiária. Mesmo lembrando a
importância de programas habitacionais como o Minha Casa, Minha Vida, Fantin
aponta um problema: em geral a alocação das populações de baixa renda nesses
programas se dá em regiões distantes das áreas centrais, sem acesso a serviços e
equipamentos públicos como escolas educação, além de difícil mobilidade urbana.
Se, de um lado, “resolve o problema da casa pra dentro, cria uma série de
problemas da casa para fora”, explica. Ele ainda lembra que um terço dos
loteamentos Minha Casa Minha Vida (faixa 1), destinados às faixas de baixa renda, eles
estão alocados de forma “desconectadas” das áreas já urbanizadas de uma cidade. “Não
estão num contínuo urbano. Em geral estão em periferias distantes, longe da ‘mancha
urbana do município’. Implanta-se uma zona quase que rural”. É, segundo ele, a
descontinuidade do tecido social do loteamento com o primeiro ponto de ônibus para
acessar as áreas centrais ou de serviços e trabalho, por exemplo.
O levantamento da MapBiomas deste ano ainda apontou um dado preocupante:
desde 1985 o Brasil perdeu o equivalente a 2,5 vezes a cidade de São Paulo em
vegetação nativa, entre obras legais ou ilegais.
ATIVIDADE REFLEXIVA
1) Defina ambientalismo e os seus princípios segundo o texto;
2) Aponte a relação entre meio ambiente e desigualdade social;
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
sponivel em: https://www.infoescola.com/ecologia/ambientalismo/ Acesso 16/03/2022;
isponivel em: https://www.extraclasse.org.br/ambiente/2021/11/desigualdade-social-
tambem-afeta-o-meio-ambiente/ Acesso 16/03/2022

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  • 2. proteção e monitoramento são essenciais na preservação da biodiversidade. Adicionalmente, grandes encontros diplomáticos globais, como a Conferência de Toronto, o Protocolo de Kyoto e o recente Acordo de Paris permitem o estabelecimento de metas e objetivos ambientais em comum, assegurando que a maior parte dos países caminhe rumo ao futuro desejado de um mundo menos poluidor e mais consciente. O agravamento do aquecimento global tem trazido ainda mais atenção aos movimentos ambientalistas. Como grande parte da população humana tem sofrido direta ou indiretamente efeitos associados às mudanças climáticas, uma conscientização coletiva parece estar surgindo, especialmente entre os grupos mais jovens, que exigem medidas mais rígidas de conservação ambiental por parte das grandes empresas que comercializam produtos e serviços e por parte dos governos. Texto 2: Desigualdade social também afeta o meio ambiente O Mapeamento Anual de Cobertura e Uso da Terra do Brasil realizado pela rede colaborativa de especialistas em biomas MapBiomas aponta que nos últimos 36 anos a área ocupada por favelas dobrou no Brasil. Cresceu 947,2 milhões de metros quadrados. Equivalente a três vezes a capital baiana (Salvador), 11 lisboas (capital portuguesa) ou mais de 95 mil campos de futebol. O relatório ainda aponta que o bioma mais afetado foi o amazônico, com um crescimento de 18%, com destaque nas cidades de Belém e Manaus. Segundo especialistas, a situação tende a se agravar no contexto de intensificação da desigualdade social. Marcel Fantin, integrante da equipe de 22 técnicos de áreas urbanas do MapBiomas, responsável pelo mapeamento, afirma: “o contexto agravado pela volta da fome, da miséria, reflete no espaço”.Fantin lembra que a população trabalhadora que vive com baixos salários ou na informalidade busca ocupar áreas que são rejeitadas pelo mercado imobiliário formal, seja por questões de atratividade, de legislação ambiental e, até mesmo, em regiões de risco. “Nessas áreas você entrelaça os problemas sociais e ambientais e cria uma dinâmica pontilhada de negatividades”, ressalta. Para o especialista, a reversão desse cenário é estrutural. “Ter uma economia e um sistema econômico mais justo que permitam uma adequada distribuição de renda é a primeira questão”, diz.Outro ponto é concentração fundiária. Mesmo lembrando a importância de programas habitacionais como o Minha Casa, Minha Vida, Fantin aponta um problema: em geral a alocação das populações de baixa renda nesses
  • 3. programas se dá em regiões distantes das áreas centrais, sem acesso a serviços e equipamentos públicos como escolas educação, além de difícil mobilidade urbana. Se, de um lado, “resolve o problema da casa pra dentro, cria uma série de problemas da casa para fora”, explica. Ele ainda lembra que um terço dos loteamentos Minha Casa Minha Vida (faixa 1), destinados às faixas de baixa renda, eles estão alocados de forma “desconectadas” das áreas já urbanizadas de uma cidade. “Não estão num contínuo urbano. Em geral estão em periferias distantes, longe da ‘mancha urbana do município’. Implanta-se uma zona quase que rural”. É, segundo ele, a descontinuidade do tecido social do loteamento com o primeiro ponto de ônibus para acessar as áreas centrais ou de serviços e trabalho, por exemplo. O levantamento da MapBiomas deste ano ainda apontou um dado preocupante: desde 1985 o Brasil perdeu o equivalente a 2,5 vezes a cidade de São Paulo em vegetação nativa, entre obras legais ou ilegais. ATIVIDADE REFLEXIVA 1) Defina ambientalismo e os seus princípios segundo o texto; 2) Aponte a relação entre meio ambiente e desigualdade social; REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS sponivel em: https://www.infoescola.com/ecologia/ambientalismo/ Acesso 16/03/2022; isponivel em: https://www.extraclasse.org.br/ambiente/2021/11/desigualdade-social- tambem-afeta-o-meio-ambiente/ Acesso 16/03/2022