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Reflexão ética
e organismos
internacionais
2a SÉRIE
Aula 2 – 4o bimestre
Filosofia
Etapa Ensino Médio
Para começar
Puxe mais
No vídeo curto ao lado, o
tema é o racismo, no recorte
da situação vivenciada pelo
jogador Vinícius Júnior na
Espanha. Seria falta de
organismos internacionais
que combatem o racismo?
Qual é a importância da
reflexão ética neste caso?
Pense nisso!
https://cutt.ly/6waaL7dy
Foco no conteúdo
Os limites de atuação dos organismos internacionais esbarram
especialmente em questões do direito internacional clássico, cujo
pilar mestre se concentra em decisões políticas e diplomáticas.
Muitos são os motivos pelos quais esses órgãos são criados, mas, em
geral, a motivação para sua existência são os problemas que guardam
intimidade com a ética, como o meio ambiente, os direitos
humanos, a violência; ainda que temas como economia e política,
por exemplo, tenham espaço nesta seara, eles também se envolvem
por questões éticas.
Assista a um trecho do vídeo “Ética – conceitos e definições”,
para recordar seu significado e sua distinção da moral.
Ética e organismos internacionais
Foco no conteúdo
https://cutt.ly/4wacqUKl
Foco no conteúdo
Para alguns pensadores, não há uma
distinção rígida entre ética e moral, ao
passo que, para outros, é uma questão
pertinente, como é ao se discutir os
limites de atuação dos organismos
internacionais por meio de reflexão ética.
Tome-se como exemplo o aquecimento global, em que se pesa a
preponderância de países ricos em atividades que o intensificam.
Os efeitos desse processo são mais dramáticos nos países com
menos força política e econômica, porque eles não dispõem de
recursos e condições suficientes para enfrentar as mudanças
climáticas. São penalizados por uma situação que não criaram.
Conforme a ética da
Foco no conteúdo
responsabilidade de Hans Jonas (1903 – 1993) e sabendo-se que
os países ricos são os principais responsáveis pelas mudanças
climáticas, pois são os que mais produzem e consomem energia
e mais se beneficiam do desenvolvimento econômico,
compreende-se que eles têm a responsabilidade de ajudar os
países menos desenvolvidos a se adaptarem às mudanças
climáticas e eles próprios encabeçarem movimentos para frear
e reverter essas mudanças.
Trata-se de uma questão ética, em que os costumes e os hábitos
de países ricos não podem ser mais valiosos do que a urgência
de se mitigar e retroceder o aquecimento global, assim como os
limites de atuação dos organismos internacionais, que esbarram na
falta de recursos, na soberania nacional ou na ausência de
instrumentos que assegurem o cumprimento de acordos ratificados por
países-membros.
Foco no conteúdo
Pela primeira vez na história da
humanidade [...], as ações do homem
parecem irreversíveis. Ora, o vazio
ético se impõe a nós, as morais
tradicionais são inoperantes. Logo, a
exigência ética surge, na sua urgência.
Uma nova perspectiva é requerida,
que ponha fim à “desmoralização” do
homem, privado de referências. É-nos
preciso trabalhar para criar novas
fundamentações éticas. (JONAS,
2019, p. 18)
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  • 2. Para começar Puxe mais No vídeo curto ao lado, o tema é o racismo, no recorte da situação vivenciada pelo jogador Vinícius Júnior na Espanha. Seria falta de organismos internacionais que combatem o racismo? Qual é a importância da reflexão ética neste caso? Pense nisso! https://cutt.ly/6waaL7dy
  • 3. Foco no conteúdo Os limites de atuação dos organismos internacionais esbarram especialmente em questões do direito internacional clássico, cujo pilar mestre se concentra em decisões políticas e diplomáticas. Muitos são os motivos pelos quais esses órgãos são criados, mas, em geral, a motivação para sua existência são os problemas que guardam intimidade com a ética, como o meio ambiente, os direitos humanos, a violência; ainda que temas como economia e política, por exemplo, tenham espaço nesta seara, eles também se envolvem por questões éticas. Assista a um trecho do vídeo “Ética – conceitos e definições”, para recordar seu significado e sua distinção da moral. Ética e organismos internacionais
  • 5. Foco no conteúdo Para alguns pensadores, não há uma distinção rígida entre ética e moral, ao passo que, para outros, é uma questão pertinente, como é ao se discutir os limites de atuação dos organismos internacionais por meio de reflexão ética. Tome-se como exemplo o aquecimento global, em que se pesa a preponderância de países ricos em atividades que o intensificam. Os efeitos desse processo são mais dramáticos nos países com menos força política e econômica, porque eles não dispõem de recursos e condições suficientes para enfrentar as mudanças climáticas. São penalizados por uma situação que não criaram. Conforme a ética da
  • 6. Foco no conteúdo responsabilidade de Hans Jonas (1903 – 1993) e sabendo-se que os países ricos são os principais responsáveis pelas mudanças climáticas, pois são os que mais produzem e consomem energia e mais se beneficiam do desenvolvimento econômico, compreende-se que eles têm a responsabilidade de ajudar os países menos desenvolvidos a se adaptarem às mudanças climáticas e eles próprios encabeçarem movimentos para frear e reverter essas mudanças. Trata-se de uma questão ética, em que os costumes e os hábitos de países ricos não podem ser mais valiosos do que a urgência de se mitigar e retroceder o aquecimento global, assim como os limites de atuação dos organismos internacionais, que esbarram na falta de recursos, na soberania nacional ou na ausência de instrumentos que assegurem o cumprimento de acordos ratificados por países-membros.
  • 7. Foco no conteúdo Pela primeira vez na história da humanidade [...], as ações do homem parecem irreversíveis. Ora, o vazio ético se impõe a nós, as morais tradicionais são inoperantes. Logo, a exigência ética surge, na sua urgência. Uma nova perspectiva é requerida, que ponha fim à “desmoralização” do homem, privado de referências. É-nos preciso trabalhar para criar novas fundamentações éticas. (JONAS, 2019, p. 18)